23º Congresso: Marcos Kauê, da ETEC de Esportes, é eleito presidente da UMES

Cerca de 500 delegados e delegadas estiveram presentes no 23º Congresso da UMES na última sexta-feira (30). Representando 100 diferentes escolas da cidade, a delegação definiu as bandeiras da entidade para os próximos dois anos de gestão e elegeu a nova diretoria, que terá como responsabilidade representar e lutar pelos direitos dos 4 milhões de estudantes secundaristas de São Paulo. Marcos Kauê, estudante da ETEC de Esportes, foi eleito presidente da UMES.

 

 

Na abertura do congresso estiveram presentes diversas autoridades. Dirigida pelo então presidente, Rodrigo Lucas e pelo vice-presidente da entidade, Marcos Kauê, a solenidade contou com Ubiraci Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Lindolfo dos Santos, também da CGTB; Valério Benfica, representante do Ministério da Cultura no Estado de São Paulo; Senador Eduardo Suplicy (PT-SP); Marlene Nicolau, presidente da Microcamp; Nathália Tuffi, vice presidente da Microcamp; Roberto Guido, diretor da Apeoesp; Márcia Campos, da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fdim); José Marcelino, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Miguel Manso, secretário nacional de organização do Partido Pátria Livre (PPL); Gabriel Alves, da Juventude Pátria Livre (JPL); Iara Cassano, secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE); Caio Plessmann de Castro, diretor do CPC-UMES; Ilda Fiore, da Confederação de Mulheres do Brasil (CMB); Lídia Correa, da Federação de Mulheres Paulistas (FMP); Alfredo de Oliveira Neto, do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB); Wesley Machado, diretor de Cultura da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); Ângela Meyer, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES).

Na parte da tarde, divididos entre as mesas de debate de Educação, Cultura e Movimento Estudantil, os estudantes presentes no 23º Congresso da UMES apresentaram suas principais reivindicações e contribuições. Dos debates foram sistematizadas propostas que foram apresentadas para aprovação na plenária final e que orientarão a ação da nova diretoria eleita.

 

Plenária Final

 

Na plenária final foram aprovadas propostas como a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade através da luta intransigente da UMES em defesa da destinação de  10% do PIB para a educação pública; a regulamentação da lei nacional de meia entrada; não à privatização do pré-sal; fim da aprovação automática, entre outras.

Por unanimidade, a chapa “Eu quero outra escola”, encabeçada por Marcos Kauê, Thiago César (vice-presidente), Samuel de Oliveira (secretário-geral) e Thaisa Maria (tesoureira-geral) foi eleita.

 

Crédito Fotos: César Ogata

 

 

23º Congresso da UMES: Acompanhe a abertura solene

 

Na manhã desta sexta-feira (30) foi realizada a abertura solene do 23º Congresso da UMES no Palácio do Trabalhador. O presidente da entidade Rodrigo Lucas ressaltou as importantes vitórias que o biênio que se encerra hoje conquistou.

“Tivemos importantes conquistas neste período. A aprovação da lei da meia-entrada, a defesa dos royalties para a educação, assim como a batalha contra o leilão do Campo de Libra, no pré-sal, contaram com a garra dos estudantes da nossa cidade. E pra nova geração que assumirá a UMES a partir de hoje não será diferente. Eles terão muito trabalho pela frente”, destacou Rodrigo.

Cerca de 500 estudantes de diversas escolas da cidade receberam as autoridades que saudaram a UMES e seus 30 anos de história.

Ubiraci de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) denunciou as tentativas do atual governo de retirar os direitos dos estudantes. “O povo elege, mas se trair a gente tira. E para isto a gente conta com a juventude”, bradou entre aplausos.

O Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também participou da solenidade e saudou a história de lutas da entidade que completa 30 anos que, segundo ele “é uma atuação exemplar na história do movimento estudantil e em defesa da educação pública”.

