Professores aprovam manutenção da greve!
A UMES se solidariza com os professores da rede pública estadual, que decidiram em assembleia, na última sexta-feira, manter a greve iniciada no dia 22 de abril.
Mais de 20 mil professores participaram da manifestação que partiu do MASP, na Avenida Paulista, até a Praça da República, onde os docentes repudiaram o comportamento do Secretário da Educação, Herman Voorwald, que na última reunião não atendeu a nenhuma das revindicações apresentadas pela categoria.
De acordo com a APEOESP, o sindicato propôs ao governo que fosse negociado um novo reajuste aos professores em outubro, além dos 8,1% previstos para julho. No entanto, o secretário negou e adiou uma nova conversa para daqui “a dois ou três meses”.
“Frio diante da situação da rede estadual de ensino, o Secretário não parece de fato estar muito preocupado com a falta de professores; com o fato de os jovens não se interessarem pela carreira em função dos baixos salários; com o regime de semi-escravidão a que são submetidos os professores da categoria O; com as jornadas de trabalho estafantes, más condições de trabalho e o adoecimento dos professores e das professoras; com o agravamento da violência nas escolas; enfim, com tantos fatores que desvalorizam a nossa categoria e comprometem a qualidade da educação pública no Estado de São Paulo. Ele está preocupado em discutir índices para contestar nossas reivindicações salariais (à luz das prioridades do Governo Estadual e não da população) e para tentar provar que tudo está indo muito bem. O Governo quer manter nossa categoria desmotivada e derrotada. Não vamos permitir!”, afirma a APEOESP.
Estudantes e dirigentes da UMES também estiveram presentes no ato, manifestando o apoio dos alunos à mobilização: “Há anos os professores vêm sofrendo com perdas salariais, sem que haja reposição, recebem salários muito baixos. Por isso somos solidários, queremos que nossos professores sejam valorizados, tenham plano de carreira, isso sim poderá garantir educação de qualidade”, afirma Rodrigo Lucas, presidente da UMES.
A presidente da APEOESP, Maria Izabel de Azevedo Noronha, Bebel, destaca a intensa desvalorização que os professores vêm sofrendo com a redução das despesas da Secretaria da Educação com pessoal: “Em 1998, a secretaria investia 88,4% do seu Orçamento com despesas com pessoal, sendo 57,6% com servidores em exercício e 30,8% com aposentados e pensionistas. Em 2011 o quadro foi substancialmente alterado. As despesas com pessoal correspondiam somente a 61,6%, sendo 40,6% com servidores em exercício e 21,0% com aposentados e pensionistas”.
“Em 2011, conforme dados da RAIS (Relação Anual de informações Sociais) a remuneração média dos professores que atuavam na Educação Básica, com ensino superior completo, equivalia a R$ 2.520,25, ou apenas 50,7% da remuneração média (R$ 4.975,54) das demais ocupações com ensino superior completo, no estado de São Paulo”, ressalta.
Além do reajuste imediato de 13,5%, os professores reivindicam o cumprimento da jornada do piso, que determina que 33% da jornada de trabalho seja destinada a atividades de formação e preparação de aula, a contratação de temporários com os mesmos direitos dos docentes da categoria “F”, mais segurança nas escolas e o fim da tentativa de privatização do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.
Na próxima quinta-feira, 2 de maio, serão realizadas assembleias regionais e, na sexta-feira, 3, às 14 horas, haverá nova assembleia no vão livre do MASP.
Veja abaixo o vídeo da assembleia, feito pela APEOESP, do dia 26 de abril, clicando aqui!
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