Funcionários da USP ocupam universidade após desconto de ponto

Ao menos dez prédios da USP foram fechados nesta segunda-feira (4) por funcionários grevistas após a constatação de que os pontos haviam sido descontados. O grupo promete continuar as manifestações e montar barracas para passar a noite na frente da reitoria.

Segundo a universidade, foram fechados a reitoria e os nove prédios citados em uma liminar de reintegração de posse concedida pela Justiça no último dia 24. Eles foram liberados no último final de semana, mas voltaram a ter as atividades suspensas nesta segunda.

Os prédios que foram fechados são: a prefeitura do campus, administração central, restaurante central, restaurante da física, arquivo central, museu de arqueologia, superintendência de tecnologia de informação, centro de práticas esportivas e a clínica de odontologia.

A greve de funcionários, professores e uma parte dos alunos já acontece há dois meses. Durante o ato desta segunda, os funcionários fizeram uma assembleia em frente à reitoria e decidiram manter a paralisação. A ideia do grupo é pressionar a universidade a negociar um reajuste salarial.

O bloqueio da reitoria foi feita após os funcionários constatarem, durante a assembleia, que tiveram pontos descontados por conta da paralisação. A folha de pagamento foi disponibilizada aos trabalhadores por meio de um sistema interno e é referente ao período de 21 de junho a 20 de julho.

A reitoria afirmou que a liminar de reintegração de posse, concedida pela Justiça na semana passada, ainda está valendo.

A liminar em questão foi concedida no último dia 24 e determinou a reintegração de posse de prédios ocupados, impedindo também os grevistas façam piquetes e interrompam o acesso aos prédios do campus. A decisão permite, caso haja necessidade, o “uso da força policial” para que a determinação seja cumprida.

Desde o início da tarde, o ato dos manifestantes é acompanhado pela Força Tática, uma base comunitária da PM, além da guarda universitária. Não houve, porém, nenhum registro de tumulto.

 

GREVE

 

Os trabalhadores das três universidades públicas estaduais (Unesp, Unicamp e USP) entraram em greve no dia 27 de maio, em protesto à proposta dos reitores de não conceder reajuste salarial à categoria.

O reajuste pedido por eles é de 9,78%. Os servidores, tradicionalmente, ganham reajuste em maio -em 2013, por exemplo, foi de 5,39%.

 

Com informações da Folha de São Paulo

Judeus protestam contra o terrorismo praticado pelo Estado de Israel na Palestina

Rabino Dovid Weiss condena Sionismo e massacre promovido pelo Estado de Israel na Palestina. Confira vídeo abaixo: 

 

Acesse o site do movimento:

www.nkusa.org

Assista trecho de Aula Espetáculo do escritor Ariano Suassuna

Confira trecho de Aula Espetáculo do escritor, dramaturago e poeta Ariano Suassuna (1927-2014) no auditório do Tribunal Superior do Trabalho em abril de 2012.

Autor de uma das mais populares peças de teatro no Brasil, “O Auto da Compadecida”, Ariano empenhou sua grandeza literária e sua vida na luta em defesa da cultura nacional.  

 

Ariano Suassuna – Causos de Doidos

 

 

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: UM LUGAR AO SOL

Neste sábado, 02/08, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Um Lugar ao Sol”, de George Stevens. A sessão inicia às 16h, no Cine Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. Entrada Franca!

 

UM LUGAR AO SOL

George Stevens (1951), com Montgomery Clift, Elizabeth Taylor, Shelley Winters, Raymond Burr, 122 min.

 

Sinopse

Ao viajar para Hollywood, em 1930, Sergei Eisenstein levava na bagagem o roteiro que criara para a adaptação cinematográfica do romance, de Theodore Dreiser, “Uma Tragédia Americana”. Dreiser havia visitado a URSS em 1927. Era um conhecido militante socialista e, sobretudo, um grande escritor. Eisenstein realizaria assim o seu primeiro filme falado. Porém, entre idas e vindas, a Paramount descartou o diretor soviético e entregou o filme a Josef von Sternberg, que realizou a versão de 1931, refilmada 20 anos mais tarde por George Stevens.

