Educação básica perde participação nos gastos totais do governo federal

Apesar do ensino fundamental e do médio representarem grandes gargalos educacionais para o País, com baixos indicadores de qualidade e também de acesso, a proporção do orçamento da área reservada para a educação básica diminui ao longo dos anos do governo Dilma Rousseff (PT).

No primeiro ano do governo, em 2011, as Transferências para Educação Básica (gastos com convênios com Estados e Prefeituras, por exemplo) representavam 23% do orçamento autorizado da educação. No ano passado, o porcentual passou a 15%. Os dados são da plataforma Mosaico, organizada pela FGV-DAPP.

Se levar em consideração apenas o gasto pago, essa despesa representou 14% do total executado. As transferências significaram R$ 11,2 bilhões no ano de 2014, montante 19% menor do que o transferido em 2011 (em valores atualizados pela inflação). A chamada subfunção Educação Básica também teve participação menor no orçamento. Os gastos com esse tópico representavam 8,33% do total pago da educação de 2012, primeiro ano em que essa classificação foi usada. Em 2014, caiu para 7%, com gastos de R$ 5,4 bilhões – o mesmo volume de 2012, quando feita a correção pela inflação.

Segundo o coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, as informações são preocupantes. "Existe uma contradição entre o discurso do governo e o nível de execução do orçamento. Mas na educação básica está a maior. Significa que os programas do governo não estão dando conta de suprir as necessidades, os convênios não estão saindo", diz.

O Plano Nacional de Educação (PNE), já aprovado, impõe entre as metas a maior colaboração da União nos gastos. Hoje, Estados e municípios arcam com os maiores gastos da educação básica.

O MEC defende que os recursos para a educação básica estão aumentando. A partir de outro recorte do orçamento, que inclui merenda escolar, por exemplo, indica que os gastos passaram de R$ 22 bilhões em 2011 para R$ 30 bilhões em 2014. Mas também nesse recorte a comparação com o geral reflete queda proporcional: passou de 33%, em 2011, para 31%, em 2014, sobre o total.

 

Superior

 

Enquanto a participação da educação básica diminui, duas bandeiras do governo Dilma ganham espaço: o financiamento estudantil (Fies) e o ensino profissional, cuja maior estrela é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A participação dos gastos com Ensino Profissional sobre o total pago passou de 8% em 2011 para 13% em 2014, chegando a R$ 10 bilhões. Já os serviços financeiros de empréstimos passaram de 5,69% para 14,89%, com R$ 12 bilhões pagos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Professores estaduais iniciam nesta quinta-feira mobilização por reajuste salarial

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo farão ato quinta-feira (29), às 17h, na Praça da República, no centro da capital, contra a falta de negociação do reajuste salarial com o governo Geraldo Alckmin (PSDB). Também será definido um calendário de mobilização para os próximos meses.

"Deve ser um calendário para organizar uma greve, porque, de fato, não existe nenhuma perspectiva de reajuste, até pelo contrário. O governo tem sinalizado cortes na secretaria, como no orçamento geral do estado", afirma o secretário de Comunicação do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Roberto Guido em entrevista à Rede Brasil Atual.

Na greve realizada em 2010, a categoria saiu vencedora com uma lei que estabeleceu reajustes para os quatro anos seguintes. Guido conta que, no entanto, houve cortes no orçamento da Secretaria da Educação nesse período. E para fechar as contas de 2014, a secretaria teve de usar verbas previstas para serem aplicadas em 2015, reduzindo ainda mais o orçamento. Por isso, o governo paulista não prevê correção dos salários neste ano.

A Lei Nacional do Piso reajustou em 13% o piso salarial dos professores em todo o país. Com isso, o piso dos professores paulistas com 40 horas de trabalho semanal iria de R$ 1.697,39 para R$ 1.917,78. Segundo o Dieese, se não  houver recuperação do piso salarial de São Paulo, a remuneração do professor do estado mais rico do país será menor do que o piso nacional em 2016.

