Exposição gratuita de Pablo Picasso no CCBB-SP

 

Entre os dias 25 de março e 8 de junho o Centro Cultural Banco do Brasil recebe a exposição "Picasso e a Modernidade Espanhola". A mostra será gratuita e reunirá cerca de 90 obras de Pablo Picasso (1881 – 1973).

 

A exposição cobre toda a trajetória de Picasso até à realização de Guernica, obra que representa o bombardeio feito pelos nazistas, durante a guerra civil espanhola à cidade de Guernica, em 1937. A exposição também explora a sua relação com outros artistas como Gris, Miró, Dalí, Domínguez e Tàpies, e tem como curador Eugenio Carmona.

 

Durante a ocupação nazista da França, Picasso foi interrogado pela Gestapo. O interrogador, apontando Guernica, perguntou: “foi o senhor que fez isso?”. Ele respondeu: “Não, foram os senhores”.

 

Onde: CCBB SP – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Rua Álvares Penteado, 112 (Estação Sé do Metrô).

 

Quando: de 25 de março à 8 de junho, de segunda à domingo, das 09:00 às 21:00.

Governo de São Paulo coloca hospital universitário da USP em crise

A crise financeira da Universidade de São Paulo (USP) fez o Hospital Universitário (HU), no câmpus do Butantã, zona oeste da capital, reduzir os atendimentos. Depois da adesão de funcionários ao plano de demissão voluntária (PDV), aposta da reitoria para sanar as contas da instituição, o pronto-socorro passou a atender apenas a urgências e emergências. Casos de menor gravidade são encaminhados para postos de saúde. Pacientes já relatam queda da qualidade do atendimento.

 

Cerca de 200 servidores, segundo fontes da reitoria, aderiram ao programa – o dado oficial não foi informado na terça-feira, 17, pela Superintendência do HU. De acordo com o Sindicato dos Médicos, 213 funcionários da unidade entraram no PDV nos últimos meses. O efetivo equivale a 12% do quadro do hospital, que atende à parte da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) na zona oeste.

 

Na unidade, uma faixa informa que, conforme a avaliação do médico, poderá haver encaminhamento. Foi o que aconteceu na manhã de ontem com a cabeleireira Fernanda Santos, de 35 anos. Com dor no abdome, ela foi aconselhada a procurar um posto.

 

"Achei que fosse resolver logo", lamentou. "Meu marido também ia trazer a filha para tratar uma dor de garganta, mas já falei que teremos de ir para outro lugar." Segundo Fernanda, o atendimento piorou nos últimos tempos. "Não é mais como era antigamente", afirmou.

 

A maior perda é na área de enfermagem, mas também houve adesão de médicos e funcionários da área administrativa. O primeiro grupo já saiu no fim de fevereiro e o restante vai se desligar da unidade entre este mês e abril.

 

Com as demissões, segundo médicos do HU, houve deslocamento de funcionários para atender às demandas de emergência. Além disso, leitos foram fechados. O Estado apurou que oito dos 20 leitos das unidades de terapia intensiva e semi-intensiva foram desativados. Pacientes confirmam a situação.

 

O diretor clínico do HU, José Pinhata Otoch, teme que a crise prejudique as atividades de ensino. "O HU tem uma base acadêmica. Por meio da prestação de serviços de saúde, formam-se profissionais de diversas áreas." Segundo ele, as atividades da graduação e pós, por enquanto, seguem normalmente.

 

Para Otoch, a retirada de profissionais para os serviços de urgência e emergência, no entanto, vai prejudicar os atendimentos secundários e terciários, mais complexos, obrigações do HU. Segundo Gerson Salvador, médico do hospital e diretor do sindicato, três leitos foram fechados no centro cirúrgico. "Pacientes permaneceram internados em macas de pronto-socorro e cirurgias foram canceladas", disse. Segundo ele, cortes afetaram o pronto-socorro de oftalmologia e o ambulatório de ortopedia.

 

Além do PDV, após a USP ser obrigada a respeitar o teto constitucional de salários (R$ 21,6 mil), desde setembro, muitos médicos deixaram de fazer horas extras e plantões, o que afetou a escala. Por ora, as vagas no HU não serão repostas porque contratações estão congeladas na universidade desde fevereiro do ano passado.

