Estudantes do Irene se levantam contra “reestruturação” de Alckmin

 

Os estudantes da Escola Estadual Professora Irene de Lima Paiva paralisaram as aulas na manhã desta quinta (1) para denunciar o fechamento da escola perpetrado por Alckmin. A medida foi notificada a escola há alguns dias. Ao todo a “reestruturação” dos ciclos do governo do estado deve fechar mais de mil escolas, o que acarretará em demissão de professores, funcionários e a transferência de milhares de alunos.

 

Os tucanos retiraram mais de 2 milhões de estudantes das salas de aula desde que assumiram o governo do Estado. E com a “reestruturação” proposta por Alckmin, para separar as escolas em três ciclos, dividindo os estudantes em fundamental I, II e ensino médio centenas de milhares de estudantes serão prejudicados devido a transferências forçadas, o que deve causar a demissão de milhares de professores devido ao fechamento das escolas. Como exemplo podemos lembrar uma medida similar de 1995 para separar parte considerável dos alunos do fundamental I, o que causou a demissão de mais de 20 mil professores.

 

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Para Jonathan Oliveira, diretor da UMES responsável pela região leste, que participou da manifestação, “o governador do estado quer enfiar goela abaixo dos estudantes essa ‘divisão dos ciclos’, mas os estudantes não vão admitir o fechamento de mais escolas e não vão aceitar essa ‘reestruturação’. Não vamos permitir que as escolas sejam fechadas por essa medida do governador que só serve para tirar a juventude das salas de aula”.

 

Para a estudante Giovanna Romano, responsável pela paralisação dos alunos da escola, a manifestação teve como finalidade “travar a reorganização escolar do Alckmin”. Ela explicou que a manifestação contou com mais de 450 estudantes, professores e pais de alunos tanto do Irene como da Escola Estadual Moacyr Campos (MOCAM) e da Escola Estadual Salvador Rocco, que também foi notificada pelo governo sobre o seu fechamento. “Essa reorganização trará muitos malefícios para nossa educação, como por exemplo o fechamento de escolas de ótima estrutura e com grande número de alunos, resultando no deslocamento de professores e alunos para outras escolas”.

 

Durante a manifestação que teve inicio na escola Irene e foi encerrada em frente ao MOCAM, os estudantes também fecharam o terminal de ônibus Vila Carrão, e as Avenidas Conselheiro Carrão e a Rio das Pedras.

 

Ainda para Giovanna essas transferências não levam em consideração os estudantes e suas necessidades. “São transferências para períodos que atrapalham quem trabalha ou faz curso e atividades extra curricular. E vai resultar em maior superlotação nas salas de aula, hoje com mais de 42 alunos. A superlotação, além do desconforto, dificulta a compreensão da matéria”.

 

“É muito importante lutarmos pela nossa educação, mostrar que estamos levando isso a serio. Não vamos ficar quietos, nós somos contra, nós estamos falando e eles vão nos ouvir! Ontem foi a primeira de muitas manifestações que estão por vir! E nas próximas conto não só com mais alunos, professores e pais, mas também com a comunidade. ‘Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas não podem parar a primavera!’”, disse Giovanna, que afirmou que “nós somos a primavera, nós somos a revolução!”

 

Para Bianca Gomes, presidente do grêmio, a iniciativa é muito importante e precisa ser fortalecida.

 

Os estudantes estão se organizando para uma nova manifestação no dia 9 de outubro, participe você também e confirme presença no evento do Facebook!

 

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