A Apeoesp reivindica também, com uma ação no Supremo Tribunal Federal, que o governo do estado de São Paulo cumpra a jornada do piso, que determina um terço da carga horária para atividades extraclasse, como preparação de aulas, atendimento ao aluno e aprimoramento da formação.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Multinacionais do ensino reclamam restrição no Fies e processam governo

A associação que representa o cartel das multinacionais no ensino superior privado brasileiro ameaçou entrar na justiça contra o Ministério da Educação (MEC) após o governo anunciar medidas que mudam a forma como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) beneficia as instituições privadas de ensino.

“Advogados não faltam, se não estamos processando judicialmente é porque não tem necessidade”, disse a presidente da Abraes, Elizabeth Guedes, à Agência Estado. A Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes) é composta pelos cinco maiores grupos educacionais privados do país, todos eles com capital privado estrangeiro em sua composição acionária – Anima, Devry, Estácio, Laureate e Kroton.

A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), entidade que o cartel das cinco também participa, entrou na Justiça contra as alterações protocolando um mandado de segurança coletivo, pedindo “liminar protetiva” às multinacionais do ensino superior para que as mudanças não sejam aplicadas.

A preocupação do cartel tem uma única razão, que está longe de ser o acesso dos estudantes ao ensino. Segundo análise ao mercado, do banco Bradesco, o Fies responde por 44% das receitas do grupo multinacional Kroton, 40% do grupo Estácio e 38% da Anima educacional. Ou seja, limitar o crédito educativo, implica diretamente na receita destes grupos.

A partir de abril de 2015, será exigida uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter acesso ao financiamento. A medida que foi apresentada como forma de melhorar a qualidade de ensino é na verdade um meio de aplicar o arrocho fiscal do governo para desviar dinheiro para o superávit primário.

Outra mudança é que o MEC também instituiu mais controles sobre o Fies, estabelecendo, entre outras regras, que as empresas com mais de 20 mil alunos usando empréstimos do Fies poderão vender seus créditos do programa em um intervalo mínimo de 45 dias, ante 30 anteriormente.

O governo diz que o objetivo das mudanças é aprimorar a qualidade do ensino superior brasileiro. No entanto, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o número de contratos de financiamento para as instituições de qualidade duvidosa saltou de 76 mil, no último ano de Lula, para 732 mil em 2014, um crescimento de 963% , enquanto os investimentos no ensino público foram arrochados durante todo o primeiro mandato e iniciaram o segundo com um corte de R$ 7 bilhões.

Se o governo estivesse realmente preocupado com a qualidade de ensino, não deixaria as instituições federais de ensino a beira do colapso.

 

Fonte: Hora do Povo

Aluna da USP Leste processa universidade após contaminação

"Não entra na minha cabeça como uma universidade que ensina gestão ambiental possa estar contaminada." Essa é a visão de Rosangela Toni,  estudante que está processando o Estado e a USP (Universidade de São Paulo) após ter tido lesões na pele e perder 40% do cabelo e as sobrancelhas devido à contaminação do campus da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades).

Tudo começou em 2009 quando entrou para a USP Leste após um processo de transferência. "Comecei a ter feridinhas no corpo que não cicatrizavam. Ninguém sabia o que eu tinha. O diagnóstico era pele seca", conta. De lá para cá, Rosangela também teve hepatites A e B, crises alérgicas, problemas respiratórios e gástricos.

Devido à queda de cabelo, a estudante começou a usar próteses de silicone de sobrancelha que, segundo ela, descolavam facilmente. Por isso, a família de Rosangela se reuniu para bancar uma micropigmentação na área. "Tive que comprar pomada e creme para aliviar o ardor da coceira. Usar prótese de sobrancelha é pior que usar peruca em dia de ventania. Eu não merecia isso."

O diagnóstico foi feito pelo Hospital das Clínicas, uma instituição da USP: alergia a ascarel, um composto químico encontrado no terreno da USP Leste, que é cancerígeno. 

Rosangela está pedindo, por meio da Defensoria Pública, o custeio pelo Estado do tratamento médico e indenização por danos materiais, morais e estéticos.

