Fim de matrículas coloca diversas escolas em risco de fechamento

Manifestação dos estudantes do Saboia contra o fim das matrículas na escola, em outubro

 

Além do fechamento de 93 escolas e de ao menos uma etapa de ensino em 754 unidades, a reorganização da rede estadual paulista deve fechar ainda mais colégios nos próximos anos. Em ao menos seis escolas da capital, que não constam da lista divulgada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a desativação acontecerá progressivamente – em 2016 não estão previstas matrículas nos anos iniciais em ao menos um dos ciclos.

 

Em algumas escolas, os pais já foram comunicados da não abertura de vagas (no 1º ano do ensino fundamental 1, no 6.º ano do fundamental 2 ou no 1º ano do ensino médio). A previsão é de que não haverá matrículas nos anos seguintes, até o fechamento completo do ciclo. O fim gradativo da oferta de vagas pode levar à desativação de ao menos duas unidades.

 

Na Escola Estadual Jornalista Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, na zona norte, os pais já foram informados de que não haverá matrículas para o 6º ano do ensino fundamental 2 e para o 1º ano do ensino médio – a escola tem apenas os dois ciclos. "Vão esvaziá-la ano a ano até fechar. Eles estão impedindo a matrícula dos alunos e, para o próximo ano, vamos perder oito turmas", disse Reginaldo de Lima Filho, professor de História da unidade.

 

A atendente Aline da Silva Lima, de 27 anos, mora na mesma rua da escola e esperava que no próximo ano o filho Kauê, de 10 anos, pudesse estudar perto de casa no ensino fundamental 2. Hoje, ele está matriculado na Escola Estadual Geraldo Homero Ottoni, uma das que serão fechadas. "Não quiseram nem pegar o nome do meu filho e não me informaram qual escola procurar." Segundo ela, a secretaria do colégio informou que não fará matrícula para o 6º ano.

 

Andrea Arrivabene, de 35 anos, também foi surpreendida quando descobriu que seu filho, que está no 9º ano, foi transferido da Lacerda para outra escola. Ela esperava que Adriano, de 15, pudesse concluir o ensino médio na escola em que estuda há quatro anos. "Disseram que o ciclo vai continuar, mas sem o 1º ano."

 

Estudantes na ocupação do Saboia em atividade com lideranças secundaristas chilenas discutindo as ocupações em escolas chilenas nos anos de 2006 e 2010

 

Na Escola Estadual Saboia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, zona sul, os alunos afirmam que foram avisados de que não haverá mais matrículas no 1º ano do ensino médio a partir de 2016 – a unidade já é de ciclo único. "É fechamento velado. Vai ter menos alunos no 2º ano e no 3º. Aí, vão alegar demanda baixa e fechar a escola", disse a professora de Português Yasmin Elisabete, de 61 anos.

 

Ciclos

 

Em outras quatro escolas estaduais consultadas pelo Estado, pais e alunos relataram o mesmo informe de fechamento parcial. Na Escola Estadual Francisco Voccio, na Vila Santos, na zona norte, não haverá matrícula no 6º ano. O mesmo foi avisado nas escolas Carmosina Monteiro Vianna, no Jardim Brasil, na zona norte e Antonio Emílio Penna, na Vila Albertina, também na zona norte. Na Escola Martin Egydio Damy, na Brasilândia, na zona norte, o fechamento parcial foi anunciado para o ensino médio noturno.

 

Fonte: UOL Educação

Gazeta Russa promove 2º Mostra Mosfilm em parceria com CPC-UMES

‘Braço de diamante’ (1968) é um dos maiores clássicos do humor soviético, cujas falas viraram expressões populares no país. Foto:RIA Nóvosti

 

Filmes russo-soviéticos passeiam pela Cinemateca

 

Entre os destaques, mostra em São Paulo traz títulos de Karen Chakhnazarov, Serguêi Popov, Lev Kulechov, além de clássicos do humor como Leonid Gaidai e Ivan Piriev

 

São 11 filmes de dez diretores, cobrindo nove décadas de história, todos com entrada franca. A Cinemateca Brasileira abriga, de 3 a 9 de dezembro, a 2° Mostra de Cinema Mosfilm em SP, parceria da instituição com o Mosfilm e a CPC-Umes.

