26-10-16 MP reforma do ensino

Reforma do ensino coloca Educação do Brasil sob ameaça, alerta educadora da Unicamp

 26-10-16 MP reforma do ensino

 

“Neste momento a situação da educação no Brasil eu diria que está sob ameaça”. A opinião é da pesquisadora, psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), Ângela Soligo, sobre o atual momento do ensino no país e a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal.

 

Para haver uma real mudança é necessário melhorar a estrutura das escolas e investir na valorização do professor, segundo a psicóloga. As medidas propostas na reforma do ensino médio não atendem às necessidades da educação brasileira. “Para você ter uma educação de qualidade, isso a experiência mundial já mostrou, você precisa ter uma carreira docente valorizada”, afirma Ângela.

 

Em países como a Finlândia, que possui grandes índices educacionais, um dos aspectos centrais da educação é a carreira do professor, as condições de trabalho e a sua valorização, lembra a educadora. “Queremos copiar a educação da Finlândia, vamos começar pelos professores. Em países que têm um bom desempenho educacional, têm uma grande valorização do trabalho do professor”, sugere.

 

Fonte: G1 (Foto: Cris Faga/NurPhoto/APF)

26-10-16 PEC CNBB

CNBB condena a PEC 241 “que atinge os mais pobres da nação”

26-10-16 PEC CNBB

Temer e Maia durante coquetel em prol da PEC que só beneficia os bancos

“Não é justo que os pobre paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise”, afirmam os bispos

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota se manifestando contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 – que propõe o congelamento dos gastos públicos por 20 anos – e outras medidas que compõe “o cenário de retrocessos dos direitos sociais em curso no Brasil”.

O documento assinado durante a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, realizado em Brasília entre os dias 18 e 19, ainda cita como propostas “que colocam em risco os direitos sociais do povo brasileiro, sobretudo dos empobrecidos” as reformas trabalhista e previdenciária e a reforma do Ensino Médio.

“Sobretudo, a Proposta de Emenda Constitucional, PEC 241/2016, que estabelece teto nos recursos públicos para as políticas sociais, por 20 anos, colocam em risco os direitos sociais do povo brasileiro, principalmente dos empobrecidos. Em sintonia com a Doutrina Social da Igreja Católica, não se pode equilibrar as contas cortando os investimentos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres de nossa nação. Não é justo que os pobres paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise”, afirma os bispos contrários ao novo regime fiscal.

Um verdadeiro levante tem tomado o país contra a PEC 241, uma das mais perversas medidas do ajuste fiscal de Dilma e Temer. A proposta que já foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, passará pelo Senado.

A imposição do congelamento dos gastos públicos por 20 anos trará consequências gravíssimas especialmente para a saúde, educação e assistência social. De acordo com uma pesquisa técnica realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a saúde perderia ao menos R$ 743 bilhões com a aprovação da PEC, o que inviabilizaria o acesso universal à saúde pública no país conforme garante o Sistema Único de Saúde (SUS).

As perdas estimadas para os programas de assistência social, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada e o Sistema Único de Assistência Social será da ordem de R$ 868 bilhões, ainda segundo cálculos do IPEA.

No caso da educação, a aprovação da proposta significa que nem um centavo novo vai chegar para construção de creches, escolas, melhorar as universidades públicas ou reajustar o salário dos professores. Segundo estudo da Câmara dos Deputados, as perdas seriam de ao menos R$ 45 bilhões em dez anos de vigência da emenda, apelidada, não à toa, de PEC do Fim do Mundo. Já são aos menos 26 universidades públicas em greve e mais de 1000 escolas ocupadas por estudantes (Ver matéria pág. 5 desta edição).

“Afirmamos nossa solidariedade com os Movimentos Sociais, principalmente de trabalhadores e trabalhadoras, e com a juventude, que manifestam seu descontentamento com as propostas do governo, bem como todas as organizações que lutam na defesa dos direitos da população”, continua a nota assinada pelo Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão e Bispo de Ipameri (GO), estimulando as Pastorais Sociais a se engajarem na defesa da Constituição de 1988.