 

Outro lado

 

Em nota, a EACH informou que entrou em contato com a Superintendência de Saúde da USP, que colocou o Hospital Universitário à disposição da aluna para atendimento em abril de 2014, e que Rosangela ainda não compareceu ao local.

"Eu fui preterida. Eles não me ajudaram", desabafa. "Eles dizem que colocaram o Hospital Universitário à minha disposição, mas isso só depois que eu pedi. E lá é muito distante para mim. Moro na periferia de Guarulhos."

Sobre a terra irregular, a unidade afirmou que a área central do campus onde ela está concentrada foi isolada, conforme determinação da Cetesb, e que um serviço de investigação ambiental e avaliação de riscos toxicológicos será contratado para determinar o que ainda deve ser feito.

A EACH relatou ainda que todo o sistema de ventilação de gás metano foi instalado.

Fonte: Uol

Nos 4 anos de Dilma, MEC teve a pior execução de orçamento desde 2001

O primeiro governo de Dilma Rousseff (PT) ampliou recursos destinados à educação, mas seu mandato registrou a menor média de gasto efetivo do orçamento autorizado desde 2001. Nos quatro anos da gestão, o MEC (Ministério da Educação) gastou efetivamente apenas 77% do dinheiro disponível. Essa média é menor que a execução de fato do orçamento total, que foi de 82% no período.

As contas expressam uma contradição. Cada vez o País tem mais dinheiro para educação – chegando a um orçamento de R$ 101 bilhões em 2014 -, mas ao mesmo tempo uma fatia menor desse dinheiro é gasta. Restrições orçamentárias, investimentos em obras inacabadas e falhas de gestão são alguns dos motivos apontados por especialistas.

Para o segundo mandato, a presidente lançou o slogan "Brasil, Pátria Educadora". Além de o porcentual pago sobre o orçamento autorizado ser menor em educação do que a média total, a primeira gestão teve execução abaixo do registrado nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e nos dois últimos anos da gestão Fernando Henrique Cardoso.

Os dados foram analisados a partir da plataforma Mosaico, criada pela FGV-DAPP (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas). As informações são extraídas do Siga Brasil, sistema do Senado de acesso à execução do orçamento.

Em 2014, ano eleitoral, houve a maior execução no orçamento da MEC desde o início da gestão: foi gasto 79% do total autorizado para o órgão. Mesmo a melhor marca de execução do governo, registrada no ano passado, é ainda menor que a de todos os anos entre 2001 e 2010. Desde o começo da década passada, a pior execução ocorreu com Dilma. Foi em 2012, quando 73% do dinheiro direcionado à educação foi de fato pago – no orçamento total daquele ano, a média de gasto havia sido de 83%.

O orçamento tem quatro passos principais: a autorização de gasto, o empenho (em que o governo indica o pagamento), o liquidado (quando o serviço é executado) e o pago. Esse último estágio é quando o dinheiro foi de fato transferido. No caso de obras, o pagamento ocorre apenas quando tudo foi entregue. Os números não levam em consideração restos a pagar, que são empenhos do orçamento de um ano que podem ser usados em exercícios seguintes. O MEC defende que o grau de empenho foi elevado.

 

Ministério

 

O Ministério da Educação defende como execução o porcentual de orçamento empenhado. Segundo nota da pasta, o governo empenhou 99% do orçamento autorizado de 2014. O mesmo índice é apontado nos outros três anos do governo Dilma Rousseff (PT). "Só pode haver pagamento mediante a entregue efetiva do produto/serviço por parte do fornecedor", argumenta a pasta.

No ano passado, o governo federal realizou alguns contingenciamentos de recursos. Houve atrasos, por exemplo, em bolsas de mestrado e doutorado desde novembro, como o jornal O Estado de S. Paulo revelou em dezembro. Segundo a pasta, os pagamentos foram liberados para processamento no dia 9 de janeiro. O PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), em que há repasse para escolas estaduais e municipais, também teve atrasos.

