CPC-UMES promove lançamento de DVDs da série Cinema Soviético

O lançamento dos dois primeiros DVDs da série dedicada ao cinema soviético dos anos 30, 40 e primeira metade da década de 50, licenciados com exclusividade ao CPC-UMES pelo estúdio Mosfilm, acontece no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, no dia 4

 

No próximo dia 4, o CPC-UMES fará o lançamento dos dois primeiros DVDs da série Cinema Soviético, com evento no Teatro Denoy de Oliveira, às 20h30.

Os filmes são “Lênin em Outubro” e “Volga-Volga”, que fazem parte dos 14 títulos da série que serão lançados este ano pelo Centro Popular de Cultura, em sua maioria clássicos do cinema soviético dos anos 30, 40 e primeira metade da década de 50 pouco ou quase totalmente desconhecidos no Brasil.

“Lênin em Outubro”, de 1937, é um desses clássicos. Dirigido por Mikhail Romm, o filme, que se passa em 1917, tem no elenco Boris Shchukin, Nikolai Okhlopkov, Yelena Shatrova e Vasili Vanin. Unidades do exército sublevadas contra o governo Kerenski, Lênin na reunião do Comitê Central, de 10 de outubro, quando derrota as resistências de Zinoviev, Kamenev e Trotsky para deflagrar a insurreição e as forças contrarrevolucionárias em uma caçada para matar o líder dos bolcheviques são alguns dos acontecimentos que se precipitam em ritmo veloz até o momento final.

Já “Volga-Volga” é uma comédia musical do diretor Grigori Aleksandrov, que de 1934 a 1947 realizou um ciclo de filmes do gênero estrelados por Lyubov Orlova, cantora e atriz extremamente popular na União Soviética, que obtiveram estrondoso sucesso na época.

Aleksandrov foi parceiro de Eisenstein e coescreveu o roteiro de “A Greve” (1924), codirigiu “Encouraçado Potemkin” (1925), “Outubro” (1928) e “Linha Geral” (1929). Em 1930 acompanhou Eisenstein em sua viagem aos EUA, participou, em 1932, das filmagens do inacabado “Que Viva México!”, e em 1979 concluiu uma edição das imagens colhidas nesse trabalho.

“Volga-Volga” conta a história de dois grupos rivais de artistas amadores – um erudito e outro popular – que deixam a aldeia e vão a Moscou para participar de um concurso de talentos, acompanhados pelo burocrata Byalov, que pretende utilizá-los em proveito de sua ascensão.

A ideia do CPC-UMES de lançar em DVD uma série dedicada ao cinema soviético é antiga, mas foi reforçada pelas sessões de cinema que acontecem todos os sábados no Cine-Teatro Denoy de Oliveira e pelo desconhecimento e difícil acesso em DVD da cinematografia soviética do período posterior aos anos 20.

“Os filmes são profundos, comoventes, verdadeiros. E é preciso vê-los, pois não fica bem formar juízos a partir de preconceitos”, afirma Susana, referindo-se a opiniões correntes de que as produções do chamado realismo socialista são simplistas, dogmáticas e de baixa qualidade artística.

O contrato de licenciamento com o Mosfilm para a distribuição dos DVDs é o primeiro firmado com uma instituição no Brasil, após negociação de mais de um ano e a ida de Bernardo Torres e Susana Lischinsky, representantes do Núcleo de Cinema do CPC-UMES, à Rússia.

O Mosfilm, hoje o maior estúdio de cinema da Europa, tem em seu acervo mais de 2.500 filmes.

“O estúdio está produzindo cerca de 100 filmes por ano. É dirigido desde 1998 por Karen Shakhnazarov, um cineasta de obra sólida, criativa e coerente. Em 2012, “Tigre Branco”, filme dirigido por ele, recebeu indicação para o Oscar de melhor filme estrangeiro”, conta Bernardo, que ressalta a importância do licenciamento das obras feito pelo CPC-UMES, porque garante o acesso à matriz original ou restaurada, em ambos os casos a uma matriz analógica.

“Tem muito DVD no mercado que é cópia da cópia. E o cara que faz essa lambança, copiar um arquivo que já está comprimido, vende assim para a loja, que por sua vez repassa ao público. Ele não está nem aí para a licença, que lhe daria a chance de oferecer um produto com melhor acabamento. Esta é a medida do respeito que tem pela arte, pelo público, pelos autores e produtores das obras – e também por si próprio”, afirma.

