Só metade das escolas públicas tem internet e apenas 29% biblioteca, revela censo

Metade também não conta com internet, revela Censo Escolar 2013.

 

Escolas  sem rede de esgoto, sem quadra de esportes e biblioteca, sem laboratórios de ciências e informática. Essa é a realidade de mais da metade dos colégios públicos do país, segundo dados do Censo Escolar 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Levantamento feito pela Fundação Lemann, mostra a desproporção entre as escolas públicas e privadas no que diz respeito à infraestrutura no Brasil. Na metade dos colégios públicos, por exemplo, não há acesso à internet. Já na rede particular, o número de escolas com computadores conectados chega a quase 90%

Os dados mostram que só 36% das escolas públicas têm esgoto encanado hoje – mais da metade delas contam apenas com uma fossa –, e 7% das instituições mantidas pelos governos não têm nenhum tipo de estrutura para lidar com os resíduos sólidos. Trata-se de uma enorme diferença em relação às particulares. Na rede privada, só 17% das escolas não contam com o serviço de esgoto encanado.

Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria Beatriz Luce, os números do Censo expõem vários desafios no setor. “Os dados revelam claramente o contexto histórico-social do direito à educação e das responsabilidades e instrumentos da ação pública no setor. Mas eles não dizem respeito somente à educação, eles revelam as estruturas das desigualdades sociais no nosso país. Se há escolas que não têm esgoto nem internet, é provável que as residências no seu entorno também não tenham. Então é preciso tratar de uma política de desenvolvimento social por inteiro”, afirma.

 

Deficiências

 

Entretanto, as deficiências não têm sido supridas ao longo dos anos. De 2010 a 2013, o percentual de escolas públicas com bibliotecas foi de 27% para 29%. Já a porcentagem de colégios com rede de esgoto subiu de 33% para 36% apenas.

Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, há hoje dois desafios latentes: a aquisição de insumos infraestruturais e a manutenção deles. “No caso das escolas públicas, depende do orçamento público. Muitos estados e municípios não têm orçamento suficiente. Então é preciso apoio da União. Aliás, é isso o que diz a Constituição Federal e não é cumprido. Além disso, a União não pode se notabilizar por adquirir equipamentos e depois não colaborar com a manutenção dos mesmos. Não falo apenas deste governo, falo deste e de todos os anteriores”, diz.

 

Discrepâncias

 

O percentual de escolas com biblioteca nas duas redes de ensino é um exemplo da discrepante oferta de serviços. Só 29% das públicas contam com o espaço. Já na rede privada, 59% das instituições possuem um espaço com acervo de livros para consulta.

Maria Beatriz diz que o problema nas instituições públicas é a falta de uma sala específica para tal fim. “Livros chegam a todas as escolas. O que às vezes não há é um espaço próprio. Algumas escolas rurais contam com apenas um ambiente, então não há nem espaço físico para uma biblioteca. O que a gente tem tentado fazer é colocar uma biblioteca dentro das salas de aula, para o aluno poder pegar o livro a qualquer hora. Há outros projetos interessantes, de bibliotecas ambulantes, por exemplo.”

Em relação à acessibilidade, tanto as escolas públicas quanto as privadas ficam devendo. Apenas 19% das públicas e 31% das privadas oferecem aos deficientes acesso adequado às suas dependências.

A secretária de Educação Básica ressalta que, apesar do índice baixo, houve um aumento de 61% em três anos no número de escolas acessíveis. “É algo fantástico, porque mostra uma conscientização da sociedade, que há uma política de inclusão escolar, levando às escolas crianças que antigamente eram isoladas do convívio com outras.”

Em relação à internet nas escolas públicas, Maria Beatriz diz que a meta é que todas contem com o serviço, mas que há barreiras a transpor antes disso. “Às vezes não há nem eletricidade, que é o caso de muitas escolas rurais. Então o Ministério da Educação está trabalhando em um projeto com o Ministério de Minas e Energia para dar prioridade de acesso de energia, à medida em que as redes vão avançando pelo campo, às escolas”, diz, citando que em alguns colégios na Amazônia há iniciativas de acesso à web por meio de placas solares.

