19-8-16 Mattei

Assista o filme “O caso Mattei”, de Francesco Rosi, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

19-8-16 Mattei

 

Na próxima segunda (22), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “O caso Mattei”, de Francesco Rosi (1971). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

Confirme sua presença!

O CASO MATTEI, de Francesco Rosi (1971), ITÁLIA, 114 min.

 

SINOPSE
No rescaldo da 2ª. Guerra Mundial, Enrico Mattei consegue impedir a venda da nascente indústria italiana de hidrocarbonetos para empresas norte-americanas e desenvolve a ENI, estatal de petróleo e gás que confronta o cartel das “Sete Irmãs” em países africanos e do Oriente Médio. Em 27 de outubro de 1962, Mattei voltava de uma viagem a Catania (na Sicília, sul do país) quando seu avião caiu. A investigação oficial concluiu que foi acidente. O diretor Francesco Rosi aponta em outra direção, com fortes razões para isso. O filme é intercalado com imagens suas tentando encontrar o jornalista Mauro De Mauro, que desapareceu enquanto fazia pesquisas para o roteiro da obra.
Em 1995 a revelação do capo arrependido Tommaso Buscetta, de que a máfia siciliana tinha explodido o avião de Mattei a pedido dos “amigos americanos”, levou à reabertura das investigações. Em 21 de novembro de 1997 a Justiça italiana confirmou que foi um atentado a bomba que matou, em 1962, o empresário Enrico Mattei.

 

 

Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo Facebook. O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES)

 

Confira nossa programação!

 

O DIRETOR
Nascido em Nápoles, o cineasta Francesco Rosi estudou Direito. No inicio dos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira de diretor, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “O Desafio”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou, de 1979 por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.

 

ARGUMENTO ORIGINAL: Tonino Guerra (1920-2012)
Antonio Guerra nasceu em Santarcangelo di Romagna, foi poeta, escritor e roteirista. Durante a 2° Guerra Mundial esteve preso num campo de concentração. Escreveu seu primeiro roteiro, em 1954, para “Nasce un Campione”, do diretor Elio Petri, com o qual colaborou em outras realizações, inclusive “Os Dias São Contados” (1962). Seu nome está presente nos créditos de mais de 100 filmes realizados por diretores de estilos diversos, italianos ou não, como “Vidas Vazias” (Damiano Damiani, 1963), “Blow Up” (Michelangelo Antonioni, 1966), “Os Girassóis da Rússia” (Vittorio de Sica, 1970), “Caso Mattei” e “Cadáveres Ilustres” (Francesco Rosi, 1972 e 1976), “Amarcord” (Federico Fellini, 1974), “A Noite de São Lourenço” (Irmãos Taviani, 1982), “Nostalgia” (Andrei Tarkovsky, 1983), “O Apicultor” e “Paisagem na Neblina” (Theo Angelopoulos, 1986 e 1988), “Estamos Todos Bem ” (Giuseppe Tornatore,1990).

 

MÚSICA ORIGINAL: Piero Piccioni (1921-2004)
Nascido em Turim, Piero Piccioni foi pianista, maestro, compositor e organista. Autodidata, escreveu suas primeiras músicas aos 13 anos. Em 1938 estreou como pianista na EIAR – Rádio Pública da Itália. Compôs mais de 300 trilhas musicais para cinema e televisão. Tem entre seus trabalhos “A Condenação Mundial” (Gianni Franciolini, 1952), “Praia” (Alberto Lattuada, 1953), “O Belo Antonio” (Mauro Bologhini, 1960), “Bandido Giuliano” e “O Caso Mattei” (Francesco Rosi, 1962 e 1972), “O Desprezo” (Jean-Luc Godard, 1963), “Um Italiano na América” (Alberto Sordi, 1967) e “Por Um Destino Insólito” (Lina Wertmuller, 1974).

 

Evasão atinge 1 em cada 6 alunos da escola pública integral em São Paulo

Evasão atinge 1 em cada 6 aluno da escola pública integral em SP

Um a cada seis estudantes abandona as escolas de tempo integral do governo estadual, vitrine da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), supostamente rumo às unidades de tempo parcial. Dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontam que o abandono atingiu, em 2015, 17% dos alunos desse modelo de ensino, que tem currículo diferenciado e 8 horas de aulas diárias.

O Projeto Educação Integral (PEI) foi adotado pelo Estado em 2012, a partir de outro programa semelhante existente desde 2006. Há, hoje, 532 unidades – entre as 5,1 mil escolas em no Estado – que seguem esse modelo. Nele, alunos têm aulas tradicionais no período da manhã e disciplinas optativas à tarde.

Para o presidente da UMES a diminuição das matrículas acompanha o esforço do governo de São Paulo para ampliar os cortes de gasto com educação, projeto que ficou evidente com a tentativa de fechamento de centenas de escolas em São Paulo com a suposta “reorganização”.

As escolas de tempo integral têm melhores desempenhos no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado (Idesp), responsável por avaliar o ensino da rede estadual.

19-8-16 Dilma

Para Dilma, “democracia” só com ela na Presidência

19-8-16 Dilma

Ela pretende que 28 senadores entrem nessa conversa fiada para continuar a infelicitar o país

Em uma de suas famosas conferências no Teatro Politeama, em Salvador, no ano de 1897, Rui Barbosa disse algo memorável:

“Impor a República pela sua forma, em lugar de recomendá-la pelo valor das suas utilidades, seria entronizar na política a superstição. As formas, que não corresponderem ao espírito, à ação viva, à existência interior, são máscaras de impostura. A república é a democracia e a liberdade na lei. Logo que a forma viola a justiça, oprime o indivíduo, ou falseia o voto da nação, a república está em contradição consigo mesma. O culto, que lhe reclamam, seria então o dos falsos deuses. E idolatria, senhores, quer dizer outra coisa: religião da mentira, idiotice do religionário” (cf. Rui Barbosa, OC, V. 24, t. 1, 1897, p. 59).

Esse culto à mentira, prenhe de idiotices, é, embora ainda mais rasteiro, a “democracia” que a senhora Rousseff exibe em sua carta, divulgada, finalmente, na terça-feira.

É sintomático – isto é, doentio – que ela fale o tempo todo em “meu compromisso com a democracia” e que este se resuma a um item: “meu retorno à Presidência”.

O resto é palhaçada, mentira, vigarice – ou despejos reacionários em ouvidos alheios.

Daí, seu suposto apoio a um “plebiscito” para antecipar as eleições tem um rabicho: “um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral”.

Que “reforma política e eleitoral”? Qual delas? Dilma sabe perfeitamente que isso inviabiliza o plebiscito, pois são tantas as ideias e faltas de ideias, tantos os matizes, que não é possível acordo sobre o que entrar no plebiscito, exceto se ele for adiado para as calendas gregas – isto é, para nunca.

COLÉGIO

Depois de anunciar umas cem vezes essa carta, ela a leu, diante de uma plateia de jornalistas, proibidos de fazer perguntas, e um pequeno grupo de ex-ministros cabisbaixos. Os senadores, a quem é dirigida a carta, souberam de seu conteúdo pela televisão. Nada como ser educada e hábil politicamente…

Mas Dilma sempre surpreende as expectativas mais pessimistas. Disse ela, na carta, que, se os senadores votarem a favor do seu impeachment, “o colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores”.

O Senado não é colégio eleitoral, nem impeachment é eleição, até porque foi ela que colocou Temer na vice-presidência, com os mesmos 54 milhões de votos que repete a toda hora – e não os senadores.

Entretanto, aceitemos, por um momento, a sua argumentação. Qualquer sujeito normal diria: mas, se os senadores votarem contra o impeachment, por que seria diferente? Por que o “colégio eleitoral de 110 milhões” somente será substituído “por um colégio de 81 senadores” se ela perder a votação?

Tanto tudo isso é uma falácia, que Dilma está disputando o voto, não de 81, mas apenas de 28 senadores, para impedir que o impeachment seja aprovado, pois são necessários 54 votos (2/3 dos 81 senadores) para aprová-lo – e ela nem sonha em ter maioria. Portanto, ela está substituindo os 100 milhões por 28 votos – e para ficar no poder contra a maioria do Senado e do povo.

Ficar no governo contra o povo com apenas 28 votos deve ser o ápice do golpismo. Pelo menos a prorrogação do mandato de Castelo Branco, primeiro da ditadura, foi aprovado, em julho de 1964, por 205 votos – é verdade que o voto decisivo, o último, foi de um bêbado que passava pelo local. Mesmo assim, 205 votos são mais que 28 votos.

É pouco provável que ela consiga 28 senadores que se prestem a esse papel. O leitor sabe como é: golpistas sempre querem que outros sejam golpistas, pois seu ideal de vida é submeter a tudo e a todos.

Nesse sentido, a carta de Dilma é um primor.

Obviamente, não lhe passa pela cabeça que foi – e está sendo – afastada do poder porque traiu os 54 milhões de votos que recebeu, porque traiu o país, porque traiu cada palavra que disse em sua campanha, porque cometeu o mais escandaloso estelionato eleitoral da história republicana. Quem se atreveria a tentar afastá-la, se o conjunto do povo não a quisesse longe do Planalto?

Sua massa cinzenta parece demasiado escassa, ou inerte, para perceber que foi a sua adesão aos inimigos do país que fez com que – um ano e quatro meses após receber os 54 milhões de votos – não haja ninguém (exceto alguns fanáticos, daquele tipo de que falava Rui, a maior parte mais encenadores que fanáticos) chorando pelo seu afastamento. Nem Lula e a direção do PT, que têm não pouca culpa no cartório, estão lamentando, exceto para consumo dos incautos.

TANGENTE

Além disso, como já apontamos, os 54 milhões de votos, que ela tanto repete, foram apenas 38% do eleitorado – nada menos que 62% dos eleitores recusaram votar em Dilma (v. HP 29/10/2014).

Mas, voltemos à sua carta.

Dilma cortou o seguro-desemprego de trabalhadores, quando eles mais necessitavam dele; cortou as pensões das viúvas; atacou o seguro-defeso de um milhão e 100 mil pescadores, que não têm outra forma de viver na época em que a pesca não é permitida; e instituiu pela primeira vez no país um regime – o famigerado PPE – para rebaixar o salário nominal dos trabalhadores.

Depois disso, diz ela, na sua carta, que “nosso lema persistirá sendo ‘nenhum direito a menos’”.

E nós nem falamos no rebaixamento do salário real dos servidores. Ou dos três ou quatro milhões de trabalhadores a quem foi negado o direito ao trabalho, desempregados, em seu governo. Nem no aumento da desigualdade, de acordo com o IBGE.

Mas ela diz, pela tangente – ao modo do malandro agulha da tradição popular – qual é o problema que, em sua opinião, é o mais grave para o país.

Serão os juros, a título dos quais, segundo o Banco Central, ela passou R$ 1 trilhão, 663 bilhões e 757 milhões reais do setor público para o setor financeiro, entre janeiro de 2011 e maio de 2016?

Será o corte no investimento público, que ela derrubou violentamente, até a migalhice atual, provocando a paralisação do investimento privado, o estancamento da produção, a explosão do sistema público de Saúde, das escolas e universidades públicas?

Será a invasão estrangeira (US$ 738 bilhões e 382 milhões de 2011 a 2015, tendo como resultado a desindustrialização do país e a estagnação econômica), provocada por sua política de câmbio? A recessão, o desemprego, o arrocho salarial – isto é, as consequências de sua traição ao povo, ao Brasil?

Não, leitor, ela não está preocupada com nada disso, exceto pró-forma (“empresários e trabalhadores devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento” – desde quando o problema esteve na passividade dos trabalhadores ou dos empresários nacionais e não no seu governo, que entregou os recursos do país aos parasitas financeiros e concedeu todos os privilégios para que os abutres externos açambarcassem miríades de empresas nacionais?).

Segundo Dilma, o principal problema do país não é nada disso, mas a “fragmentação dos partidos”, “o número excessivo de partidos”, etc., etc.

Em suma, a sua proposta de reforma política é que só aqueles partidos que roubaram possam existir. Pois não foram os partidos em geral que assaltaram a Petrobrás, mas o PT e seus então aliados: o PMDB e o PP – com uma canja, segundo diz o PT, também para o PSDB.

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

 

18-8-16 FIES EUA

A vida dos estudantes americanos com dívidas acima dos R$ 500 mil

18-8-16 FIES EUA

 

Qualquer semelhança com o Fies não é mera coincidência

 

Formada e pós-graduada em duas das melhores universidades americanas, Carolyn Chimeri imaginava que teria uma vida mais confortável que a de seus pais, que jamais foram para a faculdade.

