Federal de Uberlândia adere a greve que já atinge 56 universidades federais

Nesta segunda-feira (01) a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) aderiu à greve nacional das universidades federais brasileiras. A decisão foi feita em assembleia com 228 servidores federais durante a semana passada. Agora a greve atinge 56 das 63 universidades federais do país.

 

Até sexta-feira (29) 26 estados foram afetados pela greve, afirmou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

 

Na greve das federais se somam os docentes e os demais servidores públicos federais que exigem “a derrubada da política econômica e fiscal levada a cabo atualmente, e que penaliza a população brasileira”, afirmam as entidades que condenam os cortes orçamentários anunciados pelo governo que reduziram em 19,3% o orçamento da Educação (até agora são R$ 9,423 bilhões). Desde o início do ano as universidades federais enfrentaram cortes que reduziram em 30% os seus repasses de verbas. Os cortes colocaram as universidades em situação de caos, com risco de cortes na luz e água, paralisação de obras, demissões, corte nas bolsas estudantis, e hospitais com risco de serem fechados.

 

De todas as universidades em greve, em 15 a greve é conjunta e reúne professores e técnico-administrativos contra os cortes na educação que praticamente paralisaram as universidades federais.

 

Os servidores exigem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas universidades federais. Ao longo dos próximos dias os professores e servidores das demais universidades federais, que ainda não entraram em greve, devem fazer suas assembleias para decidir sobre sua adesão a greve nacional.

UMES participa do Congresso Brasileiro de Clubes

A UMES participou do Congresso Brasileiro de Clubes 2015 realizado em Florianópolis (SC), entre os dias 29 e 31 de maio, a convite do presidente da FENACLUBES (Federação Nacional dos Clubes), Arialdo Boscolo.

 

Durante a abertura do congresso o Ministro dos Esportes, George Hilton, anunciou que a pratica de educação física será obrigatória em todas as escolas públicas do Brasil. De acordo com o ministro a Lei de Diretrizes e Bases do Esporte está sendo discutida durante as reuniões da comissão interministerial entre o Ministério dos Esportes e da Educação.

                                                                                       

O congresso é uma atividade que busca fortalecer os clubes esportivos para que estes executem projetos de fomento a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos. É realizado pela Confederação Brasileira de Clubes (CBC), entidade responsável pela descentralização dos recursos oriundos da Nova Lei Pelé. A nova lei destina recursos para os clubes, para Confederação de Desporto Escolar e também para a Confederação de Desporto Universitário.

 

A FENACLUBES é parceira da CBC na construção do congresso, e é responsável pela representação do segmento esportivo, inclusive na área trabalhista e sindical.

 

A programação do Congresso incluiu palestras, debates e atrações culturais. Participaram das atividades mais de 100 clubes brasileiros.

 

“Viva o Teclas no Choro”

 

“Alegria. Teatro lotado só gente do bem. Viva o Teclas no Choro”, afirmou Ricardo Valverde ao definir o show de lançamento de seu CD Teclas no Choro (gravadora CPC-UMES), realizado neste sábado (29) no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, no Bixiga.

 

Durante o show Valverde tocou as músicas de seu CD, que reúnem grandes mestres do choro, trazendo o vibrafone somado ao som do teclado, bateria e baixo.

 

Para o presidente da UMES, Marcos Kauê, “é uma grande satisfação lançar essa grande obra de Ricardo Valverde pelo CPC-UMES. É um CD que resgata grandes mestres da música brasileira através do vibrafone, um instrumento pouco conhecido porém muito interessante e de grande sonoridade”.

 

Já para Jonathan Oliveira, diretor da UMES, “o lançamento do CD foi uma ótima oportunidade para quem gosta e aprecia música de conhecer o vibrafone, que a princípio parece um instrumento muito diferente. Gostei muito do show, foi a primeira vez que vi um artista tocando um vibrafone. A sensação foi ótima”.

 

“A história do vibrafone no Brasil ganha um novo capítulo com esse CD de Ricardo Valverde: sem esconder sua reverência pela sonoridade do Quinteto de Radamés Gnattali, Ricardo nos traz um CD que aponta o futuro enquanto revela o passado. Um CD atual e moderno, mas que é sempre um disco de choro: um disco que mostra que a imorredoura alma brasileira ganha uma vibração nova e especial quando envolvida nos sons do vibrafone”, afirma Marcus Vinicius de Andrade, diretor artístico da Gravadora CPC-UMES em seu texto de apresentação do CD, que resgate o papel do instrumento na música brasileira. Continue lendo a apresentação do CD aqui!

 

 

Ao fim do show o CPC-UMES organizou um coquetel, que permitiu aos espectadores se confraternizarem e conhecerem os músicos.

 

Se você perdeu o lançamento do CD, confira uma prévia do CD de Ricardo Valverde aqui!

 

Choro sem lágrimas

* Dery Nascimento

 

Se já é escassa a difusão da música brasileira de qualidade nos grandes veículos de comunicação, como rádios e TVs, imaginem para a música instrumental, salvo em algumas poucas mídias Brasil afora.