“Encorajamos as Pastorais Sociais a participarem, com os demais movimentos e organizações populares, na defesa das conquistas sociais garantidas na Constituição Federal de 1988, na qual a CNBB tanto se empenhou no final da década de 1980. Não desanimemos diante das dificuldades. Somos povo da esperança!”.

A nota cita em epígrafe o Papa Francisco: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos e nenhuma pessoa sem dignidade”.

A CNBB também divulgou artigos de outros bispos que ponderam as medidas recém-anunciadas pelo governo de Michel Temer.

“Gastos congelados levam ao esfriamento e ao afunilamento dos benefícios democráticos dos cidadãos. Não se vai poder aplicar mais dinheiro do que o mínimo da assistência necessária à vida minimamente digna de grande parte da população mais carente, ainda mais com uma regra desta PEC por 20 anos!”, diz em artigo o Arcebispo de Montes Claros (MG), Dom José Alberto Moura. “O favorecimento do caixa governamental sem o atendimento da inclusão social não deve ser o papel de quem representa a sociedade. Os políticos são escolhidos para servirem à sociedade e não o contrário”.

“Desiste do Brasil e o entrega ao poder econômico e lucrativo internacional quem apresenta propostas de emenda constitucionais como a PEC 241, um ajuste fiscal devastador e brutal que sacrifica, principalmente, os mais pobres”, afirmou o Bispo de Volta Redonda (RJ), Dom Francisco Biasin.

Fonte: Priscila Casale da Hora do Povo

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Aula pública na Av. Paulista rechaça PEC da morte

 

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A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP) realizou, no último domingo (23) uma aula pública contra a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), que pretende proibir o aumento real dos investimentos e dos gastos públicos do Brasil por 20 anos.

Através de uma manobra do governo Temer, a PEC 241 foi aprovada no primeiro turno de votação na Câmara Federal, no último dia (10), por 366 a 111 votos. Caso aprovada em segundo turno e depois em 2 turnos no Senado, a PEC congelará o salário mínimo real pelos próximos anos.

A exemplo disso, caso tivesse sido aprovada em 1998, o salário mínimo hoje seria o equivalente a R$ 400,00 ao invés dos atuais R$ 880,00, de acordo com levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vergas (FGV).

Foram palestrantes da aula pública, Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito À Educação, Jorge Venâncio, membro do Conselho Nacional de Saúde, e Mariara Cruz, diretora de extensão da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Para Daniel Cara os discursos do governo federal de que mesmo com a PEC será possível aumentar os investimentos na área da educação é uma fraude. “Em relação ao recurso da educação de fato o reajuste inflacionário no primeiro ano pode ser maior que a arrecadação. Então a regra constitucional – no pior ano de arrecadação da historia do Brasil, a maior queda de arrecadação-, pode ser que represente algum ganho para a educação, ainda assim um ganho pífio de 400 milhões”. Para critério de comparação, Cara explicou que para manter uma universidade como a USP funcionando se gasta R$5 bilhões a cada ano.

Detalhando qual é a perda que a proposta representa para a educação, Cara explica que em vinte anos existe certeza de perda absoluta. “A Câmara fez dois cálculos. O primeiro aponta que na média, em 10 anos de vigência da PEC, a educação perde 58 bilhões. Um outro estudo, mais atualizado, divulgado há 5 dias, com dados mais recentes da economia nacional, aponta que a perda vai ser de R$240 bilhões. R$ 240 bilhões é exatamente o que falta para o cumprimento do que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). Agora precisaria ser um dinheiro que vem a mais. Além de não vir esse dinheiro, vão tirar 240 bilhões da área. Por isso a PEC inviabiliza o direito a educação”, afirmou.

Jorge Venâncio explicou porque o acréscimo apenas da inflação no repasse da saúde significa piorar o serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde. O acréscimo da inflação representa somar na verba da saúde o aumento dos preços, mas não representa mais investimento, por mais que seja uma verba maior em reais, seu poder de compra é o mesmo do ano anterior, isso é insuficiente para a saúde.

