Queremos Justiça!
No dia 14 de março de 2018 a Vereadora Marielle Franco (RJ) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados brutalmente depois que saiam de uma agenda de mandato. Hoje faz exatamente um ano da sua morte e ainda não temos respostas concretas.
No dia seguinte aos assassintos as ruas das principais capitais do país foram tomadas por manifestações exigindo respostas as execuções de Marielle e Anderson, mobilizações essas que continuaram ao longo do ano.
Só após um ano de investigações tivemos as primeiras prisões relacionadas ao caso, no início da semana, dois milicianos envolvidos com as execuções foram presos, e um deles, Ronnie Lessa que coincidências a parte não só morava no mesmo condomínio que o Presidente Jair Bolsonaro, mas também tinha relações diretas com a família.
Flávio Bolsonaro, na sua atuação como Deputado estadual na Alerj empregou em seu gabinete a mãe e a mulher do chefe da milícia da cidade de Rio das Pedras na zona oeste do Rio de Janeiro, inclusive premiou diversos milicianos durante os seus mandatos. Em uma operação no ano passado chamada “Quatro Elementos” que tinha como objetivo principal investigar policiais acusados de crimes de extorsão e entre os presos estavam os irmãos da tesoureira do PSL e assessora da liderança do partido na alerj Valdenice de Oliveira.
A atuação política de Marielle se dava principalmente na luta pelos direitos do povo mas também contra as milícias que tomam conta das comunidades e da política do Rio de Janeiro, milícias essas que ceifaram a vida de Marielle e Anderson num crime brutal não só contra a existência dos dois mas também contra a democracia brasileira.
Após um ano ainda gritamos por respostas, mesmo sabendo dos possíveis suspeitos que atuaram diretamente no dia do assassinato é mais que necessário saber “Quem mandou matar Marielle?” Lamentamos sua morte, pois perdemos uma mulher aguerrida que não abaixava a sua cabeça pra ninguém e não arredava o pé quando o assunto era defender o lugar de onde ela veio e o que acreditava.
Marielle virou semente e brotou no coração de cada pessoa que sonha em viver em paz. A bala não calou a sua voz, e hoje ela ecoa nos quatro quantos do país exigindo justiça, não só por sua vida, mas pela vida de todas e todos que tem a ousadia de denunciar os mandos e desmandos desses governos podres que tem a covardia de alvejar a vida de pessoas para manter privilégios e poder.
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