A história aborda o lado sombrio do american way of life. Ávido por ascensão social, George Eastman vive o sonho de se apaixonar e ser correspondido pela rica, bela e sofisticada Angela Vickers. Mas para avançar precisa livrar-se de Alice Tripp, uma operária que não aceita a situação passivamente ao descobrir que está grávida.

 

Direção: George Stevens (1904-75)

George Cooper Stevens nasceu em Oakland, Califórnia. Serviu como major durante a 2ª Guerra Mundial, chefiando uma unidade cinematográfica que cobriu acontecimentos do front. Ficou conhecido por suas técnicas de câmera, além de ser um dos criadores do cinema clássico de Hollywood. Entre os seus trabalhos destacam-se “Um Lugar ao Sol” (1951), “Os Brutos também Amam” (1953), “Assim Caminha a Humanidade” (1956), “O Diário de Anne Frank” (1959). George Stevens foi também presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Califórnia. 

 

Argumento: Theodore Dreiser (1871-1945)

Herman Theodore Dreiser nasceu em Indiana.  Aos 15 anos foi viver em Chicago, e após vários trabalhos tornou-se jornalista. Escreveu no Chicago Globe e no St. Louis Globe-Democrat. Seu primeiro romance foi “Sister Carrie” (1900), relato da ascensão de um garoto pobre à alta sociedade. Seu sucesso editorial veio com “Jennie Gerhardt” (1911). Este livro foi seguido pela primeira parte da trilogia sobre um magnata sem escrúpulos, Frank Cowperwood. Escreveu também “Uma Tragédia Americana” (1925). O romance foi levado à Broadway por Patrick Kearney, em 1926, e aos palcos de Viena por Erwin Piscator, em 1932.

Em 1935 a associação das bibliotecas de Warsaw, Indiana, ordenou a queima de todos os trabalhos de Dreiser existentes nos acervos. Entre suas obras de não-ficçção se incluem “Dreiser Olha a Rússia” (1928), “América Trágica” (1931), “Amanhecer” (1931) e “O Baluarte” (1946).

 

Música Original: Franz Waxman (1906-67)

O compositor alemão Franz Waxman, emigrou para os Estados Unidos em 1935. Ao longo de sua carreira, trabalhando também como maestro e empresário, Franz ficou conhecido por compor trilhas musicais para mais de 150 filmes, colaborando principalmente com Billy Wilder e Alfred Hitchcock. Em 1947, fundou  a Waxman Festival de Música de Los Angeles. Foi indicado 12 vezes ao Oscar. Tem entre suas obras, “The Young in Heart” (Richard Wallace, 1938), “Rebecca” (Alfred Hitchcock, 1940), “The Philadelphia Story” (George Cukor, 1940) e “Um Lugar ao Sol” (George Stevens, 1951).

 

 

Os Azeredo mais os Benevides reestreia hoje no Cine-Teatro Denoy de Oliveira

Nesta sexta,  dia 1º de agosto, reestreia no Cine-Teatro Denoy de Oliveira a peça “Os Azeredo mais os Benevides”, de Oduvaldo Vianna Filho com elenco de 20 atores e direção de João das Neves.

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

 

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

Plano Municipal de Educação será discutido na Câmara dos Vereadores

Após a aprovação e sanção do Plano Nacional de Educação (PNE), os Estados e Municípios brasileiros estão elaborando seus projetos locais.

Na cidade de São Paulo, o plano que apresenta metas e estratégias para a educação do município nos próximos 10 anos, está sendo discutido desde 2008, passando por um amplo diálogo com a sociedade através das Conferências de Educação e das reuniões do Fórum Municipal de Educação da Cidade de São Paulo, da qual a UMES faz parte.

