Docentes da USP aprovam greve e mais 4 unidades iniciam paralisação
Proposta de Alckmin é reduzir os salários dando apenas 3% de aumento quando a inflação supera a casa dos 10% nos últimos 12 meses
Os professores da Universidade de São Paulo (USP), em assembleia realizada pela Adusp (Associação dos Docentes da USP), nesta segunda-feira, 23, decidiram aderir à greve da universidade. Além dos docentes, funcionários de mais quatro outras unidades também se juntaram à paralisação na segunda, além dos estudantes.
O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), em greve desde o dia 12, anunciou na sexta, 20, que param também funcionários que trabalham na Administração Central, no Hospital Universitário, no Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) e no HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais).
O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) ofereceu aos funcionários e docentes reajuste salarial de 3%, frente a uma inflação na casa dos 10% nos últimos 12 meses. Além do rebaixamento salarial, os trabalhadores enfrentam o desmonte da universidade, com corte de verbas, desvinculação do Hospital Universitário, a terceirização dos restaurantes universitários, serviços de manutenção, o fechamento de vagas nas creches e desmonte da Prefeitura da USP.
A proposta defendida pelos servidores é unificada, com data-base em 1° de maio, de 12,34%, sendo 9,34% (índice ICV-Dieese) de reajuste inflacionário e 3% de recuperação de perdas anteriores.
Funcionários dos campi Ribeirão Preto, Bauru e São Carlos também estão em greve. Além dos funcionários, os prédios da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e o dos cursos de Letras, História e Geografia, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Cidade Universitária, foram ocupados pelos estudantes, que também estão em greve. As universidades Unesp e Unicamp também já aprovaram greve contra a proposta indecente.
Fonte: Hora do Povo
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