Ilda Fiore, da Confederação de Mulheres do Brasil (CMB) pontuou a atuação da UMES junto às lutas das mulheres: “Gostaria de saudar esta gestão que tocou esta entidade tão bem nos últimos dois anos e dizer que a atuação da UMES junto ao movimento de mulheres foi fundamental. Esta é a principal entidade na defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Convoca  seus companheiros estudantes a combater e ser a frente que o Brasil precisa”.

O diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Roberto Guido, foi saudado com a palavra de ordem “O Professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e denunciou o descaso do governo do Estado para com a educação: “Um dos passos para conseguir a outra escola de que tanto fala a UMES é fazer com que o piso dos professores seja cumprido”.

Iara Cassano, secretária geral da União Nacional dos Estudantes (UNE) ressaltou a atuação da UMES na defesa de um Plano Nacional de Educação (PNE) que defenda o ensino público.

“A UMES esteve dentro do Congresso, ocupando as ruas enquanto o governo defendia menos verbas para a educação”, lembrou.

Para Valério Benfica, representante do Ministério da Cultura no Estado de São Paulo, a UMES é “nota 10”.

“Não existe reivindicação e manifestação importante que a bandeira da UMES não esteja tremulando”.

José Marcelino, que representou na solenidade a Campanha Nacional pelo Direito à Educação afirmou: “A UMES está junto das mais de 100 organizações que lutam por uma escola pública, gratuita e de qualidade. Se o congresso estiver vazio, o que prevalecerá será a força do capital”, referiu-se a atuação da diretoria da entidade no Congresso Nacional na briga pela aprovação do PNE.

Além dessas autoridades, compuseram a mesa de abertura do encontro Marcos Kauê, vice-presidente da UMES; Lindolfo dos Santos, da CGTB; Marlene Nicolau, presidente da Microcamp; Nathália Tuffi, vice-presidente da Microcamp; Marcia Campos, da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fdim); Miguel Manso, secretário nacional de organização do Partido Pátria Livre (PPL); Gabriel Alves, coordenador nacional da Juventude Pátria Livre (JPL); Caio Plessmann, diretor do CPC-UMES; Lídia Correa, da Federação de Mulheres Paulistas (FMP); Alfredo de Oliveira Neto, do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB); Wesley Machado, diretor de Cultura da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Ângela Meyer, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES).

Na parte da tarde os delegados e delegadas se reunião em salas que debaterão Cultura, Educação e Movimento Estudantil , de onde sairão as propostas e resoluções do 23° Congresso da UMES. 

 

Os Azeredo mais os Benevides no programa Em Cartaz

Confira entrevista da atriz Telma Dias do elenco de Os Azeredo mais os Benevides ao programa Em Cartaz, da TV Aberta. 

 

Clique na imagem para assistir o vídeo

 

OS AZEREDO MAIS OS BENEVIDES – ÚLTIMAS SEMANAS

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 21h; Domingos 20h

Temporada: 9 de Maio a 8 de Junho

Direção: João das Neves

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

Mobilização para o 23º Congresso da UMES a todo vapor na região central da cidade

Na região central, a eleição de delegados ao 23º Congresso da UMES está a todo vapor! A região reúne escolas importantes da cidade e que um dia já foram modelos de qualidade. É justamente esta denúncia que as lideranças se preparam para fazer no congresso e garantem que levarão a diante a luta por uma escola pública gratuita e de qualidade.

 

Pedágio para arrecadação de credenciamentos para o 23º Congresso da UMES

 

EE Caetano de Campos – Consolação.

 

Em uma das escolas mais antigas e tradicionais da cidade, a EE Caetano de Campos da Consolação, a eleição dos representantes para o 23º Congresso da UMES foi bastante disputada, conta Islan Gonçalves, que é da diretoria da UMES e estudante da escola.

Ele, que também é diretor Social do grêmio estudantil diz que lá a indignação com o sucateamento das escolas públicas é ainda maior: “Lá, temos um gigantesco teatro que já foi palco de atividades importantes e que ao invés de estar sendo usando pelos estudantes, foi abandonado ao ponto de ter sido invadido pelo movimento sem teto”, conta. “Além disso, a escola, que já foi modelo um dia, passam meses e meses sem professor de disciplinas fundamentais, como matemática, por exemplo”.

“Este congresso tem sido muito importante para despertar a consciência nos estudantes e trazê-los para lutar. Ao ver alunos de diversas escolas, que sofrem dos mesmos problemas, reunidos no Congresso, com certeza nossa força será outra”.

 

ETEC Getúlio Vargas

 

Outro modelo de tradição e qualidade é a Escola Técnica Getúlio Vargas, localizada no bairro do Ipiranga. No entanto, como nos conta a delegada Juliana de Carvalho, hoje em dia não é mais bem assim.

“A GV já foi uma das melhores escolas do país e quando ingressamos lá cheio de expectativas vemos que a coisa é completamente diferente”, afirma a aluna do 2º ano do Ensino Médio integrado ao técnico de Edificações. “Os representantes da GV foram escolhidos por voto e realmente vão para o Congresso interessados e dispostos a mudar. Vamos denunciar a falta de interesse do governo estadual em investir nas ETECs”, afirma.

Juliana também é candidata a presidente do Grêmio da GV, e garante que ter a entidade forte na escola vai mobilizar mais os estudantes. “Nosso exemplo é a UMES, que já conquistou muita coisa ao longo destes 30 anos de história”.

 

 

 

 

Os Azeredo mais os Benevides – Últimas Semanas – Veja imagens

OS AZEREDO MAIS OS BENEVIDES

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 21h; Domingos 20h

Temporada: 9 de Maio a 8 de Junho

Direção: João das Neves

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Cenotécnico: Edson Freire Vieira

Assistente de Figurino: Arieli Marcondes

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

 

Professores da rede municipal decidem manter greve

Os professores da rede municipal da cidade de São Paulo decidiram em assembleia na última terça-feira (27) manter a greve que já dura 35 dias.

Cerca de 3 mil docentes se reuniram em frente a prefeitura após passeata pelas Avenidas Paulista e Consolação.

Os profissionais em greve exigem incorporação imediata de bônus aos salários. Um projeto da Prefeitura se compromete a incorporar o percentual aos salários, porém, somente em 2015, de forma escalonada e sem maiores definições.

O mesmo projeto concedeu bônus de 15,38%, o que elevou o salário dos professores com jornada de 40 horas para R$ 3 mil, quando o valor era de aproximadamente R$ 2.600. Além deste percentual, a prefeitura concedeu aumento de 13,43 aos demais profissionais que não recebem o piso.

Além da incorporação imediata do bônus, os professores ainda reivindicam maior segurança nas escolas, redução do número de alunos por sala, entre outras.

Além dos professores, servidores de várias áreas da administração municipal participaram do ato e decidiram entrar em greve a partir desta quarta-feira (28).

Segundo Vlamir Lima, dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindisep), a prefeitura quer negociar as reivindicações por categoria, enquanto a entidade propõe um acordo conjunto. Eles pedem 11,43% de reajuste salarial com reposição da inflação e piso de R$ 820. Hoje o piso é de R$ 755. O sindicato representa 212 mil servidores, aponta Lima, das áreas de cultura, saúde, educação, entre outras.