O MEC ressaltou em nota que analisar o porcentual pago apenas em relação à dotação autorizada, sem levar em consideração o crescimento do volume de pagamentos "não demonstra o que efetivamente ocorreu". Em 2014, foram gastos R$ 79,7 bilhões, ante R$ 53,6 bilhões em 2011 – aumento de 49% no valor nominal. Com a atualização inflacionária, o salto de pagamentos foi de 25%. Entretanto, o governo deixou de gastar nos quatro anos cerca de R$ 88 bilhões de orçamento autorizado e não pago (em valores atualizados pela inflação).

O freio nos gastos já está valendo neste ano. Enquanto o orçamento de 2015 não é aprovado, foi congelado um terço das despesas de custeio. Só no MEC, a estimativa de corte é de R$ 7 bilhões no ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Fonte: Uol Educação

Qual a verdadeira prioridade das prioridades? – Por Luiz Araújo

Por Luiz Araújo*

Nada como um dia atrás do outro. Passados apenas sete dias do anúncio do novo lema governamental, o qual coloca a educação como a “prioridade das prioridades”, conforme ouvi na Conae no discurso da presidenta Dilma, o seu governo anunciou um contingenciamento (eufemismo para a palavra corte) dos recursos de custeio de todos os ministérios, montante que chegará a 22,7 bilhões em 2015.

E qual é o ministério mais atingido? O Ministério da Educação, logo aquele que foi eleito a prioridade das prioridades. Serão 7 bilhões guardados para ajudar a equilibrar as contas… com os credores da dívida pública.

Ministro Joaquim Levy – ou Joaquim Mãos de Tesoura

 

 

E o que são gastos com custeio. Segundo a mídia “estão preservados desembolsos com pessoal, aposentadorias, benefícios assistenciais e outras prioridades”. Bem, então o que do dia-a-dia do MEC está sendo cortado?

1.      Todo gasto com apoio aos municípios para formação continuada é considerado custeio;

2.      Toda viagem técnica para assessorar um município é custeio;

3.      Todo programa de fomento a inclusão de portadores de deficiência é custeio;

Fiquei me perguntando se as bolsas da Universidade Aberta do Brasil, atrasadas desde final de novembro e que completarão dois meses sem cair nas contas dos tutores presenciais, virtuais e dos professores e que é repassada pela CAPES (vinculado ao MEC), valores que não se enquadram em pessoal, aposentadoria ou benefícios assistenciais, também estarão contingenciadas.

E pelo visto a presidenta conseguiu escolher um ministro com experiência em enxugamentos da máquina e que não pressionará a área econômica para preservar os recursos da pasta que é titular. Nem aquele jogo de cena corriqueiro, para apaziguar o público interno, mas que não passa disso, foi feito.

Para se ter uma noção do que está sendo feito, basta realizar o seguinte exercício: caso cheguemos a conclusão (que é a do governo) de que o MEC pode sobreviver 2015 sem desembolsar nas suas atividades os 7 bilhões bloqueados, então significa que os mesmos poderiam ser melhor utilizados em outras finalidades. Bem, se isso é verdade, poderíamos reforçar programas educacionais federais que tornassem o lema “Pátria educadora” algo concreto. Alguns exemplos possíveis de utilização mais coerente do que pagar juros da dívida pública:

1.      Este valor aumentaria em 70% a complementação da união ao Fundeb, garantindo melhores salários para os professores e melhoria do padrão de atendimento nos dez estados beneficiados pelo dispositivo (hoje está previsto desembolso de 10 bilhões em 2015);

2.      Este valor é quase sete vezes maior do que o 1,2 bilhão reservado para ajudar estados e municípios que comprovarem impossibilidade de pagar o piso nacional do magistério, o qual acaba de ser reajustado em 13%;

3.      Seria suficiente para dobrar a destinação de recursos para a construção de unidades de educação infantil, potencializando o cumprimento da meta 1 do Plano Nacional de Educação;

4.      Multiplicaria por dez o valor destinado ao programa nacional de transporte escolar.

Necessidades mais coerentes com o lema não faltam, estes foram alguns exemplos rápidos extraídos da proposta orçamentária para 2015.