 

Hoje o Planeta MPB tem o imenso prazer de apresentar um jovem talento que, apesar da pouca idade, é dono de um currículo extenso como instrumentista, tocando e gravando com grandes nomes da nossa música. Ricardo Valverde é vibrafonista, percursionista erudito, popular e arranjador. Ele nos apresenta o CD “Teclas no Choro”, um instrumental que tem o vibrafone como “voz” principal para temas consagrados de grandes compositores do estilo.

 

O álbum foi produzido pelo próprio músico e por André Salmerón, e tem arranjos da talentosíssima Silvia Goes. A produção fonográfica ficou por conta da gravadora CPC-UMES.

 

Ricardo não gravou meramente um CD tocando choro no vibrafone – ele fez uma ampla e profunda análise do estilo e em nenhum momento se percebe qualquer privilégio ao seu instrumento. O vibrafone comunga “de igual pra igual” com os demais elementos, levando o ouvinte a fazer parte dos temas.

 

Com uma apresentação minuciosa da história do instrumento na música brasileira, Marcus Vinícius de Andrade, diretor artístico da gravadora responsável, faz alguns apontamentos importantes de serem lidos no encarte do CD, e valoriza: “Ricardo Valverde abre uma nova vereda na trajetória do vibrafone no nosso país”. No encarte ainda constam textos que acompanham cada tema, numa pesquisa cuidadosa de Juliana Valverde.

 

Prepare-se para ouvir o famoso chorinho pelas teclas de um vibrafone. Os trabalhos são abertos com “Feitiço” (Jacob do Bandolim –1918-1969) que, gravada originalmente em 1959, ganha uma leitura refinada de Ricardo, com a participação especial do mito Heraldo do Monte, enriquecendo o que já é belo.

 

Agora ouviremos um tema do saudoso Altamiro Carrilho (1924-2012), “Enigmático”, que tem a participação especial de César Roversi no sax soprano. Valverde gravou com uma banda de respeito: Silvia Goes (teclados), Pepa D’Lia (bateria) e Ivani Sabino (contrabaixo), que garantem, junto ao seu vibrafone, a qualidade do som.

 

No terceiro tema, “Eu Quero é Sossego” (Hianto de Almeida/K-Ximbinho), como o próprio nome diz, a música tem um andamento mais lento, rica melodicamente e de harmonia aconchegante.

 

Pixinguinha e Benedito Lacerda se fazem presentes com o belo tema “Ainda me Recordo”, que traz as participações de Isaías Bueno de Almeida – dos “Chorões” – no bandolim e Cesar Roversi no sax barítono. O clássico tango de Ernesto Nazareth (1863-1934) também se faz presente. E que interpretação! Lindo demais…

Com participação do sanfoneiro Oswaldinho do Acordeon ouviremos, do mestre Pixinguinha, “Diplomata”.

 

Outro tema famoso de Carrilho, e que aqui ganha interpretação sublime, é “Aeroporto do Galeão”. Não dá vontade de parar de ouvir.

 

Um choro do talentoso cavaquinista paulista, Esmeraldino Salles, falecido em 1979, tem participação mais que especial de Oswaldinho do Acordeon, que dialoga com o vibrafone de Valverde. Falo da solene “Uma Noite no Sumaré”.

 

Ricardo deve ter ficado noites sem dormir durante a escolha desse repertório tão rico, mas ele sabe das coisas. Mais uma de Esmeraldino Salles, “Arabiando” – desta vez um choro ritmado e dançante. Gravada originalmente em 1946 pela Orquestra Tabajara, “Sonhando” (Del Loro/K-Ximbinho) é daqueles temas que permitem qualquer poeta ou letrista sair colocando palavras em sua melodia.

 

Para finalizar esta audição, Ricardo selecionou Ernesto Nazareth com seu “Ameno Resedá” e Jacob do Bandolim com a estupenda “Bola Preta”. Viva o choro, viva Ricardo Valverde!

 

* Dery Nascimento é músico e escreve críticas musicais de artistas novos e seus CDs.

 

Fonte: Planeta MPB

UMES participa do lançamento do livro de Kim Il Sung

A UMES marcou presença nesta quinta-feira (28) no lançamento do livro “Memórias – No Transcurso do Século – vol. III” de Kim Il Sung, traduzido por Rosanita Campos. A atividade foi promovida pela Federação Democrática Internacional das Mulheres (Fedim), em conjunto com o Instituto da Amizade Brasil-Coreia e Editora Alfa Ômega.

 

A atividade contou com a presença do embaixador da Coreia Popular no Brasil, bem como da tradutora do livro, Rosanita Campos, Márcia Campos, presidente da Fedim, Carlos Henrique, presidente do Instituto de Amizade Brasil-Coreia, e Alda Marco Antônio, vice-prefeita da cidade de São Paulo pelo PMDB, entre os anos de 2009 a 2012.

