“O interesse cultural dos brasileiros alimentou o sucesso da mostra”, afirma Bogdasarov

No encerramento da mostra Mosfilm – 90 Anos, o presidente do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (CPC-UMES), Gabriel Alves, destacou que "foram 7 dias, 10 filmes que não haviam sido exibidos no Brasil, apresentando diversas linguagens, comédia, ficção, documentários". "Tudo isso foi fruto da parceria do Mosfilm com o CPC, que se manifestou na Mostra, mas se desenvolve muito maior, envolvendo o lançamento de 18 filmes da Mosfilm em DVD. Uma parceria que deve ser ampliada. Já foram iniciadas conversações e, com certeza, virão outras atividades conjuntas".

"A Mostra foi um sucesso, mais de mil pessoas passaram pela Cinemateca durante estes 7 dias", finalizou Gabriel, agradecendo à Mosfilm, à Cinemateca e a todos que contribuíram pelo sucesso da atividade.

Assim que chegou a Moscou, o vice-diretor-geral do estúdio Mosfilm, Igor Bogdasarov, que veio ao Brasil para representar o Mosfilm durante a Mostra, concedeu entrevista a Elena Fedotova, publicada no site da Mosfilm e traduzida e reproduzida abaixo. Na entrevista, Bogdasarov destaca o interesse revelado pelo público brasileiro e uma capacidade dos brasileiros de se identificar com os filmes assistidos. "A sala reagia como se o filme estivesse sendo exibido na Rússia", afirmou o diretor do Mosfilm.

O diretor do Mosfilm também destacou a diversidade dos filmes apresentados que incluíram obras dos mais conhecidos e consagrados diretores do cinema russo e soviético, entres eles Eisenstein, Pudovkin, Panfilov, Gaidai, Mikhail Romm e Karen Shakhnazarov, diretor-geral do estúdio Mosfilm.

 

 

Na Cinemateca de São Paulo foi realizada uma mostra dos melhores filmes do MOSFILM em comemoração aos 90 anos do Estúdio. Os espectadores brasileiros puderam assistir filmes como "O tigre branco", de Karen Shazhnazarov; "Às seis da tarde depois da guerra", de Ivan Pyryev; "Primavera", de Grigori Aleksandrov; "O retorno de Vassily Bortnikov", de Vsevolod Pudovkin; "A mãe", Buy antidepressants online inexpensively from an international pharmacy "Doze cadeiras", de Leonid Gaidai; "Lenin em Outubro" e "O fascismo de todos os dias", de M khail Romm; "Sonhos", de Karen Shakhnazarov e Aleksandr Borodyansky; "O Velho e o Novo", de Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov. O MOSFILM destacou para acompanhar o evento o vice-diretor-geral Igor Bogdasarov.

 

ELENA FEDOTOVA

 

Elena -Igor, como foi recebido o cinema russo-soviético no Brasil?

 

Igor – Os espectadores brasileiros conhecem bem o cinema soviético. Naquela época, na América Latina exibiam regularmente nossos filmes, na Cinemateca de São Paulo foram preservados alguns dos nossos originais. E eu tive a impressão de que a vontade de ver o cinema russo se manteve. Os intelectuais brasileiros entendem que não é suficiente mostrar apenas o cinema norte-americano, que é necessário ver todas as faces do cinema. O interesse na cinematografia russa e na cultura como um todo é o potencial que alimentou o sucesso dos dias do MOSFILM em São Paulo.

 

Elena – Pelo que estou sabendo, o programa oficial não se limitou às mostras de cinema…

 

Igor –No marco da Semana do MOSFILM foram também organizadas duas atividades oficiais. Uma no Consulado Geral da República Russa em São Paulo, e outra no Ministério da Cultura do Brasil em São Paulo. Nelas participaram o Cônsul Geral da Rússia em São Paulo, Konstantin Sergueievich Kamenev, o presidente do Centro Popular de Cultura, Gabriel Alves, o representante do Ministério da Cultura do Brasil em São Paulo, Valério Bemfica, e muitos outros.

