FORA BOLSONARO – Estudantes antecipam atos para 3 de julho
No último sábado (26), entidades dos movimentos sociais e estudantis decidiram convocar novos atos pelo Fora Bolsonaro para o próximo sábado, dia 3 de julho. A antecipação dos protestos, que estavam inicialmente marcados para o dia 24 de julho, se deu por conta das revelações pela CPI da pandemia dos casos de corrupção envolvendo diretamente representantes do governo Bolsonaro.
Na última semana, os depoimentos dos irmãos Miranda, um deputado federal e outro servidor de carreira do Ministério da Saúde, revelaram o esquema de superfaturamento de 1.000% na tentativa de compra da vacina Covaxin, da Índia. Enquanto o Brasil perdeu mais de 500 mil vidas para a Covid-19, o governo Bolsonaro agia nas sombras para se beneficiar da pandemia e roubar dinheiro da saúde.
Segundo Lucca Gidra, diretor de Cultura da UMES, “com as revelações da CPI na semana passada tivemos a necessidade de antecipar os atos, pois não dá pra aceitar um escândalo de corrupção na área da saúde, na compra de vacinas, quando o Brasil mais precisa do SUS”.
“O descaso deste governo com a vida dos brasileiros é criminoso, mas, roubar o dinheiro das vacinas é inaceitável”, destacou.
Lucca ressalta que a expectativa é de crescer ainda mais os atos no próximo período, ainda mais como a pauta é a questão da corrupção. “Cada vez mais a real face deste governo vai ficando em evidência e isso aumenta ainda mais a indignação do povo”, disse.
Para o dirigente da UMES, a CPI tem cumprido um papel importante demonstrando que as mortes da pandemia poderiam ser evitadas. “As investigações estão mostrando quem são os culpados e eles serão responsabilizados”, destacou.
“Entretanto, a CPI sozinha não conseguirá isolar este governo. Precisamos da mobilização de rua, de gente protestando contra este governo que além de todo o descaso, ainda rouba da saúde”, destacou Lucca.
Reunião diretoria
Para fortalecer a mobilização, a UMES realizou na segunda-feira (28) uma reunião ampliada da sua diretoria. “O foco total dos estudantes está em derrubar o Bolsonaro”, destacou Lucca.
A reunião hibrida, com parte da diretoria na sede da UMES e outra com participação virtual, contou com 40 participantes e teve como objetivo organizar a base da entidade para o próximo ato.
“Esperamos um crescimento da mobilização. Os estudantes saíram muito animados do ato do dia 19. A luta contra o bolsonarismo está muito forte na juventude. Afinal dentro da juventude tem um alto grau de rejeição ao governo Bolsonaro”, explicou Lucca.
“Os grêmios estudantis estão a todo vapor na mobilização”, ressaltou.
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