Secretário de Educação do Paraná pede demissão após manifestações

O secretário de Educação do governo do Paraná, Fernando Xavier, pediu demissão nesta quarta-feira (06). O pedido de demissão foi formalizado uma semana depois do massacre contra a manifestação dos professores em Curitiba.

 

A manifestação dos professores resistia ao então projeto de lei que desviaria mensalmente R$ 140 milhões do fundo previdenciário dos servidores públicos, projeto de lei sancionado no dia 30 de abril pelo governador Beto Richa.

 

O pedido de demissão foi emitido após a assembleia dos professores, realizada nesta terça-feira (05), em repúdio a ação policial que deixou ao menos 200 feridos na semana passada. A atividade reuniu 15 mil professores.

 

Na assembleia os professores decidiram pela manutenção da greve até que o projeto seja revogado. Os professores também reivindicam reajuste de 13,1%.

Professores em greve convocam nova assembleia no Masp: reajuste zero não dá!

 

Nesta sexta-feira (08) os professores em greve convocaram uma nova assembleia na Avenida Paulista, no vão-livre do Masp.

 

Entre as principais reivindicações estão:

 

Aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do DIEESE para PEB I com jornada de 20 horas semanais de trabalho;

 

Reabertura das classes e períodos fechados. Imediato desmembramento das salas superlotadas;

 

Máximo de 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do Ensino Fundamental ao Ensino Médio;

 

Nem duzentena nem quarentena para os professores da categoria O;

 

Por uma nova forma de contratação de professores temporários, com garantia de direitos;

 

Garantia de condições adequadas de infraestrutura em todas as escolas;

 

Fim do corte de verbas para as escolas;

 

Continuidade do transporte escolar gratuito para os estudantes.

Exposição comemora os 70 anos da Vitória Soviética na Segunda Guerra

 

Nesta sexta-feira (08), a partir das 18 horas, será realizada a abertura da exposição dedicada ao aniversário de 70 anos da Vitória na Grande Guerra Patriótica, com organização da Fundação Memorial da América Latina e do Consulado da Rússia junto a comunidade russa, Rossotrudnichestvo.

 

A cerimônia de abertura será realizada às 18 horas com uma exposição fotográfica. Entre as atividades haverão mostra de filmes, palestras e debates. Ainda após a abertura será realizado um concerto de cordas por um quarteto de solistas Romanov, da Rússia, que executará o Quarteto Nº 8 de Dmitry Shostakovich e o Noturno do Quarteto Nº 2 de Aleksandr Borodin.

 

A exposição será realizada no Memorial da América Latina, próximo ao metrô Barra Funda, até o dia 6 de junho de 2015.

 

A abertura será na Biblioteca da Fundação Memorial da América latina, na Avenida Auro Soares de Moura Andrada, 664, Barra Funda.

Alckmin se nega a conversar com professores durante inauguração de obra

Apesar de ter dito diversas vezes que o governo está aberto ao diálogo, Alckmin entrou no carro e ignorou cerca de 10 professores que chegaram no fim do evento em Ribeirão Pires, nesta segunda-feira (04), na região metropolitana, onde o governador lançava uma obra da Sabesp.

 

Aos gritos de "negocia, governador", o grupo da rede estadual de ensino carregava faixas, panfletos e bonecos de chuchu, em referência ao apelido jocoso de Alckmin. Eles tentaram bloquear a saída do carro do governador, em um protesto que durou poucos minutos, por volta de 11h30 da manhã.

 

Juscelino Rodrigues, professor e diretor de escola nos municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, era um dos participantes e confirmou ter recebido reajuste em agosto do ano passado. "Ele (Alckmin) incorporou a bonificação, que a gente já recebia, com o reajuste, que foi de 22,8%. Mas não repôs a inflação dos últimos quatro anos, que foi mais de 22%".

 

Rodrigues afirma que a bonificação já vinha embutida no holerite como "gratificação do magistrado". "Esse bônus sempre veio no nosso salário. E outra: é dinheiro do Fundeb, não é do Estado". O professor disse que chegou com 1h30 de atraso à agenda de Alckmin porque "todo mundo estava escondendo as informações sobre o endereço da visita".

 

Segundo Rodrigues, os professores tiveram de se passar por repórteres perdidos na Prefeitura de Rio Grande da Serra para obter a localização exata da agenda do governador.