 

Dia 4 de abril (sexta-feira), às 20h30. Cine-Teatro Denoy de Oliveira. Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. Informações, 3289 7475.

 

Fonte: Hora do Povo

Estudantes e entidades denunciam manobra de relator no texto do PNE

“O texto apresentado pelo deputado Vanhoni admite investimento público nas instituições privadas por meio de bolsas no Brasil e no exterior”, denunciam

 

“Com o relatório apresentado pelo deputado Vanhoni está sendo orquestrado pelo governo federal um golpe contra a educação brasileira”, afirmou Iara Cassano, secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE) ao denunciar a manobra realizada pelo relator no parecer do Plano Nacional de Educação (PNE), apresentado na última semana na Comissão Especial Câmara dos Deputados que analisa o substitutivo do texto aprovado pelo Senado.

Segundo Iara, “com o atual relatório a discussão que há quatro anos fazemos, desde a Conferência Nacional de Educação (CONAE) para alcançar uma educação pública de qualidade, é perdida. De nada adianta manter a Meta 20 como estava no texto originário da Câmara, onde se garante a ampliação do investimento público em educação pública, se no parágrafo 4° do artigo 5º da lei se mantém o que veio do Senado”.

 

MANOBRA

Em seu parecer, o deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), alterou o texto da Meta 20 do PNE, trazendo novamente a palavra “pública” ao definir a destinação de investimento mínimo dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), para a educação. “Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio”, afirma o texto, que foi defendido pelas entidades e movimentos ligados à educação.

Entretanto, a manobra realizada pelo relator consiste em manter o 4º parágrafo do artigo 5º da lei do PNE. O texto não constava no projeto aprovado na Câmara em 2012 e foi gerido no Senado, que deu um caráter privatista ao plano.

O texto do parágrafo considera que o investimento público em educação “engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos programas de expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil e o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial”.

“O texto apresentado pelo deputado admite investimento público em instituições privadas por meio de bolsas no Brasil e no exterior, financiamento estudantil, além de incentivo e isenção fiscal, ou seja, o financiamento público também vai incluir o ProUni, Fies, Pronatec, etc”, ressaltou Iara.

 

INCOERÊNCIA

Para os membros do Fórum Nacional de Educação (FNE) há uma incoerência no texto apresentado por Vanhoni. O Grupo de Trabalho de Acompanhamento da Tramitação do PNE se reuniu, na quarta-feira (26), com o relator do projeto para apontar a deficiência no texto.

O FNE não concorda com o escrito, no Parágrafo 4 do Artigo 5º, que trata desta destinação. Segundo a entidade que une poder público e sociedade civil, a leitura abre brechas para investimento em educação privada e não apenas pública.

Também na quarta-feira, em Brasília, os estudantes deram início a Jornada Nacional de Lutas da Juventude. Os jovens organizados em diversas entidades estudantis, juventudes partidárias e movimentos sociais realizaram manifestação com mais de duas mil pessoas que saiu do Museu Nacional e foi até o Congresso Nacional exigindo que o PNE garanta os investimentos públicos para as instituições públicas de ensino.

“Há quem diga que as vagas do ProUni e do Fies são vagas públicas, porém não são e nosso objetivo é que esses programas sejam superados, que as universidades e todo o ensino verdadeiramente público seja a política de estado. O ProUni e o Fies são valorosos como medidas emergenciais e foram crucial para o país, mas não podem se tornar o pilar da educação brasileira. Educação, formação de ciência e tecnologia são setores estratégicos para o desenvolvimento e independência da nação e não podem ficar submissos ao setor privado”, ressaltou a secretária-geral da UNE.

Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL) é “fundamental os 10% do PIB de gastos públicos para a educação pública. Não aceitamos que transferência de recursos públicos para o setor privado através do ProUni, do Fies, do Pronatec, sejam incluídos nos 10%. Eles tem que ser por fora disso. Por isso o relatório do deputado Ângelo Vanhoni precisa explicitar o que é um gasto público com educação pública”.

