Intervenção do governo de SP no grêmio é crime
Na tarde de hoje, durante o segundo dia da Conferência Popular de Educação, foi realizado o debate sobre a intervenção do governo Alckmin nos grêmios do Estado. A atividade foi organizada pela Apeoesp com apoio da UMES e outras entidades
“Essa medida é criminosa e é na verdade uma forma de tentar limitar a ação do movimento estudantil devido a derrota do governo em 2015, que precisou recuar da sua proposta de reorganização escolar. É uma medida que vai contra o direto a livre associação da Constituição Federal e contra a Lei do Grêmio Livre”, disse Marcos Kauê sobre o suposto início das eleições de grêmio sob a intervenção do governo de São Paulo.
Kauê denuncia a criação de grêmios biônicos pelo governo de SP
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“O governador queria fechar 94 escolas e obrigar a transferência de mais de 300 mil alunos para unidades mais distantes de sua casa. O movimento estudantil organizado através dos grêmios e da UMES demonstrou que se tratava apenas de mais um corte na educação de São Paulo, por isso a proposta de fechar escolas. Assim ocupamos 200 escolas, realizamos dezenas de manifestações e derrotamos a proposta do governo com o apoio da sociedade e do Ministério Publico”, disse Kauê ressaltando que o grêmio livre foi fundamental para todo esse processo.
“É por isso que o governador quer intervir nos grêmios, porque ele sabe que foram os grêmios que organizaram as ocupações. Foram os grêmios que realizaram dezenas de manifestações pelo Estado. Foram os grêmios que derrotaram o projeto da reorganização. E se Alckmin acha que vai conseguir intervir nos grêmios para aprovar a reorganização ele não está pensando direito. Está subestimando os estudantes. O grêmio é livre e se fechar a gente ocupa”.
Até agora não tivemos noticias do início das eleições sob supervisão do governo de São Paulo, porém a pagina da Secretaria de Educação afirma que realizaria de forma unificada a eleição estudantil nas quase cinco mil escolas do Estado. O cronograma prevê inscrição de chapa durante os dias 16 e 17 de março e as eleições entre os dias 13 e 14 de abril. A intervenção eleitoral tem como proposta “reformular” os grêmios que segundo o governo não funcionam como deveriam. Provavelmente o funcionamento que eles esperam é que os estudantes concordem com propostas estúpidas como o fechamento de escolas e o sucateamento da educação para destruir a escola pública. Para tanto será formada uma comissão pró-grêmio dirigida por um professor escolhido pelo governo.
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