Como já disse, no Brasil existe hoje um grande interesse na cultura russa, por isso alguns meios de comunicação organizaram entrevistas – o jornal Hora do Povo, a Revista Cult, o site de internet da organização estudantil UMES e outros. O Sindicato de Técnicos de Cinema (Sindcine), por exemplo, organizou um debate durante o qual sentimos o enorme interesse dos participantes em relação ao MOSFILM. Cada um buscava conseguir o máximo de informação sobre o trabalho do estúdio.

 

Elena – Qual foi o principal público na Mostra?

 

Igor – Espectadores preparados e interessados na arte do cinema. Apesar de que os únicos espectadores russófonos na Mostra, além de mim, eram os membros e funcionários do Consulado, a sala reagiu como se a exibição acontecesse na Rússia, sentindo com sutileza os momentos trágicos e cômicos. Participaram da mostra na Cinemateca pessoas dos mais diferentes setores: representantes de sindicatos de trabalhadores, por exemplo, estudantes…

 

Elena – Segundo que critérios se realizou a escolha das películas exibidas?

 

Igor – Os organizadores se esforçaram por escolher filmes incomuns, com uma história complexa. Por exemplo, "A Linha Geral" foi filmado por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov. Stalin não gostou do resultado, e Serguei Eisenstein perdeu o interesse no filme. Aleksandrov fez uma remontagem e o nome "Velho e Novo" foi dado por Stalin. O filme ficou meia hora mais curto, o final foi mudado, alguns planos foram alterados de lugar – em suma, ele sofreu uma modificação. Porém, a bilheteria da versão de Aleksandrov não teve grande sucesso. E há ainda "O Retorno de Vassily Bortnikov", o último filme de Vsevolod Pudovkin. "Primavera" é o primeiro filme em que aparece o logotipo do MOSFILM. A película "Lenin em outubro" realizou-se para os 20 anos de Outubro e foi o primeiro filme em que Lenin fala. "Às seis da tarde depois da guerra" foi feito em 1944, um ano antes da Vitória. Enquanto a película de Ivan Pyryev era filmada aqui, no MOSFILM, ao mesmo tempo, Serguei Eisenstein trabalhava na Ásia central, no filme "Ivan o terrível". Em uma palavra, os organizadores da mostra buscaram abranger toda a história soviética e pós-soviética do cinema nacional.

 

Elena – Os gêneros também foram apresentados em sua diversidade?

 

Igor – Sim, e às vezes esta escolha foi muito inesperada. A novela de Máximo Gorky, "A mãe", é um clássico do realismo socialista, mas os organizadores da semana do MOSFILM no Brasil escolheram, ao invés da primeira versão, de Vsevolod Pudovkin, a variante de Gleb Panfilov, de 1989. O filme "As 12 cadeiras", de Leonid Gaidai, é um clássico da comédia soviética, e o longa "Sonhos", de Karen Shakhnazarov e Aleksandr Borodyansky, é uma comédia satírica que versa totalmente sobre outro assunto, da época pós-soviética.

Da mesma forma, na Mostra foram apresentados três filmes sobre a guerra. "O tigre branco", de Karen Shakhnazarov, é um filme místico. "Às seis da tarde depois da guerra", de Ivan Pyryev, é um musical e "O fascismo de todos os dias", de Mikhail Romm, é um longa-metragem documental, também muito pouco comum. Quando o filme "Lenin em Outubro" foi às telas, muitos diretores se relacionaram com ele com ceticismo, pela abordagem romanceada do filme sobre a revolução. Dizem que isso magoou muito Mikhail Romm e, por isso, ele quis fazer um filme sobre a guerra sobre cuja veracidade ninguém pudesse duvidar. Romm pegou materiais autênticos, por exemplo, fotografias que pertenciam a alemães feridos e a soldados mortos. Eles levavam fotos espantosas nos bolsos das camisas, considerando isso como algo normal, o que os caracterizava. A estréia do filme aconteceu em Leipzig. Embora a Alemanha naquela época fosse um país amigo da URSS, a sessão foi pesada. Contam que alguns espectadores reconheceram seus parentes e pessoas próximas tanto entre os mortos, como entre os verdugos. Depois que o filme acabou, por cerca de 10 minutos as pessoas ficaram sentadas em silêncio. Mikhail Romm admitiu que seu objetivo principal havia sido chocar o espectador, e ele escolheu o método de combinar cenas de tempos de guerra e de paz.