 

Quantidade x qualidade


Segundo o pesquisador Renan Pieri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as escolas só precisam preencher no formulário do Censo se possuem ou não um equipamento e, por isso, os dados não revelam em que estado se encontram essas infraestruturas. “A maior parte das variáveis diz se a escola tem ou não tem alguma coisa, mas não diz nada sobre a qualidade”, afirma.

Dentro do próprio universo da rede pública, é possível perceber diferenças significativas tanto na oferta como na qualidade. Só 2% das escolas municipais têm um laboratório de ciências, por exemplo, contra 29% das estaduais e 72% das federais.

Maria Beatriz concorda que é preciso refletir sobre os dados levando em consideração a localização e as mantenedoras dos colégios. Segundo ela, uma leitura por outro viés mostra ainda que a educação infantil, com creches em estado crítico, é a que precisa de mais infraestrutura.

 “O que a gente tem feito para auxiliar os municípios é dar a eles um projeto arquitetônico básico de uma escola, com todas as especificações, com uma quadra de esportes ou espaço para recreação, salas adequadas. A prefeitura tem que entrar apenas com a área já terraplanada. Até empresas já qualificadas a gente tem para atender as demandas das localidades, que têm dificuldade de fazer um processo de licitação”, afirma a secretária do MEC. Segundo ela, há hoje 6,7 mil escolas de educação infantil em construção.

De acordo com os números do Censo, as escolas públicas (inclusive as rurais) só superam as particulares em um item: alimentação. Segundo os dados, 100% das escolas municipais, estaduais e federais fornecem uma refeição aos estudantes (ante 29% das privadas). Isso acontece, no entanto, porque a merenda escolar na rede pública é obrigatória por lei.

 

Índice de infraestrutura

 

O pesquisador Renan Pieri defende a criação de um índice de infraestrutura escolar, além de um para analisar a formação dos professores. “A ideia é sintetizar todas essas informações do Censo (só no caso do indicador de infraestrutura são mais de 25 variáveis) em indicadores simples que qualifiquem a divulgação dos índices de qualidade da educação. Assim, quando saírem a ANA [Avaliação Nacional de Alfabetização] ou o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] será possível entender quais fatores explicam algumas escolas terem melhor desempenho que outras e separar o que é devido a diferenças de infraestrutura ou qualificação dos docentes e o que é devido às boas práticas e ideias inovadoras que os gestores têm adotado”, diz.

O Censo Escolar é realizado todos os anos e coleta, além de dados sobre a infraestrutura dos estabelecimentos, números de matrículas e estatísticas de abandono e de rendimento escolar. Neste ano, o Inep iniciou a coleta no último dia 28. Ela deve ser feita até o dia 15 de agosto.

Segundo o instituto, as informações são utilizadas para traçar um panorama nacional da educação básica e servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da educação, incluindo os de transferência de recursos públicos.

“É necessária uma política de cooperação federativa para combater as desigualdades, aprimorar as condições e induzir um padrão nacional de qualidade nas escolas, não importando se ela é privada, municipal, estadual ou federal”, afirma Maria Beatriz Luce.

 

Fonte: G1 Educação e Campanha Nacional pelo Direito à Educação

 

 

Ato contra carnificina israelense em Gaza reúne 5 mil em São Paulo

Mais de cinco mil pessoas tomaram as ruas de São Paulo no sábado para exigir o fim imediato da chacina realizada por Israel contra o povo palestino. De acordo com a organização internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), até a última segunda-feira o número de palestinos mortos pelos bombardeios de aviões e tanques sionistas ultrapassava 570, com mais de 3.500 feridos, parte expressiva composta por idosos, mulheres e crianças.

Concentrados em frente ao prédio da Rede Globo – emissora acusada de ser cúmplice do genocídio por acobertar os crimes de guerra – os manifestantes saíram em passeata até a frente do consulado de Israel com faixas, bandeiras e cartazes contrários à matança. 

“A imprensa brasileira precisa parar de mentir, pois o que acontece na Palestina não é uma guerra, mas um massacre, o assassinato de um povo por parte do governo israelense”, afirmou o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Antonio Felício. Na sua avaliação, da mesma forma que o regime de segregação racial foi derrotado na África do Sul com o cerco aos produtos do apartheid, “é preciso organizar um amplo boicote aos produtos sionistas para isolar Israel, inclusive cortando relações diplomáticas, como já estão fazendo vários governos”. “Vamos fazer uma lista de produtos de capital israelense para que não sejam consumidos. Mais do que uma denúncia, esta será uma ação concreta, solidária”, acrescentou Felício.

