Escolas estaduais de São Paulo começam aulas com até 85 alunos por sala

Na volta às aulas da rede estadual de São Paulo, alunos e professores depararam-se com turmas mais cheias que o devido. Na rede, classes que deveriam ter até 40 estudantes têm 50, 55, 60 e até 85 matriculados.

As turmas de ensino médio para jovens e adultos da escola estadual Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo, chegam a ter 85 alunos – o número considerado normal pela secretaria é de 40 por sala. A sala não é a única a ter excesso de estudantes. Durante o período vespertino, as classes de 1° ano regular do ensino médio têm até 60 matriculados, 20 mais do que o devido.

Com excesso de alunos, os professores dizem que não conseguem dar aulas adequadamente em salas em que falta espaço e infraestrutura.

"Muitas vezes os alunos chegam na primeira aula e têm de ficar buscando as carteiras em outras salas. Não dá. Essa semana era de acolhimento, para conversar com os alunos, conhecê-los. A gente não tem condição com tanto aluno", afirma o professor de história Silvio de Souza.

Ainda na zona leste, a escola Professor Simão Mathias tinha classes de 1° ano do ensino médio regular com 55 matrículas. 

Na zona norte, as listas de chamada da escola Professora Veridiana Camacho apontavam no início da semana classes do noturno com 75 e 95 alunos. Na Gabriela Mistral, as salas de educação de jovens e adultos tinham entre 51 e 58 estudantes.

A superlotação de classes, de acordo com professores e funcionários das escolas, se deve ao fechamento de diversas salas nas escolas. "Por aqui chegaram muitos alunos da Vila Sabrina porque fecharam salas do noturno em escolas de lá", contou uma professora do Tucuruvi que não quis se identificar. 

Segundo levantamento da Apeoesp, sindicato da categoria, ao menos 2.987 classes foram fechadas de 2014 para este ano. 

 

Redução de salas

 

Professor de filosofia e sociologia efetivo da rede, Marcio Barbio diz que com o fechamento de salas nas escolas teve de pegar aulas em mais unidades para completar sua grade. "Pela primeira vez, estou com aulas em três unidades. Antes sempre tinha a grade fechada com 24 turmas em duas escolas. Só que dessa vez, quando vi as listas, percebi que tinha salas com 75 alunos."

De acordo com a Apeoesp (sindicato da categoria), desde o ano passado o governo estadual tem reduzido o número de classes e, assim, reduzido o número de professores necessários. 

"Só que não há condições de aula em uma sala com 60, 70 alunos. Qualidade de ensino tem a ver com a quantidade de alunos por sala de aula e a secretaria não está respeitando o módulo [limite] dado por ela mesma", diz Maria Isabel Noronha, presidente da Apeoesp.

De acordo com a secretaria estadual de educação, no início do período letivo a rede passa por um período de readequação no número de matrículas feitas e alunos reais. Assim, o número de matrículas na lista de chamada pode não se efetivar com estudantes que frequentam as aulas.

A secretaria diz que isso acontece por conta de transferências de alunos e desistências. Na escola Gabriela Mistral, afirma a secretaria, dos 58 alunos previstos em uma das salas de educação de jovens e adultos apenas 37 foram às aulas na primeira semana.

Com o número efetivo de alunos frequentando as aulas, a secretaria afirma que novas classes podem ser abertas. Como exemplo, a secretaria afirma que duas salas novas já foram criadas na escola Professora Veridiana Camacho para dividir as salas de 75 e de 95 alunos e duas outras salas teriam sido criadas no noturno da escola Salim Farah Maluf. 

"A secretaria aposta na evasão dos alunos, o que é absurdo. Em uma sala superlotada, claro que os alunos não vão ficar, vão desistir", considera Maria Isabel Noronha, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual).

Sobre as outras salas com superlotação apontadas pela reportagem, a secretaria afirmou que ainda não houve desmembramento. 

De acordo com a secretaria, novas salas serão abertas em todas as unidades em que ainda houver número de alunos reais maior que o limite previsto pela rede até o fim da segunda semana de aulas – 30 alunos no ensino fundamental 1; 35 alunos no ensino fundamental 2; e 40 alunos no ensino médio. 

 

Fonte: Último Segundo – IG

Bloco UMES Caras Pintadas: prepare-se para a folia!

