Craques da seleção brasileira de voleibol autografam bolas e camisas do JESP

Os craques da seleção brasileira de voleibol autografaram neste final de semana as bolas e camisas do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo. As equipes campeãs serão presenteadas com as bolas e camisas assinadas por Murilo e Lucão.

Nas fotos abaixo, Edenilde, coordenadora técnica de arbitragem do JESP ao lado dos craques no jogo do Sesi. 

 

Edenilde e Murilo

Edenilde e Lucão

México: denúncias revelam sequestro de mais 31 estudantes

A mãe de uma das sequestradas denunciou o crime à TV France24. Atos pela saída do presidente se ampliam por todo o México

 

Dois meses após o desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, a rede francesa de televisão France24 revelou outro sequestro de estudantes, desta vez em Guerrero, ocorrido em julho passado e que até agora só era comentado apenas no círculo dos familiares das vítimas.

A emissora denunciou, apresentando testemunhas, que mais esse crime, envolvendo 31 jovens, ocorreu na cidade de Cocula, vizinha de Iguala, onde foram sequestrados em setembro os normalistas até agora desaparecidos.

Embora diversas pessoas tivessem presenciado o sequestro, cometido em plena luz do dia na praça principal do município, nem eles, nem muito menos os familiares das vítimas queriam dar a conhecer o que aconteceu.

A repercussão nacional e internacional do que aconteceu com os 43 estudantes de Ayotzinapa animou a mãe de uma das jovens desaparecidas a dar seu depoimento à jornalista da France24, Laurence Cuvillier.

"Pegaram eles e não sabemos onde os levaram", continuou. Durante o transcurso e depois do sequestro, os bandidos avisaram os moradores de Cocula que matariam seus filhos se falassem do caso.

O silencio coletivo foi fruto do terror espalhado pela descontrolada cumplicidade criminosa entre as policiais locais e o narcotráfico, que opera com impunidade na região, e está se espalhando pelo México. Embora os sequestradores vestissem máscaras, carregaram os estudantes da escola secundarista em carros policiais que nem sequer se tomaram o trabalho de camuflar, assinalou France24.

A repressão brutal do Estado não é novidade nessa região do país: em 12 de dezembro de 2011, a polícia assassinou dois estudantes que protestavam contra as condições da escola para professores de Ayotzinapa, em um tiroteio que deixou mais de 20 feridos.

O sequestro em massa de Ayotzinapa foi a gota d’água que transbordou a revolta.

Na noite de 26 de setembro, a polícia de Iguala reprimiu criminosamente grupos de normalistas de Ayotzinapa, atacando os ônibus nos quais viajavam para protestar contra um ato presidido pelo prefeito, José Luis Abarca, e sua esposa e para recolher fundos para viajar à Cidade do México com o objetivo de reivindicar melhores condições de ensino.

Entregues a narcotraficantes que atiraram inclusive contra um ônibus que transportava uma equipe de futebol, a chacina teve um saldo final de seis mortos, dezenas de feridos e 43 normalistas desaparecidos. Ao que tudo indica, por ordens de um dos chefes do grupo criminoso Guerreiros Unidos, os corpos foram carbonizados, triturados e recolhidos em sacos, depois lançados nas águas do rio San Juan.

As manifestações nas últimas semanas ocuparam as ruas e as praças do país pedindo justiça, exigindo a renúncia do presidente Enrique Pena Nieto e do governo federal porque nos dois meses que se passaram não resolveu nada a não ser defender os policiais criminosos. A consigna que soa no país inteiro é: "Vivos os queremos!" Representantes de mais de uma centena de organizações sociais e sindicais concordaram em convocar uma manifestação nacional para 1º de dezembro, dia em que Peña Nieto cumpre dois anos na Presidência do México.

Não se conhecem ainda mais informações sobre os desaparecimentos dos 31 estudantes de Cocula. Mas, o crime hediondo que levanta o México e revolta o mundo não é um fato isolado. É a consequência da política anti-nacional de Peña Nieto, da subserviência aos monopólios dos EUA sob o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, Nafta, feito pelo PRI e pelo PAN, deixando a população à mercê de montadoras norte-americanas (que os mexicanos chamam de ‘maquiadoras’), com a agricultura destruída, e crescentes setores da população mal sobrevivendo com o ínfimo salário mínimo abaixo da linha de pobreza, caso único na América Latina, segundo a Cepal.

