A partir desta sexta-feira (28) o projeto “Cinema Soviético e Russo em Casa” exibirá no canal do CPC-UMES Filmes no YouTube o filme BORIS GODUNOV (1986), de Serguei Bondarchuk.
Com a morte do czar Ivan, o Terrível, Boris Godunov se torna regente, e 13 anos mais tarde assume o trono assombrado por rumores de que fora responsável pelo envenenamento do legítimo herdeiro de Ivan, Dimitry. Alguns anos depois, um pretendente posa como o príncipe perdido e lidera uma revolta para derrubar Boris, personagem, a exemplo do Macbeth de Shakespeare, profundamente dividido entre a ambição e o remorso.
A exibição estará disponível de sexta, 28/05, 19h, até domingo, 30/05, 19h.
Para acessar o canal clique em http://bit.ly/CPCUMESFilmes
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Boris Godunov
Serguei Bondarchuk (1986), com Annatoly Vassilyev, Aleksandr Solovyov, Annatoly Romashin, Serguei Bondarchuk. URSS, 140 min.
Sinopse
Um ano após Gorbachev iniciar a introdução na URSS das reformas que dissolveram as derradeiras barreiras à restauração capitalista, Serguei Bondarchuk adapta, dirige e estrela a tragédia de Pushkin, “Boris Godunov”, ambientada no período 1598-1605, às vésperas da “Era das Perturbações”. Com a morte do czar Ivan, o Terrível, Boris Godunov se torna regente e 13 anos mais tarde, em 1598, assume o trono, com aparente relutância, assombrado por rumores de que fora responsável pelo envenenamento do legítimo herdeiro de Ivan, o filho Dimitry. Alguns anos depois, um pretendente posa como o príncipe perdido e lidera uma revolta para derrubar Boris, personagem, a exemplo do Macbeth de Shakespeare, profundamente dividido entre a ambição e o remorso.
Direção: Serguei Bondarchuk (1920-1996)
Serguei Bondarchuk nasceu na Ucrânia. Depois de combater na Segunda Guerra, concluiu seus estudos no Instituto Estatal de Cinematografia de Moscou (VGIK), na oficina de Serguei Gerasimov e Tamara Makarova, em 1948. A partir de então trabalhou como ator no Estúdio Mosfilm, debutando no filme “A Jovem Guarda”, dirigido pelo próprio Serguei Gerasimov. Em 1951 protagonizou o drama “Cavaleiro da Estrela de Ouro”, dirigido por Yuly Raizman. Em 1955 interpretou o papel principal em uma adaptação de Otelo, de Shakespeare, dirigida por Serguei Yutkevich, prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes (1956). Em 1959 estreou na direção em “O Destino de Um Homem”. Do seu trabalho como diretor destacam-se ainda “Guerra e Paz” (1965-67), adaptação do romance de Liev Tolstoi; a coprodução ítalo-soviética “Watetloo“ (1969); “Eles Lutaram pela Pátria” (1975), sobre um batalhão que recua para reagrupar-se em Stalingrado; e a adaptação da obra de Aleksandr Pushkin, “Boris Godunov”, que protagonizou e dirigiu em 1987. Integrou a direção da União dos Cineastas Soviéticos (1971-86). Foi distinguido com o título de Artista Popular da URSS em 1952, com o Prêmio Stalin, também em 1952, e como Herói do Trabalho Socialista em 1980.
Argumento Original: Aleksandr Pushkin (1799-1837)
Alexandr Sergueievitch Pushkin nasceu em Moscou. Fundador da literatura russa moderna, foi pioneiro no uso da linguagem coloquial, criando um estilo que mistura drama, romance e sátira. Influenciou autores como Gogol, Lermontov e Turgeniev. Pushkin era negro como seu bisavô, o general Abraam Petrovich Gannibal, chefe para a construção de fortes marítimos e canais na Rússia. Aristocrata rebelde, amargou seis anos de exílio no Sul da Rússia. Os insurgentes dezembristas, com os quais manteve múltiplas relações, tentaram em 1825 derrubar a autocracia czarista e inaugurar um regime liberal. Entre suas obras mais conhecidas encontram-se “Ruslan e Ludmila” (1820), “O Prisioneiro do Cáucaso” (1823), “Boris Godunov” (1825), “Evgueny Oneguin” (1825-32), “Os Ciganos” (1827), “O Conto do Czar Saltan” (1832), “O Cavaleiro de Bronze” (1833), “A Dama de Espadas” (1834) e “A Filha do Capitão” (1836).
Música Original: Vyacheslav Aleksandrovich Ovchinnikov (1936-2019)
Nascido na cidade russa de Voronezh, Vyacheslav Ovchinnikov começou a compor muito cedo e concluiu o Conservatório P.I. Tchaikovsky, em Moscou, em 1962. Entrou para a União de Compositores Soviéticos em 1964, e para a União dos Professionais de Cinema da URSS em 1967. Compôs principalmente óperas e música para balés, mas também é autor de quatro sinfonias, além de oratórios, suítes e peças instrumentais. Começou a trabalhar no cinema em 1957, fazendo as músicas dos dois primeiros filmes de Andrei Tarkovsky, ‘A Infância de Ivan’ e ‘Andrei Rublev’. Realizou ainda restaurações de filmes mudos, como a trilogia ‘Arsenal’, ‘Zvenigora’ e ‘A Terra’, de Aleksandr Dovzhenko, além da trilha sonora do consagrado ‘Guerra e Paz’ (1965-67), de Serguei Bondarchuk. Recebeu a Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho, o Premio do Komsomol Leninista, em 1977, pela música do filme ‘Eles lutaram pela Pátria’. Em 1977, foi nomeado Artista do Povo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, e recebeu a Ordem “Pelos Serviços Prestados à Pátria” de IV Grau em 1996.