Propina paga na fraude da merenda em SP ia de R$ 100 mil a R$ 1,3 milhão

Duarte Nogueira, secretário de Transporte de Alckmin, é um dos citados no escândalo

 

A Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo instalou uma força tarefa para apurar a participação de políticos do PSDB e PMDB no esquema de fraude e propina da merenda escolar em São Paulo.

 

Entre os implicados estão o ex-chefe de gabinete do governador Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos (conhecido como Moita), o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez, Duarte Nogueira Júnior, que é deputado, ex-secretário de Agricultura e atual secretário de Logística e Transportes. Além deles, os deputados federais Baleia Rossi (PMDB-SP) e Nelson Marquezelli (PTB-SP) também foram citados.

 

A promotoria suspeita que o dinheiro desviado era usado para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral.

 

Após policiais terem encontrado indícios de que ao menos 22 prefeituras paulistas pagavam mais caro pela merenda servida em creches e escolas públicas, o ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, que fornecia parte dos alimentos, foi preso.

 

Em acordo de colaboração com a Justiça, Chebabi confirmou que pagava propina para conseguir os contratos, variando de 5% a 25% do valor das vendas. Segundo ele, uma comissão de 10% era paga a autoridades através de um intermediário chamado Marcel Ferreira Júlio, que está foragido. O valor da propina paga variava de R$ 100 mil a R$ 1,3 milhão.

 

O ex-chefe de gabinete da Casa Civil, exonerado após a denúncia, aparece em gravações obtidas através de escutas orientando a cooperativa a conseguir aumento em um contrato com a secretaria estadual de Educação.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

 

 

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