Quatro em cada dez mexicanos não conseguem dinheiro para pagar por uma cesta básica, e quase 60% dos empregos, de acordo com a OIT, são informais. Não há seguro-desemprego, nem programas de renda mínima, sendo que 40% dos habitantes estão abaixo da linha de pobreza e 13% são indigentes. Mais de 75% da população não tem cobertura previdenciária. Nem em milho, produto básico na alimentação dos mexicanos, o país é hoje auto-suficiente.

 

Desnacionalização do ensino foi intensificada nos últimos quatro anos

Nestes quatro anos de governo, 59 transações de fusões e aquisições de instituições de ensino superior foram realizadas pelo capital internacional, segundo relatório divulgado pela CM Consultoria

 

O processo de desnacionalização e monopolização do ensino superior privado brasileiro se agravou nos últimos quatro anos. Até o primeiro semestre de 2014, o país atingia a bagatela de 2.561.420 de estudantes em universidades privadas entregues ao capital financeiro internacional, segundo demonstra o relatório elaborado pela empresa CM Consultoria, que elabora estudos para o setor.

Além do ensino privado estar cada dia mais desnacionalizado, ele também passa por um processo de monopolização. Segundo relatório “Fusões e Aquisições no Ensino Superior – Panorama 2007-2014”, atualmente, 1.091.486 de estudantes são tratados como mercadoria, a peso de ouro, pela Kroton/Anhanguera; 216.000 da Laureate e 325.166 da Estácio.

37 grupos dominam as mais de dois milhões de matrículas no setor privado desnacionalizado, os três grupos citados acima representam 63,74% dessas matrículas.

Entre 2001 e 2014, ocorreram 59 transações, entre fusões e aquisições. Neste período o capital financeiro internacional gastou R$ 7 bilhões para abocanhar as vagas nas universidades. No total (divulgado) entre 2007 e 2014 do que já foi gasto com a compra de universidades privadas brasileiras por outras também brasileiras e fundos de investimentos internacionais somam R$ 11.027.898.546 bilhões.

INÍCIO

 

O processo de desnacionalização das universidades privadas brasileiras começou em 2010. A exceção da venda de 51% das ações da Universidade Anhembi Morumbi para a multinacional norte-americana Laureate por cerca de R$ 2 bilhões, em 2005, até então a movimentação se dava na compra de instituições nacionais por outras também nacionais. A transação que marcou o começo do açambarcamento estrangeiro das instituições de ensino superior privadas foi a compra de parte do grupo Kroton pelo fundo especulativo Advent.

Após a entrada do fundo private equity no “mercado educacional”, deu-se início à corrida. A Kroton adquiriu então parte do Grupo IUNI e planejaram para os próximos anos a ampliação do que então veio a se mostrar, um negócio muito lucrativo para os fundos especulativos internacionais, em sua maioria norte-americanos.

Em 2010, as transações se iniciaram e no ano de 2011, os processos de fusões e aquisições alcançaram R$ 2,17 bilhões, sendo a Kroton responsável pelo maior montante – R$ 1,35 bilhão, ou seja, 62% da movimentação financeira das fusões e aquisições ocorridas foram ações da Kroton Educacional.

A principal ação da Kroton foi a compra da UNOPAR, instituição com maior índice de Ensino à Distância. Todas as transações realizadas em 2010 somaram R$ 2,07 bilhões.

Já em 2013, a operação que concretizou a fusão da Kroton com a Anhanguera foi avaliada em R$ 5 bilhões, na época com quase 1 milhão de matriculas criando a maior instituição privada de Ensino Superior do mundo.

No mesmo ano a Laureate comprou o Complexo Educacional FMU que reunia as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Faculdades Integradas de São Paulo (FISP) e Faculdades Integradas Alcântara Machado e Faculdade de Artes Alcântara Machado (FIAM-FAAM). A FMU foi a 12ª aquisição realizada pela múlti norte-americana desde 2005.

A compra de universidades por fundos de investimento estrangeiro se tornou um investimento sem risco, com lucro certo e inadimplência nula, visto que boa parte das matrículas são feitas pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – pelo qual o governo federal paga a faculdade e o aluno tem 18 meses para começar a devolver o dinheiro investido a longo prazo – No caso da Anhanguera, 40% das matrículas novas são a partir do Fies.

 

RECURSOS

 

Enquanto no governo Lula, a política para o ensino superior se dava principalmente pela ampliação da Rede Federal de Ensino e, em paralelo a isso, a criação do ProUni para garantir que uma parcela da população tivesse direito a cursar o ensino superior, enquanto as novas vagas das federais não fossem abertas, o que ocorre no governo Dilma é o oposto.

