PM agride alunos da escola Marilena Chaparro a pedido da diretora

Clique e assista o vídeo!

 

Na manhã da última sexta (11) os estudantes da E. E. Prof. Marilena Piumbato Chaparro decidiram protestar durante o intervalo por melhores condições em suas salas de aula e por mais estrutura para a escola. Para lidar com a manifestação a diretora chamou a polícia que de forma truculenta e agressiva acabaram com a atividade utilizando seus cassetetes e spray de pimenta, o que levou ao afastamento da direção.

 

Para Marcos Kauê, presidente da UMES, a ação da diretoria foi um absurdo. “É um absurdo que uma professora que ocupa um cargo de direção chame a polícia contra estudantes, ainda mais quando se trata de estudantes que estão lutando para estudar em melhores condições. Porém essa é a cartilha do governo de São Paulo para a educação: cassetete, spray de pimenta, bombas e porrada pra quem não aceita esse projeto de destruição da escola pública.

 

Estudante mostra marcas de agressão policial (Foto: Arquivo Pessoal)

 

No vídeo disponibilizado no YouTube é possível ver policiais agredindo um dos alunos que se manifestavam. “Eles entraram achando que estavam entrando na Febem", disse o estudante de 16 anos que aparece no vídeo. “Fui falar com eles que somos alunos. Ele deu uma cacetada no meu rosto e me arrastou”, afirmou a reportagem do G1.

 

Um dos professores tentou barrar os policiais, porém também foi agredido. “Eu me coloquei na porta, dizendo: 'Vocês não podem bater neles, está tudo sob controle'. Um deles bateu no peito e disse: 'Aqui é polícia, p***.' Eles entraram, me deram chutes, me empurraram, e deu-se início o espancamento na sala de aula”. O professor disse que vai recorrer a justiça e ressaltou que os alunos estavam corretos. “A primeira coisa que é importante frisar é que estavam fazendo uma reivindicação justa e ordeira”.

 

(Foto: Arquivo Pessoal)

 

A mãe de duas crianças que participaram, uma de 13 e outra de 14, diz estar com medo. “Eles chegaram chorando, avisando que os policiais estavam invadindo a escola, batendo, jogando spray de pimenta em todo mundo”. Outra mãe, de uma menina de 11 anos disse se tratar de um absurdo. “É um absurdo o que aconteceu. A gente manda as crianças para a escola, pensa que está seguro. Minha filha chegou em casa passando mal pelo gás de pimenta, ela tem bronquite”.

 

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