Participe do arraial da UMES neste domingo dia 28

 

Venha festejar com o arraial da UMES! Nossa festa junina será repleta de comidas, brincadeiras e músicas típicas, tudo a preços populares (entre R$ 1,00 e R$ 2,00). Teremos muita alegria e diversão. Participe, a entrada será gratuita. 



Aproveite, venha a caráter e ganhe um brinde! 



Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista 

Quando: Domingo, 28 de junho 

Confira dia 23 o lançamento do livro “A CIA contra a Guatemala”

Acesse o link acima para ver o vídeo!

 

Na próxima terça-feira (23) será realizado o lançamento do livro A CIA contra a Guatemala: movimentos sociais, mídia e desinformação (Editora Papiro, 160 páginas, selo Barão de Itararé), do jornalista Leonardo Wexell Severo.

 

“Dizer ‘de Guatemala para Guatepeor’ não é nenhuma piada de mau gosto. É a realidade dessa terra que se pode conhecer através das reportagens de Leonardo Severo agora publicadas neste livro, de leitura obrigatória para todos”, afirma o veterano jornalista Paulo Cannabrava Filho, coordenador da equipe de edição dos Cadernos do Terceiro Mundo, que faz a apresentação da obra.

 

O livro traz artigos e reportagens sobre a atualidade guatemalteca e faz uma análise histórica da violenta intervenção estadunidense, que se deu em função dos interesses da multinacional bananeira United Fruit Company. Impulsionada pela Frutera, a CIA foi acionada para derrubar o governo democrático de Jacobo Árbenz em 1954, o que teve trágicas consequências não só para o país, como para toda a América Latina. Superadas longas décadas de ditadura, que deixaram um saldo de mais de 250 mil mortos e desaparecidos, o país segue sendo governado conforme os interesses de Washington.

 

A Guatemala se mantém no pódio dos campeões mundiais de assassinatos e desaparecimentos de lideranças, o que tem repercutido nos salários brutalmente arrochados, nos direitos precarizados e no índice insignificante de sindicalização de 2,2%, reduzida a 1,6% no setor privado.

 

A coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, destaca a relevância do livro para uma melhor compreensão da conjuntura. “Com esta contundente descrição dos crimes praticados pelos monopólios de mídia, assim como de seus vínculos com o que há de mais reacionário e entreguista, Leonardo Severo dá mais uma valiosa contribuição ao movimento pela democratização da comunicação”, assinala.

 

“Para este mundo ficar bom, é preciso fazer outro. Sintonizado com esta máxima do Barão de Itararé, Leonardo Severo distribui novas armas para a batalha de ideias", conclui Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.

 

Leonardo Wexell Severo é assessor de Relações Internacionais da CUT, redator-especial do jornal Hora do Povo, colaborador do Brasil de Fato e da revista Diálogos do Sul. É autor de Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças.

 

Quando – Dia 23 de junho – Terça-feira, das 18h30 às 21h30

Onde – Livraria Martins Fontes, Avenida Paulista, 509 – próximo ao metrô Brigadeiro

 

Fonte: Barão de Itararé                

 

100 anos de Garoto

Confira a música Lamentos do Morro de Garoto, intérpretada por Gustavo Costa no album "Tocata Brasileira – Para Pinho e Arame", do CPC-UMES

 

 

Hoje comemoramos o centenário do compositor e violinista brasileiro Aníbal Augusto Sardinha , mais conhecido como Garoto (São Paulo, 28 de junho de 1915 — Rio de Janeiro, 3 de maio de 1955). Garoto começou a tocar com 11 anos – na época era conhecido como “Menino do Banjo”. Há quem diga que sem ele não haveria Tom Jobim.

 

“Há 30 anos Garoto já produzia a batida que se tornou mundialmente famosa com João Gilberto e Tom Jobim”, dizia o violonista e compositor Dilermando Reis, na década de 1970.

 

Era o filho mais novo dos imigrantes portugueses Antônio Augusto Sardinha e Adosinda dos Anjos Sardinha, o único entre os três filhos do casal a nascer no Brasil. Aos 11 anos trabalhava como ajudante em uma loja de música no Brás, mesmo ano que ganhou um banjo de seu irmão. Aprendeu seus primeiros acordes com seu pai, que tocava guitarra portuguesa e violão, e com seus dois irmãos – um tocava banjo e o outro era violonista e cantor. Poucos tempo depois já se dedicava integralmente a música.

