Passe livre beneficia mais de 380 mil estudantes na cidade de São Paulo

No mês de junho o numero de estudantes carentes usuários do passe livre na cidade de São Paulo superou a marca dos 380 mil, afirmou a SPTrans através do Jornal do Ônibus. Para os estudantes da cidade está é uma ótima notícia, disse Marcos Kauê, presidente da UMES. “Foram necessários mais de 20 anos de muita luta e muita mobilização para esta conquista. Com o passe livre os estudantes de baixa renda tem mais garantias de permanecia nas escolas, tem mais acesso a educação, a cultura, ao lazer e esporte, tudo isso com uma economia familiar mínima de R$ 840,00 por aluno durante o ano”.

 

Para o presidente da UMES é fundamental resgatar que a conquista do passe livre junto a prefeitura da cidade também garantiu a integração do bilhete único do estudante, fornecido pela prefeitura, com a carteirinha de meia-entrada do estudante, fornecida pela UMES. “A iniciativa fortalece a juventude porque afirma as entidades estudantis, grandes responsáveis por conquistas como a meia-entrada, meia tarifa e agora o passe livre”.

 

“Com o passe livre os estudantes mais carentes estão mais próximos de conquistar plenamente os seus direitos relacionados a educação, lazer e saúde.  É dever do Estado assegurar a dignidade da juventude e todos os demais direitos garantidos pela Constituição e pelo Estatuto da Criança e Adolescente”, afirmou Kauê. “Agora a luta é para que esse direito chegue a todos os estudantes de baixa renda da cidade”.

 

Para a secundarista Fernanda, estudante do segundo ano do ensino médio da escola estadual Charles de Gaulle, “muita coisa mudou” em sua vida com o passe livre. “Antes eu ficava em casa porque não tinha dinheiro para passagem. Com o passe livre ficou mais fácil ir a escola e para meu curso de inglês”, disse a estudante. “Para quem estuda e mora longe o passe livre é muito bom porque facilita o acesso aos estudantes carentes”.

 

“O passe livre é uma forma de incentivar a educação porque muitos alunos carentes têm dificuldade. Fica mais fácil escolher o curso e decidir no que se formar se há mais facilidade de acesso”, afirmou Vanessa, estudante da Etec de Esportes. Para ela o passe livre significou uma economia de R$ 140,00 por mês. “Agora utilizo esse dinheiro para alimentação, já que fico muitas horas longe de casa”. Ela mora com seus pais e um irmão que também é estudante. É formada no ensino médio, e atualmente estuda Organização Esportiva na Etec. Em sua sala, dos 38 estudantes, cerca de 20 também utilizam o beneficio.

 

Para Renata, estudantes de Eventos da Etesp, as maiores mudanças em sua vida com o passe livre estão relacionadas a economia familiar de R$ 140,00 por mês, somada a sua maior facilidade de acesso a cultura e lazer. “Sempre que posso utilizo essa economia para cultura e lazer”. Na sua sala estudam 38 pessoas, das quais 25 são usuárias do passe livre.

 

“Os estudantes precisam utilizar a conquista do passe livre para estudar bastante, e aproveitar essa possibilidade para realmente compreender o que acontece na cidade, no país ou no mundo, para contribuir com mais melhorias para a sociedade” afirmou Renata que mora com seus pais.

 

Por fim relataremos o caso de Tiago, vice-presidente da UMES e estudante de Mecatrônica da Etec Getúlio Vargas, que mora com seus pais e um irmão já formado na graduação pelo ProUni. Para ele o passe livre mudou muita coisa em sua vida, a começar pela economia de R$ 140,00 por mês. “Ficou mais fácil ir shows e ao teatro, mas principalmente ver o São Paulo jogar no estádio do Morumbi ou Pacaembu”.

 

Ao falar sobre a importância do passe livre, Tiago afirmou que “não é mais possível pensar na cidade sem o passe livre. Antes não era muito pratico, pagávamos meia passagem a R$ 1,50 e tínhamos direito 4 integrações durante duas horas. Se precisasse andar mais de ônibus ou metrô as cotas acabavam antes do final do mês. Agora temos 24 cotas para ônibus e 24 para metrô e trem, e a carteira de estudante é a mesma do transporte”.

 

Para Tiago é preciso expandir o benefício aos finais de semana. “Precisa expandir para os finais de semana. Precisamos de 30 cotas para possibilitar que a juventude tenha um currículo escolar mais rico. Afinal também somos estudantes durante os finais de semana”.

 

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