 

Elena – Quem organizou o evento? E quem selecionou os filmes?

 

Igor – A Mostra foi organizada pelo Centro Popular de Cultura da União Municipal de Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES).

Gostaria de agradecer especialmente a sua equipe. Eles poderiam ter escolhido filmes de percepção simples, mas fixaram-se nos mais significativos. A seleção dos filmes foi feita pela jovem direção, mas em torno deles há verdadeiros especialistas, preparados para divulgar o cinema soviético e russo.

 

Assista abaixo a cobertura da abertura da mostra: 

 

(Clique para assistir)

 

 

CPC-UMES lança loja virtual de filmes soviéticos

O Centro Popular de Cultura da UMES lançou nesta semana a loja virtual da CPC-UMES Filmes, que comercializará DVD’s de filmes russos inéditos no país, além de produções próprias.

A licença para comercialização dos DVD’s da chamada “Série Soviética” foi fruto de uma parceria com o Mosfilm, maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

Serão 18 filmes, sendo a maioria inédita nos cinemas e televisão brasileira. Entre os já disponíveis estão: Lênin em Outubro (1937), Volga-Volga (1938), Tratoristas (1939) e Circus (1936).

 

Acesse a loja virtual do CPC-UMES Filmes:

 

www.cpcumesfilmes.org.br

 

Confira entrevista com Bernardo Torres e Susana Santos, do CPC-UMES Filmes.

 

CPC-UMES anuncia lançamento em DVD da série “Cinema Soviético”

entrevista publicada na Hora do Povo

A cinematografia soviética posterior aos anos 20, quase desconhecida no Brasil, finalmente chega ao país com o lançamento pelo CPC-UMES (Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) da série em DVD "Cinema Soviético".

Após uma negociação de mais de um ano com o estúdio Mosfilm e a ida à Rússia dos representantes do Núcleo de Cinema do CPC-UMES, Bernardo Torres e Susana Lischinsky, o contrato de licenciamento para a distribuição em DVD no país foi fechado.

O Mosfilm existe há 90 anos e tem mais de 2.500 filmes em seu acervo. O contrato com o CPC-UMES para a distribuição de DVDs é o primeiro firmado pelo estúdio com uma instituição no Brasil.

 

HP –De onde veio a ideia do CPC da UMES de lançar em DVD uma série dedicada ao cinema soviético?

Bernardo –É uma ideia antiga, que foi reforçada pelas sessões que temos realizado aos sábados, já há dois anos, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira. No Brasil, há um conhecimento mediano e possibilidades de acesso em DVD, ainda que com cópias precárias, à cinematografia soviética dos anos 20: Eisenstein, Pudovkin, Kuleshov, Vertov, etc. Mas há um desconhecimento quase completo sobre o que veio depois, particularmente sobre a produção dos anos 30, 40 e primeira metade da década de 50. Desconhecimento que alimenta o mito de que é uma produção de baixo teor artístico.

 

HP –E não é?

Bernardo –Claro que não. O problema é que do ponto de vista do sistema capitalista ela é mais corrosiva e mais difícil de ser assimilada. Primeiro por ser cinema falado, cujas possibilidades expressivas são superiores às do cinema mudo. Segundo porque o muito combatido e pouco conhecido realismo socialista, ao se libertar dos excessos expressionistas presentes na estética anterior, tornou-se mais capaz de lidar com a complexidade humana.

 

HP –Os filmes não são simplistas, dogmáticos?

Susana –Não, são profundos, comoventes, verdadeiros. E é preciso vê-los, pois não fica bem formar juízos a partir de preconceitos.

 

HP –Como vocês acharam esses filmes?