Após completar o ensino superior, porém, ela acumulou uma dívida de US$ 238 mil (R$ 754 mil) e hoje rala para quitar as prestações com um salário de professora, aos 29 anos de idade.

“Eu e meu marido brigamos o tempo todo por dinheiro, pensando em como sobreviver, pagar as contas e viver como pessoas comuns em Nova York”, ela diz à BBC Brasil.

Dívidas como a de Chimeri, que alcançam os seis dígitos, não são incomuns nos Estados Unidos, país onde há poucas universidades gratuitas e cerca de 70% dos estudantes recorrem a empréstimos para custear o ensino superior, segundo o governo americano.

Dados oficiais indicam que a dívida estudantil no país alcançou US$ 1,3 trilhão neste ano – o equivalente a 70% do PIB brasileiro em 2015. Esse montante, segundo o Federal Reserve, o Banco Central Americano, é devido por 43,3 milhões de pessoas.

Já no Brasil a oferta de crédito para estudantes é bem menor e foi reduzida durante a crise: o maior programa federal de financiamento estudantil, o Fies, ofereceu 222 mil linhas de crédito neste ano, que cobrem menos de 10% do total de matrículas anuais em universidades.

Chimeri se endividou pela primeira vez para se formar em história e ciência política na Penn State, universidade pública na Pensilvânia. Nos EUA, mesmo universidades públicas costumam ser pagas, com algumas custando até U$ 40 mil ao ano (em universidades privadas, o valor pode chegar a US$ 70 mil, ou R$ 223 mil).

Após se formar, ela pegou outro empréstimo para um mestrado na Universidade Columbia, em Nova York, acreditando que o diploma lhe garantiria melhores empregos e a chance de quitar o débito com mais rapidez.

Ela diz que seus pais haviam se oferecido para pagar o primeiro empréstimo, mas a crise econômica global complicou a família e fez com que ela assumisse a dívida.

Chimeri foi contratada como professora numa escola pública em Nova York, mas, mesmo pagando parcelas todos os meses, diz que a dívida pouco diminuiu por causa dos juros de 8% ao ano.

 Para cortar despesas, mudou-se com o marido para a casa da avó dele e, na melhor das hipóteses, espera quitar os débitos por volta de 2030. “Não posso comprar uma casa nem começar uma família – sinto que estou parada nos meus 20 e poucos anos”, lamenta.

Fonte: BBC Brasil

A vida dos estudantes americanos com dívidas acima dos R$ 500 mil

 

Qualquer semelhança com o Fies não é mera coincidência

 

Formada e pós-graduada em duas das melhores universidades americanas, Carolyn Chimeri imaginava que teria uma vida mais confortável que a de seus pais, que jamais foram para a faculdade.

 

Após completar o ensino superior, porém, ela acumulou uma dívida de US$ 238 mil (R$ 754 mil) e hoje rala para quitar as prestações com um salário de professora, aos 29 anos de idade.

 

“Eu e meu marido brigamos o tempo todo por dinheiro, pensando em como sobreviver, pagar as contas e viver como pessoas comuns em Nova York”, ela diz à BBC Brasil.

 

Dívidas como a de Chimeri, que alcançam os seis dígitos, não são incomuns nos Estados Unidos, país onde há poucas universidades gratuitas e cerca de 70% dos estudantes recorrem a empréstimos para custear o ensino superior, segundo o governo americano.

 

Dados oficiais indicam que a dívida estudantil no país alcançou US$ 1,3 trilhão neste ano – o equivalente a 70% do PIB brasileiro em 2015. Esse montante, segundo o Federal Reserve, o Banco Central Americano, é devido por 43,3 milhões de pessoas.

 

Já no Brasil a oferta de crédito para estudantes é bem menor e foi reduzida durante a crise: o maior programa federal de financiamento estudantil, o Fies, ofereceu 222 mil linhas de crédito neste ano, que cobrem menos de 10% do total de matrículas anuais em universidades.

 

Chimeri se endividou pela primeira vez para se formar em história e ciência política na Penn State, universidade pública na Pensilvânia. Nos EUA, mesmo universidades públicas costumam ser pagas, com algumas custando até U$ 40 mil ao ano (em universidades privadas, o valor pode chegar a US$ 70 mil, ou R$ 223 mil).

 

Após se formar, ela pegou outro empréstimo para um mestrado na Universidade Columbia, em Nova York, acreditando que o diploma lhe garantiria melhores empregos e a chance de quitar o débito com mais rapidez.

 

Ela diz que seus pais haviam se oferecido para pagar o primeiro empréstimo, mas a crise econômica global complicou a família e fez com que ela assumisse a dívida.

 

Chimeri foi contratada como professora numa escola pública em Nova York, mas, mesmo pagando parcelas todos os meses, diz que a dívida pouco diminuiu por causa dos juros de 8% ao ano.

 

Para cortar despesas, mudou-se com o marido para a casa da avó dele e, na melhor das hipóteses, espera quitar os débitos por volta de 2030. “Não posso comprar uma casa nem começar uma família – sinto que estou parada nos meus 20 e poucos anos”, lamenta.

16-8-16 CPI DA MERENDA

Ladrões de merenda tentam impedir CPI de investigar os seus roubos.

 

 

A CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) convocou nesta terça-feira uma sessão para ouvir os envolvidos na Operação Alba Branca, que constatou superfaturamentos, desvios na merenda, recebimento de propina por parte de empresas a agentes públicos e políticos. A comissão esperava a presença do o ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, acusado de superfaturamento e pagamento de propina em contratos com prefeituras paulistas e o governo do Estado para fornecimento de suco de laranja da alimentação escolar. Mas ele não apareceu para prestar os esclarecimentos. A sessão ocorreu com grande pressão por parte da oposição e, por isso, prometeu tomar algumas medidas para o envolvido Chebabi, para que assim possa denunciar todos os ladrões de merenda e seus comparsas, como Geraldo Alckmin e Fernando Capez.