Está chegando a hora! Amanhã, a partir das 16h, a turma se reúne na praça Dom Orione para mais um desfile do Bloco UMES Caras Pintadas. Com o enredo “Esporte é vida na comunidade. A UMES somos nós e a Capoeira é brasilidade”, os caras pintadas tomarão as ruas do Bixiga pra festejar e homenagear uma das mais importantes manifestações da cultura nacional: a capoeira. Pra começar, haverá uma roda com o grupo de capoeira da UMES, mas as novidades do desfile deste ano não param por ai:

Serão sorteadas um par de fantasias para o desfile da Escola de Samba Dragões da Real; ingressos para assistir o desfile no sambódromo e muito mais.

Sob o comando do Mestre Bianca, a bateria do Bloco da UMES puxará o desfile. Logo após a folia continua com o show dos Foliões da Paulicéia.

 

Prepare a fantasia e não fique de fora dessa!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Samba Enredo Bloco UMES Caras Pintadas 2015

 

Composição: Leonardo Penteado – compositor mirim da Vai-Vai

 

Saúde e educação, esporte e lazer

Caras Pintadas com você

Cai nessa ginga na cidade

Dando axé nessa comunidade

 

Caras Pintadas nessa grande festa vem celebrar

A nossa cultura e a nossa raiz popular

Vem de longos anos de batuque e de Palmares

Hoje eu caio na folia

Samba, Ginga e Alegria

 

Paranauê Paraná, cai no samba

Bate o surdo – Ô Bahia

Dei rasteira na tristeza

De peito aberto ao som da minha bateria

 

Vim lá da senzala

E hoje eu tenho o que contar

Sou esporte e vida, eu sou música popular

Quem te viu, quem te vê

Meu zum zum zum faz o samba te envolver

Nossa força, nossa voz – Brasilidade

A UMES somos nós.

 

Bloco UMES Caras Pintadas

Dia 10 de fevereiro de 2015

Concentração às 16 horas

Local: Praça Dom Orione – Bela Vista, SP.

Ensaios da bateria: Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 16 h às 21 h na sede da UMES – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

UMES participa do 13º Encontro de Escolas Técnicas da UBES

A diretoria da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, junto a estudantes de escolas técnicas da cidade participou do 13º Encontro de Escolas Técnicas (ENET) da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, que aconteceu entre os dias 02 e 04 e fevereiro no Rio de Janeiro.

O vice-presidente da entidade e estudante da Escola Técnica Getúlio Vargas, Tiago César, afirma que debater o ensino técnico é debater o futuro do país.

“O ensino técnico é, sem dúvidas, um dos pilares para o desenvolvimento e crescimento do país, não é à toa que sempre esteve bastante conectado com a questão do desenvolvimento da indústria. Independente da área, presta um grande serviço e dá muitas oportunidades à juventude”.

Contudo, a responsabilidade da delegação organizada pela UMES no ENET foi a de denunciar o caos no ensino técnico no estado de São Paulo e também no país. O encontro reuniu 2 mil estudantes de cursos técnicos do Brasil inteiro.

“A falta de investimento é um dos problemas enfrentados em São Paulo. As ETEC’s padecem de falta de estrutura, laboratórios e materiais. Em algumas delas, não há nem estrutura para prática esportiva, como é o caso da mais antiga escola técnica de São Paulo, a GV, onde estudo”, afirmou Tiago. “Isso é ensino técnico ?”, indagou.

O presidente da UMES, Marcos Kauê, que é estudante da ETEC de Esportes, criticou o PRONATEC, programa federal e bandeira prioritária do governo Dilma para o ensino técnico. Segundo ele, os recursos empenhados, ao invés de irem para as grandes multinacionais de ensino, como ocorre, deveriam servir para investir e criar mais vagas nos institutos federais. Além disso, Kauê denunciou a baixa qualidade e serventia dos cursos ofertados.

“Curso de padeiro, manicure e adestrador de cães, como o PRONATEC oferece, não é ensino técnico. A juventude anseia por qualidade e áreas de formação que de fato vão lhe oferecer um futuro melhor e uma oportunidade de ajudar o país”, disse diante da plenária de estudantes.

 

Escolas proíbem até escova de dente para economizar água

Funcionários acompanharão alunos no banheiro para evitar desperdício em SP

Infectologista aponta chance de complicações 'seriíssimas' nos alunos; prefeitura cobra 20% de economia nos gastos

 

Fonte: Folha de São Paulo

 

Em meio à crise da água, escolas da rede municipal de São Paulo retomam as aulas nesta quarta-feira (4) com medidas extremas. Crianças serão proibidas de escovar os dentes. Outras receberão a chamada "merenda seca" –sanduíches em guardanapos, em vez de refeições em pratos, que precisam ser lavados.

Algumas unidades destacaram funcionários e ou professores para acompanharem os alunos no banheiro, evitando, assim, o uso excessivo de torneiras e descargas.