Corte de 30% das verbas gerou crise nas universidades federais

Redução nas bolsas de permanência, demissões, falta de remédios nos HUs, atrasos das contas de água e luz, além do adiamento das aulas estão entre as consequências

 

O corte de mais de 30% no orçamento das universidades federais provocou uma crise nas principais instituições de ensino do país. Estudantes sem dinheiro para transporte, falta de medicamentos nos hospitais universitários, redução do serviço de limpeza, falta de pagamento nas contas de luz e até o atraso no início das aulas é o que o corte de verba para destinar ao superávit primário está causando em instituições como a UFRJ, UFMG, UFF e UNB. Até mesmo o Museu Nacional, o mais antigo do país, chegou a ter as portas fechadas devido à falta de pagamento dos serviços de limpeza e segurança.

 

Há relatos de “rodízio de dívidas” – quando paga-se a água, ou a conta de luz, para evitar cortes, nas federais do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Uberlândia, Bahia, Goiás, Campina Grande, Uberaba e Sergipe.

 

Nos meses de janeiro e fevereiro, R$ 586 milhões mensais foram cortados das instituições federais de ensino. O valor referente a março ainda não foi disponibilizado.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior e mais importante federal do país, a saída encontrada pela reitoria para amenizar a crise foi a do adiamento das aulas, justamente por atraso no pagamento de funcionários terceirizados. O ano letivo começa apenas agora, nesta segunda quinzena de março. 

 

A UFRJ “atrasou alguns destes contratos (com empresas terceirizadas) e a situação foi agravada pela realidade de ter somente 1/18 do orçamento de custeio disponível”, afirma Carlos Levi, reitor da instituição, que junto com a UFF, UFMG, UnB, UFBA e Ufal já providenciaram cortes em seus orçamentos. A UFRJ deixou de ter quase R$ 60 milhões repassados por mês.

 

Com a orientação do governo e sob a batuta de Joaquim Levy, uma resolução para o cumprimento parcial do orçamento foi executada. Ao invés de se cumprir o pagamento de 1/12 do valor total do orçamento de 2014 para a pasta, já que o orçamento deste ano ainda não foi aprovado pelo Congresso, o governo autorizou o pagamento de apenas 1/18 da verba ao mês e, já que o ano não possui 18 meses, o valor restante será destinado para o superávit.

 

A educação foi a área que, em valores absolutos, teve maior redução, cerca de R$ 7 bilhões. No caso das universidades federais, que dependem diretamente da verba do MEC, a situação se agravou. 

 

Além do corte de 30% deste ano, existiu no fim do ano passado um pesado “contigenciamento” em todas universidades, uma média de 10% do orçamento. Em algumas o corte foi maior, caso da UFRJ e da UFMG, por exemplo, que tiveram 20% do seu orçamento “contigenciado”. O dinheiro, é claro, não está guardado na poupança do governo e os reitores das universidades já não contam mais com estes recursos.

 

Em Minas Gerais, professores e alunos do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fizeram na segunda-feira (16) uma aula pública contra os cortes em frente à reitoria da universidade, na Pampulha, em Belo Horizonte. 

 

Em nota, a UFMG informa a alunos, funcionários e professores que o orçamento deste ano sofreu uma redução de 33%. Resultado de um decreto do governo federal que reduz gastos até que a lei orçamentária de 2015 seja aprovada e que a redução dos repasses desde o fim do ano passado levou a universidade a enxugar o orçamento em pelo menos em R$ 30 milhões.

Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), ressalta a gravidade da situação orçamentária das instituições públicas de ensino. “As universidades têm sofrido problemas com falta de recurso há muito tempo”, “com os cortes recentes, as Instituições Federais de Ensino têm sofrido muito e têm tido seu funcionamento acadêmico comprometido. As IFE estão começando o semestre de forma muito precária, com cortes de bolsas, sem pagamentos para os trabalhadores terceirizados, os restaurantes universitários têm tido dificuldade de abrir. A situação está caótica e o governo tem que fazer os repasses”, afirma Rizzo.

 

Ele reforça que a saída para a crise está no investimento público efetivo nas Instituições Públicas de Ensino. “O Brasil tem que investir. Passar a cumprir a destinação de 10% do PIB para educação pública, já. Precisamos de uma reforma fiscal que passe a taxar as grandes fortunas, além de fazer a auditoria da dívida pública, que é a grande sanguessuga do orçamento público.”, concluiu Paulo Rizzo.