 

Jonathan oliveira, diretor da UMES, considerou que “foi muito importante a presença da UMES no lançamento do livro porque é uma obra que demonstra para a juventude o que realmente acontece naquele país socialista, falando o que a mídia não fala sobre a Coreia Popular. A Coreia é um país bastante desenvolvido,  temos muito o que aprender eles, que mesmo com tantas dificuldades se constituem como um país prospero”.

 

Durante a cerimônia foi destacado o espírito patriótico dos dirigentes do país que possibilitou a luta do povo coreano contra o imperialismo japonês, e posteriormente contra o imperialismo norte-americano. Também foram ressaltados os avanços do regime socialista da Coreia Popular, que conseguiram nacionalizar suas riquezas e desenvolver sua indústria para assim viabilizar a libertação de seu povo e de sua Pátria. Os palestrantes também destacaram que o exemplo da Coreia é muito positivo para as atuais necessidades brasileiras.

 

Também participou da atividade Marcelo Tomé, neto do escritor e ativista afro-brasileiro, Solano Trindade, que se disse muito impressionado com o que ouviu sobre o país. Tomé é diretor do Teatro Popular Solano Trindade.

 

O lançamento do livro ocorreu na sede internacional da Fedim, na Cidade Jardim, zona sul de São Paulo, durante a Inauguração do Espaço Cultural da Fedim. O lançamento do livro se deu durante a abertura da Exposição da “Arte Milenar Coreana”.

Estudantes se mobilizam contra juros de Dilma. Participe você também!

Nesta próxima terça-feira (02) a UMES está organizando os estudantes da cidade a participarem da manifestação contra a alta dos juros, em frente a sede do Banco Central, na Avenida Paulista, n° 1.804, com início previsto às 10 horas.

 

Marcos Kauê, presidente da UMES, relatou que a participação dos estudantes está sendo preparada desde o dia 16 de maio, e que os estudantes organizaram atividades contrárias ao aumento de juros desde a reeleição de Dilma, ao todo foram cinco aumentos, comenta kauê. Ele denunciou que “entre janeiro e abril o governo Dilma cortou cerca de R$ 10 bilhões da educação, um corte que pode superar os R$ 14 bilhões. Enquanto isso entre janeiro e março foram transferidos aos bancos R$ 143 bilhões através do pagamento de juros. Não é o governo da Pátria Educadora, é um governo para os bancos”, afirmou.

 

“Precisamos que todos os estudantes participem de nossa manifestação para deixar claro que não aceitaremos outro aumento de juros. Queremos menos juros e mais educação, o que quer dizer mais atenção com as escolas, estudantes e professores, ao invés de dar prioridade aos bancos como faz Dilma”. Desde sua reeleição os juros aumentaram cinco vezes, e estão na casa dos 13,25%.

 

A manifestação de terça-feira também contará com a organização das centrais sindicais Força Sindical e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), que divulgaram um manifesto contra os juros altos de Dilma, repudiando os cortes no Orçamento e o pacote neoliberal que reduziu direitos trabalhistas. Entre os participantes estão também diversas entidades dos movimentos sociais.

 

 

 

Golpe da direita

 

 

Na semana passada (sexta-feira dia 22) o governo Dilma cortou R$ 70,881 bilhões da educação, saúde, habitação e transporte para gastar com juros. O corte foi feito sobre parte das verbas que podem ser cortadas sem aprovação do Congresso. Não contente nesta quarta-feira (27) Dilma aprovou a MP 664, medida que restringe o acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença, e um dia antes, na terça-feira (26) aprovou a MP 665, que restringe o acesso ao abono e seguro-desemprego, mesmo sob vaias e gritos de “você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”.

Cinema no Bixiga apresenta o filme “O Oriente É Vermelho”

Neste sábado (30) o Cinema no Bixiga apresenta o filme “O Oriente É Vermelho”.  A sessão será iniciada às 17 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. A entrada é franca, participe!

 

O ORIENTE É VERMELHO – Wang Ping (1965), CHINA, 118 min.

Trata-se de uma ópera revolucionária, realizada por uma equipe de mais de 4 mil atores, músicos e técnicos. Toma como base uma canção guerrilheira – que de tão popular quase vira o hino da República – para contar a história da libertação, a partir da criação do Partido Comunista da China.

 

Abaixo, duas versões da mesma canção em interpretações bem diferentes:

 

youtube.com/watch?v=SRBuwhaUczA

 

youtube.com/watch?v=iaf3lPTb7eY

 

 

 

 

 

 

 

 

Conheça a nossa programação

 

(16/05) A TRÉGUA – Francesco Rosi (1997), ITÁLIA, 128 min.

(23/05) O RETORNO DE VASILY BORTNIKOV – Vsevolod Pudovkin, (1952), URSS, 82 min.

(30/05) O ORIENTE É VERMELHO – Wang Ping (1965), CHINA, 118 min.

