Grêmio da EE Astrogildo Arruda realiza festa de encerramento com show de talentos

Para encerrar o ano letivo, o Grêmio Estudantil da EE Astrogildo Arruda, da zona leste da cidade, realizou uma festa com show de talentos.  Os alunos da escola puderam mostrar aquilo que sabem fazer e se divertiram muito.

Bismark Lucas, presidente do grêmio, destacou a importância da organização dos estudantes para conquistar uma escola melhor.

“Até a nossa gestão ser eleita, não havia uma tradição firmada de grêmio na escola – eu estudo aqui desde 2009. Tive a iniciativa de reunir uma galera. A Chapa foi única, e fomos eleitos por unanimidade. A nossa diretoria é composta por 16 integrantes, cada um com suas responsabilidades específicas. Nós ajudamos em praticamente tudo que está ao nosso alcance, desde palestras, festas, campeonatos e caro, nas reivindicações dos alunos”, afirmou, ao lado de sua vice, Aline e do diretor de meio ambiente, Caio.

“Realizar o show de talentos para encerrar o ano foi uma importante iniciativa para unir ainda mais os estudantes, fazer uma atividade diferente e, de quebra, deu a possibilidade para que os alunos mostrassem seus talentos”, contou. “Isso é um grande incentivo”.

Aline explica, orgulhosa, o quanto o grêmio trabalha para que a escola seja um ambiente melhor, que alie educação de qualidade, atividades culturais, sociais e esportivas.

“O grêmio favorece muito. Sem grêmio não acontecia nada e agora a escola se tornou mais interessante para o aluno”, disse. “O aluno agora é, de fato, a prioridade”.

“A festa foi muito louca, com todo mundo se divertindo e dançando. Os que se apresentaram no show de talentos dançaram, cantaram, tocaram violão…o Matheus, que compõe, tocou sua própria música. Isso é muito legal e tudo graças ao nosso grêmio”, afirmou.  

Cinema no Bixiga apresenta “Silver City”

O Cinema no Bixiga apresenta neste sábado (13) o filme "Silver City", de John Sayles (2004).

A exibição é a terceira de uma série de quatro filmes que tratam sobre eleições e marketing eleitoral.

As sessões, sempre às 17 horas, acontecem no Cine Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. A entrada é gratuita e não haverá reprise.

 

Silver City

John Sayles, EUA, 128 min.

 

Sinopse:

Visando o governo do Colorado, Richard "Dicky" Pilager (Chris Cooper) está fazendo um vídeo promocional para mostrar ao eleitorado como ele se preocupa com o meio-ambiente. Porém algo muito imprevisto acontece: Pilager pesca um cadáver. Ao ver o que está acontecendo, Chuck Raven (Richard Dreyfuss), o encarregado de coordenar a campanha, manda parar as filmagens. Chuck admite a hipótese de um candidato ou inimigo da família, o que inclui Maddy Pilager (Daryl Hannah), a irmã de Richard, ter armado esta situação para prejudicar Dicky. Um jornalista, Danny O'Brien (Danny Huston), que virou detetive é encarregado de investigar o caso e achar as possíveis ligações entre o cadáver e os inimigos dos Pilager. A investigação coloca Danny numa complexa rede de influência e corrupção, que envolve grandes lobistas, um grande projeto imobiliário chamado Silver City, conglomerados de mídia e trabalhadores ilegais.

 

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Confira as escolas campeãs do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo

Com finais no Ginásio do Pacaembu, chegou ao fim a terceira edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – JESP, realizado pela UMES em parceira com a Petrobrás e o Ministério do Esporte.

Participaram do projeto 1.128 alunos do ensino médio de escolas públicas diretamente, através das equipes nas modalidades de Futsal, Handebol, Voleibol e Xadrez, totalizando 128 equipes de quatro regiões da cidade.

Para efetivar a inscrição cada equipe recolheu materiais recicláveis, totalizando 60 mil latinhas de alumínio, 34 mil garrafas pets e 10 mil quilos de papel/jornal. Os materiais coletados foram doados para a ONG Mensageiros da Esperança e serão a matéria prima para a confecção de objetos de decoração, presentes e muito mais.

