Haddad testa ônibus e inicia implementação de corredor na zona leste

Após visita a Itaquera, prefeito volta ao centro de transporte coletivo; desapropriações para corredor de ônibus foram autorizadas por decreto

 

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assinou no dia 10, em Itaquera, o decreto que regulamenta o Programa de Incentivos Fiscais para Prestadores de Serviços na Zona Leste, pacote fiscal com o objetivo de dinamizar a economia local.

Após a cerimônia, Haddad tomou o ônibus 4310-10 para retornar ao centro. O trajeto escolhido pelo prefeito vai da estação de transferência de Itaquera ao Terminal Parque Dom Pedro II, uma das principais ligações entre a zona leste e a região central.

Também nesta sexta-feira a prefeitura publicou o decreto que autoriza desapropriações para a construção dos trechos 1, 2 e 3 do Corredor Leste – Radial 1, que criará corredores exclusivos para ônibus com faixa à esquerda no trajeto percorrido por Haddad. A partir de hoje, a prefeitura tem cinco anos para iniciar a desapropriação de sete terrenos e imóveis privados nos bairros da Mooca e do Tatuapé, com o objetivo de abrir espaço para o corredor.

Com previsão de entrega para junho de 2016, o primeiro trecho do corredor terá 12 quilômetros de extensão entre o Terminal Parque Dom Pedro, no centro, e a estação Vila Matilde, na zona leste; o trajeto também permitirá integração nas estações Belém, Tatuapé e Carrão do Metrô. O projeto prevê ainda a construção de um viaduto sobre a linha do Metrô na altura da estação Penha.

A Radial 2 da obra terá cinco quilômetros de extensão e vai interligar com as estações do Metrô Guilhermina, Patriarca e Arthur Alvim – para esse trecho, serão necessárias 76 desapropriações. Já a Radial 3 terá extensão de 14 quilômetros e vai interligar o Terminal Vila Carrão com a Estação Itaquera e necessitará de 828 desapropriações; o projeto contém a construção de 100 habitações populares para reassentamento de famílias.

A obra, com custo estimado de R$ 446 milhões, integra os projetos do PAC-Cidades, do governo federal, e está entre as ações da prefeitura que podem atrasar por conta da ação judicial movida pela Fiesp, que ameaça causar prejuízo de até R$ 4,2 bilhões ao orçamento da cidade. A peça orçamentária de 2014 prevê cerca de R$ 300 milhões para a obra. A RBA entrou em contato com a prefeitura para confirmar a situação do investimento para o corredor de ônibus, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

 

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