26-10-16 aula pública

“A despesa da saúde é necessariamente crescente porque a população cresce 1% ao ano, isso implica em mais despesas, mais gastos, tem mais gente pra ser atendida. A população idosa cresce muito mais, porque nós estamos em uma pirâmide populacional, que a quantidade de gente mais idosa cresce muito mais rapidamente, cresce 5% ao ano. “Exemplificando: a incidência de câncer na população brasileira cresce exatamente igual ao crescimento da população idosa, 5% ao ano, como nós vamos atender essa demanda que já esta muito insuficiente, resta ver que a lei que foi aprovada, que obriga a dar tratamento as pessoas com câncer, nos primeiros 60 dias após o diagnóstico, não é aplicada. Se essa população cresce 5% ao ano e nós vamos congelar a verba, como esse atendimento vai passar a existir?”, indagou.

“Nós precisamos ter saídas para reduzir a taxa de juros, parar com essa relação com o capital financeiro internacional tão próxima e resolver que o que tem que ser prioridade é o setor público”, afirmou Mariara Cruz.

Segundo Mariara Cruz é preciso tomar uma decisão sobre qual saída para a crise o povo brasileiro quer. “Se a gente vai ser um país que vai produzir conhecimento, tecnologia ou se a gente vai querer ser somente um país prestador de serviços”, e lembrou que “nunca, nenhum país do mundo fez uma proposta de congelar os gastos públicos por 20 anos como o governo Temer está fazendo, menos ainda de colocar isso na constituição”.

Por fim ela destacou ser necessário “encarar a PEC 241 como um corte de direitos constitucionais, porque é isso que está sendo feito e não é dessa forma que está sendo colocado pela mídia para as pessoas. Para barrar a PEC é fundamental que as pessoas entendam o que ela significa de verdade”.

Fonte: Hora do Povo

 

24-10-16 Cunha preso

Cunha já está preso, falta agora Teori prender Renan

24-10-16 Cunha preso

A carreira de Eduardo Cunha, sobretudo nos últimos anos, é uma das demonstrações mais evidentes, mais escandalosas, do apodrecimento do atual sistema político-eleitoral, cada vez mais antidemocrático, cada vez mais antinacional, cada vez mais antipopular. Comparável ao fato de um bandido chegar à presidência da Câmara – terceiro na linha de sucessão da Presidência da República – somente há o apodrecimento público da cúpula do PT. Aliás, um apodrecimento se alimentou do outro, num estranho processo que variava entre a simbiose e o parasitismo.

A prisão preventiva de Cunha, decidida pelo juiz Sérgio Moro, foi recebida com satisfação – e mesmo euforia – em todo o país. A exceção foram os sequazes de Cunha, o sr. Renan Calheiros e o PT.

Os primeiros, por razões óbvias.

RENAN

Quanto a Renan – que declarou: “preciso me abster de comentar; eu não sou especialista em Eduardo Cunha, vocês são mais do que eu” -, sua necessidade é que ninguém lembre que ele e Cunha foram, na mesma época, da quadrilha de Collor. Suas carreiras foram tão paralelas que acabaram na presidência das duas casas do Congresso no mesmo momento – e com feitos quase idênticos.

Se há um sujeito que entende de Cunha, é Renan. Além do que, é presidente do Senado e do Congresso – mas isso é, outra vez, uma vitrine da podridão que acomete hoje os meios políticos dos partidos governistas e recém-governistas: PMDB, PT, PSDB, Dem, e alguns satélites.

Renan, evidentemente, só não é vizinho de Cunha em Curitiba pela morosidade crustácea que impera no STF – como tem “foro privilegiado”, o juiz Moro não pode tomar as providências. Com nove inquéritos sobre seus malfeitos e depoimentos, como o de Sérgio Machado, mostrando a sua participação farta e ampla no festival de propinas dos últimos anos, somente essa morosidade do STF pode explicar que Renan ainda esteja solto – e sentado na cadeira onde homens ilustres já honraram o país. Aliás, sobre isso, Renan como presidente do Senado, em si, já é a própria esculhambação das instituições republicanas.

O PT é um caso quase engraçado. Depois de passar uma ou duas semanas garantindo que a prisão de Lula era iminente, porque o juiz Moro é um “seletivo”, um Torquemada que só persegue o PT, a cúpula petista, e os bobos em torno dela, tiveram a surpresa de ver a prisão de Cunha – justamente aquele que acusaram de ser o articulador e mentor (?!) do suposto “golpe” contra Dilma.