A contrapartida social consistiu na exibição dos filmes “Pride, Orgulho de Uma Nação”, “Boleiros” e “Subterrâneos do Futebol” nas escolas com o público mínimo de 100 alunos por equipe inscrita. Nesta etapa, os estudantes debateram a função do esporte na sociedade. No total, 15 mil espectadores participaram do cineclube do JESP.

 

ETAPAS REGIONAIS

 

Divididas nas regiões Centro/Norte, Leste, Sul e Oeste, as etapas regionais do JESP aconteceram no Ginásio do Pacaembu, na ETEC de Esportes, no Clube Indiano e no Clube Piritubão, respectivamente.

Foram 32 jogos em cada uma das regiões, definindo os finalistas para a grande final.

Conheça os finalistas:

 

Futsal Feminino:

EE Cel Domingos Quirino (Centro/Norte)

EE Gavião Peixoto (Oeste)

EE Samuel Wainer (Sul)

EE Dom Miguel Kruse (Leste)

 

Futsal Masculino:

EE Presidente Roosevelt (Centro/Norte)

EE Olinda Leite (Oeste)

Barro Branco II (Leste)

EE México (Sul)

 

Handebol Feminino:

EE Alberto Cardoso (Centro/Norte)

EE Gavião Peixoto (Oeste)

EE Luís Magalhães (Sul)

ETEC de Itaquera (Leste)

 

Handebol Masculino:

EE Wilson Simonini (Leste)

EE Luís Magalhães (Sul)

EE Conde José Vicente (Centro-Norte)

EE Joaquim Luís de Brito (Oeste)

 

Voleibol Feminino:

EE Albino César (Centro/Norte)

EE Padre Manoel da Nóbrega (Oeste)

EE Elisa Raquel (Leste)

EE Clarisse Seiko (Sul)

 

Voleibol Masculino:

EE Conde José Vicente (Centro/Norte)

EE Samuel Wainer (Sul)

EE Soldado Éder (Leste)

EE Gavião Peixoto (Oeste)

 

Xadrez Feminino:

Instituto Federal (centro-norte)

EE Dep. José Bustamante (leste)

EE Leopoldo Santana (sul)

ETEC Pirituba (oeste)

 

Xadrez Masculino:

EE Carlos Villalva Junior (centro norte)

EE Soldado Eder (leste)

EE José Vieira de Moraes (sul)

EE Alexandre Von Humboldt (oeste)

 

FINAIS

 

As finais do 3° Jesp aconteceram nos dias 01 e 03 de dezembro no Ginásio do Pacaembú. No primeiro dia, foi a vez das melhores equipes femininas de cada região se enfrentarem.

 

Finais Femininas

 

EE Samuel Wainer – Campeã de Futsal Feminino do 3º JESP

 

EE Luís Magalhães – Campeã de Handebol Feminino do 3º JESP

 

EE Elisa Raquel – Campeã de Voleibol Feminino do 3º JESP

 

 

No dia 03 de dezembro aconteceu a grande decisão das equipes masculinas de Futsal, Hand e Volei e das equipes femininas e masculinas de xadrez.  Confira o resultado:

 

Barro Branco II – Campeã de Futsal Masculino do 3º JESP

 

EE Wilson Simonini – Campeã de Handebol Masculino do 3º JESP

 

EE Samuel Wainer – Campeã de Voleibol Masculino do 3º JESP

 

Instituto Federal – Campeã de Xadrez Feminino do 3º JESP

 

EE Dr. Carlos Villalva Junior – Campeã de Xadrez Masculino do 3º JESP

 

CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO

 

As escolas campeãs foram premiadas com medalhas e troféus pela diretoria da entidade. Também receberam a homenagem os alunos e o professor destaque do campeonato: em 1º lugar o camisa 7 da equipe de futsal da EE Samuel Wainer, Gabriel; em 2º o Alsamir, camisa 11 do Conde José Vicente; e em terceiro Rodrigo, camisa 7 do Gavião Peixoto. O prêmio de professora destaque pelo empenho e dedicação foi para a professora Cristina, da EE Soldado Éder. 