Diante do “consulado assassino”, o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Emir Mourad pediu um minuto de silêncio pelas crianças vítimas da agressão israelense. “Neste momento eu peço a todos os judeus do mundo que se livrem do sionismo, que é contrário à própria essência do judaísmo. Em nome da alma destas crianças, Israel fora da Palestina!”, enfatizou.

“Estamos aqui para exigir o fim dos bombardeios e a imediata retirada das tropas de ocupação de Gaza”, afirmou Júlio Turra, da executiva nacional da CUT, recordando que “desde 1948 o povo palestino luta pela sua sobrevivência e pela construção de seu Estado nacional, um direito que é negado pelo imperialismo, que protege o sionismo assassino”. “A agressão atual não é um fato isolado, mas um capítulo da limpeza étnica iniciada há 66 anos, quando da criação do Estado de Israel em terras palestinas”, destacou.

A faixa de Gaza é atualmente a área mais densamente povoada do mundo, com 1,5 milhão de habitantes confinados em apenas 360 quilômetros quadrados, submetidos a um bloqueio assassino que a converte em um gigantesco campo de concentração a céu aberto. Os manifestantes denunciaram que da mesma forma que em Gaza, a população civil na Cisjordânia também sofre com a política de “punição coletiva”, só que de outra forma: demolição de casas, mais de cinco mil presos políticos, roubo de água e cortes de energia elétrica que transformam a vida num verdadeiro inferno.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, denunciou a “complacência e a cumplicidade do governo dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança da ONU com a brutal investida israelense”. “Em defesa da democracia e da autodeterminação dos povos, somos todos palestinos”, enfatizou.

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, frisou ser inaceitável o fato de o Estado sionista utilizar como argumento para a invasão a morte de três jovens soldados/colonos israelenses, sem qualquer comprovação de autoria, em circunstância não esclarecidas. “O fato é que a Humanidade não aceita mais o regime de apartheid e nem desculpas esfarrapadas do Estado terrorista de Israel para se chegar à paz”, disse.

“Nós sabemos qual a realidade vivida pelo povo palestino, por isso viemos participar, ao lado dos nossos familiares, para mostrar que o Brasil diz não aos crimes de Israel”, declarou Naval Khalil, que se somou ao ato junto aos dois filhos. Com a filha nos ombros e o menino de mãos dadas, Naval disse acreditar “na força da pressão internacional para que a justiça, enfim, prevaleça”.

Entre outras organizações e partidos estiveram presentes o MST, a Via Campesina Brasil, Quilombo Raça e Classe, Marcha Mundial de Mulheres, PCdoB, PSOL e PSTU. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) participou com uma grande delegação.

Por Leonardo Severo

Hora do Povo

Debate do projeto “Liberdade ou Dependência” é realizado na EE Alcântara Machado

Mais uma escola recebeu o debate da segunda edição do projeto “Liberdade ou Dependência – Drogas Tô Fora” realizado pela UMES em parceria com o Ministério da Saúde. Desta vez, foi a EE Alcântara Machado, situada na região do Ipiranga.

Após preencher um questionário anônimo sobre o que eles pensam das drogas, os 100 estudantes do ensino médio presentes assistiram ao filme ‘Gerra do Ópio’ de Xie Jin, que retrata a ocupação inglesa na China através do trafico de ópio. Inspirados na sessão, os alunos debateram as questões apresentadas no filme e também o enfrentamento do problema das drogas no dia-a-dia. O presidente da UMES, Marcos Kauê, esteve presente e contribuiu com a conversa com a munição das duas oficinas do projeto já realizadas com especialistas da área.

“Achei interessante pelo fato do projeto ser uma forma de conscientizar os jovens, que são as grandes vítimas da droga. Estou muito feliz de receber vocês e esse chamado de conscientização que o projeto Liberdade ou Dependência traz. Muito obrigado”, afirmou Pedro Gabriel, presidente do Grêmio da EE Alcântara Machado.