 

Com 18 anos iniciou seus estudos formais com um dos principais professores de violão clássico de São Paulo, Atilio Bernardini. “Era um aluno rebelde, seguia os conselhos que entendia, usava o polegar como palheta, mas transbordava talento e força criadora”, dizia seu professor sem saber que a mesma técnica se popularizaria com o jazz do interior dos Estados Unidos pouco tempo depois.  

 

Garoto foi um multi-instrumentista e compositor. Dominava quase todos os instrumentos de corda dedilhada como o banjo, cavaquinho, bandolim, violão tenor, guitarra elétrica, havaiana e portuguesa, além de compor e fazer arranjos para estes instrumentos, também tocava piano. Devido a sua formação transitava com igual habilidade pelas linguagens musicais do choro, da música popular brasileira, dos standards de jazz, e da música clássico. Em 1937 ingressou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para estudar harmonia e composição.

 

Em 1939 recebeu o convite de Carmem Miranda para tocar nos Estados Unidos com o Bando da Lua. Com menos de 25 anos permaneceu durante oito meses em turnê nos Estados Unidos, onde conheceu o jazz, e em meio as turnês chegou a tocar na Casa Branca para o então presidente Roosevelt. “Carmen Miranda, Bando da Lua e Garoto” era a chamada do cartaz para os shows.

 

Formou em 1952 o Trio Surdina em conjunto com o violonista Fafá Lemos e Chiquinho do Acordeom por intermédio do diretor musical Paulo Tapajós, que conheceu Garoto por sua participação na Radio Nacional através do programa “Música em Surdina”. Para Paulo Medeiros, o então crítico musical do Jornal Última Hora, o trio era “o melhor de todos os pequenos grupos instrumentais dos últimos tempos. É difícil encontrar entre nossos instrumentistas três músicos que se encaixem tão bem, e que sintam as composições que executam com tanta emoção”.

 

Em 1954 venceu o concurso da Prefeitura de São Paulo para a música tema do IV Centenário da Cidade com a canção “São Paulo Quatrocentão”, com participação de Chiquinho do Acordeon e Avaré, disco que lhe rendeu a marca de 700 mil exemplares vendidos na década de 1950.

 

A década de 1950 foi muito fértil para a história da música brasileira e de nossa arte em geral, efervescência da qual Garoto foi um precursor e participante ativo, comentava o músico e compositor Waldemar Henrique. “Não foi uma transformação. Foi um grande período de gestação, conscientização, compositores lúcidos que estavam à procura da modernidade, quebra de regras, influências, lutando contra a pobreza e o preconceito. Desde Pixinguinha ('Carinhoso'), Ary Barroso ('Faceira') Dorival Caymmi ('Dora'), Garoto ('Duas contas'), Dolores Duran ('Por causa de você'), a 'coisa' estava sendo criada, as flores brotando no jardim maravilhoso que hoje apreciamos. O verdadeiro mestre, o guia modesto, a figura forte que preparou a concepção da bossa nova foi Garoto”.

 

Suas últimas gravações foram a “Valsa do adeus” e “Mazurka”, de Chopin, no ano de 1955.

Professores de SP encerram greve e denunciam descaso do governo

Após 92 dias de greve, os professores da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo encerraram a maior greve da história da categoria em assembléia geral, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

 

A greve que foi marcada, segundo o sindicato, por forte pressão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que além de descontar o pagamento dos grevistas, se negou a reconhecer a greve. O governo, que não negociou com os professores, deixou a categoria sem reajuste salarial.

 

Na avaliação da presidente do sindicato (Apeoesp), Maria Isabel, “foi uma greve de resistência que foi virando uma greve pela sobrevivência. É hora de parar, fazer um balanço. Professores têm família e contas a pagar. É lamentável que a greve tenha terminado sem constituir reajuste, mas o governo também deve fazer o seu balanço e também tem o seu preço”, afirmou.

 

Bebel disse ainda que os professores vão fazer um grande movimento de defesa da escola pública. “Do jeito como está sendo tratada, a escola pública entrará em decadência”.