Susana –Inicialmente, garimpando. Depois abrindo uma longa negociação com o Mosfilm, que durou mais de um ano, com e-mail para lá e para cá, até que nos convidaram a dar uma chegada até Moscou. O Mosfilm é hoje o maior estúdio de cinema da Europa. Existe há 90 anos. Tem em seu acervo mais de 2.500 filmes, a maioria realizados nesse período em que, como dizem os sabidos, "se parou de fazer cinema na URSS". O estúdio está dirigido desde 1998 por Karen Shakhnazarov, um cineasta de obra sólida, criativa e coerente. Em 2012, "Tigre Branco", filme dirigido por ele, recebeu indicação para o Oscar de melhor filme estrangeiro.

 

HP –E o resultado das conversas em Moscou, foi dentro do previsto?

Bernardo –Foi até melhor. Fechamos um contrato para o licenciamento de 14 filmes que vamos lançar durante este ano. Licenciar é importante, porque nos garante o acesso à matriz original ou restaurada, em ambos os casos a uma matriz analógica. Tem muito DVD no mercado que é cópia da cópia. E o cara que faz essa lambança, copiar um arquivo que já está comprimido, vende assim para a loja, que por sua vez repassa ao público. Ele não está nem aí para a licença, que lhe daria a chance de oferecer um produto com melhor acabamento. Esta é a medida do respeito que tem pela arte, pelo público, pelos autores e produtores das obras – e também por si próprio.

 

HP –Que obras o Mosfilm licenciou para o CPC-UMES?

Susana –Se declinarmos todas, você não vai precisar nos entrevistar das outras vezes [risos]. E necessitamos muito deste apoio em cada lançamento. Em março vamos lançar os dois primeiros da série: o épico "Lenin em Outubro" (Mikhail Romm, 1937) e a comédia musical "Volga,Volga" (Grigory Aleksandrov, 1938). Além de outras obras desses diretores, há o filme de estreia de Chukhray, conhecido no Brasil pelo clássico "A Balada do Soldado" (1959). Obtivemos também o último trabalho do lendário Vselvolod Pudovkin, realizado em 1953, filmes de Ivan Pyriev, Mikhail Chiaureli, Yuri Ozerov e a versão de 1989 de "A Mãe" (Gleb Panfilov).

 

HP –E esses DVDs vão custar quanto?

Bernardo – Nos lançamentos vamos vender o DVD simples a R$ 21,00 – no pacote há um duplo e um triplo, cujo preço estamos estudando.

 

HP –Não está caro?

Bernardo –Está. Mas, por incrível que pareça, o custo mais alto que temos em toda a cadeia (pesquisa, licença, legendas, artes e textos externos/internos, autoração, fábrica) é a taxa da Ancine (Agência Nacional de Cinema). Ela nos cobra pelo direito de comercializar em DVD um clássico soviético inédito no Brasil o mesmo que a Disney/Buena Vista paga pelo "Homem de Ferro". É absurdo, porque a Ancine cobra por título e não pela quantidade de cópias produzidas, o que equivale a criar uma reserva de mercado para os blockbusters.

 

HP –Não há exceção para produtos culturais?

Susana –Cultura, Ancine, fala sério… [risos]

 

HP –Nem para a produção dos BRICS?

Susana –Só para o Mercosul, e com visível má vontade. Eles fecham o mercado para cinematografias poderosas como as da Rússia, Índia e China. Em compensação o filme brasileiro nem sente o cheiro daqueles mercados gigantes. A Ancine sempre agiu como uma operadora da Alca, se deixando comandar pelas majors americanas, mesmo quando a política externa brasileira caminhava noutra direção.

 

HP –E vocês não vão solicitar nenhum licenciamento ao Mosfilm sobre a produção da década de 20 e a produção mais recente?

Bernardo –A produção mais recente está nos nossos planos. A mais antiga vai entrar se as cópias aqui não melhorarem. O fato é que até agora só a UMES tem contrato de licenciamento para distribuir em DVD no Brasil a produção do Mosfilm.

3º JESP: veja as partidas emocionantes de futsal na regional Leste da cidade

A segunda-feira (17) começou fervendo com o Futsal na regional Leste do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo. Primeiro, as meninas com a bola no pé deram um show na ETEC de Esportes e a EE Dom Miguel Kruse conquistou a fase regional depois de passar pelo Mario Reys e pela República do Suriname. Na partida que definiu a escola campeã, as atletas do Dom Miguel balançaram a rede 3 vezes contra 1 gol das adversárias, da República do Suriname.