Marcos Kauê, presidente da UMES, parabenizou a todos os alunos atletas que chegaram a grande final e que, para isso, tiveram que passar por grandes desafios:

“Sabemos das dificuldades com a prática esportiva dentro das escolas públicas, por isso vocês tiveram muita garra para chegar até aqui. Primeiro coletaram material reciclável e realizaram cine clubes para debater a questão esportiva dentro de suas escolas. Depois treinaram, foram os melhores das etapas regionais, e hoje vieram para cá com muita disposição. A missão do JESP e da UMES foi cumprida nesta etapa. Esperamos que o campeonato tenha servido para incentivá-los a perseguir seus sonhos e a lutar por uma escola melhor, onde o esporte seja levado a sério”, concluiu.   

Apenas 54% dos jovens concluem o ensino médio até 19 anos, diz estudo

Considerado o grande "gargalo" da educação brasileira, o ensino médio é cursado até o seu final por apenas 54,3% dos jovens até 19 anos, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (8) pela ONG Todos pela Educação. O levantamento foi feito com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, divulgada em setembro.

Apesar de apresentar uma melhora em relação aos últimos anos, quando o índice observado para os jovens no ensino médio foi de 46,6% em 2007, 51,6% em 2009 e 53,4% em 2011, os números revelam as dificuldades que o país encontra para fazer com que os jovens concluam o ensino médio na idade certa.

Segundo o Todos pela Educação, o indicador é calculado anualmente com base nos dados da Pnad. Em 2010, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o Censo Demográfico, a Pnad não foi realizada. Por causa da diferença metodológica (os dados do Censo são censitários, e a Pnad é amostral), o levantamento do Todos pela Educação não divulga os resultados referentes ao ano de 2010.

O levantamento divulgado nesta segunda mostra que taxa atual ainda está longe do plano de metas estabelecido pelo Todos pela Educação para 2022. Para cumprir a meta, nos próximos nove anos, a taxa de jovens de 19 anos com ensino médio completo suba para 90%. Já a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) é chegar a 2022 com 85% dos alunos de 15 a 17 anos matriculados no ensino médio.

Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos pela Educação, diz que depois de 2009 esperava-se um crescimento mais acelerado, o que não vem ocorrendo. "Nesse ritmo de crescimento do ensino fundamental e na estagnação do ensino médio, não vamos alcançar a meta do PNE. A situação é preocupante."

José Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), afirmou ao G1 que "a educação básica não está parada, está melhorando". "O Brasil teve despertar tardio para a educação. A tarefa que temos pela frente é muito grande. Estamos caminhando, mas temos muito o que caminhar. Vamos caminhar no ritmo do Plano Nacional da Educação."

Ele lembra que, em 2007, este índice era de 46,6%, e que os números de 2013 representam uma melhora considerável. "O ensino médio tem atualmente 8 milhões de alunos. O sistema de educação teve um fluxo enorme, está se adaptando para atender a esses alunos."

O estudo mostra ainda que 19,6% dos jovens de 15 a 17 anos estão ainda no ensino fundamental, 15,7% não estudam e não concluíram o ensino médio, e 5,9% não estudam, mas já terminaram o ensino médio.

No ensino fundamental, a taxa de conclusão até os 16 anos foi de 71,7%. O estudo apontou ainda diferença de aproximadamente 20 pontos percentuais entre as taxas de jovens declarados brancos que concluíram o ensino fundamental aos 16 anos (81%) e o ensino médio aos 19 anos (65,2%), e aqueles que se declaram negros (60% e 45%, respectivamente).

Em relação à renda, entre os 25% mais ricos, 83,3% terminam o ensino médio. Já entre os 25% mais pobres, este índice cai para 32,4%.

"As desigualdades na educação são apenas uma das feições da desigualdade da sociedade", diz Soares. "Algumas desigualdades tiveram uma queda enorme. Hoje não temos mais desigualdades de gênero e de acesso à escola."