(13/06) MÃE ÍNDIA – Nehboob Khan (1957), ÍNDIA, 172 min.

(27/06) UM ESTRANHO EM MINHA CASA – Henry Barakat (1961), EGITO, 153 min.

(04/07) A MONTANHA DOS 7 ABUTRES – Billy Wilder (1951), EUA, 111 min.

(11/07) MATAR OU MORRER – Fred Zinnemann (1952), EUA, 84 min.

(18/07) O ANJO EXTERMINADOR – Luis Buñuel (1962), MÉXICO, 90 min.

 

Teclas no Choro: alma brasileira na música de Ricardo Valverde

Na próxima sexta-feira, dia 29, o vibrafonista Ricardo Valverde faz show de lançamento do CD “Teclas no Choro” (gravadora CPC-UMES), no Cine-Teatro Denoy de Oliveira.

 

O disco, que reúne músicas dos grandes mestres do choro, junta o vibrafone de Ricardo a um trio formado por Silvia Goes (teclados), Pepa D’Lia (bateria) e Ivan Sabino (baixo), além das participações especiais de Heraldo do Monte (guitarra), Cesar Roversi (saxofones soprano e barítono), Izaias Bueno de Almeida (bandolim) e Oswaldinho do Acordeom.

 

Ricardo Valverde estudou música com nomes renomados e atuou ao lado de grandes artistas brasileiros como Dominguinhos, Nelson Sargento, Anastácia, Riachão, Arismar do Espirito Santo, Paulinho Boca de Cantor e Galvão (Novos Baianos), Maestro Branco, Cristina Buarque, Paulo Padilha, Dona Inah, Silvia Goes, Moacyr Luz, Monarco da Portela, Diogo Nogueira entre outros.

 

Em entrevista ao HP, Ricardo Valverde fala sobre sua trajetória musical, seu encontro com o vibrafone e sobre o disco “Teclas no Choro” que, segundo palavras do maestro e diretor artístico da Gravadora CPC-UMES, Marcus Vinicius de Andrade, “mostra que a imorredoura alma brasileira ganha uma vibração nova e especial quando envolvida nos sons do vibrafone”.

 

HP – Qual é a sua história com a música, com o seu instrumento – o vibrafone-, e a sua formação?

Ricardo Valverde – Comecei estudando música popular e depois música erudita. A música, na verdade, sempre esteve presente na família. O meu pai toca, minha tataravó tocava piano em cinema mudo. Em casa sempre se ouviu muita música, a sonoridade do vibrafone também era muito comum porque meu pai ouvia bastante jazz americano e tinha o quarteto dele.

 

A minha formação se deu no conservatório de Osasco. Eu nasci em Salvador, mas meus pais vieram muito cedo para São Paulo, estudei no conservatório de Tatuí, um conservatório maravilhoso, o maior da América Latina, na antiga Universidade Livre de Música (ULM), atual EMESP, e fiz faculdade em Osasco também, eu era bolsista na FITO, tocava na orquestra do Maestro Branco, em troca ganhei a bolsa e estudei musica erudita.

 

HP – Como você decidiu se tornar um vibrafonista?

 

R. V. – Na década de 90 fui a um encontro de percussionistas em Campinas, já tocava, mas estava começando a estudar música. Eu sempre toquei em casa, tocava violão autodidata, meu pai é autodidata, era assim que funcionava, pegava o instrumento e saía tocando, ia tentando até conseguir. Na época de adolescente tocava rock no violão, guitarra, música brasileira, coisa de jovens. E depois comecei a estudar.

 

É engraçado, a gente fala de coisas de 20 anos atrás, era tudo muito diferente de hoje, nós não tínhamos informação, tínhamos que correr atrás. Até as coisas mais simples, básicas, os instrumentos mais comuns. O pandeiro, por exemplo, eu ia atrás de quem tocava para me dar uns toques.

 

Por isso a semana de percussão em Campinas foi um grande momento. Tinha gente do mundo inteiro, as oficinas ali super acessíveis.

 

Foi então que vi o Ney Rosauro tocar o vibrafone. Quando sentei na primeira fila e vi – já estudava um pouco de teclados de percussão -, aquilo mexeu comigo. Logo pensei ‘é esse instrumento que eu quero para minha vida’.

 

O Ney é muito conceituado lá fora, as músicas dele são tocadas no mundo inteiro.

 

HP – Qual é a história do vibrafone e a sua inserção na música brasileira?

 

R. V. – A história do vibrafone é recente, ele é um instrumento de 1920, muito presente no jazz. E como o cinema americano é muito forte no mundo e nele tinham grandes orquestras que tinham jazz com a presença do vibrafone, ele foi um instrumento que então veio muito forte para o Brasil. Como naquela época as gravadoras tinham dinheiro, a Rádio Nacional, o maior expoente da música brasileira na época, era muito rica, tinha uma orquestra e ali o vibrafone era presente, tanto que na chamada da rádio era um vibrafone tocando.