As atitudes são uma resposta a decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que obriga as escolas municipais a reduzirem em 20% o consumo de água.

A Folha esteve em seis colégios na zona norte de São Paulo nesta terça-feira (3).

Em três unidades, diretores disseram que, em vez de lavar as mãos com água e sabão, as crianças serão orientadas a usar álcool em gel.

Em um desses colégios, não será mais permitido tomar água diretamente do bebedouro. Cada estudante terá uma caneca, e professores supervisionarão o consumo.

Gestores afirmaram que os docentes deverão trabalhar o tema da crise da água em classe, como forma de conscientizar alunos e famílias.

A medida pode beneficiar a mãe Tatiane Silva, 32. Ela diz que falta água em sua casa diariamente e que depende da colaboração dos filhos, matriculados em uma das escolas visitadas, para poupar o necessário. "Quando eles lavam louça, tenho que ir lá fechar a torneira", afirma.

Nas unidades, a lavagem de pátios, quadras e corredores será feita com vassouras e, se necessário, com baldes de água e panos. O uso de mangueiras foi suspenso.

Para o médico infectologista Caio Rosenthal, algumas dessas medidas são "criminosas". Proibir alunos de escovar os dentes pode causar cáries, infecções e complicações "seriíssimas", diz.

Substituir refeições por sanduíches, se tiverem menor valor nutricional, é "discriminatório", em sua opinião.

"Supõe-se que são crianças que não têm refeição de excelência em casa. Baixar o nível também na escola é inadmissível", diz. "Se há estado de guerra, quem deve ir para o front é o soldado, não a criança. Ela terá que pagar pelo resto da vida por um descuido das autoridades?"

Universidades cogitam suspender aula em caso de rodízio de água em SP

As universidades paulistas cogitam suspender aulas em caso de rodízio de água em São Paulo. Pesquisas também podem ser afetadas.

A informação foi dada nesta terça-feira (3) durante entrevista coletiva com representantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), IFSP (Instituto Federal de São Paulo), Unicamp, Unesp, UFABC e UFSCar. A USP também participou.

Segundo a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, ainda não há definição concreta sobre suspensão das aulas. Isso depende de as universidades obterem mais informações da condição dos reservatórios paulistas e do quanto as universidades conseguirão resistir a uma restrição de abastecimento.

Mas ela disse que as pesquisas certamente serão afetadas, porque algumas dependem de água. No caso das aulas, o problema está na limpeza dos prédios em uma situação de rodízio.

As universidades anunciaram conjuntamente a criação de um grupo para produzir pesquisas de modo a propor soluções de curto, médio e longo prazo para o problema de abastecimento.

As aulas na USP e na Unifesp estão previstas para começar em 23 de fevereiro. Na Unicamp, o retorno será no dia 25.

A Unifesp controla o Hospital São Paulo, um dos maiores da capital. Segundo a reitora, houve um compromisso do governo do Estado de não desabastecer hospitais em caso de eventual rodízio. A Folha procurou a Secretaria de Recursos Hídricos e a Sabesp, e ainda não obteve resposta.

 

RODÍZIO

 

Na semana passada, a Sabesp admitiu pela primeira vez desde o início da maior crise de abastecimento da Grande São Paulo que pode adotar um rodízio de cinco dias para a região metropolitana da capital paulista.

Segundo o diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, o esquema funcionaria com cinco dias da cidade sob rodízio e dois dias sem.

"Para fazer um rodízio, teríamos de fazer um rodízio muito pesado. Se as chuvas insistirem em não cair no sistema Cantareira, seria uma solução de um rodízio muito pesado, muito drástico" (…) "No cálculo conceitual para reduzir 15 metros por segundo no Cantareira, precisaria de um rodízio de dois dias com água, por cinco dias sem água", disse.

 

Fonte: Folha de São Paulo

Alckmin corta verbas e coordenador pedagógico de escolas com notas baixas

Medida do governo provoca falta de suprimentos como papel higiênico, cartolina e guache em colégios estaduais.

Professores dizem fazer vaquinha para comprar material; secretaria afirma que parte do dinheiro não era usada

 

O governo de SP reduziu a verba para escolas comprarem materiais e cortou coordenadores pedagógicos em escolas com notas baixas.

Diretores e professores em quatro regiões do Estado (centro e sul da capital, Limeira e Sorocaba) afirmam que a redução da verba tem causado falta de suprimentos para os alunos, como papel higiênico, cartolina e guache.

Além da diminuição dos valores, as escolas já haviam ficado três meses sem o recurso (de novembro a janeiro).

