Colégio Estadual Presidente Médici decide trocar nome para Colégio Carlos Marighella

A comunidade do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, de Salvador, aprovou, em eleição com participação de alunos, professores, pais e funcionários, que a instituição deve ser rebatizada como Colégio Estadual Carlos Marighella.

Na votação, foram 406 votos (69%) para Marighella e 128 ao geógrafo Milton Santos. O resultado será encaminhado à Secretaria da Educação da Bahia, para que o Estado promova uma “reinauguração” do Colégio, conforme solicitação da diretora do estabelecimento, Aldair Almeida Dantas.

O colégio foi inaugurado em 1972, quando Médici ocupava a Presidência da República, sem ter recebido um só voto popular. Seu governo (1969-74) marcou o período de maior repressão e falta de liberdades na ditadura imposta em 64.

Durante o processo de escolha do novo nome, os alunos do segundo e terceiro ano da escola realizaram uma bela exposição chamada “A vida em preto e branco: Carlos Marighella e a ditadura militar”. Fotos, imagens, desenhos e frases compunham a exposição que trazia o histórico de vida de Carlos Marighella.

O guerrilheiro foi declarado pela ditadura, em novembro de 1968, “inimigo público número 1”. Em 1967, Marighella se incorporou à luta armada contra o regime e foi fundador da organização guerrilheira Ação Libertadora Nacional, ALN.

 “Todos os alunos participaram desse trabalho, mostrando a história de Marighella, baiano e conhecido em todo o mundo. Determinado, lutador, dedicou a sua vida a seus ideais”, disse a professora de sociologia, Maria Carmem.

O outro candidato da eleição, o geógrafo baiano Milton Santos (1926-2001), foi um dos maiores pensadores brasileiros do século XX. Perseguido pela ditadura, foi obrigado a passar mais de uma década no exílio, inclusive durante a administração do general Médici.

O pleito foi coordenado pelo colegiado da escola, composto por professores, funcionários, estudantes e pais de alunos. Ninguém propôs manter na cédula o nome atual.

 

Informações: Bahia Notícias e UOL

Mesmo com orçamento de R$ 4,3 bilhões ao ano, USP Leste tem água imprópria e piolho

Bebedouros do campus estão interditados por falta de manutenção e salas tiveram de ser fechadas após infestação de parasitas de pombos

 

Após ser multada por causa da contaminação do solo por gás metano no campus Leste, a Universidade de São Paulo (USP) enfrenta agora problemas com água imprópria para consumo e infestação de piolhos de pombo nas salas de aula da mesma unidade. Os bebedouros estão interditados até o fim de semana e as áreas infestadas ficaram sem uso por pelo menos dez dias.

O bloqueio temporário dos bebedouros foi determinado depois que análises feitas pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) apontaram turbidez da água e presença indevida de bactérias. A causa do problema foi a falta de limpeza dos reservatórios de água. A higienização periódica é recomendada a cada seis meses ou, no máximo, anualmente. A última lavagem foi em setembro de 2012.

O edital de contratação para nova limpeza foi aberto em setembro deste ano, mas não foi concluído por causa da troca de direção da unidade e da ocupação da sede do campus em protesto dos alunos, em outubro, que durou 18 dias.

A Sabesp informou que não há problema na água levada pela companhia à faculdade. Como as caixas d’água ficam dentro do imóvel, a qualidade da água é de responsabilidade da USP Leste.

A direção da unidade contratou, em regime de emergência, a limpeza dos reservatórios, que será feita neste fim de semana. Garrafões de água foram distribuídos para consumo nos próximos dias. A previsão é de que os bebedouros voltem a funcionar na segunda. A Sabesp deve fazer nova avaliação.

 

Piolhos

Além dos bebedouros, três salas de aula do prédio principal ficaram interditadas até a última terça, por causa de infestação de piolhos de pombos. O forro do prédio tem ninhos das aves. Segundo relatos de alunos e professores, o problema foi descoberto quando, no fim de novembro, pequenos ácaros começaram a andar pelo corpo de alunos e professores durante aulas. Alguns deles dizem ter sido picados pelos parasitas.

Com coceira e feridas, uma das professoras procurou um dermatologista e foi diagnosticada com escabiose (sarna). Ela teve de passar por tratamento contra o problema, assim como sua família, por prevenção.

Com as salas interditadas, os alunos de três turmas passaram a ter aulas no auditório ou anfiteatro. “Acabamos de sair de uma greve, estamos com as aulas atrasadas, e tivemos de ficar de um lado para outro para saber onde seria a aula. Como uma universidade do porte da USP pode ter um problema como esse?”, questiona uma aluna do 2.º ano de Gestão Ambiental, uma das turmas afetadas.

A assessoria de imprensa da USP Leste informou que a desinfestação foi feita no dia 3, segundo as normas de vigilância sanitária. Também já foram pedidas dedetizações periódicas para evitar novos problemas.