 

O Izaias conta que ia gravar no Rio e havia vibrafone em todo lugar. Inclusive em discos famosíssimos de 1958, onde o vibrafonista Chuca-Chuca era quem tocava. O vibrafone fazia solos, tinha destaque, mas não era o principal. Depois de 20 anos, em 1978, o instrumento apareceu com destaque de novo na música brasileira. O Orlando Silveira gravou um disco com o vibrafone ainda não como protagonista, mas com destaque.

 

Na bossa nova ele foi muito presente. Em todos os discos do Roberto Menescal o vibrafone estava lá. Mas depois disso ficou um buraco, não sei por quê. Conversando com músicos mais antigos, eles acham que foi a grana, porque desse período em diante começam a reduzir o tamanho das bandas e com isso o vibrafone foi sumindo das rodas na noite. Assim como o piano.

 

A Silvia Goes, que é pianista do disco, minha grande mestre, conta que todo teatro tinha piano, hoje a gente quase não vê um teatro com piano, toda casa de show, bar, tinha um piano. Depois dessa redução do dinheiro na cultura e a vinda do teclado e da guitarra, reduziu tudo. A chegada da televisão deve ter influenciado, porque as rádios tinham grandes orquestras. E então o vibrafone, os instrumentos maiores, os instrumentos acústicos talvez, sumiram um pouco.

 

Conversando com o Amilton Godóy, do Zimbo Trio, ele me disse “olha que legal, sabe que eu gravei com o vibrafone”. Isso acontecia muito, os vibrafonistas migravam de outros instrumentos. O cara começava a estudar e o primeiro instrumento nunca era o vibrafone. Normalmente o cara que tocava piano resolveu gravar com o vibrafone.

 

O Breno Sauer foi importantíssimo, gaúcho, mas fez muito sucesso aqui em SP, um dos maiores entre os vibrafonistas brasileiros e começou no piano e se aperfeiçoou no vibrafone.

 

HP – O que você quer dizer quando afirma querer legitimar o vibrafone no choro, na música brasileira?

 

R. V. – Eu faço um parâmetro com a pessoa que estuda o bandolim, estou falando de referências. Quando a pessoa vai estudar choro, só de Jacob do Bandolim ele tem uma vida inteira de material, e esse é um exemplo, têm muitos mais. O vibrafone no choro não é assim, tem lacunas muito grandes na história.

 

E com esse movimento dos percussionistas se prepararem, estudarem música, está surgindo uma leva boa de vibrafonistas, pessoas que têm o vibrafone como carro chefe na carreira.

 

Eu me legitimar como músico também. Foi estranho, é estranho. Os americanos têm mania de registrar tudo, formatar tudo, até mesmo para dominar, mas, enfim, têm escolas, têm metodologia. Alguns músicos foram para lá e trouxeram isso para o Brasil. Então mesmo a ULM usava essa metodologia vinda de fora, mas essa é uma metodologia de jazz, eu me sentia muito estranho, não que eu não goste, adoro jazz, mas para mim não é natural sabe, eu toco percussão, toco tambor, desde cedo toco choro, eu não vou tocar como um menino americano. Eu sou brasileiro. Então legitimar isso também, se apropriar, escrever métodos de música brasileira. Os métodos, tirando Ney Rosauro, que é música erudita, são todos americanos.

 

Outra coisa muito séria é vendo essa geração chegando, me lembra aquela frase do Noel “ninguém aprende samba no colégio” o samba se faz no morro, é a mesma coisa com o choro, choro se faz nas rodas.

 

E como se aprende isso? Com os mais velhos, com os mestres. Eu ficava ouvindo os discos do Jorginho do Pandeiro e pensava como é que ele consegue tirar uns sons de grave e ficava pensando como ele consegue mexer a mão, tocar com o dedão e tirar o grave. Eu não conseguia fazer, só descobri quando eu toquei com ele e vi que ele tirava o grave com o dedo de cima. Então entendi e todo esse processo levou dois, três anos.

 

Sabe aquela coisa, na música erudita é assim. Tem o Bach, ai Mozart sabe tudo do Bach, o Beethoven sabe tudo do Mozart e do Bach e assim por diante. Ali se tinha uma estrutura sólida, o que eu vejo hoje é que não tem solidez. Mesmo no meu disco, ele não tem uma formação de choro, mas você escuta e identifica. É choro, é a linguagem, não tem como fugir.

 

HP – Como funcionou? Você realizou as rodas para tocar, praticar ou as rodas eram realizadas como parte do processo de pesquisa para o Teclas no Choro?

 

R. V. – As duas coisas, eu queria praticar e pesquisar, aprender na roda. Aqui em São Paulo tem a tradição de nas feijoadas tocar choro, então eu tocava numa feijoada com o vibrafone ao invés da flauta e bandolim. Isso é muito legal porque são quatro horas de repertório. Você precisa ter um repertório enorme, tem que ter malícia, vai chegar um cara para dar canja e você nunca tocou com ele. E o Izaias sempre comigo, tem que colar neles, nos mestres, todo dia ele me surpreende. Isso eu acho que é uma sorte que eu tenho, de sempre conviver com as pessoas mais velhas e não ter esse deslumbre que a música dá.