 

Estudantes do campus da Unifesp, em Guarulhos (Grande São Paulo) perderam um transporte gratuito que existia desde 2012 da estação Carrão da Linha 3 do metrô até a instituição. Os alunos, que já estudam em condições precárias, já que as obras de construção do campus ainda não foram concluídas, anunciaram paralisação de uma semana a partir desta segunda-feira (16).

 

Em Campina Grande (PB), cinco obras foram adiadas e alunos que precisam de auxílio moradia e transporte estão com subsídios atrasados. A instituição deixou de receber R$ 20 milhões (20% do previsto) de novembro a dezembro. “Espero que em abril paguemos em dia”, disse o reitor José Edilson de Amorim.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

UMES convoca paralisação dos estudantes na zona leste de São Paulo

Nesta sexta-feira (20) os diretores da UMES, junto aos grêmios e lideranças das escolas da zona leste, realizarão uma manifestação contra o total abandono da educação nas escolas estaduais da cidade de São Paulo. Contra as salas superlotadas e sem professores, com vazamentos e rachaduras a UMES organizará uma paralisação em diversas escolas da região leste. Algumas dessas escolas não têm material para prática de educação física, ou até mesmo papel higiênico nos banheiros.

 

Entre as escolas estaduais estão a Vital Fogaça, Barão de Ramalho, Padre Antão, Nossa Sra. da Penha na zona leste, e a Brasílio Machado na região central.

 

Atualmente a situação é muito grave, e mesmo as escolas estando totalmente abandonadas o governador Geraldo Alckmin cortou R$ 470 milhões da educação no estado. No nosso estado 30% dos professores aderiam a greve que completa hoje o seu segundo dia.

 

Estudantes exigem educação pública de qualidade e se solidarizam com greve de professores

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30% dos professores já aderiram a greve, afirma Apeoesp

No segundo dia de paralisação, a greve dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo conta com adesão de 30%, segundo a presidenta do sindicato da categoria (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel. Para a entidade, o número é relevante e deve chegar a 70% até o final da semana. A categoria tem assembleia na próxima sexta-feira (20). Nesta semana, os docentes estão conversando com alunos e pais em todo o estado sobre o motivo e os objetivos da paralisação.

 

Os professores reivindicam melhores condições de trabalho, o que inclui o desmembramento das salas superlotadas, melhorando assim as condições para docentes e estudantes, e aumento de 75,33% para equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior, conforme estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE).

 

Segundo a Apeoesp, a Secretaria da Educação fechou 3.390 classes, sendo 3.300 apenas de ensino médio, neste ano. O dado é referente a 73 regiões do estado. A ação agravou a superlotação. Turmas do ensino regular chegam a ter 60 alunos por sala e as classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA), até 91 alunos. Além disso, o governo estadual cortou verbas das escolas, muitas das quais não têm recursos nem sequer para comprar papel higiênico.

 

Quanto aos recursos humanos, foi reduzido o número de coordenadores pedagógicos, profissionais fundamentais para o planejamento e execução do trabalho pedagógico nas escolas, o que piora ainda mais a qualidade do ensino. Sem contar o grande número de escolas que dispensam os alunos mais cedo por falta de água.

 

A Secretaria da Educação informou que o número de faltas de professores não está diferente de períodos normais e as ausências estão sendo supridas com trabalhadores eventuais.

 

Fonte: Apeoesp

Estudantes de São Paulo organizam manifestação contra cortes no Fies

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Editora lança segundo volume da coleção “Caminhos da Independência” em São Paulo, no próximo dia 19



No próximo dia 19 de março, quinta-feira, às 19 horas, será lançado na Livraria Cortez, em Perdizes, o segundo caderno da coleção “Caminhos da Independência”, iniciativa da Editora “Página 8”. Os textos da coleção abordam temas referentes ao “Nacional Desenvolvimentismo”, as suas origens, as principais teses, seu arsenal e a sua aplicação na atual conjuntura brasileira. Na ocasião será ministrada uma palestra sobre este palpitante tema, proferida pelo chefe de redação da Hora do Povo, o jornalista Carlos Lopes. A livraria fica ao lado da PUC-SP, na rua Bartira, 317.