Como sustentar agora que Moro é “seletivo” e só persegue o PT?

Ora, leitor, segundo os petistas, a prova de que Moro é “seletivo” e persegue o PT, é que optou por prender Cunha. Claro que só pode ter sido para disfarçar e “abrir espaço” para prender Lula. Que outro motivo haveria para prender Cunha? Só por ele ser um bandido, um chantagista e um ladrão? Ora…

Dessa forma, Moro pode fazer qualquer coisa – inclusive o que está fazendo: remetendo ladrões para a cadeia – que sempre estará perseguindo o PT, mesmo que prenda aquele que os petistas apresentavam como o maior inimigo do PT, isto é, Cunha.

Que isso seja uma presepada ao estilo fascista, que não respeita a realidade nem a inteligência das pessoas – e que, apesar disso, todos percebam que é uma presepada – não parece importante para eles. Talvez porque, no fundo, seu negócio é, realmente, defender a impunidade dos ladrões que assaltaram a Petrobrás e outras propriedades públicas.

Mas, dizíamos, fora esses tipos de réprobos, o país se sentiu satisfeito e até eufórico com a prisão de Cunha. Como disse o juiz Moro:

“… excepcional não é a prisão cautelar, mas o grau de deterioração da coisa pública revelada pelos processos na Operação Lavajato, com prejuízos já assumidos de cerca de seis bilhões de reais somente pela Petrobrás e a possibilidade, segundo investigações em curso no Supremo Tribunal Federal, de que os desvios tenham sido utilizados para pagamento de propina a dezenas de parlamentares, comprometendo a própria qualidade de nossa democracia” (v. Juiz federal Sérgio Moro, Despacho/Decisão, Prisão Preventiva de Eduardo Cosentino da Cunha, 17/10/2016, p.17).

Moro faz uma história dos crimes de Eduardo Cunha que até agora estão sob investigação:

1 – A propina de US$ 1,5 milhão, por ter armado a compra, pela Petrobrás, por US$ 34,5 milhões, de 50% de um campo de petróleo onde não havia petróleo, na República do Benin. A prisão preventiva de Eduardo Cunha foi decidida no âmbito desse processo.

2 – A chantagem, em cima do Grupo Schain, para extorquir dinheiro, no rompimento da Central Hidrelétrica de Apertadinho, em Rondônia, tendo como intermediário o doleiro Lúcio Bolonha Funaro.

3 – A propina de US$ 5 milhões, recebida por Cunha sobre contratos da Petrobrás para fornecimento dos navios-sonda Petrobrás 10000 e Vitória 10000.

4 – As propinas recebidas da Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, nas obras do Projeto Porto Maravilha (a recuperação da área portuária do Rio de Janeiro), com lavagem de dinheiro.

5 – O abuso de poder na apresentação de requerimentos no parlamento para extorquir adversários do intermediador de propinas Lúcio Bolonha Funaro, em Furnas.

6 – A propina, no valor de 1,5% de títulos comprados pelo FI-FGTS, paga em 36 parcelas. A primeira transferência de dinheiro foi para o Israel Discount Bank, no valor de quase US$ 4 milhões.

7 – Propina de R$ 45 milhões, recebida por Cunha do banco BTG Pactual, de André Esteves, em troca da apresentação de emendas em Medidas Provisórias para beneficiar bancos em liquidação.

8 – Crimes de corrupção passiva em contratos de Furnas.

9 – Desvios de fundos de investimentos administrados pela Caixa Econômica Federal.

CONTAS

Além disso, Cunha controla as seguintes contas, até há pouco secretas, no Banco Julius Baer, em Genebra, Suíça: Orion, Triumph, Kopek – a conta que abastecia os cartões de crédito de sua mulher – e Netherton, usada para “novos negócios”.

Além disso, Cunha controla ou controlava as contas Korngut Baruch (no Israel Discount Bank, de Israel), Esteban García (no Merrill Lynch Bank, EUA), Penbur Holdings (no BSI, Suíça) e Lastal Group (no Bank Heritage, Suíça) .