 

Sobre o momento adequado para dar novo reajuste aos professores estaduais, Alckmin desconversou e disse que é preciso cautela nesse momento de crise econômica.

 

Fonte: Estadão

Professores de São Paulo mantêm greve por aumento salarial

 

Cinquenta mil professores reunidos em assembleia estadual no vão-livre do MASP, na avenida Paulista, decidiram manter a greve iniciada no dia 13 de março.

 

O governo ainda não apresentou qualquer proposta de reajuste salarial, nem atendeu os outros pontos da pauta da categoria. O Sindicato solicitou reunião com o Secretário da Educação, que ocorrerá somente no dia 13 de maio. A Presidenta da APEOESP solicitou que a reunião seja antecipada, mas o Secretário mantém-se intransigente, numa atitude de desrespeito para com a nossa categoria.

 

Os professores aprovaram o calendário de mobilização até a próxima assembleia, que será realizada na sexta-feira, dia 8 de maio, às 14 horas, novamente no vão-livre do MASP.

 

Foi aprovada também a continuidade do acampamento na Praça da República.

 

 

Audiência de conciliação

 

Diante da postura do Governo Estadual, a APEOESP ingressou com pedido de dissídio coletivo junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). No período da manhã do dia 30, o Sindicato foi informado do agendamento de audiência de conciliação para o dia 7 de maio, quinta-feira, às 15 horas. Nesta ocasião a Secretaria Estadual de Educação deverá apresentar suas posições em juízo, assim como a APEOESP reafirmará as reivindicações da categoria.

 

Fonte: Apeoesp

PR: Governo atira bombas contra servidor para saquear Previdência

O governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), recorreu a uma violenta repressão policial, na quarta-feira (29), para impedir que servidores públicos se aproximassem da Assembleia Legislativa (ALEP) e se manifestassem contra o projeto (PL 252/2015) que desvia R$ 140 milhões, a cada mês, da previdência dos servidores estaduais para o caixa do governo.

 

Desde o início da manhã, professores realizavam manifestação em frente à Assembleia, buscando acompanhar a votação, que ocorria à portas fechadas.

 

Durante a tarde, já cercado por PMs, o Centro Cívico (região onde se localiza a Assembleia) foi transformado em praça de guerra quando mais de 20 mil manifestantes – entre professores da educação básica, universidades estaduais, agentes penitenciários, estudantes e servidores da saúde e judiciário – foram agredidos com bombas, gás de pimenta, tiros de bala de borracha, cassetetes e cães. De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve mais de 200 feridos, alguns em estado grave. Seis pessoas foram presas. Muitos tentaram se refugiar no prédio da Prefeitura de Curitiba, localizado a alguns metros da Assembleia Legislativa.

 

Já no domingo, a Assembleia fora cercada por PMs a pedido do presidente da ALEP, Ademar Traiano, do mesmo partido que o governador, que se baseou numa ordem judicial para encaminhar a votação sem a presença de manifestantes. Segundo a versão do governador à imprensa, os manifestantes é que teriam agredido os policiais (“Na medida em que os manifestantes avançam nos policiais, eles têm que reagir”) e ainda atribuiu o acontecido a alguns mascarados “black blocs”.

 

Tanto isso é mentira que houve 17 policiais que se recusaram a participar do massacre – e foram perseguidos, presos por não aceitarem massacrar o povo.

 

Não eram os professores que portavam máscaras e armas – nem tinham eles condição de agredir a tropa que cercava a Assembleia.

 

“Eles abusaram das bombas. Tentamos resistir o máximo possível, mas fomos forçados a recuar. Muitos tiveram que entrar na Prefeitura de Curitiba, que virou um verdadeiro hospital improvisado. Havia também grupos de atiradores de elite em cima dos prédios”, relatou o professor Denny William da Silva, diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Segundo relatos dos manifestantes, além da utilização de atiradores de elite, a polícia usou helicópteros para jogar bombas de gás lacrimogêneo nos professores. Um cinegrafista da TV Bandeirantes foi atacado por um pitbull da PM. Ferido na perna, teve que passar por cirurgia.