 

As rodas aconteciam terças e sábados. Nas terças, às vezes, tinham 20 pessoas na plateia e dentre eles 18 eram músicos, brinco que nessas ocasiões tinham mais músicos que gente. E era uma farra porque a gente podia experimentar. Nos sábados, que lotava mais, era num restaurante e tinha aquela coisa, tocar o de sempre, o que as pessoas pedem. “Toca o Brasileirinho, toca o Tico-Tico”, parece que é só isso, e não é. As pessoas querem se identificar, é normal, mas não é só isso, tem mais coisa. Como acontece nas rodas de samba, “Ah, toca Madalena”…

 

É engraçada também essa história do choro e do samba porque é a mesma raiz. Lá no início, enquanto na sala da Tia Ciata se tocava choro, no quintal era samba, são estilos irmãos, que andam juntos na história da música brasileira.

 

Todos os grandes chorões gravaram os grandes sambistas. Por exemplo, o Luizinho Sete Cordas, grande chorão, sempre grava com a Beth. O choro é muito rico, quem toca, toca qualquer estilo, se estudar e se for atrás da linguagem.

 

HP – Então com as rodas você experimentou diversos repertórios, e como foi a escolha do repertório para o CD?

 

R. V. – A escolha do repertório se deu estudando, experimentando. Porque, por exemplo, o Pixinguinha, que tocava flauta, compunha repertórios para flautistas, então era a busca para achar músicas que ficassem boas no vibrafone como instrumento principal no choro. O K-Ximbinho produziu muitos choros assim e depois eu descobri que ele tocava vibrafone, parecia que ele escrevia para o vibrafone. Os mestres têm disso, tocam três notas e te arrepiam, eu penso nisso, em quando vou chegar lá.

 

Na escolha do repertório, primeiro fui tocar, ver o que ficava bom no vibrafone, as músicas que eu achava que tinha uma propriedade para tocar. Na hora de gravar, o momento é importante, eu não fiquei repetindo o improviso. O que rolou na hora foi o que saiu no CD.

 

Não são todas as músicas que têm improviso, porque ele é muito presente no choro, mas como as músicas têm muita melodia às vezes fica coisa demais, fica chato para o ouvinte.

 

O disco acabou ficando em seis compositores e foi um processo que rolou naturalmente.

 

O Pixinguinha e o Nazareth como começo do choro, a base, e aí na música do Pixinguinha e do Nazareth tem o Izaias que é a base do choro paulistano, depois o Jacob do Bandolim que é o grande chorão, depois o K-Ximbinho que tem essa pegada mais moderna, menos que o Esmeraldino, tem o Esmeraldino que é aqui de SP, e ai eu fiz questão porque apesar de ser baiano, moro aqui a vida inteira, sou paulistano também, sou corintiano. E por último o Altamiro Carrilho, que todo mundo conhece mais como instrumentista, e ele foi realmente incrível, o maior flautista da época dele, mas ele também foi um grande compositor e as músicas são boas no vibrafone.

 

Músico é um artesão, a gente tem que ter conceito nas coisas, eu não quero que todo mundo que escute meu disco goste, eu quero que quem pegue meu disco escute e veja que ali tem um conceito, tem trabalho. Não tem nada de devaneios, nada ali é por acaso, tem uma linguagem, uma história, uma unidade, o disco é todo amarrado.

 

HP – A gente consegue perceber que a escolha do trio que te acompanha no disco, bem como as participações, estão intrinsecamente relacionadas com a sua história, seu percurso como vibrafonista. Porque essas pessoas, qual é a importância delas para a construção desse trabalho?

 

R. V. – A escolha desse trio foi porque eu queria uma sonoridade mais contemporânea, só que ao mesmo tempo é difícil, porque tocar bateria, tocar piano e tocar baixo no choro é muito difícil, fica soando estranho, parece outra coisa.

 

Como a Silvia é minha grande amiga e eu achava que para a sonoridade dar certo ela era uma peça fundamental, pela harmonia dela e o jeito de tocar brasileiro, e como ela toca com o Toquinho há 20 anos, e os meninos que tocam com ela têm essa manha brasileira de tocar, então para deixar ela à vontade eu também os escolhi, o pilar do meu disco.

 

Foi muito natural, eu nunca tinha tocado com eles, e deu muito certo, nós gravamos as músicas em dois dias porque a simbiose foi muito grande. Quando se ouve é perceptível que é uma coisa só, não tem ninguém destoando. Até nas participações, todo mundo toca para a música, não tem essa coisa do pop e que alguém se sobressai, aqui a música é o conjunto.