 

Criado em 1923, o Mosfilm é um estúdio cuja história se confunde com a do cinema russo. Na época do fim da URSS, tinha produzido mais de três mil filmes, e conseguiu superar a crise dos anos 1990 para chegar aos dias de hoje ativo e atuante.

 

“Hoje o Mosfilm é uma enorme planta industrial, o que permite filmar uma parte significativa dos filmes russos em sua base”, explica o historiador do cinema Andrei Plákhov, 65, colunista do jornal "Kommersant" agraciado em 2014 com o Certificado de Honra da Presidência da Rússia.

 

“Sua  produção própria não é grande, mas a marca Mosfilm conserva a importância histórica, ligada ao período soviético, quando era o maior estúdio de produção da Europa”, completa.

 

A mostra passeia pelas décadas de história do estúdio, dos anos 1920 até hoje. O período pós-soviético está representado por duas realizações de Karen Chakhnazarov, 63, conhecido no Brasil por “Somos do Jazz” (1984) e “Cidade Zero” (1990), e que preside o Mosfilm desde 1998.

 

Entre títulos mais recentes está ‘O caminho para Berlim’ (2015). Foto: kinopoisk.ru

 

Dessa vez, o público que for à Cinemateca poderá travar contato com “A Filha Americana” (1995) e “A Cidade dos Ventos” (2008). Além disso, na abertura da mostra, será exibido o recentíssimo “O Caminho para Berlim”, de Serguêi Popov, baseado em escritos de Emmanuil Kazakevitch (1913-1962) e Konstantin Símonov (1915-1979), e lançado em 2015 para celebrar os 70 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial.

 

“A programação consiste em filmes de diversos períodos; alguns deles se tornaram parte verdadeira da história do cinema, outros são menos significativos, e curiosos principalmente como fenômenos de sua época”, explica Plákhov.

 

Para ele, o destaque fica com “Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Bolcheviques” (1924), de Lev Kulechov (1899-1970), com roteiro de Vsevolod Pudóvkin (1893-1953) – que, mais tarde, se tornaria um dos mais influentes diretores do cinema russo.

 

Para crítico russo, maior destaque é filme de 1924 de Kulechov. Foto: kinopoisk.ru

 

Plakhov considera o filme de Kulechov “uma obra brilhante, pelo conteúdo e pela forma”. Ele também julga “curioso travar conhecimento com a tradição da comédia soviética, de 'Tratoristas' (1933), de Ivan Piriev (1901-1968), a 'Braço de Diamante' (1968), de Leonid Gaidai (1923-1993)”.

 

A pesquisadora brasileira Neide Jallageas destaca ainda Grigóri Tchukhrai (1921-2001), celebrizado pelo drama de amor e guerra “A Balada do Soldado” (1959), e representado na mostra por “A Vida é Maravilhosa” (1979), coprodução soviético-italiana estrelada por Giancarlo Giannini.

 

“É um filme, até hoje, pouco visto no mundo inteiro, espécie de raridade. Muito bom que seja mostrado aqui”, diz.

 

Editora chefe da Kinoruss Edições e Cultura, e autora de dois livros sobre o cinema de Andrêi Tarkóvski (1932-1986) que se encontram em processo de revisão, Jallageas considera “de grande valia conhecer, estudar, estabelecer parâmetros críticos sobre o que foi realizado na Rússia e na ex-União Soviética para compreender a nossa própria história e o período em que vivemos”.

 

Em sua opinião, Gleb Panfílov, 81, talvez seja o “cineasta mais idiossincrático” da mostra, embora esse aspecto não se veja plenamente refletido no filme que foi selecionado: “Vassa” (1983), baseado em peça de Maksim Górki (1868-1936).