 

“Neste dia, que entrará para a história como uma data a se lamentar, o governo do Paraná ultrapassou todos os limites. Da civilidade, da moralidade, da humanidade. O execrável exemplo de abuso de autoridade – protagonizado pelo governador Beto Richa e pelo secretário de Segurança Pública Fernando Francischini – é uma mancha deplorável na história do nosso Estado”, disse o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato), através de nota.

 

Em greve pela segunda vez no ano, os professores paranaenses protestavam contra uma nova proposta de modificação da previdência, na qual o governo retira do fundo previdenciário R$ 140 milhões por mês. O projeto faz parte do “pacotaço” de ajuste fiscal que o governo tentou implementar no início do ano – como sempre, sob o nome de “ajuste”, está o mais desajustado ataque aos direitos da população, o assalto à Previdência, o arrocho aos salários, o corte dos investimentos públicos. Nada diferente do que vem sendo aplicado, no país inteiro, pelo governo Dilma/Levy.

 

Para Richa, o governo paranaense vem cumprindo a sua parte na política do facão. Como ele mesmo disse: “… a crise financeira nacional afeta a todos. O Paraná não é uma ilha dentro deste cenário, mas conseguimos avançar com um conjunto de medidas de ajuste fiscal, recompondo algumas alíquotas de impostos, e basicamente reduzindo gastos e despesas”, afirmou.

 

Na verdade, a receita corrente líquida do Estado aumentou 66,15% durante o primeiro mandato de Richa, passando de R$ 16,96 bilhões em 2010 para R$ 28,18 bilhões em 2014. A crise que existe no Paraná é o próprio governador Richa – e seus correspondentes federais.

 

Para saquear a ParanáPrevidência, o projeto do governo transfere 33 mil servidores estaduais aposentados para um fundo previdenciário próprio, deixando de receber diretamente do caixa do estado. Em síntese, o projeto, ao transferir dinheiro da Previdência para o caixa do governo, diminui o fundo daqueles servidores que ainda não se aposentaram. O governo afirma que só reporá o que tirar do fundo a partir de 2021, com 1 bilhão por ano tirado dos royalties da usina de Itaipu.

 

Ignorando os apelos, gritos, palavras de ordem e até mesmo as bombas que ecoavam do lado de fora, o texto foi aprovado em segundo turno na Assembleia Legislativa, com a mesma votação do primeiro turno – 31 votos a 20. O projeto segue para sanção do governador Beto Richa.

 

“E assim, neste dia, apesar da resistência pacífica e heroica dos (as) servidores (as) estaduais, a tramitação do projeto do governo continuou. Ao custo de sangue e lágrimas de centenas de trabalhadores (as). E isto, sim, é de lamentar e repudiar. Além de não podermos entrar e nos manifestar na Casa do Povo, fomos expulsos violentamente das ruas. É um desrespeito ao Estado Democrático de Direito. É o retorno de uma ditadura insana, na qual a vaidade e o projeto personalista do senhor governador se sobrepõe ao de milhares de trabalhadores e trabalhadoras”, afirma o APP-Sindicato, em nota de repúdio divulgada na noite desta quarta-feira. Os docentes ressaltam, no entanto, que a repressão não vai ser o suficiente para calar e desmobilizar os servidores. Eles permanecerão em greve e acampados na praça principal da cidade.

 

Fonte: PRISCILA CASSALE, Jornal Hora do Povo

Estudantes ocupam entrada do BC contra o aumento dos juros

 

“O governo Dilma, que se diz o governo da PÁTRIA EDUCADORA, aumentou pela quinta vez consecutiva, em 0,5 ponto percentual, os juros que tiram o dinheiro da educação, saúde e do trabalho das nossas famílias para transferi-lo para os bancos”, disse Kauê, presidente da UMES, durante a manifestação contra o aumento dos juros na Avenida Paulista, em frente a sede do Banco Central. “Começamos o ano com um corte de R$ 7 bilhões na educação para ajudar no tal ajuste da Dilma. Ela diz que não tem dinheiro para a educação, mas ela não fala que apenas entre janeiro e março deste ano deu aos bancos R$ 143,85 bilhões, enquanto para a manutenção e desenvolvimento do ensino ela liberou apenas R$ 13,471 bilhões”.