 

O Izaias, mestre, tinha que estar no disco. O Heraldo, da guitarra brasileira, nem se fala. O Oswaldinho, que é um cara que eu toco junto, temos afinidade, o cara emociona. O César também, o que ele faz com o saxofone trouxe muito para o disco, o trabalho dele é incrível, tinha que estar aqui.

 

HP – E sobre a parceria com o CPC-UMES? E a capa do disco, o encarte? A capa é uma obra do Enio Squeff, com diagramação da Moema, como foi essa parceria?

 

R. V. – Eu já conhecia o Marcus Vinícius (diretor artístico da Gravadora CPC UMES), e sabia que não conseguiria fazer o disco independente, então eu pensei que gravadora tem a ver comigo? De cara pensei na CPC-UMES.

 

Tinha o contato do Marcus e logo escrevi para ele. Foi muito louco porque na hora ele disse, vamos fazer. Fomos jantar, batemos um papo, foi maravilhoso. Ele gostou, falou para fecharmos logo e eu querendo contar mais detalhes e ele dizendo que já viu quem estava junto. Ele conhece, já tem a manha, visualiza a coisa toda. E ele deu apoio total, já fechamos a parceria, e eu fiquei tranquilo porque ele disse: “Ricardo, talvez demore, mas vai sair do jeito que você quer”. E foi, saiu tudo como eu queria.

 

Sobre a capa, o Enio é meu amigo, amigo dos meus pais, um cara que eu admiro muito. Eu propus para ele, pedi para ele fazer a capa do disco. Ele me perguntou como eu queria que ele fizesse, o deixei livre, deixei o artista livre para criar, eu sabia que o que ele fizesse ia ficar bom, confiava. Ai um dia ele apareceu com seis telas e escolhemos o que virou o encarte. Talvez nem fosse o que ele mais gostasse, mas está fiel, é impressionante, sou eu.

 

Então fui falar com o Marcus que não poderia colocar meu nome na capa. O Marcus questionou, ‘mas como assim’, e eu disse que não ia mexer na obra do artista, não vou sujar o quadro do cara, por isso então o nome veio na contracapa.

 

E então veio o segundo problema, como colocar aquele quadro no formatinho de capa de CD com fidelidade. “Tem uma pessoa só que pode fazer isso” a Moema, disse o Marcus, e ela topou na hora. Essa coisa de novo da parceria.

 

E depois veio a minha Irmã, que é poetiza, e pedi para ela os textos de cada música, de forma poética, e o Marcus eu já sabia que ia fazer uma introdução mais detalhista.

 

HP – Além de músico você é professor…

 

R. V. – Eu sou arte-educador também. A realidade está muito feia e eu não posso ir contra ela, então o que eu faço? Tento mostrar para aqueles jovens o que é o funk, vamos ver o que é esta batida, de onde vem, porque na festa quando tem essa batida todo mundo fica louco. Mas vamos ver a forma dela, tem uma parte, tem dois acordes, olha a melodia como é pobre, não falo que é pobre, mas trabalho com eles, mostro e depois que eles vêm que é limitado, começam a querer mais coisas e eu vou com tudo.

 

E então eu vejo o processo de uma criança, de um adolescente que em seis meses está questionando coisas como “porque eu tenho que demorar duas horas para vir até aqui”, eu os levo na Sala São Paulo e depois os vejo questionando “por que não posso ir todo dia na Sala São Paulo”, talvez o sistema não queira isso, esse é o ponto.

 

É bom ver através da música essa mudança, a juventude esta muito acomodada, não é só uma questão da periferia, hoje em dia eles não ouvem essas músicas comerciais só na rua, ouvem em casa, no dia a dia.

 

O acesso é um problema, essa música comercial tem um interesse e os meios de divulgação estão comprometidos com esses interesses.

 

A situação está difícil, estamos em maio e eu ainda não assinei o contrato do projeto vocacional com a prefeitura, estou indo dar aula de graça porque os alunos querem isso, tem demanda, estou indo por conta.

 

O projeto vocacional inclui as quatro linguagens e nós levamos os alunos nos espaços da prefeitura e damos orientações artísticas, não é nem aula que a gente chama. O projeto é lindo na teoria, mas na prática ele cai em um monte de entraves. Todo ano tem edital, o projeto tem 15 anos e é uma pancadaria danada, porque as pessoas querem que vire lei, porque é aquela coisa, troca de governo é aquele medo de “vai acabar”. E agora com essa crise que estão cortando verba mesmo, muitos ainda não assinaram o contrato deste ano, então é complicado, quem depende disso está sem receber desde janeiro, e a expectativa é receber em junho, se tudo der certo, porque o governo está passando o facão geral.

 

E aí eu questiono, como é que um país vai para frente com 1% do orçamento para cultura, e no meio dos ajustes, logo de cara até esses míseros 1% entram na faca?

 

Show de lançamento, dia 29, sexta-feira, às 21h.