 

16-8-16 CPI DA MERENDAA sessão teve a presença das entidades estudantis e movimentos sociais, acompanhando toda a resolução da mesma. Gabriel Sauceda, 1° Secretário da UMES, esteve presente e afirmou “Importante o estudante participar, pois mostra nossa mobilização e organização, perante ao acontecido e afirmar que somos contra qualquer retrocesso em nossa educação e nossa merenda. No período das ocupações vimos que nossa luta fez com que barrássemos a reorganização e também denunciarmos o descaso da merenda em nossas escolas e, agora não pode ser diferente, temos que punir os ladrões de merenda. Na ultima reunião, o Fernando Capez contratou pessoas para ocupar as vagas do plenário da ALESP, fazendo com que não pudéssemos acompanhar a sessão. Isso só mostra o descaso e o desrespeito do presidente da assembleia e confirma o quanto ele quer aparelhar ainda mais a CPI e sair impune. Não podemos deixar isso acontecer, vamos nos mobilizar ainda mais”.

 

Convocou-se mais uma sessão da CPI da Merenda para essa quarta-feira, as 9hrs na ALESP. Participe e mobilize, para assim, denunciarmos os ladrões de merenda.

19-8-16 MEC Mendonça

Ministro de Temer anuncia corte de até 45% na verba de universidades

19-8-16 MEC Mendonça

Novo corte foi confirmado pelo Ministério da Educação, e dá continuidade aos feitos pelo governo Dilma. Para reitores, arrocho realizado por Temer é “injustificável”

O governo do presidente interino Michel Temer, irá cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017. O arrocho na verba destinada ao custeio das instituições será de até 20%. Serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor neste ano, segundo cálculos de gestores.

O corte que o governo Temer irá promover em 2017, tem como referência o orçamento deste ano, que já engloba os cortes realizados pela presidente afastada Dilma Rousseff, nos últimos anos. O orçamento global previsto (LOA) para as Instituições Federais de Ensino Superior é de R$ 6,7 bilhões. Em 2016, o valor era de R$ 7,9 bilhões.

O governo interino fará o arrocho do arrocho.

Nesta semana foi publicada a previsão de recursos para 2017 no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC). Os valores, que ainda podem passar por revisão, devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

“Se esse corte for aprovado, teremos de reduzir muitos programas”, afirmou Ângela Paiva, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). De acordo com Angela, reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é “injustificável” a redução. “Mesmo se o orçamento fosse igual ao de 2016, demandas importantes já ficariam descobertas”, destacou.

As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de programas, contratos e até dificuldades para pagar contas.

“É inconcebível e muito difícil acomodar todas as ações, que precisam ser executadas pelas universidades, tendo em vista, todos os compromissos da consolidação da expansão em curso nas universidades. Principalmente aquelas relativas às obras, aos concursos e a assistência estudantil. Por isso, a ANDIFES precisa ampliar a interlocução com o MEC e com a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais para que esse corte não seja implementado”, afirmou Ângela.

As federais vivem cortes de verbas desde o fim de 2014, com isso enfrentam uma grave crise financeira com redução de programas, bolsas, assistência estudantil, contratos e ainda com dificuldade de pagar as contas, comprar os insumos básicos para o funcionamento cotidiano das instituições, bem como insumos para dar andamento as pesquisas realizadas por elas.

Para Francisco Jacob, secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o corte afetará desde as condições físicas das instituições, como edifícios e laboratórios, até as concessões de bolsas e os projetos de extensão, fundamentais para a realização do trabalho de professores, técnicos e estudantes.

Jacob lembra também que, de 2014 para 2015, já houve uma redução drástica de investimentos, mais de R$10 bilhões. Ele aposta que, se forem efetivados mais cortes, haverá paralisações em todo o país. “Independentemente de greves, as universidades vão parar por inanição, por ausência absoluta de condições de trabalho”, garantiu.

O sistema federal de ensino superior teve forte aumento na quantidade de vagas na graduação. Em 2014, dado mais recente disponível, havia 1,180 milhão de alunos na rede. Em 2004, as instituições federais reuniam 574 mil matrículas.

A restrição do dinheiro de investimento para obras, reformas e compra de equipamentos sinaliza dificuldades para melhorar ou expandir a infraestrutura. Na Ufop, a criação do novo curso de Medicina na cidade mineira de Ipatinga está emperrada. “Ainda não começamos a obra desse câmpus por falta de recursos”, diz Bianchi.

A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) apresenta hoje problemas com a obra de construção de moradia estudantil. A construção está paralisada, com risco de deterioração do que já foi erguido, e os estudantes estão recebendo auxílio aluguel.

A Universidade de Brasília (UnB) também revê seus planos. “Provavelmente vamos reduzir o ritmo das nossas obras”, avalia César Tibúrcio, decano de Orçamento e Planejamento.

Com os cortes iniciados pelo governo Dilma, as federais vem amargando essa crise. Em 2015 a UFRJ atrasou o início das aulas, realizou alternância de pagamento na conta de água e de luz, faltou luz na UFF e na UFBA, professores e funcionários técnicos administrativos com salários atrasados em todo país, hospitais universitários restringindo o atendimento por falta de insumos.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) paralisam as atividades contra a política do governo Temer para educação. Eles alegam que as propostas comprometem a qualidade dos serviços públicos e a valorização da categoria. Os técnicos administrativos também param pelo mesmo motivo.

De acordo com os professores essa paralisação é a preparação de uma grande greve geral por tempo indeterminado dos trabalhadores do ensino federal em todo o país. A categoria se diz contrária a qualquer governo que “precarize” os serviços públicos e as relações trabalhistas.

“Quando se tem um corte coloca-se em risco a garantia de programas, como bolsa para alunos e aulas de campus”, exemplificou o presidente da Associação dos Docentes (Adufmat), Reginaldo de Araújo.

Fonte: Jornal Hora do Povo

Ministro de Temer anuncia corte de até 45% na verba de universidades

 

Novo corte foi confirmado pelo Ministério da Educação, e dá continuidade aos feitos pelo governo Dilma. Para reitores, arrocho realizado por Temer é “injustificável”

 

O governo do presidente interino Michel Temer, irá cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017. O arrocho na verba destinada ao custeio das instituições será de até 20%. Serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor neste ano, segundo cálculos de gestores.

 

O corte que o governo Temer irá promover em 2017, tem como referência o orçamento deste ano, que já engloba os cortes realizados pela presidente afastada Dilma Rousseff, nos últimos anos. O orçamento global previsto (LOA) para as Instituições Federais de Ensino Superior é de R$ 6,7 bilhões. Em 2016, o valor era de R$ 7,9 bilhões.

 

O governo interino fará o arrocho do arrocho.

 

Nesta semana foi publicada a previsão de recursos para 2017 no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC). Os valores, que ainda podem passar por revisão, devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

 

“Se esse corte for aprovado, teremos de reduzir muitos programas”, afirmou Ângela Paiva, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). De acordo com Angela, reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é “injustificável” a redução. “Mesmo se o orçamento fosse igual ao de 2016, demandas importantes já ficariam descobertas”, destacou.

 

As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de programas, contratos e até dificuldades para pagar contas.

 

“É inconcebível e muito difícil acomodar todas as ações, que precisam ser executadas pelas universidades, tendo em vista, todos os compromissos da consolidação da expansão em curso nas universidades. Principalmente aquelas relativas às obras, aos concursos e a assistência estudantil. Por isso, a ANDIFES precisa ampliar a interlocução com o MEC e com a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais para que esse corte não seja implementado”, afirmou Ângela.

 

As federais vivem cortes de verbas desde o fim de 2014, com isso enfrentam uma grave crise financeira com redução de programas, bolsas, assistência estudantil, contratos e ainda com dificuldade de pagar as contas, comprar os insumos básicos para o funcionamento cotidiano das instituições, bem como insumos para dar andamento as pesquisas realizadas por elas.

 

Para Francisco Jacob, secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o corte afetará desde as condições físicas das instituições, como edifícios e laboratórios, até as concessões de bolsas e os projetos de extensão, fundamentais para a realização do trabalho de professores, técnicos e estudantes.

 

Jacob lembra também que, de 2014 para 2015, já houve uma redução drástica de investimentos, mais de R$10 bilhões. Ele aposta que, se forem efetivados mais cortes, haverá paralisações em todo o país. “Independentemente de greves, as universidades vão parar por inanição, por ausência absoluta de condições de trabalho”, garantiu.

 

O sistema federal de ensino superior teve forte aumento na quantidade de vagas na graduação. Em 2014, dado mais recente disponível, havia 1,180 milhão de alunos na rede. Em 2004, as instituições federais reuniam 574 mil matrículas.

 

A restrição do dinheiro de investimento para obras, reformas e compra de equipamentos sinaliza dificuldades para melhorar ou expandir a infraestrutura. Na Ufop, a criação do novo curso de Medicina na cidade mineira de Ipatinga está emperrada. “Ainda não começamos a obra desse câmpus por falta de recursos”, diz Bianchi.

 

A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) apresenta hoje problemas com a obra de construção de moradia estudantil. A construção está paralisada, com risco de deterioração do que já foi erguido, e os estudantes estão recebendo auxílio aluguel.

 

A Universidade de Brasília (UnB) também revê seus planos. “Provavelmente vamos reduzir o ritmo das nossas obras”, avalia César Tibúrcio, decano de Orçamento e Planejamento.

 

Com os cortes iniciados pelo governo Dilma, as federais vem amargando essa crise. Em 2015 a UFRJ atrasou o início das aulas, realizou alternância de pagamento na conta de água e de luz, faltou luz na UFF e na UFBA, professores e funcionários técnicos administrativos com salários atrasados em todo país, hospitais universitários restringindo o atendimento por falta de insumos.

 

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) paralisam as atividades contra a política do governo Temer para educação. Eles alegam que as propostas comprometem a qualidade dos serviços públicos e a valorização da categoria. Os técnicos administrativos também param pelo mesmo motivo.

 

De acordo com os professores essa paralisação é a preparação de uma grande greve geral por tempo indeterminado dos trabalhadores do ensino federal em todo o país. A categoria se diz contrária a qualquer governo que “precarize” os serviços públicos e as relações trabalhistas.

“Quando se tem um corte coloca-se em risco a garantia de programas, como bolsa para alunos e aulas de campus”, exemplificou o presidente da Associação dos Docentes (Adufmat), Reginaldo de Araújo.

17-8-16 Meireles

Meirelles ressuscita Dilma e quer mais imposto e ‘ajuste’

17-8-16 Meireles

Financistas e adoradores dos juros altos não vêm que aumentar impostos na recessão atual é aprofundar ainda mais a recessão

O sr. Meirelles, ministro da Fazenda, é a maior prova de que a diferença entre Dilma e Temer (ou entre Temer e Dilma, se o leitor preferir) é, no máximo, a chefia da quadrilha que pretende saquear o país como testa de ferro dos monopólios financeiros.

Meirelles, notoriamente, era o ministro da Fazenda preferido de Lula & cia. para o governo Dilma – assim como é o preferido da camarilha de Temer para o governo Temer.

Segundo declarou Dilma, Meirelles é alguém que ela nem pensaria em criticar.

E, segundo o próprio Meirelles, o ministro da Fazenda de Dilma, Joaquim Levy, é alguém tão formidável que “em qualquer comparação com ele, eu me sinto muito honrado”.

TOMADOR

Essa promiscuidade nojenta só tem um significado: não há diferença entre o governo Temer e o governo Dilma naquilo que importa em um governo, a sua política. Nesse caso, até o mesmo herói (cáspite!) eles têm. Meirelles, veja só o leitor, foi sagrado cavaleiro da távola redonda (oh, Deus!) por dilmistas e temeristas – no mesmo momento em que alguns petistas descobriram de repente que são getulistas desde antes de nascer…

Na segunda-feira, por exemplo, Meirelles exumou outra vez uma das magníficas ideias do governo Dilma: o aumento de impostos.

No dia 13 de abril passado – portanto, há somente quatro meses – a então presidenta, ainda não afastada, declarou, em entrevista no Palácio do Planalto: “Vai ter de aumentar tributo, nenhum país sai de crise sem aumentar tributo”.

A ideia é totalmente imbecil. A consequência de aumentar tributos num país em recessão é piorar a recessão. O que se faz em um país atingido pela recessão é diminuir os juros – e não aumentar os impostos. Até porque a arrecadação de impostos já estava despencando, em abril, havia 13 meses. Qual a lógica de aumentar impostos se a arrecadação normal estava caindo devido à recessão? A lógica é passar mais dinheiro para os bancos e outros rentistas, mas à custa de piorar a situação dos empresários produtivos e dos trabalhadores, que já caía no abismo.

Pulemos, agora, de 13 de abril para 15 de agosto – ou seja, para a última segunda-feira.

Nesse dia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi a principal atração de algo chamado “Encontro com Tomadores de Decisão de Fundos de Investimentos””, promovido por uma cafua especulativa de nome “XP Investimentos”.

O nome sugestivamente indecente da reunião (antigamente, encontro de “tomadores” acabava na Delegacia de Costumes), não deve assustar o leitor. Era uma freguesia de achacadores, desses que pululam no “mercado financeiro” – e Meirelles não tem vergonha de rebaixar o Ministério da Fazenda à uma trupe de cabaré vagabundo, para diversão dos “tomadores”. Aliás, ele mesmo fez sua carreira como um “tomador”.

Com os freios afrouxados pelas libações espirituais próprias do ambiente, Meirelles falou sobre os impostos: “Se for necessário nós vamos aumentar, porque o importante é o equilíbrio fiscal”.

A arrecadação de tributos do governo federal, em junho, está caindo há 15 meses, devido ao que já dissemos: à recessão fabricada pela política econômica de Dilma, Levy, Temer e Meirelles – que é a mesma.

A solução de Meirelles (como a de Dilma e Levy) para passar mais dinheiro público aos bancos, fundos e demais rentistas (não é para outra coisa), é aumentar os impostos.

Então, a solução de Meirelles é aumentar a recessão – o desemprego, a miséria e as falências de empresas -, pois é evidente que em um país estrangulado por juros estúpidos, um aumento de impostos somente vai aumentar o aperto em torno do pescoço, e, por consequência, fazer a arrecadação cair mais.

Porém, a plateia de Meirelles no “Encontro com tomadores” eram, exatamente, aqueles que se empanturram de juros e querem mais dinheiro público – daí a desinibição com que Meirelles falou em aumento de impostos.

Sucintamente: que se danem as empresas, em acelerada quebradeira; os trabalhadores, em acelerado desemprego; o país, em acelerado processo de miséria e fome.

O “importante é o equilíbrio fiscal”. Mas o que é “equilíbrio fiscal” para esses escroques?

Que “equilíbrio fiscal” pode haver com o setor público transferindo meio trilhão de reais a cada ano para os parasitas financeiros, a título de juros?

Que “equilíbrio fiscal” pode haver sem verbas para a Saúde, a Educação, a Previdência, a Defesa, o investimento público e a manutenção das escolas, universidades, hospitais, quartéis, etc.?

Logo, o “equilíbrio fiscal” desses pulhas é o aumento perpétuo do dinheiro público para quem não trabalha, para quem vive de juros, para quem vive de sugar o Tesouro, destruindo o país. Em suma, o mais hediondo desequilíbrio fiscal que pode existir. A isso, eles chamam de “equilíbrio fiscal”.

O leitor, que teve a paciência de nos seguir até aqui, viu que repetimos o que foi dito para o aumento de tributos de Dilma, quanto ao de Temer e Meirelles. É verdade. Porque são o mesmo.

Meirelles também repetiu as demais infâmias dilmistas, em especial a de que o único jeito de não aumentar impostos é cortar gastos. Que gastos? Disse ele: “Despesa com saúde é importante? Sim. Educação também? Sim. Previdência também? Sim. E a discussão que se coloca é a seguinte: ‘ta bom, mas quem paga tudo isso é a sociedade brasileira que tem uma certa capacidade de pagar”.

A despesa que não é importante, a despesa que precisa ser cortada, a despesa da qual a sociedade brasileira está exausta, é a despesa com juros, que consome meio trilhão por ano, à custa de cortar verbas da Saúde, da Educação, da Previdência – e de asfixiar empresas e consumidores com taxas de juros na lua.

PIOR

Meirelles, como dissemos, é a prova de que o governo Dilma e o governo Temer são, do ponto de vista de sua política, continuidades (ou, como se diz hoje, um continuum).

A ideia de que Temer é pior do que Dilma – ou de que Dilma é pior do que Temer –, desse ponto de vista, da essência de sua política, não se sustenta. Aliás, é até uma ideia estúpida: que desemprego é pior: o de Dilma ou o de Temer? Que arrocho salarial é pior: o de Temer ou o de Dilma? Quais juros são piores: os de Dilma ou os de Temer? Qual entrega do petróleo é pior: a de Libra ou a de Carcará? Que privatização é pior: as “concessões” de Dilma ou as “concessões” de Temer? O que é pior: ter Kátia Abreu na Agricultura ou ter Blairo Maggi na Agricultura? Da mesma forma, qual é o pior: ter Kassab no Ministério das Cidades ou ter Kassab no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações?

Logo, até a quadrilha – pelo menos em seus componentes mais importantes – não é diferente ou quase não é. Para fazer uma política reacionária, de direita, os elementos disponíveis (fora os excipientes, que em nada alteram as propriedades da substância) não são muito variados.

Mas nada deixa essa questão mais evidente que o trêfego Meirelles.

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

15-8-16 Merenda

O caso da merenda na ETEC Perus

15-8-16 Merenda

 

Há cerca de 4 meses atrás, desencadeou-se uma série de manifestações seguida por ocupações em algumas das instituições educacionais vinculadas ao Governo do Estado de São Paulo e ao Centro Paula Souza, nas ETECs.

A escassez e a inexistência de merenda nas escolas técnicas estaduais, ocasionada pelo corte de 78% dos recursos voltados as ETECs, foi uma das principais circunstâncias para a ascensão dos protestos que, por sua vez, durante seu ápice, bloqueou ambos os sentidos da Avenida Paulista, localizada na região central da cidade de São Paulo e causou a ocupação do prédio do CPS e da ETESP, além de outros prédios das unidades provenientes.

Os discentes das ETECs, que cursam a modalidade ETIM (Ensino Médio Integrado ao Técnico) afirmavam passar o dia inteiro no colégio, sem que houvesse o oferecimento algum de merenda, e tendo de levar marmita para ser aquecida em micro-ondas encontrados em condições precárias.

Já a assessoria do CPS informou, em nota, que não houve corte na merenda das escolas técnicas, e que absolutamente todas as unidades recebem merenda diretamente da Secretaria da Educação. Contudo, afirmou que está tomando providências para adaptar a infraestrutura das unidades que ainda não oferecem merenda, como a nossa, a ETEC Gildo Marçal Bezerra Brandão. Entretanto, essas são informações sobre as quais, todos nós estamos em plena consciência.

O que realmente nos importa é a seguinte informação: Segundo a diretora Akiyo Tamura Freire, algumas semanas atrás um engenheiro especialista contratado pelo CPS veio a nosso colégio observar a estrutura interna e visualizar a possibilidade de implantação de uma cozinha industrial, para que a entidade torne-se apta a oportunar merenda de qualidade e sem custo a seus alunos. Diante desta visita, as considerações finais foram que esta obra somente será possível ao longo dos próximos três anos, entretanto, a idealização de outros métodos passaram a afirmar que a nossa unidade disponibilizará merenda a partir da primeira quinzena do mês de setembro. Será?

 

Fonte: jornal do grêmio DIA (Desenvolvimento e Integração dos Alunos), da ETEC Gildo Marçal Bezerra Brandão (ETEC de Perus)

 

15-8-16 Ildo Sauer1

Ildo Sauer: “criminosamente está se vendendo um bilhão de barris por um preço vil de US$ 2,5 dólares”

15-8-16 Ildo Sauer1

 

A sessão extraordinária do Plenário de terça-feira (9) foi transformada em Comissão Geral para debater o Projeto de Lei 4567/16, que retira a obrigatoriedade de atuação da Petrobrás como operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do pré-sal. O debate contou com participação de parlamentares, ex-diretores da Petrobrás e lideranças sindicais, além de alguns lobistas das multinacionais, para discutir o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB). O ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás e presidente do Instituto de Energia da USP, Ildo Sauer, disse que raras vezes assumiu um compromisso de falar no Congresso Nacional com tanta “apreensão e perplexidade”. Ele afirmou que a distância entre o que se está discutindo no parlamento e a realidade mundial “é abismal e paradoxal”.

“Hoje o mundo se debate num grande embate geopolítico. De um lado está a OCDE comandada pelos EUA, secundada pela China, e do outro lado os países da OPEP, secundados pela Rússia. É do lado deste grupo que Brasil deveria estar. Por que o preço do petróleo foi capaz de subir de 2005 até agora? Porque o presidente Chávez, junto com os líderes do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita, foi capaz de controlar o ritmo de produção. Sem o controle do ritmo de produção exauriremos nossos recursos a preços de banana. Petróleo não é commoditie. Nos anos 60 mais de 80% do petróleo estava nas mãos das empresas. Hoje isso está menos de 10%. Por isso o centro do debate que nós temos aqui é geopolítico”.

“Todos têm falado do problema da Petrobrás. Ele é sério e gravíssimo mas o problema da Petrobrás não nasceu dentro da Petrobrás. Nasceu aqui em Brasília. Foi longamente cevado e o assalto que lá se fez foi em decorrência do processo político partidário”, denunciou. “Se o Brasil quer fazer valer o seu passaporte para o futuro com o pré-sal tem que compreender que o controle sobre o ritmo de produção do petróleo é uma questão de estado é uma questão de país. Não existe a possibilidade de aceitarmos os dogmas do censo comum que prosperam por aqui nesse debate ignorando a realidade mundial”. “Se a partilha talvez não fosse o melhor regime e sim a contratação direta da Petrobrás, o que se quer agora é abrir a porta de entrada para a entrega total. O projeto em discussão envergonha a nação e ignora completamente que o titular do petróleo é o povo brasileiro” prosseguiu Sauer.

Ele disse que “o Brasil deveria estar ao lado da OPEP e da Rússia para controlar o ritmo de produção e garantir que o preço volte, como pode e provavelmente voltará, ao patamar de 80 a 100 dólares. Neste momento de águas turvas estamos vendendo ativos da Petrobrás. Vergonhosa e criminosamente está se vendendo um bilhão de barris por um preço vil de 2,5 dólares o barril [Campo de Carcará]. Isso precisa ser contestado na Justiça. Até como referência, na capitalização da Petrobrás, ela aceitou pagar 10 dólares o barril. Vender ativos, vender petróleo num momento em que uma conjuntura desfavorável acontece é um crime de lesa-pátria”.

“Se queremos resolver o problema da Petrobrás é simples. Temos 350 bilhões de dólares em reservas internacionais. Façamos um fundo de investimento independente e vamos comprar as ações da Petrobrás, lá fora e aqui dentro. Vamos investir na Petrobrás. O Brasil hoje com suas reservas internacionais recebe juros negativos. 250 bilhões estão emprestados aos EUA. Aprendamos com o capitalismo. Durante a crise de 2008 a GM foi estatizada, os bancos foram estatizados e depois revendidos. Por que nós não podemos reorganizar a cadeia produtiva? Porque a competência da Petrobrás está intacta, independente dos ataques que se fazem contra ela. Se necessário façamos como os EUA e desapropriemos essas empresas [empreiteiras]. Vamos colocar todos os seus ativos num truste e voltamos a produzir. A saída é política, mas esse governo de baixíssima popularidade prefere se curvar às pressões internacionais e entregar a maior riqueza descoberta pelo Brasil nos últimos tempos” explicou.

Fonte: Sérgio Cruz do jornal Hora do Povo

15-8-16 Temer Dilma Cia

Dilma, Temer, Renan e Cunha são entulhos que atravancam o Brasil

15-8-16 Temer Dilma  Cia

 

Mas um sai em agosto e outro em setembro. Renan e Temer não tardarão a pegar os bonés

Em três meses de profundas articulações, declarações sagazes, percepções fundamentais e demonstrações de aderência extrema ao queijo – quer dizer, tremendo compromisso com o país – Dilma conseguiu ampliar o número de senadores que votaram contra ela. Pela abertura do processo (e consequente afastamento) votaram, em 12 de maio, 55 senadores. Na terça-feira, a favor da pronúncia (sua transformação em ré do processo), votaram 59 senadores. São necessários 54 votos, no julgamento, que deverá ocorrer no próximo dia 25, para tirá-la da Presidência em definitivo.

Todo esse sucesso esplendoroso foi obtido mesmo com a ameaça – Deus nos livre – de ser substituída por um sujeito lastimável, cujo carisma e serviços prestados ao país, se medidos por algum termômetro político, se aproximam do extremo pelo qual Lord Kelvin ficou conhecido: o zero absoluto.

VERSÃO

É verdade que mesmo Temer na Presidência é obra de Dilma, que o escolheu ou o aceitou como vice. Como já notamos, aqui, Temer sempre foi um medíocre, mas não era um desconhecido. Ninguém escolhe ou aceita Temer como vice para fazer uma política a favor do povo e do país.

Temer é, aliás, a maior prova de que estamos precisando, urgentemente, de eleições. Dilma não pode ser substituída por ela própria em versão masculina, mas tanto quanto nula, entreguista (qual a diferença entre entregar o campo de Libra, no pré-sal, ou o campo de Carcará, no pré-sal?), antipopular e antinacional – portanto, antidemocrática até as entranhas.

Mas essa versão de Dilma é, exatamente, Temer.

Dilma, é verdade, sempre excede a estupidez que todos esperam dela, mesmo que essa expectativa seja próxima ao infinito. Mas, dificilmente, convenhamos, isso é uma vantagem a favor dela ou de Temer.

No entanto, essa figura que não consegue juntar lé com lé nem cré com cré, corresponde ao fundo econômico do estelionato eleitoral – da adesão aos inimigos do país – que levou Dilma à execração pública e ao banco dos réus em pouco mais de um ano de seu segundo mandato.

Em recente artigo, o economista Felipe Rezende faz um bom resumo. Ainda que os leitores do HP já conheçam a história – a análise de Rezende é, essencialmente, a mesma que fizemos a partir de janeiro de 2011 – o artigo tem o mérito da concisão e de aparecer neste momento (v. F. Rezende, “Por que o Brasil sofre uma das piores crises de sua história?”, Valor Econômico, 04/08/2016).

Resumindo o resumo: as empresas brasileiras vinham desde 2007 (com exceção de 2009, quando a crise dos EUA atingiu o Brasil, devido aos juros do sr. Meirelles no Banco Central) aumentando os investimentos, inclusive recorrendo a empréstimos para fazê-los – ou seja, contando com lucros futuros para cobrir os investimentos.

Rezende chama isso de “esquema Ponzi” – a famosa “pirâmide” ou “corrente” – com o que não concordamos. Porém, mais importante, ele ressalta que a partir de 2011, com a derrubada do crescimento imposta por Dilma e Mantega, a perspectiva de lucros futuros se evaporou, deixando as empresas no pântano. Nas palavras de Rezende: “a partir de 2011 há uma forte queda da rentabilidade das empresas, principalmente da indústria, afetando a acumulação interna de lucros e o retorno esperado do investimento”.

Ele examina a questão sobretudo sob o ângulo do endividamento: “Os dados do Banco Central (BC), mostram que o endividamento das empresas e famílias passou de 35% do PIB em dezembro de 2005 para 75% do PIB em junho de 2015. Com a obtenção do grau de investimento, o total da dívida em moeda estrangeira das empresas não financeiras saltou de US$ 58 bilhões em março de 2008 para US$ 118 bilhões em junho de 2015”.

Para isso serviu o belo “investment grade”, de que tanto falava o sr. Mantega.

As empresas foram obrigadas a cortar os investimentos, porque eles se tornaram insustentáveis – e a dívida, crescente – devido à política econômica implementada já no primeiro mandato de Dilma, de frear o crescimento, portanto, os lucros, a perspectiva de lucros e a capacidade de pagamento empresarial.

“Logo”, diz o economista, “não deveria causar surpresa a queda dos investimentos há dez trimestres consecutivos”. E frisa: “As elevadas taxas de juros praticadas pelo BC elevaram as despesas financeiras do setor privado, agravando a recessão e o potencial de uma crise dentro do sistema financeiro”. Em seguida: “Por outro lado, as irresponsáveis medidas do ajuste fiscal implementadas ao longo de 2015 – além de causar um choque nos custos das empresas por meio do aumento brutal dos preços administrados – interromperam a ação dos estabilizadores automáticos – isto é, as variações de gastos e recolhimentos de impostos e tributos devido ao desaquecimento da economia – ao cortar fortemente os gastos reais do governo, empurrando a economia para uma das piores crises da sua história”.

Derrubada do crescimento, juros altíssimos, corte violento nos investimentos públicos e nos demais gastos governamentais – o que se poderia esperar disso, senão o afundamento do país em um abismo?

Poderíamos acrescentar que, sob a forma de juros, mais de meio trilhão de reais foram passados do setor público para os bancos, fundos e outros rentistas em apenas um ano (2015).

Os elogios de Dilma ao ministro da Fazenda de Temer, o malsinado Meirelles, são apenas a demonstração de que não há diferença qualitativa entre um governo e outro. Se eles brigam pelo poder, é apenas porque quadrilhas costumam brigar pelo controle da muamba, nesse caso, o papel de feitor dos monopólios externos sobre o Brasil. Essa é a razão de Dilma declarar que o “sucesso” do governo Temer (essa alienada acredita que o país está se recuperando) foi plantado pelo seu governo.

CRISE

O fato é que o Brasil enfrenta, devido à Dilma e Temer, a pior crise desde o início do século XX. Não por acaso, essa crise coincide com o apodrecimento dos partidos governistas – PT, PMDB, PSDB & satélites – que mal se distinguem, do ponto de vista do que querem fazer com o país: roubar, entregar, destruir. A crise econômica coincide com a podridão política na medida em que a rendição ao neoliberalismo – ao imperialismo, aos monopólios financeiros e cartéis sobretudo norte-americanos – é a decomposição acelerada dos cadáveres que se renderam.

Daí todos esses defuntos políticos – Dilma, Temer, Cunha, Renan – que açambarcaram o poder, em um dos maiores países, mais ricos em recursos, e com um povo trabalhador e criativo. Sem se livrar deles, é impossível voltar a crescer para contemplar as nossas necessidades.

Nosso maior escritor, Machado de Assis, escreveu sobre a contradição entre o Brasil real e o Brasil oficial. Nunca essa contradição foi tão aguda.

Porém, as coisas caminham. Ainda que às vezes com uma lentidão que desespera alguns – mas para isso, na verdade, não há motivo: o Brasil real avança e enterra os restos do carcomido Brasil oficial. Toda essa “vida política” das Dilmas e Temer não é mais do que passado ainda não sepultado.

Mas, Dilma e Cunha já estão com hora marcada para a execução.

Um para 25 de agosto, outro para 12 de setembro.

Falta Temer, Renan e outros fantasmas.

Fonte: Carlos Lopes do jornal Hora do Povo