Primavera, de Grigori Aleksandrov, grátis no “Cinema Russo em Casa”
Nesta sexta-feira, 21/08/20, continuamos o projeto “Cinema Russo em Casa”, que consiste na exibição gratuita de um filme por semana no nosso canal do Youtube.
O filme desta semana será PRIMAVERA (Grigori Aleksandrov, 1947), com Nikolai Cherkasov e Liubov Orlova, ator e atriz que estão entre os mais importantes do cinema soviético. A comédia musical marca a reconstrução do país no início do pós-guerra, período em que se situa o enredo do filme.
É em PRIMAVERA que aparece também, pela primeira vez, monumento “O Operário e a Kolkhosiana” foi adotado como símbolo do Mosfilm em 1947.
A exibição estará disponível de sexta, 21/08, 19h, até domingo, 23/08, 19h.
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Primavera
Grigori Aleksandrov (1947), com Liubov Orlova, Nikolai Cherkasov, Faina Ranevskaia, URSS, 104 min.
Sinopse
Quinta comédia musical com direção de Grigori Aleksandrov e trilha composta por Isaak Dunaievsky, na qual Liubov Orlova contracena com Nikolai Cherkasov, o astro de Eisenstein em “Alexandre Nevsky” e “Ivan, o Terrível”. A sequência de abertura marca o ritmo febril da reconstrução do país no início do pós-guerra, período em que se situa o enredo do filme. Uma sucessão de quiprocós leva artistas e cientistas a superarem preconceitos mútuos, aprendendo a conhecer melhor o papel de cada um na sociedade.
Grigori Vasilyevich Aleksandrov nasceu em Yekaterinburg, distrito federal dos Urais. Em 1921 iniciou no Teatro Proletkult uma fecunda parceria com Eisenstein, que se estenderia ao cinema. Coescreveu o roteiro de “A Greve” (1924) e codirigiu “Encouraçado Potemkin” (1925), “Outubro” (1928) e “O Velho e o Novo” (1929). Em 1930 acompanhou Eisenstein em sua viagem aos EUA, e participou, em 1932, das filmagens do inacabado “Que Viva México!” – em 1979 concluiu uma edição das imagens colhidas nesse trabalho. Retornou à URSS em 1933 e de uma conversação mantida com Stalin e Gorki surgiu o projeto de realizar comédias musicais estreladas por Lyubov Orlova, cantora extremamente popular na época, e que mais tarde se tornaria sua esposa. As produções deste ciclo são “Amigos Extraordinários” (1934), “Circus” (1936), “Volga-Volga” (1938) e “Primavera” (1947). Os musicais obtiveram estrondoso sucesso e abriram caminho para outros diretores que se notabilizaram no gênero, como Ivan Pyriev. De 1951 a 1957, Aleksandrov lecionou direção no Instituto de Cinematografia (VGIK). Entre seus filmes destacam-se também “Encontro no Elba” (1949), “Glinka” (1952), “Grande Luto” (1953), “Souvenir Russo” (1960), “Lenin na Polônia” (1961), “Lenin na Suíça” (1965) e “Skovorets e Lira” (1974). Foi premiado três vezes com a Ordem de Lenin, e recebeu o Prêmio Stalin em 1941 e 1950. Música Original: Isaak Dunaievsky (1900-55)
Considerado um dos maiores compositores soviéticos, Isaak Osipovich Dunaievsky nasceu em Lokhvitsa (Ucrânia). Em 1919 formou-se em violino e teoria musical no Conservatório Kharkiv. Transferiu-se para Moscou em 1924, indo trabalhar no Teatro Hermitage. Foi diretor e regente do Music Hall de Leningrado (1929-34), e em seguida retornou a Moscou para trabalhar em suas operetas e músicas para cinema. Dunaievsky criou 14 operetas, 3 balés, 3 cantatas, 80 coros, 80 canções e romances, música de 88 peças teatrais e 42 filmes, 52 composições para orquestra sinfônica, 47 para piano e 12 para orquestra de jazz. Escreveu a trilha das cinco comédias musicais de Aleksandrov – “Amigos Extraordinários” (1934), “Circus” (1936), “Volga-Volga” (1938), “O Caminho Luminoso” (1940) e “Primavera” (1947). Compôs também, entre outras, as trilhas de “Três Camaradas” (Semyon Timoshenko, 1935), “Filhos do Capitão Grant” (Vladimir Weinstock, 1936), “Meu Amor” (Vladimir Korsh-Sablin, 1940) e “Cossacos de Kuban” (Ivan Pyriev, 1949).
O Símbolo do MosfilmO célebre monumento “O Operário e a Kolkhosiana” foi adotado como símbolo do Mosfilm em 1947. Nessa condição, apareceu pela primeira vez na tela no filme “Primavera”, de Grigori Aleksandrov. A escultura foi criada para ser a peça central do Pavilhão Soviético na Exposição Mundial de Paris, inaugurada a 25 de Maio de 1937. Composto de duas figuras, que erguem sobre a cabeça o martelo e a foice, o grupo escultório foi produzido em aço inoxidável pela artista Vera Mukhina. Tem 24,5 metros de altura e 80 toneladas de peso. O transporte até Paris exigiu a sua desmontagem em 65 peças, o mesmo acontecendo para a volta a Moscou, depois de terminada a Exposição. Instalada desde 1939 em frente ao Centro Nacional de Exposições da cidade, a escultura resistiu à desconstituição da URSS e às maquinações dos ajustadores fiscais de lá para vendê-la a empresas americanas. Em 2003, os vereadores de Moscou decidiram desmontar o gigante de aço e realizar uma operação de restauração que durou seis anos, até seu retorno seguro ao local habitual. O monumento ganhou um pedestal novo, com 34,5 metros de altura e 60,5 de largura, recoberto de granito de diversas cores.
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