 

 

O Futsal masculino começou com o Barro Branco batendo a escola Recanto Verde do Sol por 6 a 3. O segundo foi uma super partida, com o Mario Reys goleando o Caetano Mielle em 8 a 2!

Na disputa pelo terceiro e quarto lugar, o Recanto Verde do Sol levou a melhor contra o Miele, nos disputados 5 a 4.

Mas com muita emoção, o Barro Branco derrotou o Mario Reys e conquistou o título de campeão regional e representante da Leste nas grandes finais. Igualmente disputado, o jogo ficou em 5 a 4.  

 

Veja abaixo a tabela com os resultados do dia: 

 

 

 

Confira como foi a regional Oeste do 3º JESP

O dia ferveu no Piritubão nesta terça-feira (18), nas primeiras partidas regionais Oeste do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo.

Tudo começou com belíssimas partidas do Handebol feminino. A EE Gavião Peixoto balançou a rede 6 vezes contra o João Solimeo, que não deixou por menos e fez 4 gols.

Disputado mesmo foi o segundo jogo, entre a ETEC Jaraguá e a EE Zuleika de Barros. As meninas do Zuleika levaram por 8 a 7.

Emoção mesmo foi a disputa pela final municipal. Gavião Peixoto fez nada mais, nada menos que 12 gols encima do Zuleika, e agora representará a região nas grandes finais.

Mas a boa maré da escola não para por aí: na modalidade de Futsal as meninas do Gavião também vieram preparadíssimas e conquistaram a etapa municipal também, passando pela ETEC Basilides de Godói (por 5 a 3) e pela EE Ubaldo Costa Leite (3 a 2).

No voleibol, Solimeo levou a primeira por 2 a 0 contra o Basilides, mas na final perdeu para o Padre Manuel da Nóbrega, que estava com a bola toda e já havia ganho por 3 sets a 0 do Gomide. Padre Manuel levou por 2 a 0 do Solimeo e está na final regional. Parabéns às campeãs!

 

Veja a tabela de resultados da regional oeste abaixo: 

 

 

Acompanhe as primeiras partidas do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo

E a bola rolou! A primeira partida do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo aconteceu no Pacaembu, nesta segunda-feira (17), com as escolas da regional Centro Norte.

A primeira disputa foi das meninas no futsal, que bateram um bolão. A EE Domingos Quirino levou a melhor, fazendo 4 gols encima da EE Presidente Roosevelt, que não passou em branco e balançou a rede duas vezes. A segunda partida, entre a EE Guilherme de Almeida e a EE Roldão de Lopes Barros também foi emocionante. Quem levou essa foram as garotas do Guilherme de Almeida, marcando 7 lindos gols, contra o Roldão, que não deixou por menos e quase empatou, com 6 gols.

Na grande final regional, o Quirino marcou 9 gols contra o Guilherme de Almeida, que não balançou a rede. A escola campeã representará a região na final municipal. Parabéns às meninas do Quirino!

Roosevelt e Roldão disputaram o terceiro e quarto lugar, e o Roosevelt a melhor por 4 a 1.

A rede também balançou no Pacaembu na modalidade do Handebol feminino. EE Alberto Cardoso e ETESP disputaram bem, mas a primeira ganhou por 7 a 6. No segundo jogo a EE Conde José Vicente marcou 15 lindos gols encima do Roosevelt. Mas na final regional da modalidade quem levou a melhor foram as meninas do Cardoso por 7 a 2 encima do Conde.

No voleibol quem deu show foi a EE Albino César, que passou pelo Conde (2 a 0) e pelo Instituto Federal (2 a 0) e está na grande final regional. Conde e Buenos Aires disputaram o terceiro e quarto lugar, mas o Conde levou a melhor.  

 

Veja abaixo a tabela com resultados e gols da regional Centro Norte: 

 

 

Mais fotos: 

 

 

Câmara aprova mais R$ 5,4 bi para o financiamento de vagas em instituições privadas de ensino

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) aprovou, no dia 12, a Medida Provisória (MP) 655/14, que libera R$ 5,4 bilhões para o ensino superior privado, em sua maioria já entregue ao capital internacional, através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). A MP ainda precisa ser analisada pelos plenários da Câmara e do Senado.

Só neste ano já foram destinados, por meio de duas outras medidas provisórias, o valor de R$ 7,4 bilhões para o Fies. O aporte de recursos financeiros à rede privada de ensino, que, em sua maioria foi desnacionalizada, se intensificou durante o último período.

O programa financia a graduação em faculdades particulares. Podem ter acesso ao financiamento – que varia de 50% a 100% do valor da mensalidade – alunos com renda familiar bruta de até 20 salários mínimos. Os beneficiários começam a pagar a dívida 18 meses após o encerramento do curso.

Na prática o governo paga o curso antecipadamente e o estudante passa a dever para o banco. Ou seja, não existe risco algum para o capital privado.

Reitoria da USP dá início ao corte de três mil funcionários

Com PDV, Zago quer enfrentar crise financeira com arrocho, ao invés de exigir a ampliação do orçamento

 

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) deu início ao chamado Plano de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV), de servidores técnico-administrativos. Com o plano, o reitor da instituição, Marco Antonio Zago, pretende reduzir em cerca de três mil o quadro de funcionários concursados como forma de enxugar as despesas da universidade, descontando no corpo técnico da universidade, a política de arrocho dos tucanos para a Educação.

Inicialmente, o programa de demissão prevê a aposentadoria antecipada de 1,7 mil funcionários, com idade entre 55 e 67 anos. As inscrições para o PDV foram abertas na segunda-feira (17), e as rescisões ocorreram entre fevereiro e abril de 2015.

Se os funcionários aderirem ao PDV a USP pretende diminuir em 7% os gastos mensais com a folha. Para isso, a reitoria pretende gastar cerca de R$ 400 milhões com o plano.

Entre junho e setembro deste ano, a USP, em conjunto com a Unesp e a Unicamp, viveu a maior greve de sua história. Foram 116 dias de paralisação, contra as propostas de arrocho salarial, cortes do orçamento além da desvinculação do Hospital Universitário da USP (HU-USP), que transferia a gestão do principal hospital escola do país para uma fundação privada.

Os trabalhadores saíram vitoriosos da paralisação, com um reajuste de 5,2% e um abono de 28,6%, conquistados após decisão judicial, já que tanto a reitoria, quanto o governo estadual se mantiveram irredutíveis, com relação ao aumento de salário.

PISO SALARIAL

Além do PIDV, outra medida prejudica as condições da USP de manter a qualidade de ensino. Uma decisão de outubro do Supremo Tribunal Federal (STF) obrigará a USP a aplicar o teto salarial do Estado que é o salário do governador, R$ 20,662 mil mensais, com isso haverá uma redução no salário de 1.972 professores e funcionários. A redução salarial prejudica a manutenção dos professores mais qualificados na instituição, já que, estão inclusos na conta, os benefícios que os funcionários mais antigos conquistaram com o passar dos anos.

O STF determinou que devem ser incluídos no cálculo benefícios pessoais conquistados antes de 2003, quando o limite foi regulamentado por emenda à Constituição. Até a decisão de outubro, os benefícios conquistados por tempo de carreira, desempenho, títulos obtidos, acertadamente não eram considerados para o teto.

A maioria dos professores e funcionários da USP não recebe super-salários, a maioria já recebe menos que o teto salarial. Entre R$10 mil e R$15mil. É importante ressaltar que o desenvolvimento de pesquisa na principal universidade do país depende dessas pessoas. É um setor estratégico para o progresso do Estado e da Nação.

Isso já vem acontecendo na Unesp. Segundo Julio Cezar Durigan, reitor da UNESP já há docentes deixando a universidade. “Está difícil. O governador não tem interesse político em reajustar seu salário. Estamos perdendo gente muito boa”.