 

A manifestação contra os juros reuniu estudantes de diversas escolas estaduais da cidade, universitários e dirigentes do movimento sindical e social. A atividade ocorreu durante o início da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), por volta das 10 horas da última terça-feira de abril, no dia 28. Para Kauê o aumento de juros que contempla o pacote de maldades do ajuste de Dilma, ajuste que está na contramão do que o país precisa. “Em São Paulo os professores estão em greve porque querem um piso salarial que equipare seus salários com os trabalhadores de nível superior, como o PNE estabelece. Mas isso será impossível se o governo federal não ampliar os repasses de dinheiro para educação aos estados e municípios. Porém o que está acontecendo é que os únicos repasses que aumentam no governo da Pátria Educadora são os repasses para os banqueiros via pagamento e aumento de juros”.

 

Kauê alertou que apenas neste ano foram vários os Estados no qual os professores entraram em greve, e afirma que os cortes do governo federal para pagar os aumentos de juros estão diretamente ligados aos cortes dos governos estaduais como São Paulo, que retirou R$ 470 milhões da educação, ou no Paraná onde o governo promoveu uma verdadeira carnificina contra os professores do Estado para garantir que todo mês R$  140 milhões da previdência fossem desviados dos professores.

 

“Enquanto os banqueiros ficam mais ricos com o aumento dos juros os alunos das escolas estaduais estão sem professores, em salas caindo aos pedaços, em escolas que não possuem quadras esportivas ou laboratórios para prática de química e física. O Museu do Ipiranga em São Paulo está fechado, o Museu Nacional da UFRJ no Rio de Janeiro está fechado, e diversas universidades federais estão sem pagar água e luz”, afirmou Kauê. Ele também explicou que a cada ponto percentual de aumento na taxa de juros são cerca de R$ 28 bilhões transferidos do Orçamento da União pra banqueirada.

 

Por fim Kauê afirmou que “o orçamento previsto para a educação neste ano soma R$ 103,36 bilhões. O orçamento previsto para a saúde é de R$ 121 bilhões, e os gastos com Bolsa Família para todo o ano somam R$ 75,3 bilhões. Enquanto isso os bancos levaram apenas nestes três primeiros meses do ano R$ 143,85 bilhões. Ao analisar os números fica fácil perceber pra quem a Pátria Educadora governa", afirmou.

Menos juros, mais educação!

 

A UMES, junto as demais entidades estudantis, centrais sindicais e entidades do movimento social convocam os estudantes para o ato contra o aumento dos juros na próxima terça (28) em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, n° 1.804, com início previsto às 10 horas.

 

“Essa política de juros altos e recessão é suicida”, comenta Marcos Kauê, presidente da UMES. “É o governo que define os juros dos títulos públicos. A emissão de títulos deveria financiar as ações do governo em saúde e educação, ao invés de drenar os nossos recursos para fazer os banqueiros ficarem mais ricos, como faz a política de juros altos ao tirar os nossos direitos”, comenta Kauê ao tratar da próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que vai decidir mais uma vez sobre o aumento das taxas de juros.

 

Ele explica que a cada ponto percentual de elevação da taxa de juros são cerca de R$ 28 bilhões transferidos do Orçamento da União pra banqueirada. Levando-se em conta os quatro aumentos consecutivos nas taxas de juros já foram transferidos R$ 56 bilhões para os banqueiros, explica Kauê.

                                                           Estudantes durante manifestação contra os juros no dia 3 de março   

A política do governo Dilma de transferir os recursos da União destinados a educação, direitos trabalhistas e a saúde para desvia-los aos banqueiros já resultou no corte de R$ 41 bilhões, sendo R$ 18 bilhões sobre direitos trabalhistas, e mais R$ 22,7 bilhões das despesas correntes inadiáveis, e seu governo já deixou anunciado outro corte de R$ 68 bilhões. Entre os cortes o do Ministério de Educação foi de R$ 7 bilhões.

 

“No governo Dilma que tem como slogan a PÁTRIA EDUCADORA, o país começou o ano com um corte de R$ 7 bilhões na educação, enquanto os alunos da E.E Caetano Miele estão sem professores, e os alunos da ETEC Getúlio Vargas continuam sem uma quadra decente para praticar esportes. O Museu Nacional da UFRJ está fechado, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) funciona com o mínimo de estrutura possível, com pouquíssimos recursos para a manutenção de seus equipamentos”.