 

Jallageas também enfatiza o “monstro sagrado” Mikhail Romm (1901-1971) que, “além de ter sido um grande diretor, foi um pedagogo de méritos reconhecidos por seus alunos dentre os quais se destacam Andrêi Tarkóvski, Tengiz Abuladze, Vassíli Chukchin e do já mencionado Grigóri Tchukhrai”.

 

De Romm, será exibido “Lênin em 1918” (1939), continuação de “Lênin em Outubro”, filme do cineasta recentemente lançado em DVD no Brasil pela CPC-Umes.

 

A entidade começou sua parceria com o Mosfilm no ano passado. Para celebrar os 90 anos do estúdio, realizou, na mesma Cinemateca Brasileira, uma mostra que, posteriormente, circulou por Porto Alegre, Belém do Pará e São Carlos (SP).

 

“Neste ano, não estamos repetindo nenhum filme de 2014, mas a característica da mostra é parecida: expressar diversos momentos do cinema soviético e pós-soviético, com linguagens diferentes”, afirma Gabriel Alves, presidente do CPC-Umes.

 

‘Lênin em 1918’ (1939), do mestre Mikhail Romm Foto: ‘Lênin em 1918’ (1939), do mestre Mikhail Romm

 

Desde o ano passado, além de “Lênin em Outubro”, a entidade lançou no Brasil nove filmes do catálogo do Mosfilm – incluindo uma versão restaurada de “Solaris”, de Tarkóvski, em blu ray, em parceria com a Versátil, além de “A Mãe”, de Panfilov, e “Tratoristas”, que integra a programação da mostra deste ano. Outros filmes do evento que em breve devem aparecer em DVD são “Lênin em 1918” e “A Vida é Maravilhosa”.

 

PDF da materia impressa publicada na Gazeta Russa 

Fonte: Gazeta Russa

 

Ocupações crescem e governo de SP aumenta repressão

Retirado do Facebook do artista Vitor Teixeira

 

Em dois dias, número de ocupações passou de 129 para 191. Já o governo tucano aumenta a repressão

 

A mobilização dos estudantes secundaristas paulistas contra o fechamento das escolas cresceu 48% em apenas dois dias. De segunda-feira (23) para quarta-feira (25) o número de escolas ocupadas pelos estudantes saltou de 129 para 191 em todo estado de São Paulo. Enquanto isso, o governo do tucano Geraldo Alckmin ao invés de dialogar aumenta repressão.

 

Oito estudantes foram presos pela Polícia Militar, nesta terça-feira (24), enquanto realizavam a ocupação Escola Estadual Professor Antonio Firmino de Proença, na Mooca, zona leste de São Paulo contra a reorganização do governo do Estado que levará ao fechamento de 93 unidades de ensino, além do fim dos horários noturnos e mudanças em ao menos outras mil unidades.

 

Os estudantes da foram vítimas do abuso policial por volta das 5h30, quando uma zeladora percebeu a movimentação e chamou a PM que na tentativa de dispersar a manifestação dos alunos, prendeu oito.

 

Embora a ação dos estudantes na escola tenha sido realizada de forma pacífica, os jovens foram acusados de “depredação ao patrimônio público” pelos policiais que os levaram para o 8º Distrito Policial no Belenzinho. Porém, a pesar da truculência e violência da policia de São Paulo, os jovens foram liberados e a escola foi ocupada.

 

Este tipo de ação da polícia, comandada pelo governo do tucano, tem sido bastante comum. Durante este processo que já contabiliza 191 escolas ocupadas, muitos jovens, e até mesmo professores e país, foram vítimas da violência.