 

Indefinição

A USP só foi notificada na segunda-feira sobre a liminar concedida pela Justiça no dia 21, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que suspende as obras e as aulas na unidade por causa da contaminação por metano. A Procuradoria Jurídica da USP pretende recorrer.

O prazo de 30 dias para suspensão das aulas começou a valer na segunda-feira e, durante o recesso do MPE, do dia 20 até 6 de janeiro, a contagem é suspensa. Se a sentença for mantida, a USP tem até os últimos dias do mês que vem para encontrar novo local para as aulas.

Segundo informe da Superintendência de Espaço Físico da USP divulgado nesta semana, já foi aberta a licitação para executar a instalação dos dutos de extração de vapores do prédio do Ciclo Básico. A abertura dos envelopes é prevista para o dia 18. A falta de sistemas de extração em todos os edifícios era um dos questionamentos do MPE.

 

Fabiana Cambricoli e Victor Vieira

Fonte: O Estado de S. Paulo

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Paris Está em Chamas?

Neste sábado, 14/12, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Paris Está em Chamas?”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!

 

PARIS ESTÁ EM CHAMAS?

René Clément (1966), com Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Glenn Ford, Orson Welles, Kirk Douglas, Marie Versini, Simone Signoret, Gert Fröbe, FRANÇA, 174 min.

 

Sinopse

Durante a 2ª Guerra Mundial, após o desembarque aliado na Normandia, em junho de 1944, a Resistência Francesa luta para recuperar o controle de Paris ocupada pelos nazistas. Em 7 de agosto, o general Dietrich von Choltitz é nomeado governador militar de Paris e recebe diretamente de Hitler a ordem para incendiar a cidade, incluindo seus monumentos e sítios históricos, caso não consiga manter o controle alemão sobre ela. A ordem dizia: “Paris não deve cair nas mãos do inimigo, exceto se transformada em um monte de ruínas. O general-comandante deve defendê-la até o último homem e sepultar-se sob as ruínas”.

 

Direção: René Clément (1913-96)

René Clément nasceu em Bordéus, França. Começou no cinema, na década de 1930, escrevendo roteiros para Jacques Tati. Realizou mais de 10 curtas na África e Oriente Médio, antes de dirigir “A Batalha dos Trilhos” (1946), que lhe rendeu o Prêmio do Júri e o de Melhor Diretor no Festival de Cannes. Ainda em 1946, codirigiu “A Bela e a Fera”, o clássico de Jean Cocteau. Voltou a receber o Prêmio de Melhor Diretor, em Cannes, com “Os Malditos” (1947) e “Três Dias de Amor” (1949) – que também obteve o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Seu drama “Brinquedo Proibido” (1952), que apresenta uma visão da guerra pelos olhos de duas crianças, ganhou o Leão de Ouro, em Veneza, o Prêmio da Crítica no Festival de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. “Gervaise” (1956), adaptado do romance “L’Assommoir” (1878), de Émile Zola, recebeu o Prêmio BAFTA de Melhor Filme. Entre os 20 longas que dirigiu, também estão “O Sol por Testemunha” (1959), “O Dia e a Hora” (1963) e “Paris Está em Chamas?” (1967).

 

Argumento Original:  Larry Collins (1929-2005) e Dominique Lapierre (1931- )

Larry Collins, escritor e jornalista, nasceu em Connecticut, formou-se na Universidade  de Yale, em Nova York. Entre 1953-55 ingressou no Exército e serviu na sede dos aliados em Paris. Neste período conheceu Dominique Lapierre com quem viria a formar uma assídua parceria. Em 1956, Collins começou a trabalhar como repórter na United Press International. Mais tarde tornou-se correspondente da revista Nesweek no Oriente Médio. Em 1965, em conjunto com Lapierre, lançou “Paris Está em Chamas?”, adaptado para o cinema no ano seguinte, por René Clément, com roteiro de Gore Vidal e Francis Ford Coppola.

Dominique Lapierre nasceu na França e formou-se no Lafayette College. Durante 14 anos foi jornalista correspondente da revista Paris Match

A parceria entre Collins e Lapierre gerou diversas obras, entre as quais também se inclui “Esta Noite a Liberdade” (1976), sobre a luta pela independência da Índia.

 

Música Original: Maurice Jarre (1924-2009)

Nascido em Lyon, Maurice-Alexis Jarre iniciou seu aprendizado musical no conservatório de Paris, onde estudou percussão, composição e harmonia. Celebrizou-se, principalmente, por compor trilhas musicais das quais se destacam a parcerias com o diretor David Lean, que lhe renderam três prêmios Oscar: “Lawrence da Arábia” (1962), “Dr. Jivago” (1965) e “Passagem para a India” (1984). Jarre compôs para o teatro, concertos, óperas, balés e gravou seis CDs. Trabalhou também com John Frankeheimer (“O Trem”, 1965), René Clément (“Paris Está em Chamas?”, 1966), Richard Brooks (“Os Profissionais”, 1966), Anatole Litvak (“A Noite dos Generais”, 1967), Luchino Visconti (“Os Deuses Malditos”, 1969), John Huston (“O Homem que Queria Ser Rei”, 1975), Moustapha Akkad (“O Leão do Deserto”, 1981), Peter Weir (“Sociedade dos Poetas Mortos”, 1989).