Na atual fase de elaboração do Les Antibiotiques Et L’impact Sur Le Microbiome Intestinal ele foi encaminhado para a Câmara Municipal (PL 415/2012), onde será e debatido e posteriormente, aprovado.

Para garantir a máxima participação social, serão realizadas diversas audiências públicas (vide calendário abaixo) para que o texto seja aprimorado e adaptado às reais necessidades da educação em nosso município.

Acompanhe as novidades através do nosso site e também do Portal da Câmara Municipal, da Secretaria Municipal de Educação e do Portal De Olho no Plano da cidade de São Paulo.

 

Calendário de Audiências Públicas

Horários: sempre das 9h ao 12h

Local: Câmara Municipal da Cidade de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100)

 

16/08 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

23/08 – Salão Nobre – 8º Andar

30/08 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

13/09 – Salão Nobre – 8º Andar

20/09 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

01/09 – Auditório Prestes Maia – 1º Andar

Manifestantes condenam massacre de palestinos e defendem boicote a Israel

Milhares de manifestantes voltaram às ruas de São Paulo no domingo (27) para exigir “o rompimento imediato das relações militares, comerciais e diplomáticas com Israel; bem como o fim do Tratado de Livre Comércio do Mercosul com o Estado sionista”, como consta na petição pública enviada ao governo brasileiro.

De forma unitária, partidos e movimentos sociais se concentraram na Praça Oswaldo Cruz, no início da avenida Paulista – de onde saíram até o Parque do Ibirapuera – erguendo faixas e cartazes com riscos sobre as suásticas, igualando o sionismo com o nazismo, e alertando para as mais de mil mortes e seis mil feridos e mutilados pelos bombardeios israelenses a escolas, hospitais e residências.

“Com o apoio do imperialismo estadunidense, os sionistas estão despejando bombas para impor um Estado racista, de apartheid”, condenou Júlio Turra, da executiva nacional da CUT, destacando o apoio da Central à petição pública que pede ainda “o fim dos acordos com a Elbit Systems, a Mekorot e todas as empresas ligadas às violações da lei internacional perpetradas por Israel”.

Marcelo Buzetto, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), condenou a política de “terrorismo de Estado” adotada por Israel, com o “bombardeio indiscriminado de aviões e tanques a alvos civis, que já causaram mais de mil mortes de mulheres, crianças e idosos”.
“O governo brasileiro aumentou o tom, mas precisamos ir além e exigir o rompimento de todos os acordos com Israel, particularmente na área de armamentos, pois as mesmas armas que matam o povo palestino matam aqui também”, acrescentou a presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes.

A secretária de Relações Internacionais da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Maria Pimentel, lembrou que desde 1967 os palestinos lutam para não desaparecer, pois a política de apartheid é uma política segregacionista e expansionista. “A Palestina precisa de nós e o boicote aos produtos de Israel é hoje um instrumento para construir a paz e a justiça”.

O deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP) condenou as recentes declarações da chancelaria de Israel, que demonstrou seu “alinhamento com uma suposta supremacia alemã, numa visão nazista, fascista mesmo”.

Representando o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Abdo Masloum, disse que o povo palestino está sendo submetido a um verdadeiro “holocausto” por armas muitas vezes comercializadas entre nossos países.

Membro da direção nacional do Partido Pátria Livre (PPL), Nathaniel Braia ironizou o fato de o secretário de Estado dos EUA ter chamado a matança promovida por aviões e tanques sionistas, que já custou a vida de mais de 300 crianças, de “direito de defesa de Israel”. Diante das acintosas declarações de um porta-voz israelense de que o Brasil é um “anão diplomático”, Braia asseverou que a melhor resposta é exigir sua saída do país como “persona non grata”.

Entre outros movimentos e partidos, participaram representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Conlutas, do PCB, PCdoB e PSOL.

Texto e foto: LEONARDO SEVERO
  

IV Congresso do CNAB resgata o legado do professor Eduardo de Oliveira

O Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) realizou o seu IV Congresso nos dias 25 e 26 de julho, em São Paulo, e elegeu como presidente Alfredo de Oliveira Neto e uma nova diretoria para um mandato de quatro anos. Com o lema “O Legado Professor Eduardo de Oliveira, Igualdade Racial e Independência Nacional” o Congresso do CNAB contou com 324 delegados e reuniu 650 pessoas na sua abertura.

Alfredo de Oliveira Neto ressaltou a importância do IV Congresso ter sido em homenagem ao Professor Eduardo de Oliveira e o legado do fundador e eterno presidente do CNAB. “A união entre negros e brancos é a cara do CNAB. Esse é o legado que nós estamos assumindo e que vamos dar continuidade. Trazer negros e brancos para travar a luta na sociedade. Parabenizo a todos que aqui estão. Estarmos aqui é reconhecer a importância do Professor Eduardo e tudo o que ele representa. Tudo o que ele fez e nos deixou. Principalmente esse legado de construir essa Nação e uma Pátria Livre”, disse Alfredo.

“O negro não tem facilidade. Mas também não baixa a cabeça. O Professor sempre dizia que nós não queremos piedade. Só os fracos pedem piedade. Nós lutamos e rompemos com as dificuldades para realizar esse Congresso e acredito que teremos condições de aprofundar as consciências do conjunto dos companheiros que estão aqui. Esse Congresso ajudou a travar uma luta ideológica e política em todas as estâncias da sociedade nesse país”, frisou o metalúrgico e sindicalista.

Ele falou que “nós queremos acabar com o racismo. Queremos a igualdade racial e a Independência Nacional. Porque o racismo só serve para dividir a Nação e a Nação dividida faz com que os açambarcadores extraiam a riqueza do povo brasileiro. Faz com que roubem o patrimônio público e o utilizem em interesses pessoais deixando o nosso povo na pobreza e na miséria”.

“Quando se tira o patrimônio do povo brasileiro acontece o caos que estamos vendo na televisão e vivendo nas periferias. Como dizia o companheiro Mandela ‘ninguém nasce racista e preconceituoso. A convivência com racistas e preconceituosos é que leva as pessoas a isso’. Por isso temos dar educação ao nosso povo e ensinar o amor ao próximo para termos uma Nação unida para rompermos com esse racismo através da Independência Nacional da nossa Pátria fazendo desse país um país soberano com homens e mulheres, negros e brancos, lutando por um país melhor”.

Eleito 1.o vice-presidente do CNAB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), também metalúrgico e presidente da CGTB, falou que o Alfredo de Oliveira Neto “é meu amigo, da fábrica da Electrolux. Foi esposo de uma das maiores mulheres lutadoras do nosso país, a companheira Cida Malavazi. Esse cidadão brasileiro, negro, operário, está assumindo novas responsabilidades. O tempo todo parceiro, calmo, grato, companheiro e amigo. É um guerreiro, lutador, que sabe conversar com as pessoas sempre tranqüilo e profundo. Tem um compromisso maravilhoso com a sua Nação, os trabalhadores e com a Pátria”.

 

ABERTURA

 

O IV Congresso do CNAB foi aberto com a exibição de um vídeo com o Hino à Negritude em que aparece várias imagens das lutas dos negros, dos abolicionistas, do I Congresso do CNAB e uma exibição antológica do Professor Eduardo de Oliveira cantando o Hino – que ele compôs aos 16 anos – acompanhado do maestro João Carlos Martins no piano. Na sequência foi executado o Hino Nacional e novamente o Hino à Negritude, somente em áudio.

Com a platéia composta por um grande número de jovens, com muita galhardia foram entoadas por diversas vezes as palavras de ordem “Se sente, se sente, Eduardo está presente” e “Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro”.