 

 

Fonte: Folha de São Paulo

Escola da Prefeitura aprova aluno com nota vermelha

Os estudantes das escolas municipais de São Paulo serão aprovados de série mesmo que tenham nota vermelha em todos os bimestres, afirmou o secretário de Educação, Cesar Callegari.

Para professores e diretores de escola, isso contraria o discurso oficial de que há mais rigor com os alunos da rede municipal.

Na prefeitura, uma das principais medidas adotadas por Fernando Haddad (PT) na educação foi aumentar o total de séries em que o aluno pode ser retido.

Até então, a reprovação poderia ser feita apenas em duas das nove séries, no sistema chamado de ciclos. Passou a ser em cinco séries, a partir deste ano letivo.

Mas, segundo o secretário, o importante é avaliar se o aluno tem melhorado ou possui potencial para continuar na turma. "O sujeito teve 3, 2, 2, 4 [notas bimestrais] e, como ficou tudo no vermelho, será reprovado. Não é isso. Queremos avaliação do processo inteiro", disse à Folha.

Essa diretriz é criticada por profissionais da rede de ensino. Eles acham que a gestão Haddad faz um discurso de cobrança de desempenho dos alunos, mas na prática evita que eles sejam retidos.

Gestores têm de se equilibrar entre o fato de a reprovação aumentar a evasão e a pressão dos professores pela adoção do mecanismo, sem o qual teriam de aprovar quem não aprendeu.

Quando apresentou as mudanças, que incluíram provas bimestrais, Callegari havia afirmado que a ideia era mostrar que "educação é trabalho". As notas também passaram a ser de 0 a 10 –antes eram conceitos.

Uma professora que leciona na zona norte disse, sob condição de anonimato, que as reuniões no começo deste ano com os dirigentes indicavam que haveria liberdade para reprovar alunos. Agora, porém, a recomendação é que se reprove menos de 10% das classes, independentemente da situação dos estudantes.

"As decisões finais sempre couberam ao conselho de escola, formado por professores. O que nos incomoda é que, no discurso para a sociedade, os alunos podem ser reprovados. Mas, na verdade, quase nenhum vai", disse ela, na rede desde 2002.

O prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), disse ontem (8) que as escolas terão de avaliar individualmente o caso dos estudantes que estejam com notas baixas.

Conforme a Folha informou nesta segunda, a orientação da Secretaria de Educação é que sejam aprovados alunos que demonstrarem melhoria ao longo do ano, mesmo que tenham nota vermelha nos quatro bimestres letivos.

Segundo Haddad, cabe ao conselho de classe avaliar todos os alunos com dificuldade.

 

Fonte: Folha de São Paulo

Só 15% dos alunos do ensino fundamental têm bom desempenho em ciências

Pesquisa da Unesco com alunos de 4º e 7º anos de quinze países da América Latina e Caribe mostra que o Brasil também patina em matemática e leitura

 

Um novo estudo da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgado nesta quinta-feira mostrou que apenas 15,66% dos alunos do ensino fundamental no Brasil apresentam nível bom ou ótimo em ciências naturais – do total, só 1,46% pode ser considerado excelente na disciplina. O Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (TERCE) foi realizado em quinze países da América Latina e Caribe e avaliou, além dos conhecimentos em ciências, os níveis de matemática e leitura de estudantes do 4º e 7º anos do ensino fundamental de escolas públicas.

Em comparação com os outros países da região, o Brasil fica na oitava posição na área de ciências naturais. Países economicamente menos representativos, como Costa Rica, Colômbia e Peru, obtiveram melhor pontuação nessa disciplina e, portanto, ficam mais a frente na lista, encabeçada pelo Chile. "Se a região quer se destacar na produção tecnológica, precisa melhorar essa área de estudos", afirmou Moritz Bilagher, coordenador técnico do TERCE.

O desempenho dos alunos brasileiros em leitura e matemática também está longe do ideal. Menos da metade dos estudantes chega ao 7º ano com nível bom ou excelente em leitura (49,93%) e em matemática (40,4%).