Os artigos do segundo caderno são assinados pelo escritor e historiador, Nelson Werneck Sodré, um dos maiores intelectuais brasileiros, e integrante do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) e pelo jornalista, pensador e dirigente revolucionário Cláudio Campos, fundador da Hora do Povo. O texto sobre o nacionalismo brasileiro e suas raízes históricas, do general Nelson Werneck Sodré, do segundo caderno, é a aula inaugural de 1959 do curso regular do ISEB, proferida a 12 de março daquele ano pelo general. 

No segundo artigo, Cláudio Campos aborda a discussão sobre a importância do Estado Nacional, desmascarando o farisaísmo dos que diziam – e dizem – que, com globalização neoliberal, o Estado deixaria de cumprir um papel decisivo na sociedade. No texto, “O Estado Nacional e a fraude da globalização”, Cláudio demonstra que por trás dessas “teses” anti-nacionais está a velha e esfarrapada intenção imperialista de submeter e dominar a economia dos paises periféricos para aumentar o assalto ao seu povo e às suas riquezas.

Diretores da UNE e estudantes organizam manifestações contra os cortes na educação

Diretores da UNE, UEE, DCEs, CAs, somados a lideranças estudantis e diversos estudantes realizarão amanhã duas manifestações contra os cortes de R$ 7 bilhões na educação. O movimento contra os cortes afirma que “a verdade é que o Governo Federal está tirando dinheiro do FIES para pagar os altos juros aos bancos e garantir os seus lucros bilionários”. Os cortes deixaram cerca de 1,1 milhão de estudantes beneficiados pelo FIES fora das salas de aula.

 

As manifestações ocorrerão nas universidades São Judas Tadeu e Anhembi Morumbi, ambas na Mooca. Entre os organizadores estão a Secretária Geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iara Cassano, o tesoureiro da UNE Katu Silva, e o diretor da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), Leonardo Varela.

 

Também ocorrerão manifestações em duas universidades do interior de São Paulo, em Araraquara, organizadas pelo diretor da UEE Guilherme Bianco.

 

Abaixo panfleto utilizado para organizar a manifestação na universidade Anhembi Morumbi:

Governo federal emite milhões em títulos para pagar Fies

 

O governo da presidente Dilma, através do Tesouro Nacional, emitiu R$ 376,2 milhões em títulos da dívida pública para pagar parte das débitos com o financiamento do Fies, na tarde desta sexta-feira (13). Esta foi a segunda emissão do ano solicitada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo Fies.

 

A decisão se deu após a 7º Vara Cívil da Justiça Federal de Brasília derrubar a medida do MEC que restringia a matricula dos estudantes em universidades cujo as mensalidades tenham sido reajustadas acima de 6,41%.

 

“Essa política de juros altos e recessão é suicida”, comenta Marcos Kauê, presidente da UMES. “É o governo que define os juros dos títulos públicos. A emissão de títulos deveria financiar as ações do governo em saúde e educação, ao invés de drenar os nossos recursos para fazer os banqueiros ficarem mais ricos, como faz a política de juros altos ao tirar os nossos direitos”.

 

“No governo Dilma a economia parou de crescer, o salário parou de subir, as importações cresceram, os juros aumentaram e o resultado foi um corte de R$ 41 bilhões na educação, saúde e direitos trabalhistas para financiar os juros dos banqueiros. Só na educação foram cortados R$ 7 bilhões. Precisamos de um governo que governe para os estudantes e trabalhadores, não para os bancos”, disse Kauê.

 

O programa de financiamento do Fies está travado há alguns meses devido aos cortes do governo na educação, o que fez com que o sistema do Fies barrasse cerca de 1 milhão e 100 mil estudantes que estavam cursando a universidade. Os cortes na educação também deixaram grande parte das escolas e universidades federais sem água, luz e serviço de limpeza. Muitas bolsas de estudo e de permanência também foram cortadas nessas universidades.

 

Os títulos da dívida pública são remunerados pela taxa Selic, taxa estabelecida pelo Banco Central. Atualmente os juros brasileiros estão entre os maiores do mundo, 12,75% após quatro altas apenas em 2015, e representam um dos maiores problemas para o desenvolvimento do país, junto as privatizações, desindustrialização e a falta de investimentos públicos nos setores estratégicos.

 

Em 2014 o Brasil pagou R$ 311,4 bilhões em juros da dívida pública para os bancos, isso representa mais de 6% do PIB. No mesmo ano o orçamento executado com educação foi de 3,7% do PIB, cerca de R$ 79,7 bilhões.