 

Em Marília, cidade do interior do Estado de São Paulo, houve confronto entre estudantes contrários à reorganização das escolas paulistas e policiais na Escola Estadual Sylvia Ribeiro de Carvalho. O confronto filmado por pessoas que estavam no local e as imagens mostram agressões feitas por policiais, uso gás de pimenta e a retirada de manifestantes a força da escola.

 

A E. E. Sylvia Ribeiro de Carvalho de ensino foi ocupada na última quinta-feira (19) e, desde então, segue sob o comando de cerca de 150 alunos. Segundo o estudante Gustavo Peinado, de 16 anos, um dos que ocupam o imóvel, o patrimônio público tem sido respeitado e a ocupação só terminará quando o governo estadual se dispuser a discutir a questão com os estudantes.

 

“Temos que definir quem fica responsável pela limpeza, segurança, preparo da alimentação e realização das atividades físicas. Nossa escola está ocupada, mas bem organizada. E vamos continuar até que o governo do Estado nos ouça”, informa Gustavo.

 

Os alunos da Escola Estadual Tito Lima, em São Bernardo, foram surpreendidos, nesta quarta-feira (25), pela Policia Militar. Segundo eles, a diretora da escola teria chamado a polícia para que todos os ocupantes fossem retirados do local.

 

Às 10h30 da manhã, a PM entrou no Tito Lima, pela segunda vez desde que os alunos iniciaram a ocupação. “Eles estavam armados, e faziam questão de colocar a mão na cintura para falar com a gente. Questionamos se eles tinham mandado, e nos responderam que não precisavam de mandado para entrar na escola”, destacou o professor Evandro Gea.

 

A postura adotada pelo governador frente a mobilização dos estudantes é intransigente. Geraldo Alckmin, disse, nesta terça-feira (24), que vai conversar com os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) sobre o pedido de reintegração de posse das escolas estaduais ocupadas pelos alunos. A Justiça negou, por unanimidade, o pedido feito pelo governo estadual. “Não pode proibir os demais alunos que querem estudar de estudar. Nós vamos conversar com os desembargadores para poder tentar resolver”. Alckmin que se diz proposto a dialogar com a justiça, não enviou representantes para a audiência de conciliação, marcada para a última segunda-feira.

 

Alckmin disse ter recebido a decisão do TJ como um indicativo de que a conversa entre Secretaria de Educação, alunos e professores seja a melhor maneira de resolver a situação. “Nós  entendemos que a decisão foi: ‘olha, dialoguem’. É o que nós estamos fazendo”. Para o governador dialogar com os estudantes é mandar a polícia prender, coagir e bater.

 

As ocupações, que começaram no dia 9 deste mês, são a resposta dos estudantes à medida anunciada, em 23 de setembro, por Alckmin que fechará 93 escolas no início de 2016 e alterará outras 1400 unidades, onde encerrará os ciclos (fundamental I, II ou ensino médio).

 

A estimativa da Secretaria de Educação de São Paulo é que ao menos 311 mil alunos tenham de mudar de escola no ano que vem e mais de 1 milhão sejam afetados. Os estudantes denunciam que o fechamento das escolas imposto pelo governador vai acarretar uma maior superlotação nas salas de aula, demissão de pelo menos 25% dos professores e funcionários.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

Capoeira na UMES em defesa das ocupações nas escolas

Estudantes da escola Norberto Alves durante ocupação

 

A Capoeira na UMES vai dar inicio a uma serie de apresentações itinerantes nas escolas ocupadas em São Paulo com o objetivo de resgatar a capoeira e apoiar a luta das ocupações contra o fechamento das 94 unidades escolares, conforme propõe a “reorganização escolar” de Alckmin.

 

As primeiras apresentações serão realizadas amanhã na E. E. Prof. Norberto Alves Rodrigues, onde a capoeira na UMES realizará uma roda às 8:30 horas da manhã, e logo em seguida, na E. E. Professora Eulália Silva, que será organizada às 10:30 horas. A apresentação será aberta a toda a comunidade, e quem quiser participar da roda será bem vindo.

