Unifesp e UFMG adiam rematrícula em decorrência da greve contra os cortes
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) adiaram a rematrícula de alunos em decorrência da greve dos servidores técnico-administrativos contra os cortes na educação. A paralisação teve início em maio, e já naquele havia dificultado o cadastro de calouros aprovados pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Em nota a Unifesp afirmou que a “rematrícula para o segundo semestre de 2015 dos cursos de graduação de regime semestral”, prevista para começar nesta quarta-feira (15) “está temporariamente suspensa”. Já a UFMG, em comunicado aos alunos afirmou que a matrícula dos veteranos foi adiada por tempo indeterminado.
A greve contra os cortes do governo na educação, que basicamente paralisou as universidades federais, assola mais de 46 universidades federais pelo país. Porém mesmo este contexto não foi suficiente para Dilma pensar em colocar a tesoura de lado. Neste domingo o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que os cortes de 75% da verba para pós-graduação do MEC, anunciados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) às universidades federais, serão no custeio. Para ele a comunidade acadêmica precisa entender a “situação difícil” e contribuir com o ajuste de Dilma-Levy. “O ajuste fiscal é uma realidade”, afirmou.
A parte de custeio das Instituições corresponde ao recurso responsável pela manutenção do dia a dia da estrutura. No caso da pós-graduação estamos falando principalmente de material de consumo, sejam os específicos ou os gerais como água, luz, telefone e internet. Este corte pode levar a ruína uma pesquisa que precise armazenar material genético resfriado através de nitrogênio líquido, ou mesmo por falta de energia para o funcionamento das estufas. Também serão cortadas as passagens e diárias para participação em congressos ou eventos científicos.
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