Segundo os servidores, que pediram anonimato, os recursos voltaram a ser pagos, mas estão de 30% a 50% menores.

Um diretor na área de Sorocaba diz que recebia, até 2014, R$ 3.000 mensais; agora, menos de R$ 2.000. "O professor de artes pediu para os alunos trazerem guache, cartolina e pincel. Os pais estão reclamando, mas o que vamos fazer?", disse.

Um professor de Limeira afirmou que os docentes estão fazendo "vaquinha" para comprar materiais. Na unidade, a verba mensal caiu de R$ 2.000 para R$ 1.000.

Ao assumir o novo mandato, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou congelamento de 3% no Orçamento, devido à previsão de baixa arrecadação.

Questionada sobre as queixas dos educadores, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que houve redução nos recursos porque parte do dinheiro não era usada.

Na semana passada, a Folha mostrou que o governo reduziu à metade as vagas abertas para o programa que oferece ensino técnico a alunos da rede estadual. O governo diz que fará novas chamadas.

Outro corte imposto na rede de ensino foi a da função de coordenador de apoio pedagógico nas escolas prioritárias (com baixas notas ou em áreas vulneráveis).

Para atuar na função, eram escolhidos docentes, que recebiam gratificação. No geral, tinham direito ao coordenador 25% das 4.000 escolas.

A esses coordenadores cabia ajudar na implementação do currículo, orientar os professores e outras ações.

Docentes afirmam ainda que está congelado o processo de evolução na carreira, que concede aumento de 5% no salário dos educadores que concluem cursos.

 

Dizem ainda que não foi dado reajuste salarial de 10,5% aos aprovados num exame em 2014 –o aumento tradicionalmente é feito até o fim do ano. E, em parte da rede, não chegou o kit escolar para os estudantes (com itens como caderno e lápis).

Educação artística ainda é desafio para o ensino básico

Disciplina obrigatória na rede de ensino foi debatida na 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE)

Apesar de ser obrigatória, a educação artística nas escolas de ensino fundamental e médio ainda é negligenciada pelo sistema escolar. A questão foi debatida nesta quarta-feira (4), na 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro.

A professora de música aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Ermelinda Paz Zanini, lembra que o ensino obrigatório de música foi incluído nos currículos escolares nos anos 1960, mas em todas as mudanças de legislação, como as ocorridas nos anos 1980 e depois em 2008, a lei veio primeiro do que a estrutura escolar e a formação de docentes, que até hoje não está satisfatória.

"A Lei 11.769/2008 prevê que tínhamos três anos para colocar o ensino obrigatório da música nas escolas. E vocês perguntam: implementou? Daí a gente começa a levantar os problemas. Então, é importante dizer que as leis vieram sempre antes das providências que deveriam ser tomadas para a sua implementação."

A professora de dança da Faculdade Angel Vianna, Márcia Feijó, acrescentou que ainda há muita dificuldade para levar o licenciado em artes para dentro das escolas, pois não há contingente de formados o suficiente nem de concursos para suprir a necessidade de professores de linguagens específicas. Para ela, é preciso ampliar o diálogo entre cultura e educação, para que a linguagem corporal possa contribuir mais sistematicamente na aprendizagem.

Para o professor de pedagogia do teatro na Universidade Federal de Ouro Preto Ernesto Valença, é preciso mudar a visão que se tem de escola de uma forma geral, pois ela não atrai o estudante. "Os conteúdos não mobilizam como o mundo lá fora tem mobilizado."

 

Outro problema apresentado pelos três debatedores foi a prática do professor generalista, que dá aulas de todas a linguagens, independentemente de sua formação específica. Além disso, foi lembrada a importância da educação continuada do docente, em um mundo que não para de se transformar.

Fonte: Agência Brasil

Ministro de Dilma é chamado de mentiroso durante Bienal da UNE

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Miguel Rossetto foi vaiado e chamado de “mentiroso” na última segunda-feira (2), durante a 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE).

O ministro recebeu a calorosa recepção ao tentar defender o projeto do governo Dilma para a Reforma Política. Em contrapartida, foi rechaçado pelos críticos da política de arrocho do governo e mal conseguiu terminar sua fala.

“Não há reforma neoliberal e não há corte em nenhum programa social do povo brasileiro”, garante o ministro. Em resposta à fala do ministro foram entoadas palavras de ordem como: “O povo não é bobo, o ministro é mentiroso”.