A avaliação da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) sobre o atual relatório debatido na Câmara é de que ele “não atende as principais reivindicações da sociedade, referentes à destinação de 10% do PIB para a educação pública”. Segundo a entidade, o texto retira “verbas da educação pública – remetendo parte significativa para o setor privado –, também compromete a responsabilidade do Estado para com a expansão das vagas públicas nos diferentes níveis, etapas e modalidades, e, pior, confunde o caráter público da educação, na medida em que a meta 20 aponta, explicitamente, que os investimentos públicos deverão ser destinados à educação pública”.

 

VOTAÇÃO

A votação do PNE pela Comissão Especial que o analisa foi confirmada para a próxima quarta-feira, 2 de abril. A CONTEE conclamou suas entidades filiadas e todos que defendem a educação a intensificarem a mobilização para assegurar um PNE que represente um real compromisso com a educação pública, prioritária para o desenvolvimento nacional, dever do Estado e direito de cada cidadão.

 

Fonte: Hora do Povo

UMES realiza seminário de formação de lideranças estudantis

A UMES realiza, neste final de semana, seminário de formação que reunirá lideranças estudantis de escolas de todas as regiões de São Paulo. No encontro, os estudantes irão debater Educação, Cultura e Movimento Estudantil.

Estão convidados para participar do seminário o secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, o diretor do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP), Roberto Guido, a secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iara Cassano, a ex-presidente da UMES, Priscila Casale, o presidente do Centro Popular de Cultura (CPC-UMES), Gabriel Alves, e o diretor do CPC, Caio Plessmann.

“A situação da educação está cada vez pior. Temos aulas vagas praticamente todos os dias, a aprovação automática acabando com as perspectivas dos estudantes, falta de estrutura, falta de condições dignas para os nossos professores. Isso é o que vamos debater no nosso encontro e preparar a nossa luta para enfrentar essa situação caótica que não pode continuar”, afirmou Rodrigo Lucas, presidente da UMES.

Rodrigo lembrou que os estudantes conquistaram no município de São Paulo o fim da aprovação automática e que “o objetivo é fortalecer nossa mobilização para que seja conquistado também na rede estadual”.

Além disso, o presidente da UMES destaca a defesa da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) com 10% de investimento do PIB em educação pública. “Os estudantes, junto com professores e demais setores da educação em todo o país estão mobilizados para que o projeto que seja aprovado no Senado seja o que garante o investimento público em educação pública”. “Ao contrário do que vêm sendo feito nos últimos anos, do governo federal financiar o ensino privado, defendemos que o investimento seja destinado às universidades e escolas públicas”, ressalta Rodrigo, convocando os grêmios e lideranças para se somarem à UMES nessa luta.

 

Para mais informações sobre o seminário, entre em contato através do e-mail umes@umes.org.br.

PNE: relatório de Vanhoni tira verbas da educação pública

Parecer mantém o parágrafo 4º do artigo 5º, oriundo do Senado, que distorce o texto original do PNE, garantindo verba pública “na forma de isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento”

 

O relatório apresentado pelo deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), relator do Plano Nacional de Educação (PNE) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o substitutivo do texto aprovado pelo Senado, contrariou as reivindicações dos setores de educação – e também o texto originário da Câmara – quanto à destinação de recursos públicos para a educação pública.

A principal polêmica do texto, diz respeito ao aporte de recursos que devem chegar a 10% do PIB para a educação em 10 anos segundo o plano. De um lado, uma redação, elaborada na Câmara com o apoio das entidades ligadas à educação que obriga a União a destinar esses investimentos somente em educação pública. De outro, a posição do governo abraçada pelo Senado, que defende que esses recursos devem ter como destino também a educação privada (hoje dominada por estrangeiros atrás de lucro), através de programas de financiamento e desonerações de impostos que ofertem vagas gratuitas, como é o caso do Prouni, Fies e Pronatec.

O relatório de Vanhoni substitui na Meta 20 (em anexo no documento), a redação do Senado, e mantém a inicial da Câmara, que diz: “Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio”.

No entanto, no Artigo 5º, inciso 4 do documento, que é o que de fato dará força de lei e regulamentará as metas anexas, o relatório mantém a redação do Senado e se torna incoerente ao indicar que os recursos serão aplicados “nos programas de expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil e o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma do art. 213 da Constituição Federal”.

