Ideb 2015: chapa Dilma/Temer afundou a educação brasileira
A “nota” do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2015, índice avalia a educação no Brasil, foi divulgada na manhã desta quinta (8). O resultado foi negativo para o ensino médio e anos finais do ensino fundamental (Fundamental II), superando a meta apenas no Fundamental I.
“Entre 2007 e 2011 conseguimos verificar alguma melhora na educação, com o Ideb superando as metas para as três categorias de ensino. Foi o resultado do aumento nos investimentos da educação assim como crescimento econômico e melhoria na vida do povo. Agora, desde 2011, a situação mudou. Vivemos uma crise que nos últimos 12 meses fez o Brasil encolher quase 5%. Isso é o resultado da retomada das privatizações da chapa Dilma/Temer, que fizeram cortes bilionários na educação, bem como na saúde e outros setores dos serviços públicos, para pagar mais juros aos bancos”, afirmou Caio Guilherme, presidente da UMES.
Como saída para a crise da educação Caio afirmou que é preciso aumentar os investimento na área e tirar o Temer da presidência. “É inaceitável o Temer continuar na presidência. O povo quer educação, saúde, trabalho e salário digno e de qualidade. Queremos novas eleições para acabar com essa situação”.
O levantamento aponta que o ensino médio segue estagnado desde 2011, com índice de 3,7 enquanto a meta para 2015 era de 4,3. No ensino fundamental 2, que compreende do sexto ao nono ano, o índice alcançado foi de 4,5, para uma meta de 4,7. Já o Fundamental I (primeiro ao quinto ano o resultado do Ideb foi de 5,5 para uma meta de 5,2.
O Ideb é um indicador divulgado a cada dois anos, calculado com base nos dados do Censo Escolar (com informações enviadas pelas escolas e redes), assim como com as médias de desempenho realizadas pelas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), como a Prova Brasil. Foi criado em 2007 para avaliar a qualidade dos ensinos fundamentais e médio nas escolas públicas e privadas, como base nas disciplinas de português e matemática. O índice varia numa escala de 0 a 10.
“Os governos falam, falam sobre educação, e fazem praticamente nada. E a solução que deve se propor agora (pelas movimentações políticas que observamos) é o famoso “mais do mesmo”. Afinal, há muitos anos, muitas redes estaduais têm parceria com fundações empresariais para propor soluções para o ensino médio. E até agora nada avançou. Pelo contrário, como deve mostrar o Ideb 2015, a situação piorou”, critica Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação em artigo publicado em seu blog. “Novidade mesmo seria valorizar os professores, valorizar boa pesquisa pedagógica sobre o ensino médio, além de uma proposta de interação com os estudantes”.
Ele também fez um paralelo entre a luta dos estudantes e a crise na educação. “Não é à toa que estudantes de ensino médio ocuparam escolas no ano passado e neste. As ocupações foram, de fato, a maior novidade política em termos de mobilização social no Brasil desde junho de 2013. Os estudantes levantaram discussões a partir de questões muito práticas (reorganização escolar, problema de merenda, problema de infraestrutura) e levaram o debate em direção à necessidade de uma nova pedagogia. Os estudantes estão clamando por uma nova pedagogia”.
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