A questão é tão evidente que até mesmo Zago conseguiu notar. Segundo ele, as universidades federais, nas quais o teto passa de R$ 29 mil, poderão passar a receber parte dos docentes da USP. “Quando perceber que haverá limitação do teto, os jovens ficarão desestimulados a se dedicarem integralmente à USP”. “Na cidade de São Carlos, de um lado da rodovia, o teto é R$ 29 mil (UFSCar); do outro, R$ 20 mil. Faz diferença”, disse.

Outro ponto importante sobre os salários dos servidores, que comprova na verdade que não há salário de mais e sim de menos, está no caso dos médicos. O reitor Zago divulgou os salários dos médicos do Hospital Universitário com jornada de 24h semanais, como consta no contrato.

Entretanto, a reitoria da USP calunia os médicos e demais funcionários do Hospital da Universidade ao divulgar publicamente os salários como se a carga horária de médicos fosse de 24 horas semanais quando ele sabe que a carga horária mínima é de 36 horas semanais. Apesar do contrato ser de 24 horas, os funcionários do HU são obrigados a fazer hora extra de 12 horas semanais. Essa obrigatoriedade é causada pela falta de funcionários suficientes para atender uma demanda hipertrofiada.

Fonte: Hora do Povo

Mostra Mosfilm – 90 anos é encerrada nesta quarta-feira com “Tigre Branco”

O filme “Tigre Branco”, de Karen Shakhnazarov encerra nesta quarta-feira (19) a mostra “Mosfilm – 90 anos” na Cinemateca Brasileira.

A mostra, uma parceria do Mosfilm com o Centro Popular de Cultura da UMES, trouxe uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético. Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Veja o trailer do filme:

 

O longa também abriu a mostra na última quinta-feira (13). No lançamento esteve presente o vice-diretor-geral do Mosfilm, Igor Bogdasarov. Confira abaixo sua entrevista ao Hora do Povo.

 

HP – Como se sentiu ao abrir a mostra para os brasileiros?

Igor – O destino me colocou na condição de representar o Mosfilm num evento tão importante. E eu me senti não apenas como o representante do cinema russo, mas também do povo russo.

Uma responsabilidade muito grande, pois para mim é muito importante que os brasileiros vejam os filmes e saibam do que falam, o que eles querem dizer e que possam entendê-los, assim como nós.

 

HP – O que acha do cinema russo como intérprete da sociedade e da cultura russas?

Igor – A arte existe para transmitir as emoções, revelar a vida e o sentimento das pessoas. E o cinema é capaz disso. Não atua apenas no terreno racional. Através do cinema se pode chegar até a alma, ir direto ao coração. O cinema é um dos meios mais adequados para mostrar o que acontece no interior das pessoas e de uma sociedade.

 

HP – Seria justo afirmar que uma mostra como essa vai no sentido de aproximar o conhecimento entre os nossos povos…

Igor – Sem dúvida, assim como outras que virão – realmente vão aproximar as duas culturas. Mostras como esta, podem se apoiar, na atualidade, em todo o desenvolvimento da informática e técnica, o que nos facilita tornar esta aproximação uma realidade. Aí estão os meios de transporte, a internet, para acompanhar o núcleo das mostras e então, através de todos estes meios, vamos conseguir aprofundar relacionamentos.

 

HP – Na seleção de filmes houve algum norte?

Igor – O Mosfilm não participou na seleção; foi o CPC que fez a escolha, mas para mim é uma escolha muito boa, revela um entendimento muito profundo do nosso cinema, são filmes maravilhosos, muito importantes e muito representativos de cada época com os melhores diretores da Rússia e União Soviética. Revelam realmente diferentes aspectos da vida e da história da União Soviética e da Rússia.

 

HP – Iniciativas como essa podem ajudar a criar uma atmosfera de retomada nas relações entre produtores de cinema dos nossos países?

