MP quer que Cunha devolva R$ 20 milhões e perca seus direitos políticos por 10 anos

 

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná protocolou, na segunda-feira (13), ação civil pública de improbidade administrativa contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Os procuradores pedem que o parlamentar perca os direitos políticos por dez anos, além de perder mais de R$ 20 milhões que movimentou em contas não declaradas no exterior.

 

A ação foi distribuída para a 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná. O juiz federal substituto Augusto Cesar Pansini Gonçalves vai analisar o caso. Segundo o Ministério Público Federal, embora Cunha tenha prerrogativa de foro por ser deputado federal, o processo e o julgamento de ação civil (que não leva à prisão, mas a punições como multa e perda de direitos políticos) tramita em primeira instância.

 

A ação proposta envolve a compra pela Petrobrás de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, em 2011, que evidenciou-se mais tarde ser um "poço seco", com prejuízo para a estatal.

 

Segundo a Procuradoria, para que o negócio, de aproximadamente US$ 34,5 milhões, fosse concluído, foi acertado o pagamento de propina na ordem de US$ 10 milhões (cerca de R$ 35 milhões) e, desse total, US$ 1,5 milhão foi destinado diretamente para Cunha em contas no exterior.

 

A força-tarefa solicitou ainda a perda do enriquecimento da mulher do deputado, Cláudia Cruz, de ao menos US$ 1.275.000,00 (R$ 4.462.500,00) relativo à movimentação na conta Köpek, aberta em seu nome, que recebeu valores transferidos das contas de titularidade de Cunha.

 

Fonte: Hora do Povo

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