 

“Juros altos querem dizer menos cursos técnicos de qualidade, menos vagas nas universidades públicas, menos PROUNI e FIES. Menos repasse para a educação estadual e municipal, como estabelece a meta do PNE”, afirmou Kauê.

 

Entre as universidades federais os cortes atingiram a Universidade de Brasília (UNB), Minas (UFMG) e Goiás (UFG) que deixaram de pagar as contas de luz e água, a UFRJ adiou duas vezes o início das suas aulas e fechou o Museu Nacional por falta de verba. No Rio Grande do Sul a UFRGS fechou seus bandejões por mais de 20 dias, e a UNIFESP de São Paulo não possui estrutura própria para formar seus alunos. Houve cortes e atrasos de bolsas em praticamente todas as universidades federais e os servidores estão com seus salários atrasados.

 

Para impedir que Dilma e Levy continuem praticando esse crime contra o país venha com a UMES e os estudantes de São Paulo se somar a essa luta!

 

Não ao aumento dos juros!

 

Professores exigem salário digno durante assembleia na avenida Paulista

 

A greve dos professores chegou na sexta-feira (24) a 43 dias de duração, e o governo estadual ainda não apresentou proposta salarial

 

Cinquenta mil professores se reuniram na avenida Paulista durante a assembleia realizada nesta sexta-feira (24). “Não vamos aceitar zero de reajuste salarial, por isso a greve contínua” afirmaram os professores durante a assembleia que decidiu pela continuidade da greve e do acampamento na Praça da República, em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação.

 

Para a presidente da Apeoesp, Bebel, a assembleia “demonstra a disposição de luta dos professores depois do reajuste de 0% dado pelo Secretário da Educação”, Herman Voorwald, durante reunião com a Apeoesp nesta quinta. “Se ele não apresenta reajuste, isso significa que é reajuste de 0%”, afirmou.

 

“Fora, Herman!”, catavam os professores durante a assembleia, ou “Herman ditador, inimigo do professor!”. Também havia faixas criticando os cortes na educação perpetrados por Dilma.

 

Entre os manifestantes estavam milhares de estudantes e pais que se solidarizaram a greve dos professores por educação pública de qualidade. Para Jonathan, diretor e porta-voz da UMES na assembleia dos professores, “é preciso denunciar os baixos salários e a falta de reajustes para com os professores. Hoje o piso salarial dos nossos professores é de R$ 2.460,00, enquanto a média dos salários dos profissionais com ensino superior é de R$ 4.237,00 no nosso estado”, explicou.

 

Jonathan também lembrou que o governador Geraldo Alckmin cortou da educação R$ 470 milhões, dinheiro que faz muita falta para as escolas que estão totalmente abandonadas, com salas superlotadas, sem cadeiras, quadras para prática de esporte, e em muitos casos com vazamentos e paredes rachadas. “Sala, corredores, pátio e estruturas totalmente pichadas e abandonadas vão contra qualquer tentativa de educar e ensinar a juventude”, comentou.

 

Ao tratar da assembleia dos professores o presidente da UMES, Marcos Kauê, lembrou que a situação critica da educação de São Paulo se deve em muito ao governo federal, que cortou R$ 7 bilhões do Ministério da Educação, medida que também vai contra o reajuste salarial de 75,33% para equiparar o salário dos professores com as demais categorias com formação de nível superior, conforme a meta 17 do Plano Nacional de Educação estabelecida pelo próprio governo federal.

 

"Nada justifica deixar os professores por 42 dias com 0% de reajuste ou sentar em uma mesa, como fez o secretário, e ficar duas horas dizendo não às reivindicações. Acho que quando se tem uma situação de impasse, o governo e secretário devem intermediar", afirmou Bebel.

 

A assembleia não pode ser realizada no vão-livre do MASP, sob a alegação dos policiais de que o local possuía estava com problemas estruturais. Desta forma as mais de 50 mil pessoas presentes ocuparam as duas vias da avenida.

 

Após realizada a assembleia os professores marcharam até à Praça da República, que se deparou com um grande contingente de policiais da tropa de choque, na tentativa de intimidar os professores na realização do ato em defesa da educação pública e de qualidade em frente a Secretaria de Educação. No entanto o ato foi realizado pelos professores que cercaram o prédio da Secretaria da Educação catando “Fora Herman”.

