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Diretoria da UMES recebe a visita da Caravana da Nicarágua

Recebemos nessa quinta-feira, 15 de setembro, na sede da UMES os representantes da caravana de solidariedade à Nicarágua.

 

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Estavam presentes, Ariana Mcguirre, ativista estudantil de 27 anos, dirigente do movimento estudantil em Manágua e filha de revolucionários da geração de 1979, Carolina Hernandez, de 36 anos, líder do movimento ambiental que luta contra a exploração predatória por parte das grandes mineradoras; e o mais jovem, Yader Parajon, representando o grupo de familiares que teve seus filhos e irmãos assassinados, sequestrados e desaparecidos durante a repressão, configurando a plataforma “Madres de Abril”.

 

A UMES se solidariza com o povo Nicaraguense desde muito tempo, e há alguns anos nosso Centro Popular de Cultura lançou o CD Nicaragua Canta, do artista Luis Enrique Mejia Godoy que você pode ouvir  aqui.

 

Para Chen, presidente da UMES “é inaceitável qualquer tipo de violência contra o povo de um país que luta por sua sobrevivência. Nós sabemos o que é lutar por um sonho, por um país que dê condições dignas ao seu povo. Aqui nós costumamos dizer que o povo elege, mas se trai o povo derruba e temos certeza que apesar da repressão violenta e sanguinária de Ortega, o povo da Nicarágua sairá vencedor dessa luta!”.

 

NICARÁGUA

 

A Nicarágua vive uma crise política aonde sucessivas manifestações contra o Governo do traidor Daniel Ortega vêm sendo realizadas.

 

As manifestações que se iniciaram em 18 de abril desse ano teve como estopim o incêndio na Reserva Biológica Indio Maíz no início daquele mês.

 

O alerta de ambientalistas que exigiam medidas imediatas do governo para deter o incêndio numa das reservas biológicas mais importantes da América Central, teve resposta nula do governo. Após a questão ambiental as manifestações se transformaram em manifestações contra a reforma do sistema de previdência social da Nicarágua.

Mesmo com a repressão brutal, os protestos se intensificaram e desde dia o Estado produziu centenas de mortos e desaparecidos e milhares de feridos.

 

Intelectuais e líderes de esquerda, entre eles Noam Chomsky, Boaventura de Sousa Santos, José Mujica e Leonardo Boff, exigem que Ortega detenha a repressão, desarme as forças paramilitares, adiante as eleições e se afaste do poder.

 

Para o Jornalista Eric Nepomuceno, que acompanha as reviravoltas Nicaraguenses desde 1980, “Daniel Ortega encabeça hoje uma nova dinastia, a dinastia de um casal que mata e trucida jovens estudantes como era o seu irmão Camilo quando foi assassinado pela dinastia anterior, a dos Somoza. Um traidor é e sempre será um traidor. Mas há traidores de pior categoria. José Daniel Ortega Saavedra pertence, com méritos, a essa espécie”.

 

 

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