Ao invés do investimento público, foi dada a preferência ao subsídio direto às instituições privadas. Até mesmo o ProUni ficou escanteado, enquanto o Financiamento Estudantil, que injeta recursos diretamente nas privadas, fazendo com que os estudantes paguem este crédito aos bancos, é tido como a menina dos olhos para os sharks do ensino.

Programas como o Fies deram a Kroton 201,9 mil novas matrículas em graduações no 1º trimestre deste ano, representando um aumento de 15,1% ante o mesmo período do ano anterior. Em termos de rematrículas, os registros atingiram 390,2 mil alunos na graduação durante o 1º trimestre, alta de 29,7%.

A resposta do governo federal para a desnacionalização é dar cada vez mais incentivo. A Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) aprovou, no último dia 12, a Medida Provisória (MP) 655/14, que liberou mais R$ 5,4 bilhões para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Só neste ano já foram destinados ao programa, por meio de duas outras medidas provisórias, o valor de R$ 7,4 bilhões. 
A atuação sem controle do capital estrangeiro caminha na direção oposta ao que deve significar a universidade na educação brasileira e pode comprometer o desenvolvimento e o crescimento do país.

A desnacionalização do ensino reforça o caráter mercantil da universidade e tem como objetivo central a obtenção de super-lucros para serem remetidos às suas matrizes. Os alunos são tratados exclusivamente como mercadoria, tendo sua vaga, avaliada em moeda corrente. Como um grupo de investimentos como o GP Investiments que controla a AmBev e a Lojas Americanas pode entender alguma coisa de educação para controlar também a Estácio?

A partir do momento em que a Educação está voltada para interesses alheios aos do país, isto é, de quem tem como principal interesse o lucro, ela perde sua função. Afinal, para que serve a pesquisa científica, o desenvolvimento de tecnologias e de estudos de uma universidade, se não para atender ao seu próprio país?

Não é a toa que nos últimos anos tem sido política permanente das faculdades privadas entregues ao capital financeiro internacional a cobrança abusiva de mensalidades, a superlotação de salas de aula, a contratação de menos professores e com menos qualificação, nenhuma preocupação com produção científica, e o aumento desenfreado do ensino à distância – modalidade esta que demanda baixo custo de investimento e manutenção, e aumentou em 170 vezes nos últimos dez anos. Além disso, os cursos ofertados caem mais a cada ano nos conceitos do MEC.

Por fim, podemos compreender o porquê de este governo ser tão contra os 10% do PIB para a Educação Pública.

 

Por MAÍRA CAMPOS

Hora do Povo

Cinema no Bixiga apresenta série de quatro filmes sobre processos eleitorais

O Cinema no Bixiga apresentará, durante os próximos quatro sábados, uma série de filmes que trata sobre eleições e marketing eleitoral. O primeiro deles, a ser exibido neste sábado (29) é "A Crise é o Nosso Negócio" (2005), de Rachel Boynton, um documentário sobre as eleições presidenciais de 2002 na Bolívia, e as táticas utilizadas por uma empresa americana, contratada pelo candidato Gonzalo Sanchez de Lozada para derrubar as intenções de voto dos outros candidatos (entre eles, Evo Morales).

 

 

 

As sessões acontecerão às 17 horas, no Cine Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. A entrada é gratuita e não haverá reprise.

 

Informações: 3289-7475 

 

JESP: Definidos os finalistas da regional Sul

Os jogos masculinos da região Sul ferveram no Clube Atlético Indiano nesta quarta-feira (26).

A EE México é finalista do futsal masculino, depois de ter disputado com os meninos do Samuel Wainer, de quem ganhou por 9 a 8; e com o Luís Magalhães, por 3 a 2.

Apesar de não ter passado no futsal, o Luís Magalhães levou a melhor. No jogo com o Clarisse Seiko goleou por 23 a 6 e contra o Sussumo Hirata não foi diferente, levando por 19 a 7.

No voleibol, foram os meninos do Leopoldo Santana que se classificaram, depois de ter passado pelo México e pelo José Vieira de Moraes.

Em primeiro lugar no xadrez masculino ficou a EE José Vieira de Moraes; e no feminino mais uma conquista pro Leopoldo Santana.

 

Veja a tabela abaixo: 

 

 

 

Veja as escolas classificadas da etapa regional Oeste do JESP

A emoção estava garantida na etapa regional oeste do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP). Nesta terça-feira (25), as partidas se iniciaram com o pessoal do Hand masculino no Piritubão, com o Solimeo vencendo o Ubaldo Costa Leite por 7 a 4. O segundo jogo entre o Joaquim Luis de Brito e o Ítalo Betarello foi disputadíssimo, com o Brito levando a melhor por 13 a 11. Na decisão pelo primeiro lugar entre Solimeo e Brito, o Brito arrancou a vitória por 12 a 9.

No Futsal, os meninos do Olinda Leite são os finalistas, passando pelo Gavião Peixoto (3 a 1) e pela bela disputa nos pênaltis a ETEC Basilides (4 a 4 (3 a 4)).

O classificado do voleibol masculino é a EE Gavião Peixoto, depois de jogar com a ETEC Basilides ( 2 a 0) e com a EE Carlos Lacerda (também por 2 a 0).

Nos jogos de Xadrez, a classificação ficou o Alexandre Von Humboldt no masculino e com a ETEC Pirituba no Feminino.

Veja abaixo a tabela de classificação da zona oeste:

 

 

Acompanhe os jogos masculinos da etapa regional Centro Norte do JESP

Nesta segunda-feira (24) a quadra ferveu nos jogos masculinos da etapa regional Centro Norte do JESP. No futsal, os meninos da EE Presidente Roosevelt garantiram a vaga na final municipal, passando pela EE Alcântara Machado (por 3×1) e pela EE Gustavo Barroso na disputa pelo primeiro lugar (por 5 X 0).

O Handebol começou com a disputa entre EE Brasílio Machado e EE Guilherme de Almeida, e quem levou a melhor foram os meninos do Brasílio, por 3 a 2. A segunda partida foi pura emoção, com a EE Buenos Aires balançando a rede 18 vezes contra o Conde José Vicente, que só fez 3 gols. Os meninos do Buenos não deixaram a disputa pela classificação para a etapa municipal por menos, que ganharam de 17 a 2 da equipe de hand do Brasílio.

No voleibol, quem levou a melhor e disputará a etapa municipal pela região é a equipe masculina da EE Conde José Vicente de Azevedo, não sem antes passar pelo Instituto Federal e pelo Albino César.

Veja abaixo a tabela de pontos e classificação da última etapa da região: 

 

Capoeira é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu, nesta quarta-feira (26) em Paris, a Capoeira, uma das manifestações artísticas mais tradicionais do Brasil, como Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade.

Ao som do berimbau, a capoeira mistura luta, dança e já foi levada para mais de 100 países.

“Nós estamos muito emocionados porque a capoeira, criada pelos escravos, proibida, interditada no Brasil por muitos anos, hoje é um patrimônio da humanidade, reconhecida pela Unesco e presente em vários países do mundo”, diz Jurema Machado, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O reconhecimento da Unesco é a prova maior da força da tradição que resiste aos séculos sem perder as raízes, cada vez mais popular.

Hoje praticada por milhões de pessoas no Brasil e no mundo, a capoeira passou por períodos de proibição e perseguição desde a época colonial até início do século XX, quando deixou de ser classificada como contravenção penal. Somente após a Revolução de 30, que a capoeira deixou de ser ilegal. Foi, mais precisamente, em 9 de julho de 1937 que Manuel dos Reis Machado – mais conhecido como Mestre Bimba – conseguiu o registro para a primeira academia no país reconhecida pela Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública com o apoio do então presidente Getúlio Vargas.

“A Capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional”, disse o presidente Getúlio, durante uma apresentação de Mestre Bimba e seus alunos no palácio do Governo em Salvador, em 23 de julho de 1953. A partir daí, a capoeira ocupou academias, universidades, escolas, praças e ganhou o mundo com sua magia e filosofia. 

 

 

 

Para tornar a prática da capoeria cada vez mais popular, a UMES realiza, sob o comando do professor-instrutor Pavio, aulas gratuitas de capoeira na sede da entidade. A criação do grupo foi definida no último congresso da UMES e pretende apresentar a capoeira – uma das maiores representações da cultura nacional – aos estudantes da cidade inteira. 

“Estudar e praticar capoeira é manter viva e resgatar nossa cultura e a nossa identidade. O nosso grupo na UMES se propõe, além de oferecer as aulas gratuitas, a ser a porta de entrada para que a capoeira seja uma prática comum dentro das escolas”, explica Pavio. 