“O relator manteve o texto aprovado pelo Senado, que abre concessões ao financiamento público para programas e políticas educacionais, inclusive as abrangidas pela obrigatoriedade da oferta pública, como no caso da pré-escola. A CNTE vê com muita preocupação essa redação, que além de retirar verbas da educação pública – remetendo parte significativa para o setor privado –, também compromete a responsabilidade do Estado para com a expansão das vagas públicas nos diferentes níveis, etapas e modalidades, e, pior, confunde o caráter público da educação, na medida em que a meta 20 aponta, explicitamente, que os investimentos públicos deverão ser destinados à educação pública”, opinou a entidade em nota.

O educador Luiz Araújo, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no governo Lula, avalia que Vanhoni “acendeu uma vela para Deus e outra para o Diabo”, quando alterou a palavra ‘pública’ na meta 20, mas manteve a redação do Senado no Artigo 5º.

“A mudança destes itens do relatório do deputado Vanhoni são fundamentais para que o PNE apresente clara sinalização de aumento da responsabilidade do Poder Público com a oferta educacional, postura que é condizente com o disposto em nossa Carta Magna. Corrigir o relatório é urgente!”

Outra questão polêmica no texto diz respeito à responsabilidade da União sobre o Custo Aluno Qualidade Inicial (Caqi). No texto originário da Câmara, a meta 20 do documento dizia que “Caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ”.

Esta emenda foi suprimida tanto no Senado quanto no relatório apresentado por Vanhoni, desresponsabilizando a União de contribuir com a educação básica.

De acordo com análise da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), “o novo relatório não atende as principais reivindicações da sociedade referentes à destinação de 10% do PIB para a educação pública e à complementação da União ao Custo Aluno Qualidade (CAQ) – pontos que tinham sido aprovados no primeiro substitutivo da Câmara dos Deputados”.

As entidades, que se comprometem a realizar uma grande campanha para que a educação pública e a responsabilidade da união por sua qualidade sejam garantidas no PNE. Sobre a tramitação, elas dizem ser imprescindível que aconteça ainda no primeiro semestre, para não ser prejudicada pelo calendário eleitoral. A expectativa é que a matéria possa entrar em pauta já nesta quarta-feira (26).

 

Fonte: Hora do Povo

Arrocho salarial começa a parar as universidades públicas federais

Professores universitários e outras categorias do funcionalismo estão em luta contra o arrocho salarial

 

A paralisação dos técnico-administrativos contra o arrocho salarial já atinge 23 universidades federais. Na segunda-feira (24) pararam a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e Universidade Federal do Tocantins (UFT). Na sexta-feira (21), foi a vez dos servidores da Federal de Mato Grosso (UFMT), e na quinta ( 20), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR) e Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Os funcionários técnico-administrativos, organizados pela Fasubra (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Públicas do Brasil), estão em greve decretada desde o dia 17. Os servidores reivindicam a antecipação da parcela de reajuste prevista para janeiro de 2015, conquistada após a greve de 2012, quando os servidores federais de todas as categorias receberam a proposta de reajuste do governo, que consistia em 15% dividido em três anos. No entanto, o índice de cerca de 5% concedido este ano não cobriu sequer a inflação, medida em 5,91%. Ou seja, este ano os servidores não tiveram nenhum aumento real.

Os servidores cobram a resposta às suas reivindicações, mas até agora o governo federal vem postergando, insistindo na sua política de arrochar o funcionalismo público para fazer superávit primário (dinheiro reservado pelo governo para pagamento de juros aos bancos e demais especuladores). Ao contrário de negociar com a categoria, o governo lança mão de subterfúgios, a exemplo da nota do Ministério da Educação (MEC), dizendo que a greve organizada pela Fasubra é “unilateral” e que “o acordo assinado pela Fasubra é o segundo melhor firmado por uma categoria com o governo federal”. Os líderes dos servidores rebatem o governo e mostram como a categoria vem tendo pesadas perdas salariais além de condições de trabalho cada vez piores. Segundo Emerson Oliveira, coordenador geral do Sintufal (Sindicato dos Trabalhadores da UFAL), o governo não cumpriu o acordo na íntegra. “Tivemos um acordo com o governo em 2012, mas até agora não foi cumprido. Então estamos aqui para cobrar pela database, período em que o trabalhador tem reajuste de salário, reforma da previdência, a não privatização do HU [Hospital Universitário] e uma política salarial que defenda o servidor”.

A mobilização dos servidores se amplia contra a intransigência e o arrocho do governo. Ao movimento dos técnicos-administrativos juntam-se os professores das universidades. Os docentes realizaram na quarta-feira (19) uma mobilização nacional por melhores salários, reestruturação da carreira da categoria e condições de trabalho. De acordo com a ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que aglutina os professores das universidades federais, a mobilização da semana passada foi apenas o começo. “Em 2012, o governo impôs um projeto, que não foi referendado pela categoria, e agora nos diz ‘aceitem essa situação como dada’ e em 2016 poderemos negociar. A categoria está exigindo uma resposta, que tem que vir logo, pois a mobilização está sendo feita agora. Isso não é uma ameaça e sim uma apresentação do nosso cenário. Temos uma agenda de mobilização em andamento”, ressaltou Márcio de Oliveira, secretário-geral do ANDES-SN. “A precarização das nossas condições de trabalho é visível. Além disso, um estudo que desenvolvemos junto com o Dieese aponta que quase a totalidade da categoria já teve seus salários corroídos pela inflação, mesmo com o reajuste”, avaliou Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN.

 

GERAL

Nesta terça-feira, 25, o Fórum Nacional em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos, composto por 31 entidades, reúne-se mais uma vez na sede da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). A categoria avalia a possibilidade de lançar uma greve geral caso o governo mantenha a postura intransigente com os trabalhadores.

Em plenária nacional realizada na quinta-feira (20), com mais de 260 servidores entre delegados e observadores de 23 estados e o Distrito Federal, a Condsef aprovou a continuidade da construção de uma greve geral. Os servidores organizam um Dia Nacional de Lutas com paralisação no dia 9 de abril para continuar reivindicando. A Condsef adverte que o tratamento que o governo tem dado às demandas apresentadas pelos servidores federais está acirrando cada vez mais os ânimos da categoria, e avisa que “a palavra de ordem é pressionar”.

Além do reajuste, a categoria ainda reivindica aprimoramento da carreira, reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorados fora do Brasil, turnos contínuos com jornada de 30h sem redução salarial, o reposicionamento dos aposentados, o fim do avanço privado dentro da universidade, dentre outras coisas.

“Os problemas vistos e sentidos pela população têm origem no baixo nível dos investimentos públicos ao longo dos anos. A falta de uma política de Estado forte cobra sua conta justamente daqueles que já pagam caro por ela: a população brasileira (…) O ato realizado na quarta (19) serviu para que as entidades voltassem a cobrar do governo respostas formais à pauta da campanha salarial unificada dos [servidores] federais”, avalia a entidade.

 

Fonte: Hora do Povo

Em SP, 46% dos alunos admitem ter passado de ano sem aprender a matéria

Quase metade (46%) dos alunos da rede estadual de ensino do estado paulista admite que já passou de ano sem ter aprendido a matéria, indica pesquisa divulgada hoje (24) pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Além disso, o levantamento que avalia a qualidade da educação das escolas no estado mostra que 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores criticam a progressão continuada.

Dois dias depois do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013, já estava na internet uma suposta redação com o tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. O “candidato” faz um tempo que confunde a lei que proíbe beber e dirigir com a seca por falta de chuva Leia mais Reprodução

Foram feitos oito grupos de discussão e 2,1 mil entrevistas, divididas em três grupos: professores de escolas estaduais de ensino fundamental e médio, alunos de 14 anos ou mais dessas escolas e os respectivos pais ou mães. A pesquisa foi encomendada pelo sindicato ao Instituto Data Popular.

O estudo mostra também que, em média, os estudantes ficaram sem aula seis vezes ao mês devido à falta de professor. Além disso, 64% indicam que esse horário vago não é preenchido por um professor substituto.

Em relação ao maior problema enfrentado atualmente na rede escolar, a falta de segurança foi o item mais destacado pelos três segmentos de entrevistados. Esse é o principal entrave para 32% dos professores, 37% dos pais e 25% dos alunos.

 

Fonte: UOL Educação

Para 70% dos estudantes, escola estadual de SP é regular ou ruim

Segundo pesquisa do Instituto Data Popular feita para a Apeoesp, opinião é compartilhada por metade dos pais; 44% dos professores e 28% dos alunos disseram já ter sido alvo de violência em escolas

 

São Paulo – Sete em cada dez estudantes da rede estadual de São Paulo avaliam a qualidade das escolas como regular, ruim ou péssima e a maioria deles acredita que as instituições não cumprem seu papel de formar cidadãos, ensinar conteúdo e preparar para o mercado de trabalho. Entre os pais, 50% acham que as escolas estaduais são regulares ou insatisfatórias.

Os dados fazem parte da pesquisa Qualidade da Educação nas Escolas do Estado de São Paulo, divulgada hoje (24) pelo Instituto Data Popular. O levantamento foi encomendado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apoesp) e ouviu 2.100 entrevistados, sendo 700 professores, 700 pais e 700 alunos.

A falta de segurança foi o principal problema apontado. Ao todo, 57% dos professores, 78% dos pais e 70% dos alunos consideram sua escola violenta e 44% dos professores e 28% dos alunos disseram já ter sofrido algum tipo de violência nas instituições.

Ausência de professores, muito tempo ocioso não aproveitado para fins pedagógicos, número insuficiente de profissionais de apoio pedagógico, preconceito e desinteresse dos alunos foram outros problemas apontados pelos entrevistados.

Os professores argumentam que as faltas são justificadas pelo excesso de trabalho, o que também compromete a preparação das aulas e a correção de provas e trabalhos. Ao todo, 40% dos docentes complementam sua renda trabalhando em outras redes de ensino e metade deles leciona em mais de uma escola, segundo a pesquisa.

A maioria dos entrevistados disse ser contra a progressão continuada nas escolas, porque entendem que os alunos passam de ano sem saber o conteúdo. Ao todo, 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores são contra a medida. Entre os estudantes, 46% admitiram já ter passado de ano sem saber a matéria.

A participação dos pais e o interesse dos alunos também foram considerados insatisfatórios na pesquisa: apenas 26% dos professores afirmaram que as reuniões das escolas conseguem atrair um número significativo de pais. Somente 5% deles conhecem o projeto político-pedagógico das instituições de ensino. Os alunos atingiram uma média de faltas de cinco por mês.

Sobre as ações para melhor a qualidade do ensino, as opiniões se dividem. A maioria dos professores (42%) acredita que melhor infraestrutura e mais valorização dos profissionais são os principais caminhos para resolver os problemas. Já os alunos (50%) acreditam que mais atividades extracurriculares, cursos, palestras e eventos e uma mudança no método das aulas os motivariam mais.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Desemprego industrial cresce há 28 meses e Dilma faz que não vê

Os postos de trabalho fechados no período já ultrapassam os 220 mil.
São Paulo (-3,1%), Rio Grande do Sul (-3,3%), Paraná (-2,3%), Rio (-1,8%), Minas (-1,4%), Bahia (–3,2%)
 
Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), do IBGE, com uma queda – a 28ª consecutiva – de -2% nos trabalhadores empregados na indústria em janeiro (comparado a janeiro de 2013), são uma consequência direta da desindustrialização e da transformação da indústria interna numa coleção de maquiadoras de produtos importados.
Não é, de nenhuma forma, engraçado (nem da mesma forma como certas imbecilidades e certos imbecis conseguem ser, às vezes, cômicos), as historietas, aparecidas na mídia, sobre o grande (ou pequeno, tanto faz) aumento de produtividade que estaria provocando a queda do emprego na indústria.
Achar graça de coisas imbecis tem um limite: quando se tornam cinismo e/ou canalhice.
Pelo contrário: o problema, tanto do emprego industrial quanto da produtividade, é a produção industrial estagnada ou declinante. Com o governo destruindo a indústria através de uma taxa de câmbio que continua favorecendo as importações – inclusive com intervenções do BC no “mercado do dólar”, com gasto de reservas, para manter o dólar artificialmente baixo em relação ao real – e com oito (o nono a caminho) aumentos de juros seguidos, como esperar que seja diferente?
Na página ao lado, o leitor poderá ver as considerações do governador Eduardo Campos sobre o déficit de US$ 105 bilhões no comércio de manufaturados. Em valor, nós importamos U$ 198 bilhões e exportamos apenas US$ 93 bilhões. As importações de manufaturados foram, em preço, 82,68% das importações totais do país em 2013.
Além do fato de que os produtos manufaturados foram apenas 38,44% das nossas exportações (no início de 2005, 80% da pauta de exportações era composta por produtos industrializados), chama a atenção o aumento da quantidade (o “quantum”) das importações.
Em 2013, a quantidade de importações, em relação ao ano anterior, aumentou, sobretudo, nas seguintes categorias de produtos:
1) (insumos para) extração de minerais metálicos (+53,9%);
2) (insumos para) extração de petróleo e gás natural (+26,9%);
3) (insumos para) fabricação de produtos de metal (+12,9%);
4) máquinas e materiais elétricos (+12,9%);
5) produtos químicos (+12,6%);
6) derivados de petróleo (+12,0%);
7) confecção de artigos de vestuário (+11,3%);
8) veículos automotores (+10,2%);
9) produtos de borracha e de material plástico (+10,2%);
10) móveis (+8,6%);
11) produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+9,2%);
12) produtos têxteis (+4,0%);
13) extração de minerais não-metálicos (+10,5%);
14) pesca e aquicultura (+13,5%);
15) agricultura e pecuária (+11,4%).
(cf. FUNCEX, Boletim de Comércio Exterior – Índices de preço e quantum, ano XVIII, n° 1, Jan/2014)
Bem, leitor, expusemos esta lista por uma única razão: é evidente, para qualquer sujeito de bom senso, que isso é uma esculhambação (permitam-nos o uso do coloquial brasileiro).
Qual será desses produtos que não temos condição de fabricar? Quase nenhum, se é que existe algum.
No entanto, estamos aumentando a quantidade das importações de produtos ridículos – até de cortadores de unha, algo que julgávamos encerrado com o fim do governo Fernando Henrique.
Assim, em nenhuma comparação do IBGE houve resultado positivo no emprego industrial em janeiro:
1) jan 2014/jan 2013: -2,0%;
2) acumulado 12 meses: -1,2%;
3) jan 2014/dez 2013: zero.
Houve redução do emprego na indústria em 2012 (-1,4%) e 2013 (-1,1%).
Agora, em janeiro, a redução do emprego atingiu (ou continuou atingindo) a indústria exatamente nos principais Estados industriais: São Paulo (–3,1%), Rio Grande do Sul (–3,3%), Paraná (–2,3%), Rio (-1,8%), Minas Gerais (–1,4%), Bahia (–3,2%). O emprego industrial na região Sudeste caiu -2,6% e na região Nordeste, -2,2% (sempre em relação ao mesmo mês do ano anterior).
Do ponto de vista dos setores industriais, o emprego (também pela mesma comparação) caiu nos setores de: máquinas e equipamentos (–5,6%), produtos de metal (–6,0%), calçados e couro (–6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–4,8%), produtos têxteis (–5,8%), meios de transporte (–1,8%), “outros produtos da indústria de transformação” (–2,6%), refino de petróleo e produção de álcool (–5,8%) e mais seis outros setores. Dos 18 setores pesquisados pelo IBGE, o emprego caiu em 14 deles.
Evidentemente, quando se segue a estupidez de que as multinacionais devem tomar a indústria brasileira, não pode acontecer outra coisa senão a destruição, total ou parcial, da indústria – em geral, hoje em dia, a instalação de maquiadoras ou a substituição da indústria por balcões para o comércio de importados já acabados.
Porém, diz a presidente Dilma que bom mesmo foi fevereiro. Janeiro que se lasque. Uai, e 2012? E 2013? Não sabemos como a presidente pode ignorar a realidade desse jeito, leitor. E os 28 meses de queda no emprego industrial – exatamente o setor chave para o crescimento e para melhor distribuição de renda, já que paga melhores salários do que os subempregos que grassaram nos últimos anos?
Pelo visto, ela considera que não são um problema do governo. É o que acontece quando não se quer governar, talvez por inapetência, tendo por projeto a falta de projeto, isto é, a entrega do país a quem não é do país – mais exatamente, a quem é inimigo do país. E assim se vai em direção a, no melhor dos casos, uma convulsão social.
 
CARLOS LOPES
Fonte: Hora do Povo

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Julgamento em Nuremberg

Neste sábado, 22/03, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Julgamento em Nuremberg”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

 

JULGAMENTO EM NUREMBERG 

Stanley Kramer (1961), com Spencer Tracy, Burt Lancaster, Maximilian Schell, Richard Widmark, Marlene Dietrich, Judy Garland, EUA, 187 min.               

 

Sinopse

Nuremberg 1948. Dan Haywood, um juiz aposentado do pequeno estado do Maine, EUA, está diante de uma árdua tarefa: presidir o julgamento de quatro juízes que usaram suas togas para dar status legal às atrocidades nazistas contra os judeus, no período que vai da ascensão de Hitler (1933) até o final da 2ª. Guerra Mundial. A pressão política é enorme. À medida que surgem as provas de esterilização, perseguição e assassinato em massa, também vai se revelando que Tio Sam está cada vez menos interessado em julgamentos severos. Roosevelt e o New Deal já são coisa do passado, os monopólios retomaram as posições perdidas dentro dos EUA e os nazis – “vistos desapaixonadamente” – são uma reserva importante para ser lançada contra os comunistas.

Julgamento em Nuremberg” recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e o de Melhor Ator (Maximilian Schell). Ganhou também o Prêmio Bodil de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Direção: Stanley Kramer(1913-2001)

Produtor e realizador, Stanley Earl Kramer nasceu no Brooklyn, Nova Iorque. Depois de um percurso inicial como argumentista, instalou-se em Hollywood como produtor, apostando em êxitos como “O Invencível” (Mark Robson, 1949), “A Morte do Caixeiro Viajante” (László Benedek, 1951), “Matar ou Morrer” (Fred Zinnemann, 1952). Estreou como diretor em 1955.

O racismo, a intolerância, o macarthismo, a ganância, a culpa histórica do fascismo, a colaboração e a bomba são temas recorrentes em sua obra. Entre os 14 filmes que dirigiu, encontram-se “Acorrentados” (1958), “O Vento Será Tua Herança” (1960), “Julgamento em Nuremberg” (1961), “A Nau dos Insensatos” (1965), “Adivinhe Quem Vem para Jantar” (1967), “O Segredo de Santa Vitória” (1969).

 

Argumento Original: Abby Mann (1927-2008)

Escritor e produtor de cinema nascido na Filadélfia, Abby Mann é conhecido por seus trabalhos em “Julgamento em Nuremberg” (Stanley Kramer, 1961), o argumento original e o roteiro premiado com o Oscar, “O Condenado de Altona” (Vittorio De Sica, 1962), “Minha Esperança É Você” (John Cassavetes,1963), “A Nau dos Insensatos” (Stanley Kramer, 1965) e pelas obras para a televisão como a série “Kojak” (1973-78) e a minissérie “King” (1978) baseada na vida de Martin Luther King Jr.

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Música Original: Ernest Gold (1921-1999)

Nascido em Viena, o pianista e compositor Ernest Gold escreveu mais de 100 trilhas musicais para o cinema e televisão, entre 1945 e 1992. Seu trabalho foi premiado quatro vezes com o Oscar. As trilhas de “A Hora Final” (Stanley Kramer, 1959), “Julgamento em Nuremberg” (Stanley Kramer, 1961), “Deu a Louca no Mundo” (Stanley Kramer, 1963), “Minha Esperança É Você” (John Cassavetes, 1963), “Adivinhe Quem Vem para Roubar” (Ted Kotcheff, 1977) estão entre suas obras mais conhecidas.

Gasto direto da União em educação pública é 1% do PIB há 4 anos

Reportagem divulgada no portal Uol Educação revela que a União nos últimos anos investiu anualmente o equivalente a 1% do PIB.

Já nos Estados e nas cidades houve um modesto avanço nos anos mais recentes. Os governos estaduais investiam 2% do PIB diretamente em educação pública em 2009. O percentual mais recente é de 2,2%. No caso das prefeituras, a taxa subiu de 1,9% para 2,3% do PIB.

Conforme a reportagem, o governo nega que os gastos diretos federais em educação tenham estagnado. “Quando se avaliam os investimentos desagregados por esfera de governo, pode-se afirmar que os números não correspondem com a realização do dispêndio de cada uma, tendo em vista que as transferências intergovernamentais não são contabilizadas como investimento de quem se origina o recurso, mas sim de que o aplica”, explicou o MEC em carta ao senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Em resumo, a União argumenta que repassa dinheiro a Estados e a cidades, que fariam o investimento direto em educação – e fica registrado que o dinheiro foi investido nessas esferas de governo, e não pelo governo federal.

Veja na tabela abaixo os investimentos em educação pública em relação ao PIB:

 

Fonte: MEC e gabinete do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)

 

Informações: UOL Educação