Infelizmente tudo indica (sempre existe a possibilidade de estarmos errados e algo de bom acontecer né?) o lema foi somente uma jogada fraca de marketing, pois desde o final do segundo turno e a escolha da nova equipe econômica e mais recentemente com o anúncio de corte de 15 bilhões em direitos trabalhistas e previdenciários, já estava nítida a prioridade: ajuste fiscal rigoroso, recuperação da confiança dos “mercados”, mesmo que quem tenha ido para as ruas garantir a reeleição de Dilma (o outro candidato era o retrocesso explícito) serão os principais atingidos pelos efeitos destes ajustes.

 

Pelo visto o ano de 2015 vai ser marcado por muitas lutas por mais direitos e conta os ataques aos poucos que ainda nos restam.

 

*Luiz Araújo é professor, doutor em políticas públicas em educação pela USP. Foi secretário de educação de Belém (1997-2002) e Presidente do INEP (2003-2004). Atualmente é Professor da Faculdade de Educação da UNB.

 

Bloco UMES Caras-Pintadas sacode as ruas no dia 10 de fevereiro

O Bloco UMES Caras Pintadas chega em 2015 ao seu 22º desfile pelas ruas do Bixiga com o enredo “Esporte é vida na comunidade. A UMES somos nós e a capoeira é brasilidade”.

Carnaval e capoeira tem tudo a ver: ambos representam uma das mais importantes e características manifestações culturais do país. Do nascimento do Grupo de Capoeira da UMES e do reconhecimento da luta como patrimônio cultural da humanidade, no ano passado, surgiu a idéia de juntar os temas numa grande festa, homenageando a tradição e nossos grandes mestres.

Neste ano, a bateria Caras-Pintadas vai dar conta da agitação no desfile e também no pré-carnaval: os ensaios, abertos à quem quiser sambar, acontecerão às segundas, quartas e sextas na sede da entidade para já ir aquecendo os tambores.

O bloco, marcado para o dia 10 de fevereiro, também contará com a presença dos grandes Foliões da Paulicéia, grupo especialista em folia formado por Railidia Carvalho, Paula Sanches e Marlene Mendes nos vocais; Helinho Guadalupe no cavaquinho; Paulo Godoy comandando o violão de 7 cordas; João Poleto no sax; Alexandro no trompete; Mestre Pimpa na caixa; e Caco Pereira no surdo.

 

O Bloco

 

Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas realiza seus tradicionais desfiles pelas ruas do Bixiga, reunindo, num grande congraçamento, estudantes de São Paulo e moradores da região.

O bloco é filiado à ABASP (Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo) e sua primeira bateria foi criada pelo Mestre Osvaldinho da Cuíca. Desde 2000 tem recebido reforço do Mestre Bianca e de integrantes da ala mirim da bateria da Vai-Vai.

Nesses 20 anos de história, o Bloco UMES Caras Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de significativas personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo, entre outros, animando os desfiles e por vezes dando uma canja na composição do samba-enredo.

Não fique de fora dessa! Organize sua turma e vamos cair na folia!

 

Bloco UMES Caras Pintadas

Dia 10 de fevereiro de 2015

Concentração às 16 horas

Local: Praça Dom Orione – Bela Vista, SP.

Ensaios da bateria: Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 16 h às 21 h na sede da UMES – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

 

Informações: 3289-7477

Planalto torra um trilhão com juros e sinaliza novo aumento da taxa Selic

Analistas do sistema financeiro, ouvidos pelo boletim Focus do Banco Central, estimam um aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 20 e 21.

Este filme já foi visto e todos sabem o triste final da história: uma transferência brutal de recursos públicos para os bancos, aumento da dívida pública e paralisia da atividade econômica.
Segundo os próprios números do Banco Central, o setor público pagou em juros R$ 264,8 bilhões, dos quais R$ 233,4 bilhões do governo federal. De janeiro de 2011 a novembro de 2014, foram torrados com juros nada menos que R$ 963,6 bilhões, quase um trilhão de reais. Desse montante, o governo Dilma transferiu R$ 828 bilhões, em juros, aos bancos.