Com informações: Sinpeem e Folha de São Paulo

 

Censo: 65% das escolas brasileiras não tem biblioteca

Em três anos, parcela de unidades de ensino equipadas com espaços adequados para leitura passou de 33,5% para apenas 35%

 

“Não pedem para eu ler muito aqui, não. Mas também não faço tanta questão assim. Acho meio chato”. Assim, Adriel Ferreira, 11 anos, aluno do 5º ano de uma escola municipal de Belford Roxo (RJ), um menino como milhões de outros país afora, resume espontaneamente o desinteresse pela leitura, reforçado por um dado preocupante, mas nada surpreendente: a escola dele integra o gigantesco grupo de 65% de unidades de ensino, públicas e privadas, sem bibliotecas no Brasil. Os números, presentes no Censo Escolar 2013 e compilados pelo portal Qedu, mostram que, desde 2010, quando entrou em vigor a lei 12.244 — que obriga todos os gestores a providenciar, até 2020, espaços estruturados de leitura em seus colégios —, a situação praticamente não evoluiu. Naquele ano, só 33,1% das escolas tinham bibliotecas; em 2013, eram 35%.

 

Fora do orçamento das escolas

 

Os baixos percentuais de cobertura levam educadores a não acreditar que a lei será cumprida até 2020. Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, defende a extensão do prazo. Ela trabalha no projeto Eu Quero Minha Biblioteca, que ajuda professores, diretores, pais e alunos a requisitar e implantar bibliotecas nas escolas. Seu trabalho envolve articulações com secretarias de Educação e o MEC:

 

“Há pouco conhecimento sobre o texto da lei e pouquíssima referência sobre o impacto que uma boa biblioteca pode causar. Não há ainda uma tradição no país de incluir as bibliotecas no orçamento das escolas. O que não pode haver é um improviso. É preciso haver lugares adequados para a leitura, não adianta ter livros num caixote”.

Fonte: O Globo

Universidades paulistas iniciam greve contra “reajuste zero”

USP, Unesp e Unicamp iniciaram paralisações. Para sindicatos das diferentes categorias, “proposta de 0% é irresponsável e até mesmo uma provocação”

 

Professores, funcionários e alunos das universidades estaduais paulistas – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) – aprovaram greve por tempo indeterminado em resposta à decisão dos reitores das três instituições de propor reajuste de 0% para o conjunto dos servidores neste ano.

Para os reitores o motivo de não ser corrigido, nem ao menos o valor da inflação, é o alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamento, que segundo eles deveria estar em 85% mas está em 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp.Alexandre Pariol, diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP (Sintusp), afirmou que os servidores estão “indignados” com a decisão do Cruesp e que todo “trabalhador tem direito a repor ao menos as perdas da inflação”. “Se o Cruesp fala em crise nas universidades, não fomos nós que fizemos a crise. Proposta de 0% é irresponsável e até mesmo uma provocação”, disse Pariol.

O STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) afirma em nota que a proposta apresentada pelo Cruesp é “desrespeitosa e recoloca a lógica do arrocho salarial que as categorias vinham superando nos últimos 10 anos”. Segundo a categoria, a última vez em que os reitores ofereceram reajuste zero foi em 2004 e isso “levou a uma greve histórica”.

Desde 1989, fruto do decreto nº 29.598 do então governador Orestes Quércia, o orçamento das universidades paulistas é fundamentado com repasse do governo estadual oriundo das arrecadações do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Estado, garantindo assim a autonomia das universidades. O percentual hoje é de 9,57%.

As entidades defendem que o governo Alckmin (PSDB) aumente para 11,6% o repasse.

Porém o governo tucano além de não reajustar o repasse vem sonegando verbas as instituições e isso é o que leva as universidades a esta crise financeira.

Segundo denuncia o Fórum das Seis – fórum que reúne os sindicatos dos docentes e funcionários das três universidades (STU, Sintusp, Sinteps, Sintunesp, ADUSP, Adunesp, Adunicamp) “por conta de manobras contábeis, só em 2013, o governo estadual deixou de repassar R$ 540,41 milhões às universidades. e o desvio de recursos vem crescendo”. Segundo a entidade esse valor chega há R$ 2 bilhões.

Segundo o Dr. Sérgio Cruz, clinico geral do Hospital Universitário da USP, “É uma falta de respeito à reitoria jogar nas costas dos docentes e funcionários a responsabilidade pela crise financeira. Não foram os reajustes do plano de cargos que provocaram o desequilíbrio e sim a redução de verbas repassadas pelo governo Alckmin. Os tucanos não estão repassando os 9,57% do ICMS determinados pela Lei”.

Os dados extraídos pelo Fórum são da Secretaria de Estado da Fazenda e do Creusp. Em 2008 R$152,21 milhões não foram repassados as universidades, em 2009 – R$183,54 milhões, em 2010 – R$259,14 milhões, em 2011- R$319,56 milhões, em 2012 – R$321,26 milhões, em 2013 – R$540,41 milhões. O Fórum das Seis explica que “a composição destes valores é resultado de descontos indevidos dos montantes destinados à Habitação e ao programa Nota Fiscal Paulista (NFP), bem como das alíneas de execução orçamentária desconsideradas pelo governo no cômputo dos 9,57% devidos à Unesp, Unicamp e USP”.

Levando em conta a reposição da inflação segundo o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas o Fórum concluiu que nos últimos seis anos o governo tucano desviou R$ 2 bilhões do ensino superior paulista.

“Os números anteriores retratam um problema crônico, que é central na nossa luta, tanto com o governo do Estado, quanto com o Cruesp, que vem se submetendo a esta prática política. Assim, será necessário intervir com energia no debate da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, para reverter a sonegação de recursos para a educação superior pública paulista. Ao mesmo tempo, não vamos aceitar o discurso fácil da “falta de recursos” nesta data-base. Não vamos permitir que as contas das universidades sejam “equilibradas” com o corte em itens fundamentais para a comunidade, como o poder aquisitivo dos salários, as condições de trabalho, a permanência estudantil, entre outros”, assevera o Fórum das Seis.

Além de funcionários e professores, parte dos alunos das universidades também estão aderindo à paralisação em solidariedade com os professores e funcionários e também além do protesto à redução de verba destinada à pesquisa, reposição de materiais, manutenção de laboratórios, hospitais universitários, e ao ensino.

Por MAÍRA CAMPOS

Fonte: Hora do Povo

 

23º Congresso da UMES: Acompanhe a mobilização na Zona Leste da cidade

O processo de eleição de delegados para o 23º Congresso da UMES está mobilizando centenas de estudantes de diversas escolas das regiões da cidade. Na zona leste, por exemplo, a turma promete levar ao encontro do próximo dia 30 uma grandiosa delegação de lideranças que estão com as reivindicações por uma educação pública, gratuita e de qualidade na ponta da língua!

É o caso da EE Dário de Queiroz, localizada em São Miguel Paulista. Lá, com o grêmio recém eleito, a galera está se preparando para, junto aos demais estudantes da cidade, mudar a educação.

Como conta o João Alexandre de Sá, presidente eleito do grêmio estudantil do Dário e delegado ao 23º Congresso Da UMES,  a assembleia que elegeu os representantes na escola foi nota 10. “Além dos delegados e suplentes, temos uma delegação de cerca de 40 alunos confirmados para participar do 23º Congresso da UMES, que se depender de nós, será um dos melhores”, diz.  Segundo João, as propostas discutidas na eleição e que serão levadas para o encontro são o fim da aprovação automática e o problema da falta de professores. “Se acabarmos de uma vez por todas com a aprovação automática, os estudantes terão vontade de estar na escola e se dedicarão mais, porque terão mais perspectivas para o seu futuro. A gente quer estudar e aprender”, conta. “Tenho certeza que sairemos do congresso unidos para mudar a educação”, completa.

 

 

Geovana Villanova, delegada eleita da EE Barão de Ramalho, também espera muitas mudanças com este processo. “Só a tiragem de delegados já foi ótima, pois discutimos educação e mostramos os problemas que enfrentamos aqui. O pior deles é a quantidade de aulas vagas que todas as séries tem”, conta a aluna do 1º ano do Ensino Médio, que também é diretora de gestão do grêmio da escola. “Somando forças com a UMES conquistaremos mais coisas”.  