Dia 27 de junho o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Um Estranho em Minha Casa”

Neste sábado (20) o Cinema no Bixiga fará uma pausa em sua programação. Porém retomaremos nossa programação subversiva no sábado (27) com o filme “Um Estranho em Minha Casa”. A sessão será iniciada às 17 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. A entrada é franca, participe!

 

UM ESTRANHO EM MINHA CASA

Henri Barakat (1961), com Rushdy Abaza, Omar Sharif, Zahret El Ola, Hussein Riad, Zubaida Tharwat, Hassan Youssefm, EGITO, 119 min.

 

Sinopse

Cairo, 1949. Após invadir o palácio de governo, fuzilar o primeiro-ministro, ser preso e escapar poucos dias depois, Ahmed Hamdy (Omar Sharif) é levado pela jovem Nawal (Zubaida Tharwat) até sua casa. Lá, uma família tradicional de classe-média, avessa a se envolve com política, terá que decidir se aceita dar abrigo ao fugitivo. Baseado numa história de Ihsan Abdel-Kodous, “Um Estranho em Minha Casa” é um retrato da fase final da resistência egípcia contra a ocupação britânica, que desembocaria na revolução 1952, comandada pelos “Oficiai Livres” de Gamal Abdel Nasser.

 

Direção: Henri Barakat (1914-97)

Ao longo de sua carreira, Henri Antoine Barakat deixou um legado de 112 filmes de gêneros variados, mas ligados pelo “realismo poético” – principal traço do estilo do diretor. Graduado em direito, estudou cinema na França. Dirigiu seu primeiro longa-metragem em 1942, “O Vagabundo”, baseado em um conto do escritor russo Anton Chekov. Seu interesse por literatura levou-o a adaptar dezenas de romances de autores árabes, como Taha Hussein, Youssef Idris, Sekina Fouad, Latifa al-Zayat e Ihsan Abdel-Kodous. Entre suas obras destacam-se “A Oração do Rouxinol” (1959), “Um Estranho Em Minha Casa” (1961), “A Porta Aberta” (1964), “ O Pecado” (1965), “Um Cidadão Sob Investigação” (1993).

 

Argumento Original: Ihsan Abdel-Kodous (1919-90)

Autor de 49 obras adaptadas para cinema, Ihsan Abdel-Kodous foi jornalista, romancista e contista. Nas décadas de 1960 e 1970, trabalhou como editor dos jornais “Cairo Akhbar el-Yom” (mais tarde “Al Akhbar”) e “Al Ahram”. Assinou por muitos anos uma coluna que abordava os temas através de conversas entre clientes de um Café imaginário, situado na Rua da Política. A maioria de suas criações literárias – entre as quais “Um Estranho em Minha Casa”, ''O Melhor Amigo de um Menino'', “Meu Sangue, Lágrimas e Sorrisos”, “A Bala Ainda Está em Meu Bolso”(1975) – se constitui de estudos psicológicos de comportamento político e social.

 

Conheça a nossa programação

 

(16/05) A TRÉGUA – Francesco Rosi (1997), ITÁLIA, 128 min.

(23/05) O RETORNO DE VASILY BORTNIKOV – Vsevolod Pudovkin, (1952), URSS, 82 min.

(30/05) O ORIENTE É VERMELHO – Wang Ping (1965), CHINA, 118 min.

(13/06) MÃE ÍNDIA – Nehboob Khan (1957), ÍNDIA, 172 min.

(27/06) UM ESTRANHO EM MINHA CASA – Henry Barakat (1961), EGITO, 153 min.

(04/07) A MONTANHA DOS 7 ABUTRES – Billy Wilder (1951), EUA, 111 min.

(11/07) MATAR OU MORRER – Fred Zinnemann (1952), EUA, 84 min.

(18/07) O ANJO EXTERMINADOR – Luis Buñuel (1962), MÉXICO, 90 min.

 

Ministro do Esporte firma compromisso para realização do 4º JESP

 

O Ministro do Esporte, George Hilton, firmou o compromisso para realização do 4º JESP (Jogos Estudantis de São Paulo) junto a UMES durante uma reunião nesta terça-feira (09), com a participação do deputado federal, Vicente Cândido.

 

A reunião foi solicitada junto ao ministro pelo deputado Vicente Cândido. O inicio da reunião se deu com a explicação do deputado sobre a importância do JESP para a cidade e para o desenvolvimento dos esportes nas escolas de São Paulo, que solicitou ao ministro o apoio para a realização da 4º etapa do projeto. O deputado também explicou que as versões anteriores do JESP foram realizados através da Lei de Incentivo ao Esporte com o apoio da Petrobrás. Logo em seguida o deputado entregou o portfólio do projeto ao ministro e pediu para que o presidente da UMES, Marcos Kauê, explicasse o projeto para o ministro.

 

Kauê explicou que 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP) foi um campeonato organizado na cidade com 128 equipes, masculinas e femininas, entre as modalidades futsal, handebol, voleibol e xadrez. Kauê disse que as equipes participantes realizaram cineclubes para debater a função social do esporte, e coletaram materiais recicláveis para garantir sua inscrição no campeonato.

 

O Ministro Hilton ficou muito empolgado e assumiu o compromisso de garantir a realização do 4º JESP, porem disse que o 5º JESP precisará ser ampliado para 10 modalidades, envolvendo muito mais escolas na cidade de São Paulo.

 

O 4º JESP será realizado no “segundo semestre deste ano. O ministro se colocou à disposição e liberou verba para a realização do evento”, afirmou o deputado Vicente Cândido em sua pagina do facebook.

 

O Secretário-Geral da UNE, Katu Silva, também participou da reunião.

 

Cinema no Bixiga apresenta o filme “Mãe Índia”

Neste sábado (13) o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Mãe Índia”. A sessão será iniciada às 17 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. A entrada é franca, participe!

 

MÃE ÍNDIA – Nehboob Khan (1957), ÍNDIA, 172 min.

Trata-se de um clássico. Conta a história de uma mulher pobre que vive na aldeia, e, na ausência do marido, luta para criar seus filhos e sobreviver a um agiota.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conheça a nossa programação

 

(16/05) A TRÉGUA – Francesco Rosi (1997), ITÁLIA, 128 min.

(23/05) O RETORNO DE VASILY BORTNIKOV – Vsevolod Pudovkin, (1952), URSS, 82 min.

(30/05) O ORIENTE É VERMELHO – Wang Ping (1965), CHINA, 118 min.

(13/06) MÃE ÍNDIA – Nehboob Khan (1957), ÍNDIA, 172 min.

(27/06) UM ESTRANHO EM MINHA CASA – Henry Barakat (1961), EGITO, 153 min.

(04/07) A MONTANHA DOS 7 ABUTRES – Billy Wilder (1951), EUA, 111 min.

(11/07) MATAR OU MORRER – Fred Zinnemann (1952), EUA, 84 min.

(18/07) O ANJO EXTERMINADOR – Luis Buñuel (1962), MÉXICO, 90 min.

UMES debate Lei de Incentivo ao Esporte na Câmara dos Deputados

 

A Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados se reuniu nesta terça-feira (09) para debater a prorrogação da Lei de Incentivo aos Esportes (Lei 11.438/06), que terá sua vigência encerrada em dezembro. “O esporte é um agente formador para a juventude, que ensina a conviver, a dividir, a viver em grupo e em coletividade. É muito importante prorrogar a Lei de Incentivo ao Esporte que hoje é a principal forma de promover projetos esportivos”, afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, durante sua intervenção.

 

“Em São Paulo a UMES organiza o JESP que é realizado através pela Lei de Incentivo ao Esporte. É um grande projeto e um exemplo do caráter transformador do esporte na sociedade e na educação”, afirmou Kauê.

 

Durante a reunião foi unanime o apoio dos debatedores a prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte, que permite deduzir do Imposto de Renda as doações e patrocínios a projetos desportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. A prorrogação deverá ser feita através de emenda à MP do Futebol (671/15). A prorrogação foi apoiada pelo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, Evandro da Silva, que afirmou durante a reunião que a lei gerou investimentos de R$ 1 bilhão no esporte.

 

Durante a intervenção do Secretario Geral da UNE, Katu Silva, foi frisado que o incentivo a lei é muito importante “porque tirando o futebol as outras modalidades dependem da Lei de Incentivo”. “A UNE apoiará a luta para prorrogar a lei federal e amplia-la de 1% para 3%. Será uma grande batalha contra os cortes da Dilma”, afirmou a liderança estudantil.

 

O debate foi requerido pela Frente Parlamentar Mista do Esporte com o intuito de demonstrar para sociedade a importância da permanência da lei federal. Para o deputado Márcio Marinho (PRB/BA), presidente da comissão, “todos os parlamentares querem que a lei seja perene e vamos trabalhar para que isso aconteça”.

 

Congresso da UNE: estudantes condenam arrocho dilmista

 

Escolhido pelo governo para ser o representante de Dilma no 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado na última semana em Goiânia, Leandro Cerqueira, teve suas declarações rechaçadas por participantes do encontro. Segundo os estudantes, o enviado do Ministério da Educação mentiu ao negar que os cortes no orçamento prejudicam o ensino no país.

 

Durante o debate sobre o ensino superior privado, representante do governo e seus defensores no plenário fizeram defesas acaloradas sobre a necessidade da política de ajuste de Dilma. Já os representantes da oposição à ala dilmista, liderados no debate pelo movimento Mutirão (PPL), fizeram a denúncia dos crimes perpetrados pelo governo contra o desenvolvimento do país.

 

Em suas considerações o representante do MEC quis responder às denúncias dos estudantes sobre os cortes de R$ 9,4 bilhões no orçamento da pasta, assim como o cancelamento de mais de 150 mil bolsas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Segundo ele, “todos os contratos foram aditados, não há cortes no programa de financiamento”.

 

A estudante de arquitetura da Anhembi Morumbi (SP), integrante do movimento Mutirão, Ana Carolina Cota, destacou os cortes nas bolsas do programa de financiamento e criticou a postura dos estudantes que compunham o movimento Abre Alas (UJS) por apoiar o governo.

 

“Esse governo que diz formar uma Pátria Educadora é o mesmo que corta mais de 150 mil bolsas, deixando estudantes à míngua sem ter como pagar as mensalidades. Diversos alunos da minha faculdade tiveram que abandonar seus cursos pela metade. Tentaram, tentaram, mas não conseguiram até hoje o aditamento dos seus contratos. É vergonhoso ver vocês [UJS] defendendo a Dilma, quero ver ter coragem de ir para as salas de aula defender esse governo mentiroso”.

 

As afirmações do representante do MEC indignaram os estudantes que tomaram o plenário chamando Leandro Cerqueira de mentiroso, avançaram para cima da mesa onde estavam os debatedores e o mediador, estenderam uma faixa com os dizeres “Pátria Educadora = – 9,4 bilhões para Educação. FORA DILMA!”, e entoaram palavras de ordem como: “Cortar da educação pro povo é demais, agora é fora Dilma, com entreguista não dá mais”.

 

A estudante de direito da PUC/RS, líder do movimento Mutirão, Mariara Cruz, em sua intervenção resgatou a história da UNE, criticou os cortes de verbas e de direitos feitos pelo ou com apoio do governo.

 

“A UNE foi protagonista nas principais lutas do povo brasileiro. Agora não pode ser diferente. Dilma cometeu o maior estelionato eleitoral da história, disse que o país iria entrar num novo ciclo de desenvolvimento e o que vemos é uma política de cortes na saúde, na educação, em diversas áreas estratégicas para a nação. Enviou as medidas provisórias 664 e 665 que cortam direitos trabalhistas mesmo depois de dizer que não o faria ‘nem que a vaca tussa’, parou com a expansão das universidades federais iniciada por Lula e ainda transformou o Fies de programa auxiliar no principal projeto educacional do governo. Dilma criou mais vagas nas instituições pagas do que nas públicas deixando mais de um milhão de estudantes a mercê dos interesses do mercado. Dilma entregou a multinacionais o maior campo de petróleo do mundo, o Campo de Libra. Dilma voltou a privatizar desenfreadamente. A UNE tem que estar ao lado do povo e não a reboque deste governo”, disse Mariara.

 

“Não podemos conciliar com este governo neoliberal, agora é Fora Dilma!”, conclamou.

 

PLENÁRIA

 

O 54º Congresso da UNE foi marcado pela polarização entre as forças de oposição e os governistas. Durante a plenária final, onde são definidas as resoluções da entidade, assim como é eleita a diretoria da entidade, os movimentos de oposição liderados pelo PPL, PSB, PSOL e PCR denunciaram a tentativa da ala governista composta pela UJS (PCdoB), PT, além do chamado “Campo Popular”, formado pelo Levante Popular da Juventude (MST), e tendências do PT, de transformar o congresso em um ato de cinco dias pró-Dilma.

 

“A presidente Dilma achaca o povo para garantir o maior repasse da história aos banqueiros, rentistas, fundos de especulação e multinacionais. De janeiro a abril o superávit primário de Dilma entregou R$ 146 bilhões para à banqueirada. O compromisso com o neoliberalismo é tanto que em menos de 12 meses seu governo aumentou a taxa de juros seis vezes tornando o Brasil, novamente, o país com as mais altas taxas do mundo. Desde a reeleição não houve reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em que o juros não fossem aumentados”, ressaltou o movimento Mutirão.

 

Durante a defesa das chapas para a eleição da nova diretoria da entidade a estudante da UnB, militante da JSB, Thaynara Melo afirmou que a presidente Dilma não representa mais os anseios da juventude por um país melhor, mais justo. “Este é o momento em que a UNE precisa estar dentro das universidades construindo o movimento contra os cortes de Dilma e Levy”, destacou.

 

“Nos últimos anos ficou perceptível a falta de comprometimento com as pautas reais dos estudantes e a total falta de critica a postura do governo federal, por isso não era mais possível estar ao lado daqueles que hoje controlam a entidade (UJS/PT)”, ressaltou a estudante sobre a decisão da JSB de se desligar do campo “majoritário” da UNE.

 

Já o PSOL destacou a opção do governo Dilma em se igualar ao PSDB adotando medidas neoliberais. “Ainda que, publicamente, PT e oposição de direita troquem farpas, o fato é que, hoje, ambos têm na essência um acordo: ‘ajustar’ a economia retirando direitos do povo”.

 

Para a Oposição de Esquerda (PSOL , PCR e PCB) é preciso “uma UNE ao lado da luta dos trabalhadores que, atualmente, se enfrentam com o brutal ajuste de Dilma e Levy. Queremos que a UNE rompa com o governo. Queremos construir em cada universidade e local de trabalho e estudo uma verdadeira trincheira para impedir que os cortes vão adiante e, em contrapartida, para conquistar mais direitos. Nesse sentido, o movimento estudantil brasileiro precisa urgentemente de uma nova direção de oposição de esquerda ao governo Dilma”.

 

VOTAÇÃO

 

Ao final, a chapa “O movimento estudantil unificado contra o retrocesso em defesa da democracia e por mais direitos” – a salada de frutas do nome reflete a despolitização praticada durante o congresso – formada por PCdoB e PT, elegeu Carina Vitral presidente da entidade. Em seu discurso de posse após a apuração dos votos, não conseguiu esboçar uma palavra sequer contra os ajustes, o aumento dos juros, ou sobre as MPs. Apenas disse existir “momento conturbado”.

 

Estudantes criticaram o “clima carnavalesco” com que as plenárias do congresso foram tratadas. “A UJS parece comemorar a situação caótica do país. Para eles parece que não tem gente perdendo o emprego, saindo da faculdade por não conseguir pagar, universidades sem dinheiro pra pagar conta de água e luz, tendo que escolher se paga conta ou o salário dos funcionários. Eles vieram pra plenária final jogando confete e serpentina pra cima, purpurina para todos os lados. Até tiarinhas com chifrinhos, anteninhas e gente fantasiada têm. Em que mundo eles estão?”, questionou o estudante Caio Felipe.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo (Maíra Campos)

 

Apeoesp aprova continuidade da greve e convoca nova assembleia na Paulista

 

15 mil professores da rede estadual de São Paulo decidiram manter a greve nesta última quarta-feira (03) durante sua assembleia. Hoje a greve completa 85 dias, a mais longa na história da categoria no estado, porém o governo Alckmin diz que aumento de salário é inegociável.

 

A assembleia ocorreu na avenida Paulista, no vão-livre do Masp, e a decisão pela continuidade da greve foi bastante tensa, sendo necessárias duas votações para estabelecer a deliberação.

 

Após a concentração da assembleia na Avenida Paulista os professores seguiram para a praça da República, na sede da Secretaria Estadual de Educação.

 

Houve um confronto que durou cerca de dez minutos, entre professores e um grupo não identificado. Uma pessoa saiu ferida.

 

Os professores pedem ajuste de 75,33% nos seus salários, aumento suficiente para equiparar a renda dos professores a dos demais profissionais com ensino superior.