Nesta terça-feira, 11 de Agosto os Caras Pintadas saíram novamente às ruas para mais uma manifestação do Dia do Estudante, afirmando que a partir de agora a aula vai ser na rua para combater a política de cortes de Dilma na educação e nos direitos do povo. “Este 11 de Agosto é apenas o início de nossas mobilizações contra a política de arrocho da Dilma que está destruindo a nossa educação, e está acabando com direitos sociais e trabalhistas conquistados com muita luta. Hoje somos mais de 2 mil estudantes na rua contra os cortes de Dilma, e estamos crescendo a cada dia”, afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, enquanto comandava a agitação da manifestação no carro de som.
A manifestação foi organizada pela UMES, em parceria com lideranças estudantis da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), dezenas de grêmios da capital paulista e diversos centros acadêmicos e diretórios centrais de estudantes das principais universidades do Estado de São Paulo. Também marcaram presença diversas juventudes partidárias.
Saudando a juventude, o vice-presidente da região leste da UMES, Jonathan, afirmou que “a juventude está mais uma vez na luta contra um governo que rouba os direitos do nosso povo, estamos na rua para lutar por melhores condições em nossas escolas, para melhorar as nossas vidas. Porque com esse governo não da mais. Esse governo é neoliberal, é traidor da nossa nação. Governa para os ricos e seus bancos. É um governo que adota o eslogan Pátria Educadora e arrocha a educação”, afirmou. Por fim Jonathan conclamou a juventude e a sociedade a unir forças para colocar um fim aos desmandos de Dilma, Cunha e Temer.
Durante a concentração no Vão Livre do Masp, iniciada às 8 horas, os estudantes deram início a manifestação com muitas bandeiras de entidades estudantis, muitas faixas e cartazes contra os cortes de Dilma-Levy e também pelo Fora Cunha. Havia até mesmo estudantes com faixas que apontavam o Fora Dilma como caminho para o fim das políticas de arrocho, e outros que resgatavam que o governo do tucano Alckmin também é inimigo da educação. Após a chegada das delegações dos estudantes, vindos de todas as regiões de São Paulo, a juventude ocupou a Paulista por volta das 9 horas, paralisando completamente o fluxo de uma das faixas da avenida, e após alguns minutos seguiram para o largo São Francisco pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
A marcha até o Largo São Francisco foi embalada pela agitação da bateria que acompanhava palavras de ordem denunciando os cortes de Dilma: “Ô, ô, ô, Dilma, mãos de tesoura, cadê a Pátria Educadora”. Também foram cantadas palavras de ordem denunciando a política do governo federal a favor dos bancos: “É ou não é piada de salão, tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação”, ou “Os estudantes de São Paulo, tomaram a decisão, agora é menos juros e mais educação”. A marcha também contou com um teatro itinerante formado pelos bonecos da Dilma, Collor, Serra e Alckmin, que percorreram toda a manifestação denunciando que política da velha e da nova direita sempre terminam por esfolar o povo em benefício dos poderosos.
“O país esta passando por uma crise tremenda” denunciou Caio Guilherme, diretor da UMES pela região leste, ao criticar a “infeliz” decisão de Dilma de “dar dinheiro aos bancos para não investir no povo”. “Ela cortou dinheiro da educação, cortou da saúde e dos direitos trabalhistas”, completou Caio. Já para Luana Paião, Diretora de Cultura da UMES, os estudantes se mobilizaram para o Dia do Estudante porque estão “contra esse governo que prioriza banqueiros e se esquece do povo, que foi quem o elegeu”. Durante sua fala Luana denunciou os cortes de mais de R$ 10,4 bilhões na educação, os cortes nas pensões das viúvas e nos direitos trabalhistas.
“O 11 de Agosto é um dia de comemoração, mas também é um dia de muita luta. A partir de agora estaremos nas ruas contra a redução da maioridade penal e contra os cortes na educação. Somos contra os descasos e desmandos do governo federal e estadual” disse Tiago Cesar, vice-presidente da UMES, que durante sua fala agradeceu a presença de todos estudantes no ato.
Foi em uma manifestação no 11 de agosto no início da década de 90, em comemoração ao Dia do Estudante, que a UMES, ao denunciar o desgoverno de Collor, com a participação da UNE e da UBES, iniciou a campanha pelo “Fora Collor”, que resultou no primeiro impeachment da história da humanidade, nascendo assim os caras pintadas.
Foi através desta campanha que os estudantes reconquistaram a meia entrada, cancelada pela ditadura, e unificaram o benefício ao meio passe.
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