Em leitura, o Brasil aparece na sexta posição na comparação com os demais países, com pontuação de 523,93 pontos no 7º ano e 519,33 no 4º ano.

Já em matemática, o nível dos alunos do 4º ano foi melhor que o dos estudantes do 7º ano e reflete a disparidade entre séries iniciais e séries finais do ensino fundamental, como já havia revelado a publicação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2013. No 4º ano, a pontuação obtida pelos alunos foi de 539,54 pontos, pouco mais de 17 pontos acima da média da região, de 521,70 pontos. Já no 7º ano, a nota obtida em matemática foi 519,63.  
A pesquisa foi feita com base no resultado de testes aplicados entre maio e outubro de 2013 e contou com 7.408 alunos de escolas brasileiras. Em toda a América Latina e Caribe foram cerca de 134.000 estudantes avaliados, sendo 67.000 em cada etapa de ensino. A escala de notas dos países em cada disciplina varia de 1 a 999. 

 

 

México: restos mortais de um dos estudantes sequestrados são identificados

O primeiro dos 43 estudantes normalistas desaparecidos há mais de dois meses na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, no sul do México, foi identificado entre os restos mortais encontrados em um rio e em um lixão de Cocula, também povoado deste Estado. Pistoleiros presos haviam confessado ter assassinado e queimado os jovens. A escola de professores rurais de Ayotzinapa na qual os jovens estudavam anunciou o fato, e mais tarde foi confirmado por Felipe de la Cruz, porta-voz dos familiares. O estudante se chamava Alexander Mora Venancio e tinha 19 anos. Seu reconhecimento jogou mais lenha na fogueira da revolta que esse crime provocou no país, fortalecendo a consigna que se ouve em todos os cantos: "Vivos os levaram. Vivos os queremos!".

Forenses argentinos, legistas independentes encarregados de fiscalizar a investigação mexicana, resgataram 17 restos mortais de dois sacos de lixo encontrados no rio próximo ao lugar do sequestro, segundo afirmou uma fonte de segurança. Entre esses restos mortais estava o de Mora Venancio, preso pela polícia local de Iguala em 26 de setembro junto a outros 42 colegas e entregue, de acordo as investigações do crime feita pela promotoria-geral, a pistoleiros do cartel de narcotraficantes Guerreros Unidos que, ao que tudo indica, os mataram.

A notícia coincidiu com a comemoração, no dia 6, dos 100 anos da entrada dos exércitos revolucionários de Emiliano Zapata e Francisco Villa na capital do país, mas que foi acompanhada por mais um dia de protestos pelo desaparecimento dos 43 estudantes. Mais de 100.000 pessoas de todo México se manifestaram.

"Os forenses argentinos, os únicos que confiamos, se reuniram com todos os pais para nos informar diretamente", contou o porta-voz De la Cruz, que criticou o fato de que, depois de mais de dois meses de investigação, apenas um jovem tenha sido identificado e destacou que o paradeiro dos outros continua sendo uma incógnita: "Continuaremos lutando porque temos esperanças que os demais ainda estejam vivos. Não vamos permitir que encerrem o caso assim". 

Os acontecimentos de Iguala deixaram exposta a cumplicidade entre o tráfico de drogas e políticos mexicanos.

Alexander estava no primeiro ano dos quatro que precisava para se formar como professor de aldeias remotas. A escola de Ayotzinapa é pública, gratuita e seleciona preferencialmente membros de famílias pobres. Restam poucas assim. Ele era do município de El Pericón, onde vivem comunidades indígenas e descendentes dos africanos levados para a região como escravos. Filho de camponeses, buscava no estudo uma saída para a pobreza de sua região.

 

Por SUSANA SANTOS do Hora do Povo

Grupo norte-americano Apollo Education compra faculdade paranaense

O Apollo Group, maior grupo de educação dos EUA, anunciou sua entrada no mercado brasileiro. A operação envolve a compra de 75% na participação da Sociedade Técnica Educacional Lapa (Fael), por um valor aproximado em R$ 73,8 milhões (US$ 28,9 milhões). Com isso, amplia-se ainda mais a desnacionalização das vagas das instituições privadas de ensino brasileiras, que já ultrapassou 2,5 milhões.

