Sinpeem convoca paralisação contra ajuste de Temer e projeto de previdência privada no município
Professores durante manifestação no MASP
Os professores das escolas municipais de São Paulo realizarão paralisação de um dia na próxima sexta (26), contra o projeto de previdência privada para os professores da rede e contra o ajuste fiscal do governo federal. Durante a paralisação será votado se os professores entrarão em greve contra o projeto da prefeitura conhecido como Sampaprev.
Para o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino Municipal de São Paulo) a proposta fere os direitos dos professores. “Os servidores públicos já financiam sua aposentadoria, com 11% do salário retido na fonte”, afirmou José Donizete Fernandes, presidente do sindicato. Sobre a greve ele alertou: “se começar a primeira votação [no plenário da Câmara dos vereadores], vamos entrar em greve”.
A proposta enviada à Câmara Municipal pela prefeitura busca criar um plano de previdência privada para os servidores do município e também institui um teto para o valor da aposentadoria. Ambas as medidas, caso aprovadas, valerão para todos os funcionários que ingressarem no serviço público após a sanção da lei.
Em nota, a prefeitura disse que a lei obriga o município a criar uma previdência complementar para os servidores. “Trata-se de exigência de lei federal que o Estado já aplicou e o município estava em mora. A lei já foi aprovada em todos os Estados”.
Em março os professores da rede municipal conquistaram junto a prefeitura um reajuste de 7,57% no piso dos salários. Com o aumento, o piso passou de R$ 3,300 para R$ 3,550 em 2016. Atualmente o sindicato conta com 57 mil associados.
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