 

Cine-Teatro Denoy de Oliveira: Rua Rui Barbosa, 323. Tel. 3289 7477. Entrada franca.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo, entrevista de Maíra Campos

 

Dilma reafirma ajuste e culpa reitores pela crise nas universidades federais

KATU SILVA*

 

Participei de uma reunião entre lideranças das entidades estudantis e a presidente Dilma Rousseff, na última terça-feira, em Brasília. Na ocasião, Dilma afirmou que “não faltam recursos para as universidades federais”. O problema está na má gestão dos reitores e na autonomia universitária.

 

No encontro, estavam presentes representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).

 

Segundo a presidente Dilma, os reitores vêm optando por não realizar os pagamentos para pressionar o governo a destinar mais verbas às instituições. Ela reafirmou os cortes, porém avalia que este não é o problema, mas sim “a autonomia universitária”, que não permite o MEC controlar onde serão gastos os valores repassados as universidades.

 

A presidente, que não construiu nenhuma nova universidade, sequer desde o primeiro mandato foi firme em afirmar que não vai expandir as instituições federais de ensino.

 

Dilma disse acreditar que é preciso “garantir condições de permanência e qualidade de ensino primeiro, para depois se pensar em mais expansão”. Mas, de 2010 até agora, não tomou nenhuma medida neste sentido. Ao contrário, cortou em 30% o orçamento destas instituições.

 

A presidente Dilma foi questionada sobre a situação da UFRJ, que graças aos cortes do orçamento, atrasou o pagamento de terceirizados, ficou com contas de água e luz atrasadas, motivos esses que levaram diversas faculdades a fecharem as portas na semana passada. Segundo a presidente a responsabilidade é do reitor e que a solução é chamá-lo para prestar esclarecimentos do porque não pagou e não deixar o problema estourar nas costas do governo.

 

Sobre os “ajustes”, Dilma disse que irá fazer diferente dos EUA, irá cortar o dinheiro do fundo de garantia, das pensões e aposentadorias. E não diretamente no salário do trabalhador. O que na prática é irreal, visto que todos esses cortes que a presidente disse que vai fazer, no presente ou no futuro, são diretamente do trabalhador. Ela ainda salientou: “os ajustes que estão sendo efetuados não comprometerão a educação”.

 

Para legitimar sua política de arrocho, Dilma assumiu que o FIES da forma como vingou até agora foi um erro, pois o governo não colocava limite de contratos por instituições. As universidades diziam quantas bolsas queriam financiar e o governo simplesmente subsidiava sem critério. A partir de agora o governo vai cortar o programa pela metade. Diz irá garantir os contratos já assinados até 2014, porém novos contratos poderão chegar a no máximo 100 mil. Neste ano, 252 mil novos contratos foram subsidiados, sendo que a demanda foi de 500 mil.

 

Dilma comemorou os 672 mil estudantes que ingressaram no ensino superior no primeiro semestre deste ano. Para ela não pareceu nem um pouco ruim que dessas matrículas as concebidas pelo FIES e ProUni sejam mais que o dobro das matrículas nas federais. 60,3% nas privadas e 29,7% nas públicas.

 

Ainda sobre educação, a presidente falou do que considera perdas e ganhos no Plano Nacional de Educação (PNE). “Nas metas do PNE nós tivemos uma perda com a destinação de 25% dos royalties do Pré-Sal para a saúde e 75% para educação. Deviam ser 100% para a educação”. Ainda segundo a presidente a corrupção existe. “São casos isolados, alguns corruptores. A Petrobrás é uma grande empresa e através da Petrobrás com a ação da Graça Foster, uma ação rentável e produtiva os recursos que irão para o PNE estão intactos e serão progressivos, será o passaporte para o futuro”.

 

Porém “os royalties só terão uma quantidade significativa de dinheiro a partir de 2018 e 2020”.

 

Dilma ainda sustentou que “o leilão do campo de libra destina a União 75% dos recursos gerados” e tranqüilizou os estudantes. “Em 2016 voltarão os leilões do pré-Sal”, e assim os recursos para o PNE serão garantidos.

 

*Katu Silva é secretário-geral da União Nacional dos Estudantes

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

Estão abertas as inscrições para o Enem 2015

Foram abertas nesta segunda-feira (25) as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2015. O prazo de inscrição vai até o dia 5 de junho.

 

A nota do Enem é utilizada como critério de acesso ao ensino superior por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em 115 instituições públicas, e do ProUni (Programa Universidade para Todos).

 

A taxa de inscrição é de R$ 63, e estão isentos do pagamento estudantes matriculados em escolas da rede pública que concluíram o Ensino Médio em 2015, ou as pessoas que se declararem carentes. O pagamento deve ser feito até as 21h59 (de Brasília) de 10 de junho.

 

Os candidatos isentos da taxa de inscrição que não comparecerem nos dois dias de provas perderão o benefício para a próxima edição do exame. Na edição do ano passado, entre os 8,7 milhões de inscritos, 2,4 milhões faltaram durante os dois dias de provas (28,6%).

 

Faça já a sua inscrição através do site: enem.inep.gov.br/participante/#/paginaInicialEnem