Governo de SP admite ter fechado salas em 158 escolas

 

O governo de São Paulo admitiu ter deixado de abrir classes de 1º e 6º anos do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio em 2016, interrompendo novas matrículas em 158 escolas. O anúncio foi feito em resposta ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

 

Os dados da Secretaria Estadual da Educação foram revelados após a juíza Carmen Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, exigir esclarecimentos sobre as denuncias do fechamento de milhares de salas. Para estudantes e professores, o fechamento de salas de aula em 2016 foi a forma que o governo encontrou para dar continuidade ao projeto de “reorganização”, através do qual seriam fechadas 93 escolas, aumentando ainda mais a superlotação das salas.

 

Por sua vez a gestão Geraldo Alckmin afirma que não existe superlotação das salas em São Paulo e diz que o fechamento de salas se dá pela falta de demanda. Mas parece que as justificativas não foram suficientes para o Ministério Público de Contas, que já sinalizou que entrará com uma representação pedindo mais esclarecimentos sobre o fechamento de salas.

 

"É necessário verificar se o fechamento de salas, de fato, corresponde a uma queda de demanda ou se o Estado está sendo omisso na busca ativa. Há jovens que deveriam estar na escola, seja nas séries finais, seja no ensino médio, e não estão. A única forma de comprovar que a diminuição é lícita é o Estado provar que esgotou todas as estratégias disponíveis de trazer de volta esses mais de 240 mil alunos", disse a procuradora do MPC, Élida Graziane Pinto.

 

Foto: Catraca Livre

 

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