Samba de Roda na UMES

Venha assistir ao batizado das turmas do professor Pavio (UMES) e do professor Royal (Grupo Geração Capoeira), no próximo domingo (28), na sede da UMES na rua Rui Barbosa, 323, Bixiga. Além das rodas, haverá palestra sobre história da capoeira e apresentações de Maculelê e Samba de Roda

 

Samba de Roda

 

O Samba de Roda é uma expressão cultural brasileira que abrange todo o estado da Bahia. É considerado patrimônio cultural do Brasil (2004) e da Humanidade (2005). Possui variações históricas, sociais e regionais, sua maior incidência é no Recôncavo Baiano, região circundada pela Baía de Todos os Santos.

 

É uma manifestação que envolve música, dança e poesia no formato de círculo ou semicírculo. Os principais instrumentos são o pandeiro e o prato-e-faca (literalmente, lembrando o reco-reco), acompanhados pela viola, que também compõe o círculo. Não poderiam faltar as palmas, reproduzidas pelos demais integrantes.

 

A dança é predominantemente feminina, realizada dentro da roda, cuja coreografia típica é o miudinho, sapateado quase imperceptível para frente e para trás, com os pés colados ao chão, e correspondente requebrado dos quadris. Os homens geralmente tocam os instrumentos (com exceção do prato-e-faca). A troca entre as dançarinas se da com uma umbigada.

 

Não existe local característico para ocorrer, e todos podem participar. Embora faça parte das festividades civis e religiosas no Brasil, a exemplo da festa dos santos Cosme e Damião, na Folia de Reis e também nas festas de candomblé nagô ou angola, sua ocorrência se da durante todo ano.

 

A base do samba de roda é a combinação das tradições culturais de negros e portugueses, notadamente visível pela combinação dos instrumentos.

 

O samba de roda pode ser dividido em dois grandes tipos, o samba corrido e o samba chula, também conhecido como samba de parada, samba amarrado ou samba de viola. A diferença está na forma de dançar bem como na execução da música.

 

O samba chula é mais rigoroso. A dança nunca acontece simultaneamente ao canto. Apenas uma pessoa pode dançar no centro da roda, enquanto os instrumentos são tocados sem problemas). Já no samba corrido, dança, toque e canto acontecem na mesma hora e mais de uma pessoa pode dançar no meio da roda.

 

O Samba de Roda é permeado de sensualidade, evidente nos movimentos das dançarinas e interjeições dos músicos. “O homem toca estimulando a mulher a dançar e ela dança instigando o homem a tocar”. Quem dança percorre a roda reverenciando os músicos e apresentando sua dança, enquanto os músicos tocam de modo a entusiasmar a dançarina.

 

Não há traje específico, embora as mulheres prefiram saias cumpridas e rodadas.

 

Mesmo sem instrumentos o Samba de Roda pode ocorrer apenas entre palmas e batuques. Dá-se o nome de chula a parte cantada do samba, conhecida como estrofe principal, e é chamado de “relativo” à resposta a estrofe principal. “Tirar samba” é cantar a estrofe principal.

 

O Samba de Roda está há mais de duzentos anos no cotidiano do povo brasileiro. No Recôncavo se constituiu na forma mais comum, entre jovens e idosos, de festejar. Dessa forma as crianças e jovens aprendem a rufar o pandeiro, “tirar samba” e responder à toada.

 

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