“A história contada no filme é bastante curiosa e interessante. Eu não sabia que existia o ópio e que ele foi usado como forma de dominação de uma nação inteira”, concluiu Heleno José, que é vice presidente do grêmio da escola.

A próxima etapa será a aplicação de um segundo questinário em que os alunos participantes poderão apresentar suas reflexões e conclusões após o debate.       

 

                                                             Da esquerda para a direita: Heleno, vice presidente do grêmio; Marcos Kauê, presidente da UMES; e Pedro, presidente do Grêmio. 

                                                                                                                                       

 

 

 

                                                                   

 

                                                                                                        

 

 

 

Eduardo Campos assume compromisso com o passe livre para estudantes

O presidente nacional do PSB e candidato à Presidência da República pela Coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, REDE, PPL, PPS, PHS, PSL e PRP), Eduardo Campos, afirmou na terça-feira (15), durante sabatina promovida pela Folha de S. Paulo (em parceria com o portal UOL, a rádio Jovem Pan e o SBT), que entrou na disputa para ganhar a eleição e mudar os rumos do Brasil. Ele anunciou que vai implantar o passe livre para estudantes em todo o Brasil. “Isso é uma questão de escolha, de prioridades”, disse ele.

“O Brasil vai tirar Dilma nas eleições porque esse modelo esgotou-se”, afirmou o candidato. “Mas o Brasil quer botar alguém que leve o país para um futuro, que preserve as conquistas, que interprete os valores que estão em disputa no mundo”, acrescentou Eduardo, frisando que “nós não somos a terceira via não”. “Nós somos a via para tocar o Brasil em frente, pra colocar o Brasil num ciclo de mudança pra melhor”, disse.

Eduardo Campos afirmou também que este é um momento de escolhas. “Queremos ser a candidatura que faz as escolhas e diz assim: queremos desenvolvimento, mas desenvolvimento com sustentabilidade. Nós queremos inclusão, mas não é inclusão que gera dependência, é que liberta”, argumentou. “Esta será dada com educação em tempo integral. Para isso, tem muito estudante pobre que precisa ter passe livre. Aí a gente tem que fazer a escolha”, acrescentou Campos, ao defender a proposta de passe livre para os estudantes. “Esta é uma proposta que nós vamos abraçar”, garantiu.

“Entre subsidiar os juros para grandes empresas e arrumar a passagem para um estudante da periferia chegar à escola, nós somos do time que vai optar pela educação integral e pela passagem, pelo passe livre para aqueles estudantes”, prosseguiu Eduardo Campos. Ele lembrou, em entrevista após a sabatina, que a proposta já está sendo posta em prática na prefeitura do Recife. Pelo projeto aprovado na capital pernambucana, os estudantes da rede municipal de ensino de Recife receberão gratuitamente duas passagens diárias para frequentarem as escolas. Eduardo anunciou em sua página no facebook que quer estender a proposta aprovada em Recife para todo o Brasil.

Perguntado se sua proposta de subsidiar o passe livre significaria elevar os juros cobrados pelos bancos oficiais aos empresários, Eduardo Campos respondeu que não. Ele disse que isso é uma questão de definir as prioridades na escolha de onde se alocam os recursos do Orçamento da União. “Aprovaram agora os 10% para a educação”, lembrou Campos, referindo-se ao Plano Nacional de Educação. “Pois é. Vai botar em que?”. “Nós vamos botar no ensino integral, porque isso muda a vida das pessoas, liberta. Está aí o exemplo da Coréia. Estão aí vários exemplos de educação bem sucedidos em municípios brasileiros, em escolas públicas estaduais brasileiras, queremos fazer exatamente esse foco”, salientou o candidato do PSB.

Sobre a proposta de manter a inflação sob controle, Eduardo ponderou que isso não significa reduzir o crescimento, como vem fazendo o governo Dilma. “Essa é a receita equivocada que a presidente Dilma está praticando e fazendo com que o país tenha o menor crescimento de toda a história republicana, desde de Deodoro da Fonseca, o juro real maior do mundo e a inflação maior do que a média histórica dos últimos 12 anos. Ou seja, nós temos uma situação que precisa ser enfrentada”. “Dilma nos dizia que era desenvolvimentista e vai nos legar o tempo de mais baixo crescimento. Ela nos dizia que ia baixar os juros, vai nos deixar os juros mais altos, exatamente no tempo em que as famílias brasileiras estão mais endividadas”, salientou Eduardo.

Ele acrescentou que 75% da população está insatgisfeita e quer mudança. “E existem dois projetos de mudança. Um projeto de mudança conservador, que já governou o país e, de outro lado, existe um projeto progressista, que entende que é fundamental unir o Brasil, preservar as conquistas sociais, não negar as conquistas que foram produzidas no Brasil nos últimos 12 anos”, adiantou. “O Brasil não aguenta mais essa disputa em que o PT diz que o PSDB não fez nada pelo Brasil e o PSDB diz que o PT é um partido cheio de corruptos que não fez nada pelo Brasil. Isso é outra inverdade. A verdade é que o Brasil deseja mudar”, afirmou Eduardo.

O candidato frisou que o governo Dilma Rousseff vem colocando em risco conquistas recentes do país. “A receita econômica de Dilma é equivocada”, comentou. Para ele, é preciso dar transparência aos indicadores econômicos do país e voltar a pensar o Brasil de modo estratégico. “Tem como tirar o Brasil desse atoleiro. Eduardo rechaçou ilação de que pudesse estar vendendo ao país uma ilusão: “Não estou vendendo ilusão, pois tenho experiência de gestor e quem já trabalhou comigo sabe que eu trabalho com planejamento e meta”, respondeu. “Tenho certeza de que conosco o Brasil vai chegar ao final de 2015 melhor do que está em 2014”.

Eduardo fez uma avaliação crítica da administração da presidente. Para ele, Dilma Rousseff perdeu a oportunidade de conduzir as mudanças que prometeu e tem imposto decepção à população. Esse quadro de desânimo, comentou, transparece também no diálogo que vem mantendo com o eleitor do Nordeste, região que garantiu ampla votação à presidente em 2010. “Há uma decepção com Dilma no Nordeste”, afirmou, declarando-se o candidato da região. “Eu vou ganhar a eleição no Nordeste, que vai me ajudar a ganhar a eleição no Brasil”, garantiu. “Não há uma obra no Nordeste que tenha sido iniciada e entregue no governo Dilma”, destacou Campos. O presidenciável relativizou o cenário retratado pelas últimas pesquisas de opinião e previu que a partir de agosto, com o avanço do processo eleitoral e da campanha, suas intenções de voto estarão traduzindo o maior conhecimento de seu nome e das propostas da aliança. “Muita gente ainda não sabe que eu sou candidato a presidente. Quando começar a campanha, vamos crescer muito”, disse.

Provocado sobre seu relacionamento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na avaliação dos jornalistas seria poupado de críticas pelo socialista, o presidenciável foi claro: “Eu não vou negar minha trajetória e minha história. As divergências com o presidente Lula que tive, eu sempre afirmei com a maior tranquilidade, agora dizer que o governo Lula não foi muito melhor do que este governo de Dilma seria negar a realidade, é só sair aí e perguntar para a população”. “Ele [Lula] não está disputando a eleição. O nosso debate é com Dilma. Ela é a candidata do PT”, afirmou. “As expectativas é que ela corrigisse as falhas do governo dele, o que não aconteceu”. Perguntado sobre o escândalo do suposto “mensalão”, cujo processo já foi encerrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Campos disse que sentiu a mesma coisa de quando ocorreu do processo de compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Por: SÉRGIO CRUZ

Fonte: Jornal Hora do Povo

Foto: Divulgação

CINEMA NO BIXIGA – Confira programação completa

Todos os sábados, às 16h, no Cine Teatro Denoy de Oliveira

Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

Entrada Gratuita

Informações: (11) 3289-7475 

 

Pelo menos 43 mil escolas brasileiras não têm como exibir filmes

Pelo menos 43 mil escolas brasileiras não estão preparadas para atender à nova lei que determina a exibição mensal de, pelo menos, duas horas de filmes produzidos no Brasil. O número corresponde às instituições que não têm televisão, de acordo com o Censo Escolar de 2013. O número aumenta quando se trata de aparelhos de DVD – do total de 190,7 mil colégios, mais de 48 mil não têm o equipamento. Em relação aos retroprojetores, que também podem ser usados na exibição de filmes, apenas um terço (63 mil) tem o equipamento.

A lei entrou em vigor no final do mês de junho. Pelo texto, a exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola. “Infelizmente, a lei ainda vai permanecer como desafio, por mais que tenha a norma, ela não será implementada imediatamente. Somos um país gigante, com muita diversidade. Temos escolas que não dispõem de recursos mínimos como TV e vídeo. Elas terão que ser equipadas”, diz o vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima.

A maior deficiência está entre as escolas públicas, de acordo com a plataforma de dados educacionais QEdu, em que 74% têm TV e 71%, DVD. Entre as particulares as porcentagens aumentam para 90% e 88% respectivamente. As escolas municipais são a maioria no Brasil (119,9 mil) e são também as que apresentam as maiores deficiências. Entre esses centros de ensino, 69% têm TV e 66%, DVD.

Alessio Lima é também secretário de Educação de Tabuleiro do Norte (CE) e diz que no município o desafio de implementar o serviço está praticamente vencido. Das 23 escolas públicas do município, 22 têm TV e aparelho de DVD. “Já temos essa prática nas escolas, de exibir filmes. Mas, agora o incentivo será para planejar a aquisição de um acervo e orientar a prática de forma sistemática”. Uma das possibilidades é que os recursos transferidos para as escolas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola sejam usados também para esse fim.

Entre os Estados, o Acre é um dos que têm a pior infraestrutura para a exibição dos filmes. No estado, 41% das escolas têm TV e 37% DVD. “Não estamos preparados, não houve planejamento, até porque eles decidiram isso sem o conhecimento das escolas. O Parlamento brasileiro deveria ouvir mais a sociedade”, diz o diretor da Secretaria de Educação do Acre, Hildo Cézar Freire Montysuma. A maior dificuldade está nas escolas da área rural, onde não há equipamentos são muito antigos, conta o professor.

No Amazonas, 35% das escolas públicas têm televisão e 30% DVD. A Secretaria de Educação, por meio da assessoria, diz que está projetando estratégias para inserir a proposta no Plano Político Pedagógico nas escolas. “Por enquanto, as ações ainda estão sendo projetadas para futura execução”, informa o órgão.

O Ministério da Educação informa que desde 1996 tem políticas de disponibilização de conteúdos audiovisuais por meio da TV Escola, do Portal da TV Escola e do Portal do Professor, além da distribuição dos kits de DVDs da TV Escola, que poderão auxiliar as redes e escolas no cumprimento da lei.

Esses conteúdos audiovisuais, com exceção dos kits de DVD da TV Escola – que são enviados somente para as escolas –, estão disponíveis para livre acesso por todos os cidadãos brasileiros que tenham captação de imagem por meio de antena parabólica, TV a cabo e acesso à internet. Além disso, o MEC diz que vem articulando com o Ministério da Cultura mecanismos e orientações para ampliar o acervo de filmes nacionais, conforme as diretrizes curriculares nacionais.

Sobre os equipamentos, a pasta estimula a aquisição do Projetor Interativo Proinfo pelas licitações de registro de preços promovidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Por se tratar de uma compra nacional, os preços são inferiores aos praticados no mercado e aos obtidos em licitações em um único município ou Estado. O projetor pode ser usado na exibição de películas.

 

Fonte: Uol Educação

 

 

Catavento Cultural terá exposição sobre evolução humana: “Do Macaco ao Homem”

O Espaço Catavento Cultural trás exposição permanente reeditando os sete milhões de anos que marcaram a trajetória evolutiva da humanidade. A mostra chamada “Do Macaco ao Homem” está prevista para a segunda quinzena de março do ano que vem com réplicas fiéis de ossadas, ferramentas, artefatos de pedra lascada e objetos do cotidiano dos primórdios da humanidade.

O projeto de parceria entre o arqueólogo e antropólogo físico Walter Neves, coordenador do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências (IB) da USP, vai expor réplicas arqueológicas e então transformar o espaço no primeiro museu de história natural na cidade de São Paulo.

O Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos já colecionava as peças há 20 anos. É a maior coleção evolutiva da América Latina. “Sempre foi um sonho compartilhar o acervo com a sociedade”, ressalta Neves.