 

Uma nova assembleia foi marcada para a quinta-feira (30) no vão-livre do MASP, na Avenida Paulista.

 

Secretário Estadual da Educação desrespeita professores e propõe zero de reajuste salarial

Em reunião realizada com a diretoria da APEOESP nesta quinta-feira (23), o Secretário Estadual da Educação mais uma vez desrespeitou o magistério, os estudantes e toda a comunidade escolar, ao não oferecer nenhuma proposta aos professores em greve.

 

Na verdade, o Governo Estadual, ao que parece “não está nem aí” para a situação de milhares de estudantes que estão sem aulas e para a situação da nossa categoria, que continua com baixíssimos salários e péssimas condições de trabalho.

 

Ao final da reunião, diante do resultado apresentado, dois mil professores presentes na Praça da República decidiram caminhar até a Marginal do Tietê, para ocupá-la em sinal de protesto e para denunciar a situação da rede estadual de ensino e os desmandos do Governo. Impedidos pela tropa de choque na altura da Praça da Sé, em mais uma ação truculenta do Governo Alckmin, retornaram à Praça da República.

 

Reajuste zero!

 

Apesar de já terem transcorridos 44 dias do início de nossa greve e de sua promessa de apresentar propostas salariais em abril, o Secretário nada propôs, desdizendo-se e jogando a questão para uma data indefinida, antes de julho. O que ele nos ofereceu mais uma vez? Zero de reajuste salarial. Não vamos aceitar!

 

Há meses estamos lutando por uma política salarial que reponha nossas perdas e na pauta de reivindicações da nossa greve pleiteamos um plano de composição salarial para um aumento de 75,33% destinado à equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior (de acordo com a meta 17 do Plano Nacional de Educação). O Governo Estadual, por intermédio dos meios de comunicação, vem tentando desqualificar nossa reivindicação como inaplicável, deixando de dizer que não estamos pleiteando todo o aumento de uma só vez.

 

O Secretário deixou claro na reunião que não tem poder de decisão na questão salarial, bem como em outras questões da pauta. Entretanto, segundo fontes da Assembleia Legislativa e do próprio Governo, avoca para si toda a negociação, sem nada oferecer. Vamos continuar pressionando o governo de todas as formas e vamos recorrer a todos os canais possíveis para que sejam realizadas negociações e apresentadas propostas.

 

Sem respostas

 

Além da questão salarial, todos os demais pontos da pauta foram apresentados na reunião, porém, novamente, o Secretário pouco teve a acrescentar.

 

Sobre os professores da categoria O, continua afirmando que o Governo enviará projetos de lei para acabar com a duzentena (mantendo-se a quarentena) e para assegurar o direito ao atendimento médico pelo IAMSPE. Essas promessas também foram feitas em 2013 e descumpridas, por isso exigimos que sejam firmados compromissos por escrito e enviados imediatamente os projetos.

 

Em relação ao desmembramento de classes superlotadas, mais enrolação. A SEE chegou a pôr em dúvida a autenticidade de listas de alunos de diversas classes com superlotação, tanto no ensino regular quanto na Educação de Jovens e Adultos, como se esta realidade conhecida de todos nós fosse uma invenção da APEOESP e dos professores.

 

Denunciamos na reunião os abusos que vêm sendo praticados contra o direito de greve nas escolas e nas regiões, culminando até mesmo com o uso de arma de fogo contra professores por seguranças da Diretoria de Ensino Leste 3, na capital. Denunciamos também o cancelamento de atribuições de turmas de esforço escolar no caso de professores em greve; o corte de ponto e tantas outras medidas destinadas a nos intimidar.

 

Também cobramos soluções para as perícias médicas – que continuam a ser realizadas em locais distantes das residências dos professores; negativas de licenças e readaptações; atrasos nas aposentadorias; ou seja, todo um conjunto de questões que a SEE não soluciona.

 

No caso dos Professores Coordenadores Pedagógicos, a SEE afirma que está realizando estudos para uma revisão dos módulos nas grandes escolas, mas que não reeditará a Resolução 75/2013 na sua forma original.

 

Fonte: Apeoesp