Segundo o próprio grupo multinacional, que, além de ser dono da Universidade de Phoenix, atua na Europa, Austrália e Ásia, a expectativa de lucros no mercado brasileiro, ou seja, a partir da exploração dos estudantes, é muito grande. O Apollo Group espera que o valor da operação seja captado já em seus resultados financeiros de 2015.

“A operação está alinhada à estratégia de diversificar os serviços e expandir os negócios para o Brasil, um dos países que têm investido mais em educação superior”, diz Greg Cappelli, presidente-executivo do grupo.

Naturalmente, o Apollo Group espera contar com o apoio e incentivo do governo brasileiro. Assim como seus concorrentes, que contam com injeção considerável de recursos para financiamento das vagas. E assim, subsidiando novas aquisições.

 

Tamir Rice, 12 anos, foi sepultado em Cleveland depois de ser morto a tiros por um policial racista

O pequeno Tamir Rice foi enterrado na quarta-feira (3) em Cleveland, após ter sido morto a tiros por um policial quando brincava no parque com uma arma de brinquedo. “Policiais são servidores públicos – não James Bond com uma licença para matar”, denunciou seu tio, Michael Petty, durante o funeral, acompanhado por mais de 200 pessoas. Até agora, não há o menor indício de que o assassino, o policial branco Tim Loehmann, e seu cúmplice, policial Frank Garmback, sejam indiciados.

Ao se despedir de Tamir, a família exigiu “justiça”, dizendo que sua vida “havia sido apagada como uma vela no vento”. A professora Carletta Goodwin lembrou que Tamir “sempre vinha para a escola todos os dias, batucava na sua carteira e cantava para ele mesmo”. “Eu lhe dizia, já chega, porque senão ele levava o resto da turma com ele”. No local em que Tamir foi assassinado, as pessoas improvisaram um memorial, com flores, brinquedos, bichos de pelúcia e fotos.

Uma mãe que mora perto do parque, Kayla, apontando para a escola que usa o parque como playground, relatou que Tamir estava “na sua escola, no sexto ano. Isso me faz pensar sobre meus filhos. Meu filho vai para esta escola, ele está no jardim de infância. Podia ter sido o filho de qualquer um”. “Sinto tristeza pela geração que está chegando. Agora os garotos têm medo da polícia”.

Diante da indignação provocada pela chacina, a polícia foi forçada a divulgar um vídeo do crime, obtido de uma câmera nas imediações. Conforme o vídeo, em menos de dois segundos, assim que chegou até o quiosque no parque, o policial atirou no menino, que foi deixado sangrando no chão por quatro minutos sem prestarem socorro. Até que apareceu um agente do FBI da área e providenciou atendimento médico. Tamir morreu no hospital no dia seguinte.

Enquanto isso, o chefe de polícia de Cleveland, Calvin Williams, joga a culpa do crime sobre os pais que deveriam “ensinar sobre o perigo das armas, sejam reais ou fake”.

Menos Juros, Mais Educação: UMES participa de manifestação contra a política de juros altos

Convocada pelas Centrais Sindicais CGTB, Força, UGT e NCST, a manifestação contra os juros altos nesta terça-feira (02) reuniu entidades do movimento sindical, social e estudantil em frente à sede do Banco Central (BC). A diretoria e ativistas da UMES se somaram ao ato, com o lema: Mais Educação, Menos Juros.

A manifestação foi marcada para o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) BC, que no dia seguinte (quarta, 03) aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano – a segunda alta seguida em 38 dias.

 Além dos representantes das centrais sindicais, a manifestação contou com a presença de diversas lideranças do movimento social, como o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), Alfredo de Oliveira Neto; a secretária-geral da UNE, Iara Cassano; o presidente da UMES, Marcos Kauê; a presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Gláucia Morelli; e o presidente da Federação dos Agentes Comunitários de Saúde, de Combate a Endemias, de Proteção Social, Promoção Ambiental e Acompanhantes Comunitários do Brasil (Fenaac), José Roberto Prebill. O Partido Pátria Livre (PPL) e o Solidariedade (SSD) também compareceram.