 

 

 

Organize sua escola e participe do 23º Congresso da UMES!

Local: Sindicato dos Metalúrgicos de SP – Rua Galvão Bueno, 782 – Liberdade

Data: 30 de Maio de 2014

Horário: A partir das 9 horas

Informações e contato: 3289-7477 ou na sede da UMES da sua região. 

 

 
 

 

 

 

 

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Viver

Neste sábado, 24/05, o Cinema no Bixiga apresenta apresenta o filme “Viver”. A sessão inicia às 16 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. Entrada é franca!

 

VIVER

Akira Kurosawa (1952), com Takashi Shimura, Shin-iti Himore, Haruo Tanaka, JAPÃO, 143 min.

 

Sinopse

Kanji Watanabe é um insensível burocrata que vive encerrado no escritório de uma repartição em Tóquio. Não falta ao trabalho, porém nunca lê os papéis que carimba sem parar. Viúvo desde jovem, permaneceu solteiro para cuidar do filho, mas este o trata com indiferença. Surpreendido pela descoberta de um câncer no estômago, ele desperta e inicia uma busca pelo sentido da vida.

  

Direção e Argumento Original: Akira Kurosawa (1910-98)

Nascido em Oimachi, distrito de Tóquio, Akira Kurosawa, um dos mais brilhantes e influentes cineastas do mundo, estudou desenho no Centro Proletário de Pesquisas de Arte. Trabalhou como ilustrador de revista e assistente de direção no Estúdio PCL (hoje, Toho). Sua estreia como diretor se deu em 1943, com “A Saga do Judò”. Crítico do fascismo japonês, mas também da colonização cultural americana que sobreveio à ocupação, criou o gênero samurai– baseado no valor da preservação da honra em qualquer situação – que celebrizou o cinema do Japão. Amante da literatura ocidental, transpôs para o ambiente japonês clássicos de Gorki, Dostoievsky e Shakespeare. Realizou 30 filmes, entre os quais  “Rashomon (1950), Leão de Ouro no Festival de Veneza; “O Idiota” (1951); “Viver” (1952); “Os Sete Samurais” (1954), Leão de Prata em Veneza; “Trono Manchado de Sangue” (1957); “Ralé” (1957); “A Fortaleza Escondida” (1958), Urso de Prata no Festival de Berlim; “Yojimbo” (1961); “Céu e Inferno” (1963); “Dodeskaden” (1970); “Dersu Uzala” (1975), Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Medalha de Ouro no Festival de Moscou; “Kagemusha” (1980); ”Ran” (1985), Palma de Ouro em Cannes e César de Melhor Filme Estrangeiro; “Rapsódia em Agosto” (1991).

 

Música Original: Fumio Hayasaka (1914-55)

 

Fumio Hayasaka nasceu em Sendai, na ilha japonesa de Honshu. Criado em Sapporo, foi um compositor autodidata.  Organizou, em 1933, com Akira Ifukube, outro autodidata, famoso por suas músicas nos filmes da Toho,  a Shin Ongaku Renmei (Liga da Nova Música). Em 1935, compôs sua primeira peça orquestral, “Prelúdio Para Dois Hinos”.   Mudou-se para Tóquio em 1939, dando inicio à carreira de compositor de trilhas para mais de 90 produções cinematográficas, onde se incluem “Rashomon” (Akira Kurosawa,1950),  “Viver” (Akira Kurosawa, 1952), “Contos da Lua Vaga” (Kenji Mizoguchi, 1953),  “Os Sete Samurais” (Akira Kurosawa, 1954). Foi membro da associação de compositores Shin Sakkyokuha Kyokai. Em 1950, fundou a Associação de Música de Cinema.