O embaixador da Palestina no Brasil enviou uma carta aos delegados do IV Congresso do CNAB desejando “novas conquistas, nesse grande Brasil amigo, tolerante e solidário. O povo palestino enfrenta a pior ofensiva contra sua integridade física e nacional. Exorto aos integrantes desse Congresso seu posicionamento contra a limpeza étnica e a agressão racista do governo de Israel, que ceifou a vida de mais de 800 inocentes e deixou mais de 25 mil feridos na sacrificada Faixa de Gaza palestina. Amigos, irmãos, alcem suas vozes. Denunciem a discriminação racial na Palestina”.

Por unanimidade o IV Congresso do CNAB aprovou moção condenando a agressão israelense aos palestinos expressando “solidariedade e companheirismo”. O evento teve ainda apresentação do Ballet de Paraisópolis e do Grupo de Capoeira da UMES.

 

Por ANDRÉ AUGUSTO

Hora do Povo

Os Azeredo mais os Benevides reestreia próxima sexta no Cine-Teatro Denoy de Oliveira


Na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, reestreia no Cine-Teatro Denoy de Oliveira a peça “Os Azeredo mais os Benevides”, de Oduvaldo Vianna Filho com elenco de 20 atores e direção de João das Neves.



 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

 

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

 

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: RIO 40 GRAUS

Neste sábado, 26/07, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos. O sessão tem inicio às 16h, no Cine Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. Entrada Franca!

 

RIO 40 GRAUS
Nelson Pereira dos Santos (1955), com Jece Valadão, Modesto de Sousa, Roberto Bataglin, Ana Beatriz, BRASIL 100 min.

Sinopse
O filme acompanha um dia na vida de cinco garotos de uma favela que, num domingo tipicamente carioca e de sol escaldante, vendem amendoim em Copacabana, no Pão de Açúcar, Maracanã e Corcovado. É considerada a obra inspiradora do cinema novo brasileiro.

Direção e Argumento Original: Nelson Pereira dos Santos (1928)
O paulistano Nelson Pereira dos Santos formou-se bacharel em direito pela Universidade de São Paulo em 1952. Apaixonado pelo cinema, escolheu viver no Rio de Janeiro, onde iniciou seu trabalho, tornando-se um dos precursores do movimento Cinema Novo.
Fez mais de 20 longas, entre os quais “Vidas Secas”, um dos mais premiados de todos os tempos. Sua adaptação de “Memórias do Cárcere” (1984), também baseado na obra de de Graciliano Ramos, ganhou o prêmio da crítica no Festival de Cannes. Entre seus filmes se incluem “Mandacaru Vermelho” (1961), “Boca de Ouro” (1963), “El Justicero” (1967), “Como Era Gostoso o Meu Francês” (1971), “Amuleto de Ogum” (1974), “Tenda dos Milagres” (1977), “Memórias do Cárcere” (1984) e “Jubiabá” (1986).
É fundador do curso de graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense e do curso de cinema na Universidade de Brasília. É membro do Conselho Superior da Escola de Cinema de Havana.

Música: Radamés Gnatalli (1906-88)
Nascido no Rio Grande do Sul, Radamés Gnattali estudou no Conservatório de Porto Alegre e na Escola Nacional de Música. Terminou o curso de piano em 1924, quando começou a estudar composição e orquestração. Durante trinta anos trabalhou na Rádio Nacional, onde fez mais de seis mil arranjos sendo considerado o melhor arranjador de música popular no Brasil. Escreveu a trilha de 53 longas, entre os quais  “Ganga Bruta (Humberto Mauro, 1933), “Tico-Tico no Fubá” (Adolfo Celi, 1952), “Rio 40 Graus” e “Rio Zona Norte” (Nelson Pereira dos Santos, 1955 e 1957), “O Homem do Sputnik” (Carlos Manga, 1959), “A Falecida” (Leon Hiszman, 1965), “Jogo da Vida” (Maurice Capovilla, 1977). Entre suas composições figuram as dez “Brazilianas”, quartetos e trios, choros e 26 concertos – entre eles um concerto para piano e orquestra, concertos para harpa e clarineta e um Concerto para Harmônica de Boca, dedicado a Eduardo Nadruz (Edu da Gaita).