Representantes tomam posse e debatem dados apresentados na reunião do Conselho Municipal de Transporte

Foi realizada, nesta sexta-feira, a primeira reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito da cidade de São Paulo, que reúne representantes da Prefeitura e de diversos setores da sociedade. Os conselheiros tomaram posse e aprovaram o calendário das próximas reuniões, que debaterão o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e o atual sistema de transporte.

Entre os temas abordados no encontro, estão a remuneração e arrecadação do sistema de transporte coletivo, a necessidade de remodelação da infraestrutura do setor e a abertura do debate para a população.

O Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, que dirigiu a reunião, sugeriu que o Conselho debata um projeto de lei para a instituição definitiva de seu formato na legislação municipal. “A cidade tem um foro agora, ligado à mobilidade. A cidade precisa disto, canais de manifestação, canais de debate. Estamos abrindo as planilhas, abrindo os custos e tendo transparência”, afirmou Tatto.

Entre os 39 membros e entidades sociais que participam do Conselho, a UMES, representada pelo coordenador-geral, Henrique Hettwer, também esteve presente na reunião. Após a posse, o secretário Tatto e o diretor de Gestão Econômica Financeira da SPTrans, Adauto Farias, apresentaram informações sobre os contratos do transporte público, os custos do sistema, o número de passageiros e veículos e a composição dos recursos destinados às empresas.

Um dos dados que chama a atenção é que apenas 3% do sistema viário da cidade é ocupado por ônibus, ao mesmo tempo em que 79% é ocupado por carros, numa média de 1,6 usuário por veículo. Já o percentual de ônibus fretado atinge 1%, caminhão 2% e moto 15%.

De acordo com a SPTrans, o sistema realiza 10,1 milhões de viagens por dia, sendo que 81%, cerca de 8,2 milhões de viagens, são realizadas por ônibus, 22% das viagens são de metrô e 11% de trem.

A apresentação demonstrou também, no caso dos ônibus, a composição dos custos por passageiro transportado, apontando que, do total, 6,78% representa o lucro das empresas; 45,37% representam os gastos com pessoal; Diesel, Rodagem e Lubrificantes, 20,91%; Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), 2,4%; INSS Patronal, 2%, Depreciação de Investimentos, 8,8% e Despesas Administrativas, 5,76%.

 

CORREDORES EXCLUSIVOS

Como parte do debate em torno da mobilidade urbana, destacou-se também o anúncio feito pelo Governo Federal que permitirá o investimento de R$ 3,1 bilhões na construção de 99 km de corredores de ônibus. Os investimentos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) que destinará, ao todo, R$ 8 bilhões de investimentos para São Paulo.

Entre as obras contempladas, estão os corredores nas Avenidas Celso Garcia, na zona leste, 23 de Maio, na zona sul e áreas periféricas com pouca oferta de transporte público. Na região do Grajaú, na zona sul, será feito o Corredor Cocaia, que passará pela Avenida Belmira Marin, uma das mais congestionadas da capital, entre outras vias que cortam bairros populosos da zona sul. No extremo leste, o Corredor São Miguel passará pela Avenida Águia de Haia.

As próximas reuniões do Conselho serão mensais, nos dias 25 de setembro, 18 de outubro, 22 de novembro e 20 de dezembro.

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