O desperdício de recursos do conjunto do setor público com juros foi assim distribuído no governo Dilma, conforme o BC:

– 2011: R$ 236.673.306.186,90;
– 2012: R$ 213.862.792.443,92;
– 2013: R$ 248.855.689.749,34;
– 2014: R$ 264.172.835.371,50 (até novembro).

Em recente artigo, o diretor de competitividade da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini, resumiu bem a questão: “É fato conhecido que os bancos, no Brasil, praticam juros que, em qualquer outro país, seriam caso de polícia, o que acarreta vários e graves efeitos colaterais. Um deles é o encarecimento da produção nacional ao acrescentar cerca de sete pontos percentuais aos custos da indústria de transformação”.

Com efeito, mesmo faltando o resultado de dezembro, a produção industrial foi um verdadeiro desastre no ano passado – na verdade, durante todo o primeiro governo Dilma -, como atesta a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): queda de 3,2%. No acumulado nos últimos 12 meses, também recuo de 3,2%.

Centrais e entidades do movimento popular estão convocando manifestações pela redução imediata dos juros, em Brasília e nas capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém) com sedes regionais do Banco Central.

Fonte: Hora do Povo

MTST faz protesto contra aumento abusivo no transporte para R$ 3,50

Cerca de 3 mil pessoas realizaram uma manifestação contra o aumento na tarifa dos transportes de R$ 3,00 para R$ 3,50 em São Paulo. O protesto organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) aconteceu na Praça da Sé, no centro da capital paulista.

Guilherme Boulos, um dos coordenadores do movimento, diz que “a partir da semana que vem, vamos fazer convocações para ações em terminais de ônibus”.

A passagem de R$ 3,50 é a mais cara entre as capitais do país. E o argumento propagado pelos governos, para justificar o aumento e condenar os protestos que já voltaram a acontecer, de que o aumento foi “abaixo da inflação do período”, não é verdadeiro.

A passagem teve um aumento superior ao da inflação, entre os anos de 1994 e 2013, de cerca de 60%. Ou seja, o valor da passagem, durante este período se descolou completamente da correção inflacionária e da realidade.

Considerando o a inflação dos últimos 20 anos (1994-2014), que teve um aumento acumulado de cerca de 360%, a passagem de ônibus, que em 1994 custava R$ 0,50, não deveria ultrapassar os R$ 2,30 este ano. Já o valor do Metrô e CPTM, segundo o mesmo índice, deveria ser de R$ 2,90 no mesmo período.

 

Arrocho de verbas do governo fecha o Museu Nacional, o mais antigo do país

O Museu Nacional, mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina, fechou as portas na última segunda-feira (12). Graças à “política de austeridade fiscal”, do governo federal, o museu ficou sem verba para o pagamento dos serviços de limpeza e vigilância.

“Impotente diante do que parece ser uma total insensibilidade da chamada “política de austeridade” diante das necessidades básicas de nossa Universidade [a UFRJ, responsável pelo museu] e, neste caso, do Museu Nacional, só nos resta esclarecer a comunidade universitária e a sociedade sobre a realidade que explica a suspensão das visitas, e vir a público para solicitar o apoio da sociedade e buscar sensibilizar as autoridades governamentais”, afirma o comunicado da direção do museu, sobre o fechamento.

“Naquela que deveria ser a “Pátria Educadora”, conforme promessa da Presidente Dilma Rousseff em sua posse, a UFRJ não tem recebido os recursos que lhe cabem, inclusive para pagamento das empresas que prestam serviços de limpeza e portaria ao Museu Nacional”, ressalta a nota.
A situação é grave. Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as verbas para custeio foram cortadas em 20% já em 2014. Nesta quarta-feira (14), a reitoria da UFRJ, comunicou que o governo pagou R$ 8 milhões para as despesas. “Esses recursos correspondem à liberação para execução parcial de 1/18 do Orçamento Anual UFRJ/2015”, explica a UFRJ.