 

 

Os milagres na educação cubana

Em 2009 a Unesco apresentou um informe de seu organismo regional, a Orealc, sobre a prova LLCE (Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade do Ensino) denominado “Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo na América Latina e no Caribe”, que revelou dados muito surpreendentes para alguns analistas.

 

Por Tatiana Coll*, no Diálogos do Sul

Christopher Marquis do New York Times assinalou: “os estudantes cubanos, em todas as matérias examinadas, obtiveram qualificações muito superiores à media, de maneira consistente, em todas as escolas”.

O estudo concluiu que “os alunos cubanos quase duplicam os resultados dos alunos que mais se aproximam deles”. O jornalista nova-iorquino apontou que os resultados “foram tão dramaticamente superiores que os pesquisadores da Unesco regressaram a Cuba e examinaram de novo os estudantes, obtendo os mesmos resultados de novo”. Jeff Puryear co-diretor da Associação para a Revitalização Educativa das Américas também se surpreendeu: “mesmo os resultados mais baixos dos cubanos alcançaram um índice superior à média da região, e aplicando nossos próprios padrões!”

Seguramente isso se deve a um milagre, pois Cuba é evidentemente um país com escassos recursos e fortes problemas econômicos, devido ao constante bloqueio e dificuldades diversas. Ninguém poderia comparar com a capacidade econômica do México, do Brasil, da Argentina e inclusive do Chile e, no entanto, é inegável que a educação em Cuba supera notavelmente mesmo a das potências da região. Cuba teve 70% dos seus estudantes com qualificações de mais 350 pontos de um total de 500, enquanto a média na Argentina, no Uruguai e No Chile foi de 300 pontos. Brasil e México acusaram uma média instável de aproximadamente 250 pontos. Só um milagre da deusa Iemanjá poderia explicar esses resultados.

O milagre teve início em 1959 quando a revolução triunfante dedicou-se a realizar todo tipo de projetos, cada um mais criativo e significativo. O mais conhecido, o da alfabetização, conseguiu em um ano declarar Cuba como o primeiro território livre de analfabetismo na América Latina. Menos conhecidos são os programas para mulheres camponesas, trabalhadoras, prostitutas; para crianças camponesas, órfãs ou “marginais”; para formar contingentes de professores, e poderíamos acrescentar um longo etcetera… Desde aqueles anos, o primeiro mandato foi levar todos os recursos disponíveis para as regiões devastadas pela pobreza no campo e na cidade. Este simples princípio marca uma enorme diferença com nosso próprio sistema no qual se impôs implacavelmente a máxima neoliberal de dar mais ao melhor “rankeado”, de investir somente naquilo que dá lucro, e assim persistem escolinhas abandonadas em que convivem crianças de várias séries (são 43% das 280.000 existentes), sem materiais, sem recursos, com “professores” que são rapazes treinados pelo CONAFE durante dois meses e enviados com um salário miserável. A desigualdade educativa se reproduz assim de maneira estrutural, não é preciso um censo para saber o que já sabemos faz tempo. Sem mencionar o estado desastroso da maioria das escolas, sustentadas pelos pais de família com suas “contribuições voluntárias” e os raquíticos salários dos professores mesmo com o estímulo da carreira de magistério.

O milagre é que Cuba investe em educação 12.9% do PIB, no bojo de um investimento social de 30%. O México, a duras penas, destina 5% para a educação com altos e baixos pronunciados. Islândia e os países nórdicos se aproximam de 8%. Em janeiro de 1959, Cuba tinha 3 universidades públicas com 15.000 alunos e mil professores, e hoje conta com 67 instituições de altos estudos com 261.000 matriculados e 77 mil professores; 35.000 bolsistas latino-americanos passaram por suas classes, além de um novo programa de municipalização da educação superior que já construiu mais de 300 sedes universitárias municipais. Na verdade, Cuba é toda uma grande escola.

O estado é o responsável integral da educação, como na Finlândia e na França. Há uma grande valorização social da profissão docente em todos os seus níveis e os salários dos professores equivalem aos de outros profissionais como médicos e físicos. As Universidades Pedagógicas têm um alto grau de formação e de exigência. Nunca há mais de 18 crianças por sala e o tempo dedicado a cada criança pra elaborar e problematizar respostas individuais duplica o da região. Estes são alguns dos fatores recolhidos por Martin Carnoy, professor da Universidade Stanford, em seu excelente livro La ventaja académica de Cuba, ¿Por qué los estudiantes cubanos rinden más?. Não necessitamos acudir a modelos tão distantes como Finlândia ou qualquer outro país altamente desenvolvido; a explicação está aqui mesmo, muito perto, e não se trata de um milagre educativo, mas sim de una política congruente com a dignidade de todo ser humano.

 

*Tatiana Coll é colaboradora de Diálogos do Sul – reside no México

Texto extraído do Portal Vermelho

Bancos também pagavam propina, afirma delator da máfia do ISS

O auditor fiscal Luis Alexandre Magalhães, delator da máfia do ISS, disse em depoimento à Promotoria que empresas de estacionamento, segurança privada e bancos também pagavam propina ao chefe da quadrilha.

Segundo ele, além do esquema do grupo com construtoras, outros setores tinham acertos paralelos para a redução do imposto devido aos cofres municipais.

O delator declarou que isso envolvia outros fiscais, que abasteciam Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita da gestão Gilberto Kassab (PSD).

Em seu depoimento, Magalhães não citou nomes de supostos corruptores nem deu detalhes do esquema.

Mas disse que, com todos os “tentáculos” de atuação, Ronilson chegou a ganhar R$ 6 milhões em uma semana. O filé-mignon, segundo ele, eram os recursos arrecadados do setor bancário.

Segundo reportagem da Folha, o promotor Roberto Bodini diz que Magalhães não explicou quanto tempo essa arrecadação milionária durou. A Controladoria-Geral do Município investiga auditores de outras áreas além do setor de quitação do ISS para liberação do Habite-se de empreendimentos imobiliários.

Parte deles está numa relação de dez nomes citados por Magalhães anteontem como “corretores” da máfia do ISS (que levavam clientes para a quadrilha).

Nem a Promotoria nem a Controladoria citam os nomes dos auditores para não atrapalhar as investigações.

Um dos setores em que as apurações estão avançadas é na área de estacionamento. O envolvimento de Ronilson com esse segmento foi uma das primeiras denúncias a chegar à prefeitura ainda no ano passado.

Ontem, Promotoria abriu um cofre apreendido em um dos apartamentos de Ronilson na operação em que ele foi preso, em 30 de outubro.

Dentro dele, foram encontrados R$ 72,7 mil. O cofre só foi aberto ontem porque deveria ser feito na presença de um defensor do auditor.

Os promotores já tinham encontrado anteriormente R$ 88 mil em um cofre apreendido no escritório da quadrilha, na região central.

 

Informações: Folha de S. Paulo

Por que Raul Castro foi o estadista mais aplaudido na África do Sul

MARC VANDEPITTE

 

A coisa é pouco conhecida, mas Cuba jogou um papel decisivo para o fim do regime de apartheid. Sobre o continente africano, dos anos setenta aos anos noventa, esse pequeno país que é Cuba foi um importante contraponto à superpotência americana.

“Sem internacionalismo a revolução cubana não teria jamais existido”, declarou Fidel em um de seus numerosos discursos. Durante a guerra fria não hesitou em empreender perigosas missões militares para ajudar a combater o imperialismo americano. A pedido de países irmãos realizaram-se missões militares no Vietnam, Síria, Argélia, Gana, Congo (Bazavile), Zaire, Guiné Equatorial, Zimbábue, Etiópia, Somália, Eritreia, Iêmem do Sul, Tanzânia, Angola, Namíbia e Guiné Bissau. E Cuba igualmente apoiou diversos movimentos de guerrilha na América Latina.

A mais importante missão sem nenhuma dúvida foi a de Angola e é esta que nos conduz a Mandela e ao fim do apartheid.

 

36 mil cubanos em Angola

A história começa com a independência de Angola em 1975. Em outubro deste ano, um mês antes da proclamação da independência, tropas sul-africanas invadiram o país com a intenção de derrubar do poder o MPLA (Movimento Pela Libertação de Angola de inspiração marxista que conquistou a independência). Um regime de inspiração marxista em Angola poderia ameaçar o controle da Namíbia pela África do Sul.

Sem apoio o MPLA não poderia sem dúvida se sustentar e a África do Sul adquiriria o controle de Angola também.

A URSS adota uma posição muito reservada sobre a situação. O movimento de libertação angolano MPLA se dirige a Cuba para conseguir uma assistência militar. Cuba envia para o local 36.000 homens e consegue conter a progressão da África do Sul. Em março de 1976 o exército do apartheid se retira de Angola.

A causa não é hoje ainda completamente entendida, mas em 1977 estoura uma rebelião no seio do MPLA. Nito Alves, fiel a Moscou, dá um golpe de Estado contra o líder Agostinho Neto. O golpe foi frustrado porque as tropas cubanas continuaram a lutar ao lado dos que se mantiveram leais ao MPLA.

Nos anos 1980 Cuba entra novamente em ação. A África do Sul, ciente do enfraquecimento da URSS, prepara uma ofensiva no sul de Angola. Em companhia da UNITA, rebeldes apoiados pela CIA, atacam novamente em novembro de 1987. A pedido do governo angolano Cuba envia prontamente 50 mil homens. Depois de algumas semanas de pesados combates o exército sul-africano é derrotado em Cuito-Cuanavale.

O exército do apartheid se retira de Angola e em seguida da Namíbia. Essa virada estratégica não é somente uma derrota militar mas um rude golpe moral. Ele contribui decisivamente para a supressão do apartheid. É também uma contribuição importante para a libertação do Zimbábue . Em todo esse conjunto de diversas missões 400 mil cubanos teriam combatido em Angola e mais de 2 mil deixaram ali a vida.

 

Cuba, o primeiro país visitado

Após sua libertação, a testemunha privilegiada que era Mandela, tinha a seguinte posição sobre a intervenção cubana: “Nós viemos aqui estando bem conscientes da dívida que temos com o povo cubano. Que país poderia ser tão altruísta quanto Cuba em suas relações com a África? Quantos países no mundo beneficiam-se do trabalho, dos serviços de saúde e ensino cubanos? Que país alguma vez pediu em vão a ajuda de Cuba? Quantos países ameaçados pelo imperialismo ou combatendo por sua libertação nacional não puderam contar com a sustentação de Cuba? Na prisão eu ouvi falar pela primeira vez da ajuda gigantesca aportada pelas tropas de voluntários cubanos ao povo angolano, tão gigantesca ajuda que seria fácil ter podido duvidar de sua veracidade! (…)

“Nós na África somos simplesmente as vítimas dos países que querem suprimir nosso território e acabar com a nossa soberania. Jamais foi visto na história da África um outro povo tomar as armas para nos defender!

“A derrota esmagadora imposta ao exército racista em Cuito-Cuanavale foi uma vitória de toda a África! Sem a derrota de Cuito-Cuanavale a proibição que pesava sobre nossas organizações não teria jamais sido suprimida! A derrota do exército racista em Cuito-Cuanavale permitiu que hoje eu estivesse aqui! Cuito-Cuanavale transformou a luta de libertação nacional no continente, no nosso país a luta contra o flagelo do apartheid! A derrota decisiva de Cuito-Cuanavale modificou a correlação de forças na região e reduziu substancialmente a capacidade do regime de Pretória na desestabilização dos países vizinhos.”

 

Mais soldados, mais médicos

Após o fim da guerra fria Cuba não mais enviou soldados ao estrangeiro, mas professores e sobretudo médicos. Nesse momento 30 mil médicos trabalham em mais de 90 países e 50 mil médicos de 82 países foram formados gratuitamente. (Na Bélgica para uma população igual a de Cuba conta-se no total 47 mil médicos).

Nos últimos cinco anos Cuba recuperou 2 milhões de cegos. Não é por nada que Ignacio Ramonet, antigo redator do Monde Diplomatique, descreve Cuba como uma superpotência médica.

 

(Artigo publicado em Bruxelas pelo jornal “Solidaire” com o título: “Mandela, Cuba e o fim do apartheid”)

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.212

Quem promete crescer 5% e só consegue 2% não é levado a sério, diz economista do PT

Pibinho é resultado do juro alto, liquidez baixa e câmbio anabolizado

 

Amir Khair afirma em artigo publicado na Carta Maior que “a primeira coisa a reconhecer é que a economia está emperrada devido ao potente conjunto de freios que o governo ainda não removeu por medo do fantasma da inflação”. Segundo Khair, são eles: “Selic, juros bancários e carga tributária sobre o consumo, dos mais altos do mundo e liquidez das mais baixas do mundo”.

 

AMIR KHAIR (*)

 

O governo fracassou durante esses três anos para fazer o País crescer e, caso não mude sua política econômica, vai fracassar de novo em 2014. Ao prometer crescimento de 5% e conseguir a média de 2% nesses três anos, perdeu a credibilidade necessária para ser levado a sério.

Algumas análises culpam a insuficiência dos investimentos como causa central desse fracasso. Defendem que ele deve ser de 22% do PIB para o País crescer 5% ao ano. São números estranhos sem nenhuma base empírica. Antes pelo contrário. Nos trinta anos (1950 a 1979) o crescimento médio anual foi de 7,4% e o investimento apenas 19,2% do PIB, nível próximo ao atual e, na década de 80 o investimento foi 21,8% e o crescimento 1,7% (!).

Tenho defendido que o que impede o crescimento é o medo da inflação. A política econômica de Lula, Dilma e FHC em nada se diferem quanto a essa diretriz central. Isso faz com que o comando da economia se desloque para o Banco Central e esse usa todas as formas possíveis para segurar o consumo, sendo a principal a convivência pacífica com as maiores taxas de juros ao tomador do mundo, a mais baixa liquidez da economia entre os países e uma taxa de juros que o governo paga aos aplicadores das mais altas visando atrair os especuladores internacionais, que lucram anualmente U$ 10 bilhões (média dos últimos seis anos) e que tornam o câmbio artificial barateando o produto importado, o que reduz o crescimento.

Há consenso ao reconhecer que a crise internacional vem derrubando o crescimento em todos os países, e nesse ambiente investir é arriscado para as empresas.

Há os que apostam que na insuficiência do investimento privado a solução é o governo federal investir mais, mas é apostar numa eficiência de gestão com sérias dificuldades para conseguir tirar as obras do papel.

Há também consenso de que o crescimento não virá pela via das exportações, pois o mercado externo está saturado e fortemente vendedor. A não ser em algumas commodities, na agricultura e pecuária é possível algum resultado, mas mesmo assim sem expansão significativa sobre o ano anterior.

O consumo das famílias, segundo essas análises, atingiu seu limite devido o que consideram ser excessivo o endividamento, com cerca de 1/3 do orçamento doméstico comprometido com o pagamento de prestações.

Interessante notar que sobre os juros embutidos nessas prestações há omissão. Segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) os juros médios anuais em 2011 foram de 119,8%, em 2012 atingiram 101,7% e desde outubro do ano passado gira em torno de 90%. Nos países emergentes a média é de 10% e nos países desenvolvidos 3%. Assim, quase metade das prestações são juros. Eis a razão da inadimplência e o principal freio ao crescimento.

O que fazer?

A primeira coisa a reconhecer é que a economia está emperrada devido ao potente conjunto de freios que o governo ainda não removeu por medo do fantasma da inflação. São eles: Selic, juros bancários e carga tributária sobre o consumo, dos mais altos do mundo e liquidez das mais baixas do mundo. Para remover esses freios são necessárias medidas de curto e longo prazo.

Curto prazo – A redução dos juros (básico e bancário) e da carga tributária vai aliviar o orçamento doméstico, bem como o custo de produção e o capital de giro da empresa. Mas isso é factível? Sim e rápido. Se o governo decidir reduzir a Selic para 5% (não se justifica 10%) vai economizar os recursos necessários à desoneração sensível na carga tributária com foco nos bens e serviços de maior consumo popular.

Além disso, a queda da Selic reduz os ganhos de tesouraria dos bancos e se tabelar, reduzindo as tarifas bancárias (não sei porque ainda não foi feito) vai empurrar os bancos privados na ampliação da oferta dos empréstimos gerando a necessária concorrência bancária, com aí sim, a redução dos juros.

Não basta o Banco do Brasil e a Caixa reduzirem seus juros. É necessário seguir o conselho uma vez dado pelo economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diante da solicitação do governo para reduzirem as taxas de juros: “Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”. Sem querer, ensinou o caminho das pedras: aperte o lucro dos bancos. Isso é que vai levar o cavalo ao rio. É bom o governo ouvir quem é do ramo.

Para ativar exportações, a medida de maior eficácia é a desvalorização cambial que pode ser alcançada sem ônus via ampliação da liquidez, à semelhança do que vêm fazendo os países desenvolvidos, que desvalorizaram suas moedas para elevar suas exportações. O câmbio para isso deve ser ligeiramente acima de R$ 3,00, que é o nível necessário para permitir o equilíbrio nas contas externas. Para isso é necessário elevar a liquidez (6% do PIB) no País, que é metade da praticada na Argentina e México.

Mas se o governo continuar acreditando nos pacotes de estímulo e nas concessões nos modais de transporte e não remover os freios que ele próprio impôs ao desenvolvimento, dificilmente irá conseguir ultrapassar o crescimento de 2% no qual patina a economia. É hora, pois, de tirar o pé no freio (juros e carga tributária elevada e liquidez baixa) e deixar o País crescer. A bola está só com o governo.

 

* Amir Khair é engenheiro e mestre em finanças públicas pela EAESP/FGV e ex-secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo (1989/92). Reproduzimos o texto sob o título “Medo da inflação pode conter avanço do país em 2014”.

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.211

Postos de atendimento da UMES

Confira os próximos postos de atendimento da UMES nas escolas em cada região:

 

CENTRO-NORTE

 

CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO

Dias 16, 17 e 18 de dezembro

 

COLÉGIO NOSSA SRA. CONSOLATA

Dias 13 e 14 de dezembro

 

COLÉGIO MARIA IMACULADA

Dias 12 e 13 de dezembro

 

COLÉGIO MADRE CABRINI

Dias 12, 13 e 16 de dezembro

 

EE DR ALBERTO C DE MELLO NETO

Dias 12, 13, 18 e 19 de dezembro

 

EE CONSELHEIRO RUY BARBOSA

Dias 12 e 13 de dezembro

 

ETEC GETÚLIO VARGAS

Dias 12 e 13 de dezembro

 

EE GONÇALVES DIAS

Dia 13 de dezembro

 

EE ANGELO BORTOLO

Dias 12 e 19 de dezembro

 

EE AMENAÍDE BRAGA QUEIROZ

Dia 20 de dezembro

 

EE PADRE ANTONIO VIEIRA

Dia 20 de dezembro

 

EE BRASILIO MACHADO

Dias 16, 17 e 18 de dezembro

 

ESCOLA PAULISTINHA DE EDUCAÇÃO

Dias 16 e 17 de dezembro

 

EE CEL DOMINGOS QUIRINO FERREIRA

Dias 18, 19 e 20 de dezembro

 

EE PEDRO DE MORAES VICTOR

Dias 16 e 17 de dezembro

 

COLÉGIO SANTANA

Dias 17 E 18 de dezembro

 

LESTE

 

COLÉGIO SÃO VICENTE DE PAULO

Dias 14, 16 e 17 de dezembro

 

COLÉGIO SANTO ANTONIO DE LISBOA

Dias 14, 16 e 17 de dezembro

 

COLÉGIO PAN TERRA

Dia 16 de dezembro

 

COLÉGIO ADVENTISTA SÃO MIGUEL

Dia 13 de dezembro

 

EE CIDADE DE HIROSHIMA

Dia 17 de dezembro

 

EE MILTON CRUZEIRO

Dias 17 e 18 de dezembro

 

EE CARLOS GOMES

Dia 16 de dezembro

 

EE DOM PEDRO I

Dias 12 e 13 de dezembro

 

EE BARÃO DE RAMALHO

Dias 16, 17 e 18 de dezembro

 

EE PROF DR GERALDO C MOREIRA

Dias 16 e 17 de dezembro

 

EE SIMÃO MATHIAS

Dias 12 e 13 de dezembro

 

EE JARDIM IGUATEMI

Dias 12 e 13 de dezembro

 

ESCOLA PENHENSE

Dia 14 de dezembro

 

COLÉGIO FENIX São Miguel

Dia 12 de dezembro

 

OESTE

 

EE PROF MANUEL CIRIDIÃO BUARQUE 

Dia 15 de dezembro

 

EMEF ANTONIO ALVES VERISSIMO

Dia 12 de dezembro

 

EE DR. ALARICO SILVEIRA

Dia 13 de dezembro

 

EE ANHANGUERA

Dia 12 de dezembro

 

EE COHAB BRIG. EDUARDO GOMES

Dias 12 e 13 de dezembro

 

EE TITO PRATES DA FONSECA

Dias 16 e 17 de dezembro

 

EMEF MONTEIRO LOBATO

Dias 12, 13 e 16 de dezembro

 

CENTRO EDUCACIONAL SESI LAUSANE

Dias 12 e 13 de dezembro

 

COLÉGIO TEMA

Dia 15 de dezembro

 

EE LUIZA SALETE

Dias 12 e 13 de dezembro

 

SUL

 

EE PAULO EIRO

Dia 12 de dezembro

 

EMEF ALMEIDA JR 

Dias 12 e 13 de dezembro

 
COLEGIO CADEM

Disa 12 e 13 de dezembro

 
EMEF OLEGARIO MARIANO 

Dia 12 de dezembro

 

EE HERCULANO DE FREITAS

Dia 13 de dezembro

 

EE SABOIA DE MEDEIROS 

Dia 13 de dezembro
 
EE MÉXICO 
Dia 16 de dezembro

 

EE PROF LUIS MAGALHÃES DE ARAÚJO

Dia 16 de dezembro
 

EE ANTONIO MANOEL ALVES DE LIMA

Dia 17 de dezembro

 

 

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Altamiro Borges: Mandela e os racistas da Veja

Durante décadas, a mídia imperial tratou Nelson Mandela como “terrorista”. Até 2008, o líder africano ainda figurava na lista dos “comunistas” da central de espionagem dos EUA e a imprensa colonizada o rotulava de “subversivo”.

Com sua morte, porém, a mídia simplesmente evita fazer qualquer autocrítica desta trajetória e passa a endeusar Nelson Mandela, tratando seus leitores como imbecis.

A revista Veja, sucursal rastaquera dos EUA, é uma das mais cínicas nesta manipulação. Na edição desta semana, ela estampou na capa: “O guerreiro da paz”. Nojento!

Basta lembrar que o semanário da famiglia Civita teve como um dos seus principais acionistas o grupo de mídia sul-africano Naspers.

Num artigo na revista Caros Amigos, intitulado “A Abril e o apartheid”, o escritor Renato Pompeu revelou que esta corporação foi um dos esteios do regime racista.

A Naspers tem sua origem em 1915 com o nome de Nasionale Pers. Durante décadas, ela esteve estreitamente ligada ao Partido Nacional, a organização das elites africâneres que legalizou o detestável e criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial.

Dos quadros da Naspers saíram os três primeiros-ministros do apartheid. O primeiro foi D.F. Malan, que comandou o governo da África do Sul de 1948 a 1954 e lançou as bases legais da segregação racial.

Já os líderes do Partido Nacional H.F. Verwoerd e P.W. Botha participaram do Conselho de Administração da Naspers. Verwoerd, que quando estudante na Alemanha teve ligações com os nazistas, consolidou o regime do apartheid, a que deu feição definitiva em seu governo, iniciado em 1958. Durante sua gestão ocorreram o massacre de Sharpeville, a proibição do Congresso Nacional Africano (que hoje governa o país) e a prolongada condenação de Nelson Mandela.

Já P. W. Botha sustentou o apartheid como primeiro-ministro, de 1978 a 1984, e depois como presidente, até 1989.

“Ele argumentava, junto ao governo dos Estados Unidos, que o apartheid era necessário para conter o comunismo em Angola e Moçambique, países vizinhos. Reforçou militarmente a África do Sul e pediu a colaboração de Israel para desenvolver a bomba atômica. Ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola”.

Durante seu longo governo, a resistência negra na África do Sul, que cresceu, adquiriu maior radicalidade e conquistou a solidariedade internacional, foi cruelmente reprimida – como tão bem retrata o filme “Um grito de liberdade”, do diretor inglês Richard Attenborough (1987).

Renato Pompeu não perdoa a papel nefasto da Naspers. “Com a ajuda dos governos do apartheid, dos quais suas publicação foram porta-vozes oficiosos, ela evoluiu para se tornar o maior conglomerado da mídia imprensa e eletrônica da África, onde atua em dezenas de países, tendo estendido também as suas atividades para nações como Hungria, Grécia, Índia, China e, agora, para o Brasil. Em setembro de 1997, um total de 127 jornalistas da Naspers pediu desculpas em público pela sua atuação durante o apartheid, em documento dirigido à Comissão da Verdade e da Reconciliação, encabeçada pelo arcebispo Desmond Tutu. Mas se tratava de empregados, embora alguns tivessem cargos de direção de jornais e revistas. A própria Naspers, entretanto, jamais pediu perdão por suas ligações com o apartheid”.

Segundo documentos divulgados pela própria Naspers, em dezembro de 2005, a Editora Abril tinha uma dívida liquida de aproximadamente US$ 500 milhões, com a família Civita detendo 86,2% das ações e o grupo estadunidense Capital International, 13,8%.

A Naspers adquiriu em maio último todas as ações da empresa ianque, por US$ 177 milhões, mais US$ 86 milhões em ações da família Civita e outros US$ 159 milhões em papéis lançados pela Abril. “Com isso, a Naspers ficou com 30% do capital. O dinheiro injetado, segundo ela, serviria para pagar a maior parte das dividas da editora”.

A revista Veja, que estampa na capa a manchete “O guerreiro da paz”, nunca pediu perdão por suas ligações com os racistas da África do Sul. É muito cinismo!

 

Por Altamiro Borges, em seu blog. Extraído do Portal Viomundo

Congresso da APEOESP convoca assembleia para esta sexta. Todos à Praça da República!

O XXIV Congresso Estadual da APEOESP, realizado nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2013 em Serra Negra, com a presença de mais de 2 mil delegados e delegadas de todas as subsedes, deliberou os próximos passos da nossa entidade na luta em defesa da qualidade do ensino e da valorização dos profissionais da educação. A redação final das resoluções, com a totalidade do Plano de Lutas, será apresentada na próxima reunião do Conselho Estadual de Representantes.

O Congresso votou e aprovou deliberações sobre Balanço da APEOESP, Política Sindical, Política Educacional, Políticas Permanentes, alterações estatutárias e Plano de Lutas. Os delegados e delegadas também discutiram questões imediatas da categoria, como a implantação da jornada do piso, problemas relacionados ao concurso para PEB II, condições de trabalho, a situação dos professores da categoria O e outras.

Entre as principais deliberações para o período imediato, conforme consta no plano de lutas aprovado, estão:

 

Assembleia estadual dos professores, no dia 13 de dezembro, sexta-feira, às 14 horas, na Praça da República, tendo como principais reivindicações:

Implantação da jornada do piso

Reposição das perdas salariais – aumento real de salários

Fim da contratação precária e direito ao IAMSPE para a categoria “O”

Resolução de todas as pendências que geram distorções no concurso para PEB II

Plano de carreira que atenda às necessidades do magistério

Melhores condições de trabalho e redução do número de alunos por sala de aula

Fim da violência nas escolas

 

Veja aqui o Boletim da APEOESP