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Retornar às aulas apenas com combate inteligente ao vírus!

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Pandemia, crise, desemprego, educação sucateada: o coronavírus escancarou a desigualdade social no Brasil. Enquanto milhares de pessoas padecem pela doença, Bolsonaro continua a sabotar os esforços nacionais contra o contágio e a proliferação do vírus. A realidade é que Bolsonaro pouco se importa com a vida do povo, por isso não incentivou a compra de testes, negou a ciência e a doença, desestimulou o isolamento e sabotou o pagamento do auxílio-emergencial. Ao invés de atuar para impedir a propagação do coronavírus, virou garoto propaganda de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

Em plena pandemia dois ministros da Saúde foram demitidos e até hoje permanecemos com o cargo ocupado por um interino. O resultado da desastrosa atuação de Bolsonaro: mais de 100 mil vidas perdidas para o coronavírus.

No início da pandemia, a quarentena geral cumpriu seu papel e evitou o colapso do nosso sistema de saúde. O cumprimento das regras de isolamento social, evitaram ainda que a política negacionista do governo Bolsonaro tornasse esta tragédia ainda pior para o povo brasileiro.

Esta segunda fase do combate ao vírus, deve ser realizada a partir das definições científicas, com critérios rigorosos e sobretudo com a busca ativa e o rastreio de casos da doença, isolando a parcela da população exposta ao vírus e todos com quem eles tiveram este teve contato. Com isso, poderemos impedir o avanço da pandemia e proteger a população.

É isto que defendem os cientistas e o que a UMES-SP defende em todos os debates realizados neste período de grande dificuldade.

Neste sentido, é importante destacar que o estado de São Paulo, adotou a medida de rastreamento dos casos para isolar a população que teve contato com contaminados por um período de 14 dias. 

Para vencer o vírus devemos atuar sobre os focos de transmissão da doença pois a situação econômica e a desigualdade social mostram sua pior face: pouca eficiência das medidas de distanciamento nas periferias e bairros mais pobres dos centros urbanos.

Retornar às aulas quando cientistas e agentes de saúde determinarem condições seguras!

Neste momento de grave negação da ciência, os estudantes se propõem a ouvir a ciência que existe em nosso país, aqueles que estão na linha de frente do combate ao Coronavírus. 

Defendemos que as aulas sejam retomadas apenas quando os órgãos de inteligência e combate ao Corona tenham um levantamento concreto dos casos de contaminação e onde se concentram, assim isolando todos que tiverem contato com o vírus, recebendo auxílio para manutenção das condições de isolamento. 

Do outro lado, as regiões que tiverem os casos controlados podem começar a retornar, de maneira gradual às atividades normais, com critérios – no caso da educação – de ocupação das salas de aula de no máximo 35% dos estudantes, impossibilitando os que fazem parte do grupo de risco de retornarem às atividades. Ainda neste sentido, que o transporte seja ampliado para evitar aglomerações no deslocamento da residência até à escola, e que toda a infraestrutura seja reformada ou adequada para esta nova situação. 

Defendemos principalmente que neste momento se pensem ações para um possível retorno, quando as organizações de Saúde e a Ciência comprovar que são verdadeiramente viáveis. Esta não é a situação de São Paulo hoje e portanto devemos ampliar a conscientização acerca do Corona e lutar pela implementação de políticas inteligentes e eficientes ao contágio para retornar assim que possível às atividades.

Planejar, simular, organizar e preparar o retorno para que não seja descontrolado é a principal ação que os estudantes, professores e o Governo devem se empenhar para definir uma possível volta às aulas segura, daqueles que necessitam e que não estão expostos ao vírus.

Para o retorno seguro, será necessário amplo investimento em infraestrutura e contratação de profissionais, que hoje nossas escolas tanto carecem, em especial nas regiões periféricas, onde concentram as maiores denúncias de condições precárias de estudo. Materiais de higiene, álcool em gel, máscaras, termômetros serão condições indispensáveis o, assim como um processo de conscientização por parte dos estudantes e professores para que o distanciamento e as demais medidas protetivas sejam respeitadas e garantidas.

Acompanhamos com rígidos olhares as propostas apresentadas pelos órgãos responsáveis pela Educação e apresentamos da perspectiva estudantil às medidas que serão necessárias de acordo com as diversas realidades criadas pela desigualdade. Condições estas que forçam pais a trabalharem e necessitam de um ambiente seguro para deixar seus filhos. Este espaço é a escola! E é a partir dela que poderemos combater esta triste doença.

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO UMES-SP

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