“O principal objetivo da exposição é mostrar que os conhecimentos sobre o processo que levou ao surgimento dos hominídeos e do homem moderno já estão bastante avançados. Agora podemos caracterizar, com um elevado grau de certeza, os principais passos de nossa linhagem evolutiva”, ressalta o pesquisador da USP que levou sete anos para organizar a mostra.

O Catavento está situado no Palácio das Indústrias, antiga sede da Prefeitura, no Parque D. Pedro II, no centro da cidade de São Paulo, entre a Av. do Estado e a Av. Mercúrio.

 

Foto: Divulgação

Veja fotos da primeira roda de Capoeira da UMES

No último sábado, dia 12, foi realizada a primeira roda do grupo de Capoeira da UMES. Comandado pelo Professor Instrutor Pavio, estão sendo oferecidas aulas gratuitas para estudantes de escolas públicas da cidade. 

 

Inscreva-se já. 

 

Aulas às terças e quintas das 14h às 15h30 – Faça já a sua matrícula

A partir de 04 de Agosto turma de segunda e quarta das 19h às 21h30 – Vagas limitadas

Em breve, turmas aos sábados

Informações: 3289-7477/3289-7475 ou fabiano@umes.org.br – Tratar com Fabiano ou Luisa. 

 

 

Capoeira na UMES – Não fique fora desta!

Aulas gratuitas com o Professor Instrutor Pavio. Vagas Limitadas. 

Governo Estadual desinforma a sociedade ao anunciar 7% de reajuste aos professores

O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Educação, desinforma a sociedade ao “anunciar” pelos meios de comunicação um reajuste de 7% para os professores no mês de julho. A desinformação decorre do fato de que tal reajuste já está previsto e é de conhecimento de todos desde 2011, criado pela lei complementar 1043/2011. Os índices de reajustes aplicados desde então, anualmente, sequer repõem nossas perdas salariais acumuladas, muito menos representam ganho real de salários, como afirma o governo.

Não há nenhum ganho novo neste reajuste já previsto. Desde o segundo semestre de 2013, vimos tentando negociar com o governo estadual uma ampliação deste reajuste, baseando-nos no artigo da LC 1043/2011, introduzido por nossa iniciativa, que abre a possibilidade de revisão da política salarial. Até o momento, o Secretário da Educação respondeu com evasivas e com a afirmação de que o governo estaria discutindo uma proposta.  “Anuncia” agora, porém, o reajuste de 7%.

Os professores são, talvez, a mais importante categoria profissional da nossa sociedade. Sem professores não é possível formar todos os demais profissionais. Entretanto, segundo estudo do DIEESE, subseção da APEOESP, entre 24 categorias profissionais pesquisadas no Estado de São Paulo, os professores recebem a menor remuneração. Nossa luta é pela equiparação com as demais categorias de nível superior, iniciando-se pela aplicação do piso do DIEESE rumo a um percentual acumulado de 75,33% necessário para esta equiparação. Queremos, portanto, um plano de ganho real de salários, mas o governo os mantém em baixíssimo patamar.

Os reajustes aplicados de 2011 a 2013 representaram uma variação de 21,4% em nossos salários. Assim, seria necessário mais um percentual de 17,9% para repor as perdas acumuladas desde fevereiro de 1998, quando entrou em vigor o atual plano de carreira, que comprimiu os vencimentos do magistério e “achatou” a evolução na carreira. Veja-se, portanto, que o reajuste de 7% a ser aplicado em julho é insuficiente para repor as perdas, muito menos para garantir aumento real.

Frente ao descaso do governo com as nossas necessidades, cujo atendimento é essencial para a melhoria da qualidade da educação, não nos resta alternativa. Seja agora, seja no segundo semestre ou a qualquer momento, vamos à greve para que o governo negocie e atenda nossa reivindicação.

Na Prefeitura de São Paulo, o reajuste foi de 15,38% e, ainda assim, a categoria continua a luta por um percentual maior. No Estado mais rico da federação, não vamos nos contentar com um percentual que não representa efetiva valorização do magistério. Em período eleitoral ou não, vai haver greve. Este governador corre o risco de terminar seu mandato como Serra, sob uma campanha dos professores por dignidade profissional, salários justos, condições de trabalho e sob uma mobilização social por melhor qualidade da educação.

Nossa luta não para e vamos até o fim!

 

Maria Izabel Azevedo Noronha – Presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo