E. E. Roger Jules organiza comissão pró-grêmio para gestão 2016

 

A diretoria da UMES se reuniu na noite desta segunda (29) com estudantes da Escola Estadual Roger Jules para organizar a eleição do grêmio para a gestão 2016. “Falamos sobre a importância do grêmio. É com o grêmio que podemos construir uma escola diferente, incentivando o esporte, cultura e lazer para fortalecer a educação, lembrando que o grêmio é a entidade dos estudantes”.

 

Na reunião foi tratado a conquista do passe livre em São Paulo, valido desde 2015, e outras lutas importantes dos estudantes no Brasil como a campanha pelo “Fora Collor”. “Os estudantes ajudaram a construir a história do nosso país, conquistamos muitas coisas com o grêmio em cada escola. Organizados podemos exigir uma escola pública de qualidade e lutar cada vez mais pela nossa educação”, afirmou Jonathan Oliveira, diretor da UMES pela região leste.

 

Após a reunião foi aprovada a comissão pró-grêmio para as eleições de 2016. Para Jonathan os estudantes do Roger Jules estão bastante entusiasmados para organizar o grêmio e colocar em andamento diversos projetos em parceria com a UMES, a comunidade, sempre que possível trabalhando em parceria com pais, mestres, direção e funcionários.

 

Jonathan também salientou as campanhas da UMES contra os juros do governo federal, responsáveis por cortes superiores a R$11,4 bilhões no orçamento da educação em 2015, a luta contra a “reorganização” do governo de São Paulo e o escândalo das merendas. Ele também convidou todos os estudantes para o seminário de lideranças da UMES, que será realizado nos próximos dias 12 de 13.

 

“Eu particularmente quero um Grêmio que colabore na construção da comunidade escolar, coma a união dos alunos e do corpo docente. Que, junto com a direção da Unidade de Ensino e professores, busque as mudanças necessárias para a educação no Roger. Um grêmio que apresente propostas e sugestões concretas para minimizar os problemas da escola e da comunidade na qual estamos inseridos, para desenvolver o espírito de solidariedade e cooperação entre os estudantes e a escola promovendo atividades recreativas, culturais, desportivas, literárias e educacionais. Estimulando a união de toda a classe estudantil para criar mecanismos que possibilitem incentivar, desenvolver e estimular o estudante em sua vida educacional, social, cultural e profissional. Sobretudo, que possa unir os estudantes, tornando-os mais participativos e conscientes de seus direitos e deveres”, disse a representante do 3º A, Larissa.

 

Já Rafael Santos, do 3º C, disse que o grêmio precisa estar bastante ligado aos estudantes, sempre consultando os alunos para ampliar a participação. “Entrei nessa escola esse ano, mas na escola que eu estava tudo que o grêmio ia fazer tinha a opinião dos alunos, ou seja, os alunos davam suas opiniões e o grêmio pegava as mais importantes para melhorar a escola. Eu espero que nessa escola seja um pouco igual. Eu acho que todos os alunos têm que dar sua opinião e participar do grêmio”.

 

Parabéns Oswaldo Lourenço pelos seus 91 anos de luta!

 

Hoje republicamos a homenagem de 2015 de Carlos Lopes a Oswaldo Lourenço, a pedido do presidente da UMES, Marcos Kauê. “Ele é um exemplo para a juventude e para a diretoria da UMES”, comentou frisando que hoje Oswaldo completa 91 anos na ativa

  

“Sinto-me como se estivesse com 18”, disse ele aos amigos que foram cumprimentá-lo, na segunda-feira.

 

Foi aos 18 anos que este lendário combatente participou da primeira greve de sua vida, em 1943.

 

O extraordinário – o espantoso – neste grande homem é a força, poderíamos dizer a juventude, que ele demonstra em suas nove décadas.

 

Líder dos portuários de Santos, eleito deputado estadual – e injustamente cassado. Combatente contra a ditadura, companheiro de Marighela. Dirigente do Partido Pátria Livre e líder do movimento dos aposentados. E, claro, amigo e colaborador da Hora do Povo.

 

A origem de sua força está na profunda identificação de Oswaldo Lourenço com a Humanidade – e, nela, com o povo, especialmente com a classe operária do Brasil.

 

Parece retórica, não é, leitor? Pois é, não é não.

 

Certamente, quem acha isso é porque não conhece Oswaldo Lourenço – a outra hipótese, a de ser um troglodita reacionário ou um mau caráter, certamente não é o caso do leitor.

 

Para os que não conhecem Oswaldo, um bom início é ler a reportagem que dedicamos à sua ficha no DEOPS e os dois volumes de seu livro de memórias, “Companheiros de Viagem”.

 

Na segunda-feira, ele foi homenageado por companheiros, por mulheres e homens do povo, por todos aqueles que têm em Oswaldo um exemplo.

 

Não queremos nos estender, porque os homens simples como o aniversariante não precisam de discursos longos.

 

Parabéns, amigo e companheiro Oswaldo Lourenço!

 

Fonte: Carlos Lopes do Jornal Hora do Povo (foto: Claudia Mifano)

Enquanto estudantes pedem justiça contra roubo da merenda governo de SP troca refeição nas escolas por bolacha e suco

 

Até agora quadros importantes do governo foram citados no escândalo da merenda, como o presidente da ALESP, Fernando Capez (PSDB), ou o ex-chefe de gabinete da secretaria de Educação, Fernando Padula, também responsável pela guerra às ocupações perpetrada pelo governo de SP em 2015. Enquanto isso os cortes do governo na Secretaria de Educação de SP em 2016 foram de R$ 1,5 bilhão

 

Ao menos 90 mil alunos de escolas estaduais do Estado de São Paulo estão vendo sua refeição, normalmente composta por arroz, feijão, carne e salada, sendo trocada por bolacha com achocolatado.

 

Os alunos da escola estadual Valério Strang, em um bairro carente de Mogi Mirim (a 151 km da capital paulista), por exemplo, estavam acostumados com uma merenda farta: arroz, feijão, estrogonofe, salada.

 

Mas, ao voltarem às aulas, se depararam com um cardápio bem mais magro: bolacha com achocolatado ou suco em caixinha.

 

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que deve regularizar o fornecimento de merenda às escolas até 5 de março –caso de Ubatuba, no litoral norte.

 

A justificativa para o atraso é que as merendeiras têm de ser contratadas por meio de licitação.

 

Enquanto isso, os alunos das escolas recebem alimentos que não precisam de cozimento.

 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação disse ainda que, na sexta-feira, a situação já tinha sido resolvida em Mogi Mirim, Franco da Rocha e Caieiras e que os alunos receberam arroz, feijão e uma proteína na refeição.

 

Mas professores disseram à reportagem que em algumas escolas a merenda oferecida ainda foi a seca.

 

Fonte: Agora

PM retira à força estudantes que pediam CPI da “máfia da merenda” na Alesp

 

Estudantes são retirados à força pela Policia Militar de dentro da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Os manifestantes, que protestavam contra a "máfia da merenda", foram encaminhados para 36º Distrito Policial. O Deputado Coronel Telhada exigiu a retirada deles

 

Um grupo de estudantes fez um protesto hoje (1º) na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) pedindo a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar. Eles foram retirados à força pela Polícia Militar.

 

A confusão teria começado quando o deputado Coronal Telhada (PSDB) exigiu a retirada dos estudantes, após alegar ter sido ofendido por eles.

 

De acordo com os manifestantes, dois jovens acabaram sendo levados para o 36º DP. Procurada, a Polícia Militar afirmou que os estudantes haviam acabado de chegar ao local e que, em breve, deve divulgar mais informações.

 

"Máfia da merenda"

 

As denúncias de pagamento de propinas a gestores do governo paulista para fechamento de contratos com creches e escolas públicas de 19 cidades estão sendo investigadas pela Operação Alba Branca, deflagrada no último dia 19. As irregularidades estariam ocorrendo há pelo menos dois anos.

 

O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, estão entre os investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. No dia 16, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Capez.

 

Fonte: OUL Educação (Foto: Rogério Padula/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Alckmin esvazia programa de alfabetização de crianças

 

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) esvaziou seu principal programa de alfabetização da rede estadual voltado para estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

 

Além de uma redução de 50% na previsão de gastos do projeto Ler e Escrever em 2016, em relação ao orçamento do ano passado, a Secretaria Estadual de Educação não renovou a contratação do grupo de especialistas que fazia formação de equipes nos últimos anos.

 

O Ler e Escrever foi criado em 2007 e era apontado pelo governo como uma das principais ações da área educacional.

 

Também era bem avaliado por especialistas e por professores que participaram do projeto, que prevê a elaboração e a distribuição de materiais pedagógicos, além do treinamento das equipes.

 

Fonte: Agora

Com país em recessão mais de um milhão de estudantes migram da rede privada para a pública

 

Entidades como a Confenem dizem que as transferências vão aumentar com o avanço da crise econômica. Enquanto isso o governo do Estado de São Paulo fecha salas e o governo federal segue com cortes bilionários na educação

 

O reflexo da crise que atinge a indústria e o comércio também é percebido na educação. As escolas particulares do País calculam ter perdido um milhão de alunos, desde o ano passado, por conta da retração econômica. De acordo com a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), a rede privada perdeu 12% dos mais de 9 milhões de alunos que tinha em 2014, segundo o censo escolar.

 

Já um levantamento da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo apontou que, apenas no ano passado, as redes estadual e municipais receberam 200 mil alunos que migraram das escolas particulares.

 

Para Roberto Geraldo Dornas, presidente da Confenen, apesar de já terem sentido os efeitos da crise no ano passado, as famílias teriam feito outros cortes no orçamento doméstico antes de decidirem pela troca de escola. "Quem coloca o filho na particular vê esse gasto como prioridade, um investimento. Por isso, tirar o filho da escola é a última alternativa".

 

Foi o que aconteceu com a professora Pérola do Amaral, de 41 anos, que estava com dificuldade para pagar a mensalidade das duas filhas, de 7 e 11 anos de idade, desde o segundo semestre do ano passado. Em janeiro, o marido perdeu o emprego e a família soube de imediato o que era preciso fazer: transferir as meninas para a rede pública de ensino.

 

"A gente gastava mais de R$ 1 mil por mês de mensalidade e ainda tinha despesa com material, uniforme, transporte e alimentação. No ano passado fizemos de tudo para mantê-las na escola, mas não deu para segurar", disse a mãe. O marido conseguiu um novo emprego, mas com salário menor, por isso, voltar as meninas para rede privada ainda não é uma opção.

 

De acordo com Dornas, no ano passado, a Confenen chegou a estimar que a rede privada poderia perder até 20% dos alunos, mas, segundo ele, as empresas fizeram um esforço adicional para negociar alternativas com as famílias. "As escolas sabiam que seria um ano difícil. A inflação está muito alta, houve aumento de luz, água, internet e seria impossível não repassar para as mensalidades."

 

Mas nem sempre é assim. Desempregado desde agosto, o metalúrgico Sidnei Aparecido da Silva, de 36 anos, tentou negociar um desconto com a escola em que a filha de 8 anos estudava. "Já não tinha mais onde cortar no orçamento de casa. Troquei o carro por um mais barato, cortei passeios, não temos luxo. Sempre paguei a mensalidade em dia, mas a escola não quis nem negociar e não tivemos mais condições de pagar."

 

A decoradora Ana Paula Barone, de 35 anos, também tentou desconto na mensalidade antes de recorrer à escola pública para os filhos mais novos, de 7 e 8 anos. Sem sucesso, eles foram estudar na escola estadual Blanca Zwicker Simões, na zona leste. "É uma escola modelo, mas, como só vai até o 5º ano, matriculamos apenas os menores. O mais velho continua na particular".

 

Fonte: Exame

Câmara aprova projeto de lei antiterrorismo que criminaliza as manifestações populares

 

O projeto de lei antiterrorismo que Dilma enviou para a Câmara foi aprovado na última quarta-feira (24) pelo Congresso Nacional e volta para a presidente. O projeto inclui até depredação de ônibus como terrorismo e prevê prisão de 12 a 30 anos.

 

Mais de 90 entidades e organizações de direitos humanos já se manifestaram contra a proposta que pode claramente incriminar as manifestações e lutas dos movimentos sociais.

 

De acordo com as entidades, a legislação brasileira atual já penaliza os crimes de terrorismo e, por isso, não há necessidade de se criar uma nova norma. Além disso, lembram que combater o terrorismo não é uma necessidade brasileira e sim resultado de pressões externas.

 

Para Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas, “mais uma vez, o terrorismo serviu como desculpa para restringir o espaço democrático de protesto e as liberdades individuais. Nenhum país do mundo se tornou mais seguro por endurecer suas leis contra o terrorismo”.

 

A principal razão do governo Dilma para apresentar a Lei do Terrorismo é a de agradar os órgãos internacionais. Tal como o Gafi (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo) que exigia que o Brasil adotasse leis com punições específicas para o financiamento do terrorismo, sob ameaça de que caso não aprovada, o país teria suas notas de classificação de risco rebaixadas. “É um ato de sabujismo do governo”, criticou o líder do PSOL, Ivan Valente (RJ).

 

Relatores especiais da ONU afirmaram que “a definição do crime estabelecida pelo projeto de lei pode resultar em ambiguidade e confusão na determinação do que o Estado considera como crime de terrorismo, potencialmente prejudicando o exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

 

‘Reorganização disfarçada’ fecha 1.363 salas de aula em SP

 

Desde o último balanço, realizado na semana passada, foi registrado aumento de 203 no número de turmas extintas

 

De acordo com levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o número de salas de aula fechadas, apenas neste ano, na rede pública em todo o estado chegou a 1.363 no dia de hoje (25). O que vem sendo chamado de “reorganização disfarçada” por professores e estudantes é visto com preocupação pelo sindicato.

 

“Fechamento de classes e escolas não combina com qualidade da educação, mas esta não parece ser a preocupação do governo do estado de São Paulo”, afirma a Apeoesp. A capital e diversas cidades do interior tiveram salas fechadas, de acordo com o sindicato, com base em dados de 51 de suas 93 subsedes.

 

Apenas em Franca, no norte do estado, 45 salas foram fechadas pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). O balanço anterior, divulgado na semana passada, registrava o fechamento de 1.160 salas. Foram 203 turmas extintas em uma semana.

 

Coletivos de estudantes e professores demonstram, pelas redes sociais, indignação com o que chamam de 'reorganização disfarçada'. “Infelizmente ou felizmente não fecharam a escola Emílio Souza Penna, na zona norte de São Paulo, mas sem autorização mudaram o horário do meu filho que já era estudante desta escola. Mas quando iniciaram as aulas a surpresa: ele terá que estudar à noite em um local de difícil acesso”, relata a mãe de um estudante na página “Não fechem minha escola”, do Facebook.

 

A gestão de Alckmin havia apresentado no ano passado a proposta de “reorganização” do ensino. Com ausência de diálogo com estudantes, professores e comunidade, a reação veio em cadeia. Para evitar o possível fechamento de ao menos 94 escolas, jovens iniciaram um movimento de ocupação de escolas por todo o estado. No auge, foram 213 escolas. Com o apoio de entidades sindicais, artistas e de toda a sociedade civil, a intensa mobilização culminou com a queda do então secretário da Educação, Herman Voorwald, e a rejeição do processo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

 

Fonte: APEOESP

 

Maioria dos jovens fora da escola não concluiu o ensino fundamental

 

Enquanto isso o governo federal corta bilhões da educação e em São Paulo mais de 1.366 salas já foram fechadas em 2016

 

A maioria dos jovens entre 15 e 17 anos que não estão na escola sequer conseguiu concluir o ensino fundamental. São 52% dos 1,3 milhão de adolescentes nestas condições. Gravidez e necessidade de trabalhar são os principais entraves.