As aulas são gratuitas e acontecem na sede da entidade todas as segundas e quartas – das 19h30 às 21h; Terças e Quintas – das 14h às 15h30; e aos Sábados das 13h às 15h. Participe você também!

 

Os Azeredo mais os Benevides é finalista no prêmio APCA como melhor espetáculo

Os críticos da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), indicaram a peça “Os Azeredo mais os Benevides”, de Oduvaldo Viana Filho, ao prêmio de melhor espetáculo do segundo semestre de 2014.

 

O texto, escrito em 1964, ganhou sua primeira montagem no Teatro Denoy de Oliveira, dirigido pelo Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) neste ano, sob a direção do talentoso João das Neves.

Como lembra o diretor parceiro de Vianinha e muitos outros no antigo CPC da UNE, a peça iria inaugurar em 1964, com a trilha musical sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança” especialmente para o espetáculo. No entanto, o golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse, já que o prédio da UNE foi incendiado na madrugada de 1º de abril. 50 anos depois, o desafio de trazê-la à luz foi completado, no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do antigo CPC. A trilha, iniciada por Edu Lobo, foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Com um elenco de 20 atores, o espetáculo teve duas temporadas e, segundo afirmou o crítico de teatro Wellington Andrade, “cinqüenta anos depois de escrita, ainda tem muito o que dizer ao Brasil”.

As outras peças finalistas na categoria de melhor espetáculo são: O Homem de La Macha, dirigido por Miguel Falabella, e Pessoas Perfeitas, de Rodolfo Garcia Vázquez.

 

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

MAIS EDUCAÇÃO, MENOS JUROS: Entidades convocam ato contra a política de juros altos

Um manifesto assinado pela UMES e por outras entidades do movimento sindical, estudantil, do movimento de mulheres e de negros convoca, para o próximo dia 02 de dezembro, um ato em frente à sede de São Paulo do Banco Central para exigir a redução dos juros. Confira abaixo a convocação na íntegra. 

O governo Dilma estabeleceu a maior taxa de juros do mundo, que desvia recursos públicos para meia dúzia de bancos e fundos financeiros, enquanto a economia está estagnada, o desemprego industrial e o subemprego se alastram e os serviços públicos se deterioram a olhos vistos.

Apenas nos últimos 12 meses, o governo federal forçou o setor público a transferir aos bancos R$ 280,793 bilhões em juros, sendo que somente de janeiro a setembro, foram torrados R$ 209,143 bilhões (5,53% do PIB). Cada ponto percentual de aumento na taxa básica de juros (Selic) significa um gasto a mais de R$ 14 bilhões com juros, o equivalente ao orçamento de 2014 (R$ 15 bilhões) do programa Minha Casa, Minha Vida.

Esse dinheiroduto dos cofres públicos (governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais, exceto Petrobrás e Eletrobrás) para o setor rentista é o principal entrave para uma política de crescimento. A indústria, setor mais dinâmico da economia, definha dia após dia e a recessão – “crescimento negativo” em três dos últimos quatro trimestres – é uma dura realidade.

A taxa média de 2% de crescimento anual da economia nos últimos quatro anos é uma das menores da história do país. É fundamental estancar a sangria da especulação financeira para a promoção de uma política de retomada do crescimento; para melhorar a educação, a saúde, os transportes e a segurança pública; para pôr fim ao famigerado fator previdenciário; para que o povo e em especial a juventude tenham acesso a uma política relevante de cultura; para que o Brasil avance a uma efetiva igualdade racial e que acabe a odiosa discriminação à mulher, conquistando, na prática, o direito estabelecido na Constituição de trabalho igual salário igual.

No próximo dia 2 de dezembro, às 10 horas, vamos à porta do Banco Central exigir a imediata redução da taxa de juros. Com o aumento na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a taxa básica real de juros ficou em 4,46%. A média internacional é negativa (-1,5%). Só existem seis países no mundo em que a taxa é maior do que 1%. Não há razão nenhuma para que o Brasil continue como campeão mundial dos juros, a não ser que o objetivo seja entupir o cofre dos bancos e manter a economia no chão.

Pelo crescimento, por mais empregos, mais salários, mais saúde, mais creches e mais educação, REDUÇÃO DOS JUROS, JÁ!


Assinam esta nota:

 

União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES)


Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)


Confederação das Mulheres do Brasil (CMB)


Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB)

Dia: 02/12/2014 – 10 horas
Local: Banco Central do Brasil 
Av. Paulista, 1.804, São Paulo-SP