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3º Batizado e Troca de Cordas da Capoeira na UMES

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Neste fim de semana a Capoeira na UMES realizou o seu Terceiro Batizado e Troca de Cordas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na sede central da entidade. Para Fabiano Pavio, professor do projeto, o evento fortalece a luta para colocar a capoeira dentro das escolas. “A lei que diz que as instituições de ensino tem a obrigatoriedade de ter na sua grade curricular a cultura afro-brasileira não é respeitada, e a capoeira se insere exatamente nisso: é cultura afro-brasileira, é cultura do povo brasileiro. Precisa estar na escola, lado a lado com os estudantes”.

A atividade teve início às 10 horas da manhã, e ao todo 70 alunos foram batizados ou trocaram sua corda. “O evento hoje é a realização do trabalho. É a consagração do professor e dos alunos que treinaram o ano inteiro, se dedicaram, aprenderam, cresceram dentro da capoeira. E hoje eles trocaram a sua graduação ou pegaram a primeira corda, o que representa um grande esforço para dedicar um pouco de tempo para aprender a nossa cultura”, afirmou o mestrando Pardal, do grupo Geração Capoeira, durante entrevista para a comunicação da UMES.

 

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Ao falar da importância do aprendizado de capoeira nas escolas o mestre do grupo Geração Capoeira, Bambu, destacou que “primeiramente a capoeira é a história viva do nosso Brasil e ela não pode ficar longe da escola. É um aprendizado desde menino. Qualquer criança pode aprender capoeira, mas o nosso governo não vê dessa forma. Em São Franscisco [Bahia] a capoeira é como uma universidade e falta isso no Brasil”.

Nesse sentido Pavio falou da importância de construir uma representação desse projeto dentro da Câmara dos Vereadores e anunciou sua pré-candidatura para vereador. “Por isso a gente pensou em lançar um pré-candidato pra lutar pela capoeira dentro da escola e pelo fim da aprovação automática, que faz os estudantes passarem de ano sem aprender”. Para ele “a educação publica, como está, não consegue dar o suporte necessário a nossa juventude”. Ele também condenou os atuais políticos que roubam a Petrobrás para se manter no poder e disse que a política nacional de desemprego e recessão deve acabar.

 

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Para o professor-instrutor, Royal, “é muito importante esse projeto que é levar a cultura da capoeira para a comunidade e para os estudantes de uma forma ampla sempre mantendo a cultura, que é uma identidade do povo brasileiro. Eu parto da premissa que todos têm que conhecer a capoeira, independente se e vai praticar ou não. Você conhecer a cultura e a história da capoeira é você conhecer a cultura e a história do Brasil, o projeto é fundamental para manter esse espírito vivo”.

Desde o começo do ano a Capoeira na UMES realizou centenas de apresentações pelas escolas da cidade, sob a iniciativa de Pavio, que se apresentou nas escolas convidando os alunos a praticar capoeira na UMES, assim como promovendo debates sobre a cultura nacional e a importância da capoeira nessa discussão.

 

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