 

Estas são as conclusões de um estudo realizado pelo Instituto Unibanco no boletim Aprendizagem em Foco, divulgado nesta semana. O Brasil ainda tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, segundo o último balanço feito pelo Movimento Todos pela Educação (TPE) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, os mais recentes.

 

A etapa mais prejudicada é exatamente a dos adolescentes entre 15 e 17 anos: 17,4% não estavam na escola naquele ano, taxa que se mantém praticamente estagnada desde 2005, quando 21,2% dos jovens não estavam matriculados. De acordo com o estudo do instituto, os meninos evadem mais que as meninas – 14% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola e não completaram o ensino médio.

 

Destes, 63% estavam trabalhando ou procurando emprego. Já entre as mulheres a proporção é de 12%. Do total de 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola sem ensino médio concluído, 610 mil são mulheres. Mais de um terço das jovens que deixaram de estudar já eram mães. As jovens mães que mantiveram os estudos representam 2%.

 

A pesquisa aponta que "a repetência e o desinteresse do jovem pelos estudos, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo, especialmente no ensino médio, enciclopédico e sem flexibilidade para escolhas" são fatores que aumentam o abandono escolar.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 

UMES apresenta “Capitães da Areia” na escola Gustavo Barroso

 

A apresentação do filme faz parte do ciclo de debates da UMES nas escolas de São Paulo visando resgatar a cultura nacional, discutir educação e movimento estudantil. A maratona de atividades também conta com apresentações capoeira, palestras e muito mais

 

Na manhã de hoje (26) a UMES deu início ao seu ciclo de debates na zona oeste da cidade, na E. E. Gustavo Barroso. A atividade contou com a participação dos três terceiros anos do ensino médio da escola, parte da direção e alguns professores.

 

Ao dar início a sessão de cinema Marcos Kauê, presidente da UMES, saudou os estudantes e agradeceu a diretora Brenda e aos professores presentes pelo incentivo a atividade. Para ele vivemos tempos difíceis que exigem mobilização dos estudantes contra os inimigos da escola pública, se referindo aos cortes na educação ou roubo da merenda. Kauê também convidou a todos os estudantes para a manifestação do dia 1º de março, na Avenida Paulista, contra os juros altos do governo federal. “Os juros roubam o futuro da juventude ao transferir bilhões de reais todos os anos aos bancos”.

 

O filme apresentado foi “Capitães da Areia”, de Cecília Amado (2011), que retrata a vida de meninos de rua em Salvador com base na obra de Jorge Amado de mesmo nome, publicada em 1937.

 

Após o filme Kauê propôs um debate sobre a cultura brasileira, afro-descendência e a redução da maioridade penal. A discussão foi coordenada por Kauê e a presidente do grêmio, Hellem. Durante o debate os estudantes afirmaram ser um absurdo a aprovação da lei que reduz a maioridade penal para 16 anos, considerando isso um descompromisso das autoridades que dirigem o Estado com a juventude, a sociedade e o futuro do país. Alguns levantavam que a juventude necessita de “mais investimentos na educação” e não de redução da maioridade, outros lembravam que não há trabalho ou saúde.

 

Para a diretora da escola a iniciativa da UMES é muito importante. “Precisamos recuperar os jovens” dessa medida que reduz a maioridade e tira do Estado a sua responsabilidade de educar, comentou. Por fim o estudante Jonathan encerrou a atividade cantando a música “Tempo Perdido”, do Legião Urbana.