Não listaremos as empresas-fantasma de Cunha, pois sua função é apenas manter uma ou mais contas em bancos no exterior. Com exceções, os nomes das contas são os nomes das empresas-fantasmas.

Em seguida, Moro relata as tentativas de Cunha de impedir as investigações e a possível tentativa de fuga, facilitada por sua dupla nacionalidade (Cunha tem cidadania italiana), o que justifica sua prisão preventiva.

É esse escroque que, agora, o PT lamenta a prisão – tudo não passa de uma conspiração, dizem eles.

Uai, mas o conspirador não era o Cunha?

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

20-10-16 Governo tenta abafar estudo sobre o mínimo de R 400 com PEC 241

Governo tenta abafar estudo sobre o mínimo de R$ 400 com PEC 241

20-10-16 Governo tenta abafar estudo sobre o mínimo de R 400 com PEC 241

Presidente da FGV constrange economista que demonstrou que o salário mínimo hoje seria de R$ 400,00 e não de R$ 880,00

A Proposta de Emenda Constitucional nº 241 (PEC 241) tornou-se, em poucos dias, a principal preocupação política do país. Centenas de milhares de brasileiros, através dos mais diferentes meios, manifestaram-se – e chegarão em poucos dias aos milhões – contra esse estupro da Constituição e dos direitos mais elementares do povo. A falta de limite do governo levou a um sentimento de revolta geral.

O mesmo sentimento expresso, na Câmara, no último dia 10, sobretudo pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP):

“O Brasil”, disse o deputado, “neste ano de 2016, conforme o Orçamento, está pagando 304 bilhões de juros. (… ) E os juros previstos no Orçamento do ano que vem são de 339 bilhões. Aqui está a sangria da situação econômica do Brasil. E aí querem aprovar a PEC do Teto de Gastos, que vai limitar os gastos em educação e saúde.

“Nós sabemos o que está acontecendo na saúde: é zika e chikungunya para tudo quanto é lado. (…)  O Brasil tem hoje 370 bilhões de dólares em reservas. Sabe quanto custa para manter esses 370 bilhões? Custa 160 bilhões por ano. Ora, por que não pegam parte da reserva e resolvem o problema do Brasil? Mas querem jogar nas costas do trabalhador brasileiro. (…) Sabem quanto empresas devem para a Previdência Social, já em fase de execução? São 374 bilhões.

“(…) Caras de pau! Caras de pau! Devem, não sabem o que devem e querem ainda tomar mais do trabalhador. E o pior de tudo: com a complacência e a conivência de grande parte deste Plenário, que ontem esteve num lauto jantar no Palácio da Alvorada. E querem o quê? Querem pegar aquela faca e traduzi-la em punhais para apunhalar os trabalhadores, e os garfos, no tridente do capeta contra o trabalhador. E isso aqui hoje foi anunciado aos quatro cantos.

“Não precisam ter pressa, porque essas lideranças do Governo têm almoço para os senhores. Almocem os trabalhadores! Jantem os aposentados! É isso o que querem. (…) Canalhas! Enganadores! Mentirosos! (…) Ficará marcada indelevelmente a digital de cada um desses que vão prejudicar o trabalhador brasileiro. (…) É tudo mentira! É tudo falácia! É tudo safadeza! Querem jogar nas costas do trabalhador o que ele não tem. (…) Algum desses palhaços vive com menos de um salário mínimo? Nenhum deles vive! Por que querem deixar aquele coitado que precisa até do essencial nessa condição? (…) podem tentar jantar o trabalhador, mas haverá o dia seguinte, haverá um novo momento, e aqueles que fizerem isso estarão, sem dúvida nenhuma, sujando e maculando definitivamente a sua própria imagem. Não à PEC da morte!”

Realmente, quem queira experimentar o frio da sepultura política, pode aprovar esse crime. A memória do povo é melhor do que propalam certos fariseus. O exemplo do PT, que alguns petistas consideram a caminho da extinção, deveria fazer com que outros refletissem sobre as consequências de trair o povo.

Porém, não parece que o círculo de Temer leve isso em consideração. Pior para eles que, agora, tentam calar, e não conseguem, até estudiosos que demonstram a catástrofe que seria para a economia, para os serviços públicos – a começar pela Saúde, Educação, Assistência Social, setores que já estão mais do que combalidos – e para os salários.

Primeiro foi o presidente do IPEA, um certo Lozardo, que tentou desautorizar pesquisadores da instituição (ver matéria nesta página), na crença de que puxar o saco de Temer, Meirelles & caterva o manterá no cargo. Agora, o presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um certo Quintella, lançou nota para desmentir o economista e pesquisador Bráulio Borges, que demonstrou que, se a PEC 241 fosse vigente em 1998, o salário mínimo, ao invés dos atuais R$ 880, seria hoje de apenas R$ 400.

A nota do presidente da FGV poderia ser ignorante ou estúpida – mas é cínica. Diz ele que é “impraticável associar a política de salário mínimo, destinada à fixação de um piso salarial para os trabalhadores do setor privado, aos efeitos da PEC 241, que tem como objetivo limitar a um determinado teto de valor os gastos do governo com suas despesas primárias”.

Ele sabe perfeitamente que essa é uma das maiores aberrações da PEC 241. Ele sabe, porque até os jornais governistas a noticiaram – e até com espanto.

A PEC 241 submete o salário mínimo – isto é, o piso de todos os salários do país – à sanha dos bancos, fundos e demais rentistas, para saquear o dinheiro do Orçamento destinado às “despesas primárias” (isto é, não financeiras: Saúde, Educação, Defesa, etc.).

Por isso, a PEC 241 acaba com qualquer possibilidade de aumentos reais (ou seja, acima da inflação) do salário mínimo e determina o fim dos aumentos nominais (rebaixando, portanto, o poder aquisitivo do salário mínimo) para impedir aumento das “despesas primárias” (isto é, gastos com atendimento ao povo). Este é, precisamente, o conteúdo da PEC 241 ao alterar o artigo 104 das disposições transitórias da Constituição (inciso VIII).

Nas palavras do impudico Meirelles: “A PEC não altera a questão do mínimo, que será preservado, não necessariamente no critério de hoje”. A lei atual de recuperação do salário mínimo é ruim. Porém, Meirelles está dizendo que ela será abolida com a PEC 241 – e que não haverá aumento real do salário mínimo. Aliás, nem preservação, daí esse rabicho da frase (“não necessariamente no critério de hoje”). Logo, a PEC altera a questão do mínimo.

O motivo para impedir o aumento das despesas com o povo é aquele dito, implicitamente, pelo deputado Arnaldo Faria de Sá: aumentar a quantidade de dinheiro destinada aos juros, ao “sistema” financeiro.

O cálculo do economista Bráulio Borges é lógico e fácil de entender: de 1998 até agora, o salário mínimo aumentou, em média, por ano, +4,2% acima da inflação. Se as normas (?) da PEC 241 existissem desde 1998, “é muito provável que o salário mínimo teria ficado congelado em termos reais, só recebendo a diferença da inflação”. Isso faria com que o salário mínimo de hoje fosse R$ 400, ao invés de R$ 880.

Exceto a hipótese de uma revolução, essa é, acrescentamos, a melhor das possibilidades: a população que recebe um salário mínimo teria vegetado durante 18 anos. O mesmo aconteceria com o conjunto dos assalariados, pois o piso dos salários estaria congelado. Nem mencionemos os que ganham (ou ganhavam, em 1998) menos de um salário mínimo, pois o leitor certamente já concluiu a tragédia.

Como diz o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya, a redução da desigualdade foi “pífia”, porém, mesmo essa redução pífia foi devida, principalmente ao aumento real – acima da inflação do salário mínimo, que “tem um impacto positivo para a atividade econômica, porque vai inteiramente para o consumo, para girar a atividade econômica. Quando o governo paga R$ 502 bilhões de reais em juros [como em 2015], isso não gira a roda da economia. 85% desse volume estão concentrados em megainvestidores, apenas 0,3% dos detentores de títulos da dívida pública”.

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

19-10-16 A Classe operária Vai ao Paraíso

Participe da sessão de “A Classe Operária vai ao Paraíso”, de Elio Petri, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

19-10-16 A Classe operária Vai ao Paraíso

Na próxima segunda (24), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “A Classe Operária vai ao Paraíso”, de Elio Petri (1971). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema com entrada franca!

 

Confirme sua presença!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO, de Elio Petri (1971), ITÁLIA, 112 min.

 

 

SINOPSE
Lulu Massa (Gian Maria Volonté) é um trabalhador exemplar, dedicado e admirado por seus chefes pelo trabalho bem feito, mas detestado pelos demais funcionários. Por conta dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho, o sindicato decide entrar em greve, fazendo todos os operários da fábrica pararem. Lulu decide não se envolver com o movimento político até o momento em que sofre um acidente com uma das máquinas, o que lhe custa um dedo. Com o descaso de seus patrões com o acidente ele decide participar dos grupos revolucionários.

 

Confira nossa programação!

 

O DIRETOR
Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juizo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973), “A Boa Notícia” (1979). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.

 

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Rede estadual de SP perde 44,5 mil professores em dois anos

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Gestão Alckmin (PSDB) anunciou convocação de 20,9 mil professores para o ano que vem; categoria não tem reajuste desde 2014

Em dois anos, a rede estadual paulista de ensino perdeu 44,5 mil professores. O total de docentes, somando concursados e temporários, recuou de 251,8 mil para 207,3 mil, queda de 17,7%, segundo balanço oficial. Para conter a diminuição, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta sexta-feira, 14, a convocação de 20,9 mil professores, aprovados em concurso de 2013. 

 

O número de matrículas também vem caindo, mas em ritmo menor. Em 2014, havia 4 milhões de alunos, ante 3,7 milhões em 2015, conforme o Censo Escolar. A redução foi de 6,48%. O Censo deste ano ainda não foi divulgado. O número de classes diminuiu 2,82%, de 117,1 mil para 112 mil no período. 

 

O total de professores estaduais é o menor desde 2004, ano em que havia 206, 8 mil. Segundo especialistas, a queda do total de docentes pode elevar o número de alunos por sala, sobrecarregar profissionais ou prejudicar atividades complementares às de sala de aula. 

 

Os 20,9 mil novos professores já começam a atuar no início de 2017 no ensino fundamental 2 (6.º ao 9.º ano) e ensino médio. A previsão inicial era de chamar todos os 59 mil aprovados no concurso de 2013 até o fim do ano seguinte, mas só 38 mil foram convocados inicialmente. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também anunciou nesta sexta que deve abrir edital para contratar 1.878 diretores.

 

Essa contratação também vai reduzir a dependência de temporários na rede. Em setembro, a rede ainda tinha 35,4 mil professores da chamada “categoria O”, sem estabilidade, cerca de 17% do total. A meta 18 do Plano Nacional de Educação prevê que, até junho de 2017, o número de temporários não pode superar 10% do total.

 

Fonte: Estadão Educação

18-10-16 Plenária

UMES realiza plenária contra PEC 241 e delibera mobilização de lutas contra a medida

 18-10-16 Plenária

 

A diretoria da UMES realizou sua plenária de discussões sobre a PEC 241 e a Reforma do ensino médio neste final de semana, com a participação de estudantes de todas as regiões de São Paulo. Foram mais de 70 lideranças estudantis de diversas escolas, mobilizados para lutar e organizar a resistência contra as medidas impostas pelo governo Temer. 

 

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Para Caio Guilherme, presidente da UMES, a discussão e a mobilização é fundamental nesse momento de combate as políticas criminosas do governo federal. “Sabemos o quanto é importante seguir na luta e encontrar formas de barrar essas medidas. O governo Temer segue à mesma política do governo passado, com uma série de cortes, arrocho e repasse bilhões de reais aos banqueiros enquanto nada se faz para melhorar a educação e saúde”.

 

“Por isso a PEC 241 é uma medida pra encher o bolso de banqueiro e acabar de vez com a educação e saúde, enquanto a MP 746 quer desmontar ainda mais a educação, retirando matérias como Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física das escolas. Com isso sucatear e acabar de vez com toda uma geração os deixando sem garantia de um futuro melhor”, completou Caio.

 

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Durante a plenária os secundaristas de São Paulo aprovaram sua jornada de lutas contra a PEC 241 bem como contra a reforma do ensino (MP 746), que terão diversas atividades durante esta semana. Na terça (19), às 09h30, os estudantes se organizarão conjuntamente com os trabalhadores para o ato contra o aumento dos juros, na frente do banco central na Paulista. Ainda durante a semana os estudantes organizarão uma aula pública para discutir a PEC 241, assim como organizarão uma audiência na Câmara dos vereadores para debater o tema.

 

“No que depender de nós estudantes, vamos lutar ainda mais para que possamos conseguir barrar essas propostas criminosas e tirar esse governo que não nos representa”, afirmou Jonathan Oliveira, tesoureiro da UMES, concluindo: “Fora Temer! Fora a PEC 241″.

 

 

Deliberações de mobilização contra a PEC 241

 

 

TERÇA-FEIRA (19) – 09h30: Manifestação contra o aumento de juros em frente ao banco central na Avenida Paulista;

Audiência pública na Câmara dos vereadores para a discussão da PEC 241 (sem data confirmada);

 

DOMINGO (23) – 14h: Aula Pública na Av. Paulista e saída do ônibus à Brasília para acompanhar a votação do segundo turno da PEC 241. Maiores informações, entre em contato através do facebook da UMES.

 

Vamos a luta! Fora Temer!

 

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Dia do professor! Viva os mestres que ensinam e lutam conosco!

 

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Neste dia 15 de Outubro, comemora-se o dia dos professores, esses que são exemplos de luta, dignidade e de amor à profissão.

 

 

A luta do professor, assim como a do estudante, é marcada diariamente dentro e fora da sala de aula, o que se encontra é uma escola totalmente defasada, sucateada e jogada as traças, faltam bibliotecas, quadras poliesportivas, laboratórios e insumos dentro da sala de aula, com isso desmotiva-se o aluno, o professor e todo corpo docente. Além disso, o professor sofre com os desmandos do governo estadual pois é mal remunerado, sofre uma carga horária absurda e ainda mais, o governo deixou de contratar mais professores.

 

 

“Agradecemos muito a estes mestres que ensinam, praticam e lutam conosco, que com todas as adversidades que vivem nas escolas, estão arduamente na luta por uma escola de qualidade, para todos e todas. Os tempos são difíceis, aqui em São Paulo, o governo fascista do Alckmin reprime todas as formas de luta, não aplica reajuste e abono salarial aos professores. Estávamos juntos durante a histórica greve de 92 dias, apoiando e lutando junto aos professores no ano passado e não será diferente, agora também com os desmandos do governo Temer que criminosamente, está aplicando a PEC 241 e a Reforma do ensino Médio pra cima dos estudantes, professores e trabalhadores. Não iremos aceitar! Fora Alckmin e Fora Temer!” Afirma Caio Guilherme, presidente da UMES. 

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Ocupar as ruas contra a PEC 241

 

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Participe com a UMES da plenária para organizar a mobilização dos secundaristas contra a PEC 241

 

APEC 241 é uma proposta de emenda constitucional que pretende proibir o aumento real dos investimentos e dos gastos públicos do Brasil por 20 anos, condenando a juventude e o povo brasileiro a pagar ainda mais juros aos parasitas financeiros. Trata-se da mais descarada tentativa de cortar os direitos do povo para transferir os recursos da educação e saúde aos bancos.

 

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Através de uma manobra do governo Temer, a PEC foi aprovada na votação de primeiro turno da Câmara, na segunda (10), por 366 a 111 votos. Por isso precisamos ampliar nossa mobilização para impedir sua aprovação nas próximas votações que serão realizadas no congresso.

 

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Caso aprovada definitivamente essa PEC não impedirá apenas a realização de qualquer obra para atender à população mas também congelará o salário mínimo real pelos próximos anos. A exemplo disso, caso tivesse sido aprovada em 1998, o salário mínimo hoje seria o equivalente a R$ 400,00 ao invés dos atuais R$ 880,00, como aponta a FGV.

 

Diante disso, convidamos a todos para nossa plenária que organizará a nossa mobilização contra a PEC 241. Agora é hora de ocupar as ruas! De mobilizar os estudantes e barrar esse retrocesso. Já despachamos o Cunha e a Dilma, mas com Temer a política de cortes e arrocho para pagar os juros dos banqueiros permanece.