 

No sábado será a vez da escola Caetano de Campos da Aclimação, que realizará uma roda com os alunos e toda a comunidade às 16 horas.

 

Organize você também uma apresentação em sua escola! É só ligar ou nos enviar um e-mail: (11) 3289-7475 – capoeira@umes.org.br.

 

 

Quer praticar capoeira com a UMES? Venha participar de uma roda!

Quando: terças e quintas, das 14 às 15:30 horas, ou das 19:30 às 21 horas

Onde: Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista

 

 

Confira também o 2º batizado da Capoeira na UMES

 

2ª Mostra Mosfilme de Cinema apresenta o filme “Aventuras extraordinárias de Mr. West no país dos bolcheviques”

 

Cinemateca Brasileira exibe filmes russos inéditos no Brasil

 

“Aventuras extraordinárias de Mr. West no país dos bolcheviques”, de Lev Kuleshov (1924), será apresentado no dia 5 de dezembro, às 17:30 horas, com entrada franca, durante o terceiro dia da 2ª Mostra Mosfilme de Cinema em São Paulo. No total serão apresentados 11 filmes entre os dias 3 e 9 de dezembro de 2015, todos inéditos no Brasil e representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético. A mostra é resultado da parceria entre o Centro Popular de Cultura da UMES, o Mosfilm, maior estúdio de cinema da Rússia, e a Cinemateca Brasileira.  

 

AVENTURAS EXTRAORDINÁRIAS DE MR. WEST NO PAÍS DOS BOLCHEVIQUES

Ano: 1924 – Direção: Lev Kuleshov – Roteiro: Vsevolod Pudovkin – Silencioso, P&B, 94 min. – Mestre de Eisenstein e Pudovkin, Kulechov, desde o início dos anos 20, explorava a técnica de justaposição das imagens para exprimir conceitos e emoções, valorizando a montagem como o ápice da criação cinematográfica.

 

Confira a programação!

 

 

Local: Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111 – Entrada franca

Confirme sua presença no Facebook!

 

 

Capoeira na UMES realiza 2° batizado e troca de cordas

 

Na segunda semana de dezembro a Capoeira na UMES realizará o seu segundo batizado e troca de cordas. A atividade será realizada em nossa sede, na rua Rui Barbosa, 323, Bixiga, das 10 às 13 horas.

 

A Capoeira na UMES é um importante projeto da entidade, pois como afirma o nosso professor-instrutor, Pavio (Fabiano Avelino), trata-se de uma luta de libertação, consolidada pela vontade do povo brasileiro em desenvolver o Brasil e torna-lo um país livre do colonialismo e imperialismo. Por isso é uma satisfação realizar mais esse batizado em meio a luta contra o fechamento de escolas em São Paulo, pois acreditamos que a capoeira estimula e inspira os estudantes a lutarem cada vez mais por seu direito a educação pública, gratuita e de qualidade.

 

O batizado será realizado em parceria com o professor Royal, do Grupo Geração Capoeira.

 

 

Quer praticar capoeira com a UMES? Venha participar de uma roda!

Quando: terças e quintas, das 14 às 15:30 horas, ou das 19:30 às 21 horas

Contato: (11) 3289-7475 – capoeira@umes.org.br

Onde: Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista

 

 

 

O fundamento principal da Capoeira é a luta pela libertação do Brasil

 

“A capoeira nasce num momento em que os negros lutavam pela libertação. Utilizavam a Capoeira para se defender dos capitães do mato e para guerrear com as tropas que queriam invadir os Quilombos. Isso aconteceu principalmente no Quilombo dos Palmares, que foi o maior de todos os Quilombos, liderado por Zumbi, que morreu após muitas batalhas para tentar libertar o povo. E a Capoeira contínua a sua história, incorporando a luta de zumbi dos Palmares. Assim o fundamento principal da Capoeira é a luta de libertação, é a luta contra o opressor”, afirma Pavio na entrevista publicada em junho no site da UMES.