Igor – Mostras como a de hoje apontam ao início de processos diferentes do que estamos acostumados a ver nos últimos tempos. Na Rússia também a comercialização do cinema americano é muito forte. Eles estão fazendo a parte deles, e nós temos que fazer a nossa. O cinema russo, por um lado e o dos demais países, por outro. Cada um de nós tem que incentivar o desenvolvimento de sua cultura e sempre que possível difundir a cultura dos demais povos em seus países para que as pessoas conheçam umas às outras sem mediações e ter suas próprias opiniões sobre os demais países. Mas é preciso ter claro que um evento como esse sozinho não vai produzir mudança significativa, nós precisamos trabalhar para que estes eventos adquiram um caráter de regularidade. Por isso ele não pode ser o último, mas o primeiro de uma série que acontecerá periodicamente.

 

HP – Há mais alguma coisa que você gostaria de ressaltar?

Igor – Para mim é muito importante destacar que apesar de estar contente com o avanço desta mostra, ainda estou um pouco pessimista, pois, nossos governos, acham melhor ficar fora do desenvolvimento cultural. E isso dificulta os enlaces entre as culturas. Não há a devida atenção dos nossos governos em fazer, cada qual, a sua cultura conhecida nos demais países. Há uma abordagem distante e fria. Temos que dar os primeiros passos, pois, assim como todos precisam de roupa, alimento e abrigo, necessitam também da educação. É necessário o desenvolvimento moral e cultural, para que saibam distinguir o que é bom do que é mal. Então os governos precisam atuar juntos não só para o desenvolvimento comercial, econômico, mas também na aproximação e desenvolvimento de laços culturais e isto não está sendo feito muito bem.

E para não concluir a entrevista de forma triste, quero dizer que vou levar para o meu país o quanto estou maravilhado com o Brasil e o povo brasileiro. Estou aqui pela primeira vez, mas neste pouco tempo já consegui perceber o quanto o povo brasileiro tem de comum com o nosso. É um povo extremamente aberto, amistoso e agora entendo por que o povo russo adora, ama o Brasil. Entendo que, para fazer este relacionamento funcionar, é muito simples porque ele pode se desenvolver sobre esta base concreta. E assim, tenho a certeza de que podemos esperar muito dessa aproximação. E já estou aguardando a próxima oportunidade de voltar aqui.

Confira as tabelas da etapa regional dos 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo

Confira aqui as tabelas dos jogos regionais do 3º JESP: 

 

Jogos Centro-Norte – Pacaembú

 

Jogos Oeste – Piritubão

 

Jogos Sul – Clube Atlético Indiano

 

Jogos Leste – ETEC de Esporte

Veja aqui a visita do diretor da Mosfilm à sede UMES

Acompanhando a mostra que comemora 90 anos do maior estúdio de cinema da Rússia e um dos maiores da Europa, o Mosfilm, seu vice-diretor geral Igor Bogdasarov esteve na sede da UMES para conhecer mais de perto o trabalho da entidade e sua diretoria.

 

Uma parceria entre o Centro Popular de Cultura da UMES e o estúdio possibilitou a realização da exibição de 10 filmes representativos do período soviético e pós-soviético, em cartaz até quarta-feira (19) na Cinemateca Brasileira. Além da mostra intitulada “Mosfilm – 90 anos”, o CPC-UMES licenciou a distribuição de 18 filmes em DVD’s, dos quais cinco já estão disponíveis para a venda como “Lenin em Outubro”, Volga-Volga” e “A Mãe”. Os filmes que compõe a mostra e alguns dos que estão sendo comercializados em DVD são inéditos na televisão e nos cinemas do Brasil.

 

Na visita, Igor agradeceu a entidade pela disposição de trazer ao Brasil um pouco da cinematografia russa, até então pouquíssimo conhecida. Ele elogiou o trabalho da entidade e afirmou que o desejo da Mosfilm é que esta parceria seja cada vez mais fortalecida.

Marcos Kauê, presidente da UMES, presenteou o diretor da Mosfilm com dois CD’s do catalogo do CPC-UMES e agradeceu, em nome dos estudantes, a oportunidade de apresentar através da mostra e dos filmes licenciados as produções de “altíssima qualidade do povo russo, que sempre nos impressionaram pela capacidade de retratar a realidade”.

 

 

A mostra “Mosfilm – 90 anos”, organizada pelo CPC-UMES vai até quarta-feira (19) na Cinemateca Brasileira e a entrada é gratuita. (Confira aqui a programação completa).