Os críticos ao governo condenavam as Medidas Provisórias 664 e 665, reajuste fiscais e o aumento dos juros. Por diversas vezes, a fala do ministro foi interrompida. O coro de vozes e instrumentos de percussão animou os presentes: “É o maior tarifaço que eu já vi; contra o ajuste da Dilma e do Levy!”; “Ô Rossetto, que palhaçada, cadê a reforma agrária!” e “O que aconteceu? O governo Dilma abraçou a Kátia Abreu!”.

De acordo com a UNE está era a “primeira grande reunião que o ministro participa com a sociedade civil”.

Professores da rede estadual aprovam indicativo de greve para março

Presidente da Apeoesp reivindica melhores salários, denuncia superlotação e superexploração dos professores temporários

Professores da rede estadual de São Paulo devem anunciar greve a partir de 13 de março, quando se realiza a assembleia estadual da categoria. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a Bebel, em entrevista à Rádio Brasil Atual , acusa o fechamento de turmas, a perda de coordenadores pedagógicos e a consequente superlotação das salas de aula. "Desde que o PSDB governa o estado de São Paulo, eles nunca abriram a mão para a educação. Pelo contrário, é sempre uma mão pesada."

A Apeoesp realizou ato público na semana passada, em que explicitava as pautas de reivindicações por melhores condições de trabalho e salários. "Esse ato foi resultado desse descontentamento, dos professores que ficaram sem aula, ou que pegaram aulas mas vão pular por várias escolas, e quem ficou com aula, enfrenta a superlotação", afirma 

"A gente vem, há um tempo, dizendo que ninguém pode dar uma boa aula com 40 alunos por sala, podendo chegar até a 50." A presidenta da Apeoesp denuncia também a redução de 104 mil matriculas, nas redes estadual e municipais. "É muito jovem, muita criança fora da escola. Dizer que foram para a rede privada não é verdade. Não adianta falar de ensino em tempo integral se o jovem não está na escola."

Outra pauta que compõe o cenário de greve é a inexistência de uma política de valorização dos salários dos professores. "Nossos salários vêm com reajuste zero para esse ano", assinala Bebel.

A presidente do sindicato chama a atenção, ainda, para a situação dos professores temporários, a chamada categoria O. "Essa forma de contratação é escravagista. Esse profissional não tem direito a nada. É um profissional, que além de trabalhar um ano inteiro, o que parece um pecado, no ano posterior ele não pode voltar e fica desempregado."

Além de todas essas questões, Bebel prevê ainda um agravamento das condições com a iminente falta de água. "O secretário diz que haveria um plano de contingência, mas não soube me dizer qual. Agora, eu pergunto, como vai haver um plano se não respondem à demanda de toda a sociedade?", questiona.

Fonte: Rede Brasil Atual

Foto: Jordana Mercado – Apeoesp

 

 

Alckmin corta 10 mil vagas em programa de educação

Vitrine da campanha eleitoral, iniciativa banca curso técnico para alunos

O governo de São Paulo reduziu à metade um programa que visa dar ensino técnico aos alunos da rede estadual.

Chamada Vence, a iniciativa foi uma das mais citadas na área da educação e emprego pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante a campanha à reeleição ao cargo no ano passado.

Tradicionalmente, eram abertas 20 mil vagas por semestre para alunos da rede estadual fazerem curso técnico em instituições parceiras.

Nesta quinta-feira (29), a Secretaria da Educação enviou documento para as instituições avisando que seriam apenas 10 mil novas vagas, "em razão da rearticulação das ações governamentais para a gestão 2015-2018".

Com arrecadação em baixa devido ao fraco desempenho da economia, Alckmin contingenciou neste mês 3% do Orçamento deste ano.

Segundo uma instituição que participa do programa, as inscrições para este semestre já estavam encerradas e foram feitas contando que seriam 20 mil novos participantes. Agora, metade dos alunos terá de ser dispensada.

As escolas de ensino técnico credenciadas recebem do governo um valor por aluno para oferecer o curso gratuito ao estudante.

Entre as áreas de conhecimento, estão administração, enfermagem e informática.

Criado em 2012 na própria gestão Alckmin, o programa tem o objetivo de ampliar a possibilidade de emprego dos estudantes.

Também é apontado pelo governo como forma de melhorar o ensino médio, pois pode motivar os alunos e ampliar seus conhecimentos.

Em agosto passado, em um dos primeiros compromissos públicos após a oficialização da candidatura para reeleição, Alckmin visitou um colégio que integra o programa, para elogiar a iniciativa.

Procurada na noite desta quinta-feira (29), a Secretaria da Educação informou que outras 10 mil vagas devem ser abertas ao longo do ano.

Se isso se confirmar, serão 20 mil no ano, montante que era aberto por semestre.

 

 

Fonte: Folha de São Paulo