 

“Acho que não há forma diferente de explicar a importância da Capoeira se não for essa, que é resgatar a luta, a verdadeira luta da Capoeira que é a libertação do povo brasileiro. A Capoeira que ajudou os escravos, lá na época de Zumbi dos Palmares. Que ajudou o exército brasileiro na Guerra do Paraguai. E que ajudou também no desenvolvimento do samba quando os capoeiras foram linha de frente nos blocos de carnaval, durante sua proibição. Aliás, é por isso que temos carnaval aqui, por que os Capoeiras sustentaram a luta pelo carnaval, até mesmo nos confrontos contra a polícia que tentava reprimir as festividades carnavalescas”.

 

“A Capoeira está na raiz da cultura popular brasileira, junto com o samba e com outras tradições. Essa é a importância na UMES da Capoeira para os estudantes, da Capoeira nas escolas”.

 

 

“A importância do batizado, e não é só do batizado mas da Capoeira aqui na UMES é exatamente resgatar a historia da Capoeira sob o fundamento principal que é a luta pela libertação do povo”.

 

 

Confira também o poema “Mandingueiro de verdade” e como foi o nosso 1° batizado, realizado em junho

 

Ocupar até que nenhuma escola seja fechada!

 

Quem fecha uma escola, abre uma prisão

 

Nos últimos dias uma verdadeira onda de ocupações tomou o estado de SP, já são mais de 100 escolas ocupadas contra o projeto de desestruturação do governo Alckmin.

 

O plano do governador é bem simples, basta fechar o máximo de escolas, trocar os estudantes de outras, superlotar ainda mais as salas, demitir vários professores e assim se gasta menos dinheiro com a educação. Pelo seu projeto 95 escolas serão fechadas, centenas de outras terão seus alunos remanejados e o restante vai sofrer ainda mais com a superlotação ao receber os estudantes que ficarão sem sua escola.

 

Essa proposta só prejudica a juventude, que perde a oportunidade de estudar, de se formar e assim conseguir melhores condições de vida. O fechamento de tantas escolas públicas é ainda mais sério pela crise econômica que vive o país, onde o desemprego aumenta e o ensino público é ainda mais necessário para que esses jovens tenham seu direito à educação garantido.

 

Por isso, vamos ocupar cada dia mais escolas, batalhando por nosso direito e em defesa da educação. Queremos que o governador suspenda o fechamento de nossas escolas e comece um grande diálogo com estudantes, país, professores e toda a comunidade escolar sobre como melhorar a educação pública e garantir uma escola de qualidade. Até lá estaremos ocupados e lutando por nosso direito!

 

Não tem arrego!

 

Nenhuma escola será fechada!

 

 

Ocupação do Caetano da Aclimação denuncia superlotação, sujeira e abandono

 

“Estamos ocupando o Caetano de Campos da Aclimação porque queremos ver resolvido o problema da superlotação das salas e da sujeira. Nossa escola é uma das mais tradicionais de São Paulo e não pode continuar abandonada deste jeito”, declarou Leticia Maria, estudante do 1º B, que se somou à mobilização da comunidade contra a transferência do ensino fundamental para a escola Roosevelt, na Liberdade.

 

Com a mudança anunciada pelo governo tucano, o Roosevelt por sua vez enviaria para o Caetano os alunos do ensino médio. Esta seria a “organização” na região, parte de um projeto que prevê o fechamento de 94 escolas e o deslocamento de mais de 300 mil estudantes no Estado.

 

“Se hoje temos mais de 50 alunos por sala, com os professores tendo de gritar, já imaginou juntando duas escolas? Além disso, temos salas com infiltração de água, falta de merenda e sem papel higiênico nos banheiros”, acrescentou Leticia.

 

Júlia Freitas, do 1º A, lembra ter ficado sem professor de geografia o ano inteiro e que a de português se aposentou, só tendo aparecido uma nova no terceiro bimestre. “Temos salas com 57 alunos e sem ventilador. O laboratório de química está completamente abandonado desde que vim para a escola há uns dez anos, com vidros quebrados, muita sujeira e sem nenhum funcionário para ajudar o professor. Não há investimento em qualificação”, frisou.

 

Para Kenedy Ferreira, do 3ºA, é preciso mais funcionários para cuidar da limpeza do local e aumentar a verba destinada à merenda. “Tem dias que o pessoal fica sem almoço. Como pode alguém ficar sem comer por conta do corte de recursos?”.

 

Apesar das dificuldades inerentes a uma ocupação, Hayssa Haddad, do 3ºC, acredita que “o movimento está servindo para mostrar a outras escolas que não se deve baixar a cabeça”. “O importante é ter atitude e lutar pelo que é de direito, pelo que é certo”, concluiu.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

Nota de apoio as ocupações de Itaquaquecetuba

 

A UMES-SP vem manifestar seu total apoio aos estudantes de Itaquaquecetuba em luta contra a reorganização de Alckmin, que frente a onda de ocupações de escolas que toma todo o nosso estado decidiram ocupar a E. E. Prof. Cícero Antonio de Sá Ramalho, importante escola da cidade.

 

A decisão dos estudantes de Itaqua, assim como todo o apoio dado pelos professores e comunidade, em ocupar a escola no último domingo (22) fortalece a luta contra o plano do governador para fechar o máximo de escolas, trocar os estudantes de outras, superlotar ainda mais as salas, demitir vários professores com a única finalidade de gastar menos dinheiro com a educação. Pelo seu projeto 94 escolas serão fechadas, centenas de outras terão seus alunos remanejados e o restante vai sofrer ainda mais com a superlotação ao receber os estudantes que ficarão sem sua escola.

 

Trata-se de uma proposta que apenas prejudica a juventude, que perde a oportunidade de estudar, de se formar e assim conseguir melhores condições de vida. É uma medida ainda mais criminosa se levado em conta a crise econômica que vive o país, onde o desemprego aumenta e o ensino público é ainda mais necessário para que esses jovens tenham seu direito à educação garantido.

 

Gostaríamos ainda de repudiar a repressão policial e a tentativa de supostas lideranças estudantis da cidade em diluir e desmobilizar os estudantes.

 

Quem fecha uma escola, abre uma prisão!

 

 

Polícia prende estudantes do Firmino para tentar impedir ocupação

Estudantes do Firmino após a ocupação

 

Os estudantes da E. E. Professor Antonio Firmino de Proença, na Mooca, zona leste de São Paulo, foram vítimas do abuso policial enquanto realizavam a ocupação da escola contra a reorganização do governo do Estado. No total, 8 estudantes foram levados pela polícia, na manhã desta terça (24), à delegacia como tentativa de dispersar a manifestação dos alunos.

 

Embora a ação dos estudantes na escola tenha sido realizada de forma pacífica, os jovens foram acusados de "depredação ao patrimônio público" pelos policiais que levaram os jovens para o 5º Distrito Policial na Liberdade. Porém, a pesar da truculência e violência da policia de São Paulo, os jovens foram liberados e o Firmino foi ocupado!

 

 

Este tipo de ação policial tem sido bastante comum, e durante as centenas de ocupações muitos jovens, e até mesmo professores e país, foram vítimas da violência.

 

Nesse sentido o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, disse que “a polícia não pode e não deve se envolver no assunto. Estamos falando de educação. Não se trata de uma questão de segurança pública”, afirmou. A declaração do ouvidor se deu um dia após o Tribunal de Justiça de SP negar o pedido do governo Alckmin para reintegrar a posse das escolas ocupadas por estudantes. Para os desembargadores “não há o que reintegrar. A manifestação é legítima”, decisão que desautoriza a intervenção policial nas ocupações.

 

Estudantes em frente ao portão da escola acompanhados pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL)