29-6-16 Requião

Senador Requião defende plebiscito e nova eleição

 

29-6-16 Requião

 

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, em pronunciamento feito da tribuna do Senado na última quinta-feira (23), que o povo tem que decidir democraticamente o que lhe é de direito, ao defender a realização de um plebiscito nacional para decidir sobre a antecipação das eleições presidenciais. “Quero que o povo decida democraticamente o que lhe é de direito. Quero que o povo discuta sobre a política e sobre que futuro quer para si, como faz no dia de hoje, 23 de junho, na Inglaterra”, assinalou Requião.

 

“Quero apenas que o povo brasileiro diga o que pretende do país, e não mais o Meirelles, o Goldfajn, o Bradesco, o Itaú e as conversas feitas nos corredores de embaixadas de países geopoliticamente mais fortes que querem que o Brasil seja uma espécie de Porto Rico, um Estado associado aos interesses dos países poderosos e do grande capital”, prosseguiu o senador. “Apelo assim para uma nova eleição e plebiscito antecipado por uma grande discussão nacional”, defendeu.

 

Ao responder a um aparte da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que tentou defender a volta de Dilma Rousseff à presidência, Requião foi categórico: “É por isso, senadora, que a minha posição é clara: nem “Volta Querida!” nem “Fora Temer!””. “Mas nós temos que admitir que quem tem que decidir isso é o povo brasileiro, não são os sucessores do Joaquim Levy – Henrique Meirelles e Goldfajn –, não é o interesse do Banco do Itaú e do Bradesco, que está mandando no governo”, destacou.

 

“Quem governa o Brasil, hoje, é a Febraban e os interesses geopolíticos de países mais poderosos no mundo! Os brasileiros estão reduzidos a uma participação negativa neste momento da nossa história! Nós não podemos aceitar que isso continue acontecendo!”, ponderou o senador paranaense. Ele fez duras críticas à política econômica do atual governo que pretende tirar direitos trabalhistas, privatizar estatais e cortar verbas da saúde e educação. “Eles querem acabar com CLT com a alegação de que ela seria uma lei muito antiga. Pois eu digo que a Lei Áurea é muito mais antiga que a CLT. O que eles querem com a idéia do negociado acima do legislado, é acabar com as conquistas dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro, etc.”, alertou.

 

Em outro aparte, agora da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que será a líder do governo no Senado, Requião desejou a ela uma interinidade curta na liderança do governo. “Eu desejo que essa sua liderança seja breve, que essa interinidade acabe e nós devolvamos a decisão sobre os destinos políticos do Brasil ao povo, através de uma eleição direta”, defendeu. Requião ressaltou que há continuação da política econômica que arrasou o país. “É verdade que a presidente foi submetida a um referendo revogatório. Ninguém pode negar que ela tinha diante de si a insatisfação do Congresso Nacional e que ninguém estava contente com a política econômica do país. Mas esta política econômica de hoje é uma política entreguista, é uma política que privilegia o capital vadio que privilegia a banca, os juros e a exploração. E nós não podemos admitir que isso continue assim”.

 

Fonte: Hora do Povo

 

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário