Professores de São Paulo aprovam calendário de mobilização

 

Em Assembleia realizada na tarde de terça (24), em frente a Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, os professores paulistas aprovaram novo calendário de mobilização em defesa do aumento do salário dos professores. “A reivindicação é o salário e este é o ponto central de tudo, porque estamos já há dois anos sem nenhum reajuste salarial”, afirmou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel).

 

Para o sindicato é necessário reajuste imediato de 16,6% para compensar todas as perdas devido a inflação dos últimos anos. Além do reajuste salarial, os professores pedem melhores condições para os professores, especialmente na área de saúde. “Com relação à saúde dos professores, eles não podem ficar doentes. Se ficarem doentes, levam falta”, comentou Bebel, que denunciou a proposta do governo Geraldo Alckmin para aumento zero de salário.

 

 

Na assembleia também foi aprovado mobilização para o 31 de maio, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), durante a audiência pública que discutirá o Plano Estadual de Educação, que será votado dia 14 de junho. “Nele estão implícitos o plano de financiamento e o plano de carreira, da valorização. É uma proposta global. Se tivermos isso aprovado, teremos um instrumento mais forte para fazer valer essa luta”, afirmou Bebel.

 

Governo Temer

 

Ainda hoje (25) Bebel publicou um artigo no site da Apeoesp defendendo a saída do governo interino de Michel Temer. “As medidas encaminhadas pelo ilegítimo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional, que afetam diretamente a educação e a saúde, são inaceitáveis e merecem o repúdio de todo o povo brasileiro”.

 

No artigo Bebel denunciou a proposta do fim da destinação de 50% dos recursos do Fundo Social e 75% dos royalties do petróleo para a educação, bem como a volta da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Ao fim ela declarou: “somo minha voz à de milhões de brasileiros e brasileiras que estão nas ruas para dizer: Fora Temer!”

 

 

Embora o artigo não reconheça que as medidas do atual governo Temer diferem muito pouco do ajuste e corte adotadas por Dilma, é bom saber que estudantes e professores estão juntos nessa luta contra a destruição nacional perpetrada pelo atual governo. Nesse sentido, a UMES reafirma a sua convicção de que o caminho para mudança virá com novas eleições e não pela defesa ou restituição de um governo “menos pior” para o povo. 

 

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