Eleições gerais, já!
Nem Dilma, nem Temer. A solução virá com Eleições Gerais
“Trocar Dilma por Temer é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. A transformação que os estudantes, trabalhadores e o povo em geral desejam só pode ser alcançada com a realização de eleições gerais”, explicou Marcos Kauê, presidente da UMES, sobre a decisão da entidade acerca de novas eleições.
“Por isso a diretoria decidiu em sua última reunião convocar todos os estudantes a se somarem na campanha por ‘Eleições Gerais, Já!’ contra os cortes na educação, saúde e direitos sociais e trabalhistas. Eleições contra a privatização do pré-sal, juros altos e cortes de direitos. Só assim poderemos barrar a política de cortes e destruição nacional para garantir mais investimentos públicos e assim retomar o crescimento econômico”.
A deliberação foi tomada nesta segunda (2), durante reunião, enquanto os diretores discutiam sobre a conjuntura nacional. “O governo Dilma está prestes a cair pelo ‘impeachment’ que deve se desenrolar no senado nas próximas semanas. Com isso sai à chapa Dilma/Temer para assumir Temer/Cunha. Sai à candidata do estelionato eleitoral que enganou todos para cortar da educação, privatizar o pré-sal, aumentar os juros e cortar direitos para assumir Temer, que cometeu os mesmos crimes de Dilma, que o escolheu para ser vice-presidente”. Para Kauê, Temer seguirá a mesma política de sacrifício do povo, tudo isso com um requinte de gangster, já que o novo vice-presidente será Eduardo Cunha.
O programa apresentado por Michel Temer, “Uma ponte para o futuro”, ou o programa do impeachment, é basicamente o mesmo que o implementado pelo governo até então: pretende seguir com os cortes ao estabelecer limite para o custeio, colocando um fim no percentual destinado aos direitos sociais; aponta a idade mínima para o acesso a aposentadoria; colocará a convenção coletiva sobre o que está previsto em lei na CLT; seguirá com a política de juros altos, e para isso já convidou Henrique Meireles para um possível governo; seguirá com a política de privatização de infraestrutura e recursos naturais (“transferência de ativos”); e na política externa pretende aproximar ainda mais o Brasil dos EUA.
A decisão por novas eleições busca apontar uma saída para a grave crise que vive o país em decorrência da política de cortes e privatizações, estabelecida pelos juros altos que beneficiam apenas os banqueiros e rentistas. Política que colocou o país em uma recessão profunda, deixando mais de 11 milhões de trabalhadores no desemprego (3 milhões apenas no último ano), situação que se agravou ainda mais com os cortes massivos nos serviços públicos que praticamente paralisaram a educação e saúde.
Durante a reunião a diretoria definiu organizar e se somar as ações e atividades em defesa de novas eleições realizadas na cidade de São Paulo. “Os estudantes secundaristas vão engrossar a mobilização por novas eleições”, afirmou Kauê.
Foto: Estudantes pedem eleições gerais durante manifestação nas ruas de Porto Alegre no início de abril (Juliano Chimenes/RBS TV)
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