Puxando o ato, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, afirmou que “somente nos últimos 12 meses, R$ 280 bilhões foram transferidos aos bancos através de pagamento de juros, estabelecidos pelo próprio governo, em prejuízo da educação, da saúde, saneamento, transporte e outras necessidades básicas da população”.

Na avaliação do presidente da UMES é preciso continuar nas ruas pela redução da taxa de juros: “Nós estamos aqui hoje em uma grande luta para barrar esse aumento dos juros. Os banqueiros estão roubando a grana do povão, por isso que falta casa, saúde e educação. Nós estamos aqui e vamos estar aqui quando for necessário para derrubar essa taxa de juros”.
O dirigente da CGTB denunciou a política que está sendo adotada o país, o povo e a Petrobrás. “Três dias depois da eleição o governo aumentou os juros. Aumentou a luz, em alguns lugares em 54%. E escalou para o ministério da Fazenda o Joaquim Levy, agente do FMI e funcionário de um banco. A Petrobrás está sendo assaltada. Para não ser preso, apenas um elemento se prontificou a devolver US$ 100 milhões. Entregar de volta o dinheiro que roubou para tentar alcançar a liberdade. Isso é só a ponta do iceberg. Aqueles que eram vestais da honestidade e da ética, na verdade, roubavam na calada da noite o nosso símbolo de eficiência, que é a Petrobrás, um orgulho nacional”, disse Bira.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, “temos que manter a unidade de ação do movimento sindical para defender uma política de redução dos juros e combater todas as medidas que prejudiquem os trabalhadores”.

 

Nos últimos 12 meses o pagamento de juros transferiu aos bancos R$ 280 bilhões.

 

Para o presidente da Nova Central Sindical Trabalhista de São Paulo, Luiz Gonçalves, Luizinho, a alta dos juros pode causar desemprego, diminuir a atividade produtiva e não conseguirá conter a inflação. “Entendemos que com a redução dos juros sobrará mais dinheiro para investir na infraestrutura, na saúde e no ensino, para sairmos da lanterninha dos países do BRICS (…) depois destas primeiras medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff e sua nova equipe econômica, manifestação como esta se repetirão com mais freqüência”, enfatizou o dirigente.

“Não podemos nós, trabalhadores, continuarmos com esses juros, um dos maiores do universo. Temos que ter juros baixos e mais empregos. Temos que ter valorização da indústria nacional. Temos que ter geração de emprego em toda a cadeia produtiva. Esse é o objetivo das Centrais”, destacou o diretor de Relações Sindicais da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Josimar Andrade.

Alfredo, do CNAB, ressaltou que “é a população negra que mais sofre com essa política, porque a cada ponto percentual de juros que o Banco Central aumenta são R$ 14 bilhões que deixam de ser aplicados na saúde, na educação, na moradia, no transporte. E é na periferia que o povo, em sua maioria negra, está sofrendo as consequências”.

 

No Rio de Janeiro, as entidades sindicais e do movimento social, além da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) também se reuniram na porta da sede regional do BC, exigindo uma política econômica que seja favorável ao Brasil e não ao capital financeiro internacional.

De acordo com manifesto assinado pelas várias entidades, “a taxa média de 2% de crescimento anual da economia nos últimos quatro anos é uma das menores da história do país. É fundamental estancar a sangria da especulação financeira para a promoção de uma política de retomada do crescimento; para melhorar a educação, a saúde, os transportes e a segurança pública; para pôr fim ao famigerado fator previdenciário; para que o povo e em especial a juventude tenham acesso a uma política relevante de cultura; para que o Brasil avance a uma efetiva igualdade racial e que acabe a odiosa discriminação à mulher, conquistando, na prática, o direito estabelecido na Constituição de trabalho igual salário igual”.