Bilhete Único Mensal começa a funcionar no dia 30 de novembro em São Paulo

Usuário poderá fazer quantas viagens quiser em um mês por um custo fixo de R$ 140

 

O Bilhete Único Mensal, sistema que permitirá ao usuário realizar quantas viagens de ônibus quiser durante um mês ao custo de R$ 140, começa a funcionar no próximo dia 30. Para estudantes, o valor será de R$ 70 mensais. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), até ontem (6) pouco mais de 118 mil pessoas se cadastraram para utilizar o novo bilhete.

O cartão mensal dará acesso a todas as outras modalidades de uso do Bilhete Único. Assim, não possuindo os R$ 140 para fazer a carga mensal, por exemplo, o usuário poderá utilizar o bilhete com carga comum, recarregando o valor mínimo de passagens. Também será possível cadastrá-lo como bilhete de estudante ou utilizá-lo como vale-transporte. Com isso, não será preciso ter mais de um bilhete.

O cadastramento começou em 15 de abril e ficará disponível permanentemente no site  bilheteunico.sptrans.com.br.

Segundo a prefeitura, o projeto vai exigir um gasto estimado em R$ 400 milhões ao ano e foi promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). Ainda não há perspectiva de integração do novo bilhete com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô, ambos administrados pelo governo estadual. O Bilhete Único Mensal será vantajoso para o usuário que fizer mais de 46 viagens por mês.

A SPTrans vai realizar testes de funcionamento do novo bilhete neste fim de semana.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

APEOESP: Reter ou aprovar?

Relatório divulgado pela Unesco, mostrou que, no Brasil, 18,7% dos alunos são reprovados no Ensino Fundamental

 

No Brasil, a educação básica está sempre sendo discutida, passando por análises e ajustes. Ora alguns componentes curriculares e disciplinas são inclusos, ora sistemas de ensino são recomendados. Metas, estratégias, formas de financiamento. A lista de itens em debate é grande. Nesse contexto, professores, alunos e escolas passam por um constante acompanhamento, a fim de garantir a qualidade da educação. Com os métodos de avaliação não é diferente. De um lado, nos últimos anos, a progressão continuada – que rompe o formato de desenvolvimento em séries – foi adotada em todo o País e, desde então, tem sido vista como vilã pelos educadores. De outro, os altos índices de reprovação revelam a deficiência não apenas dos alunos, mas também das escolas.

As grandes reclamações dos docentes em relação ao sistema de ciclos – que leva em consideração o desenvolvimento biológico e a formação continuada – são a aprovação forçada para o ano seguinte e a falta de autonomia dos professores para avaliar. “Muitas vezes, o estudante não tem condições de passar, mas não tenho como impedir isso, porque o sistema não permite. É por isso que tantas crianças chegam ao 3º ano do [ensino] fundamental sem saber ler e escrever direito e todo o aprendizado fica deficiente”, frisa a professora Amélia Rodrigues, de Fortaleza (CE). Geralmente, esse sistema divide os nove anos do ensino fundamental em dois ou três ciclos, e os estudantes só podem ser reprovados no fim de cada ciclo e não no meio dele. “Parece-me que a maior preocupação é que o País tenha um bom desempenho nas estatísticas; ela não está relacionada ao bom rendimento dos estudantes”, destaca a professora.

A repetência escolar, de fato, tem sido motivo de dor de cabeça para gestores escolares. Isso porque o índice é muito alto se comparado à média mundial. O 9º Relatório de Monitoramento de Educação para Todos (2010), divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), mostrou que, no Brasil, 18,7% dos alunos são reprovados no ensino fundamental, enquanto a média dos 128 países pesquisados é de apenas 2,9%. Como uma das consequências, a evasão nessa fase também é alta: 13,8% dos brasileiros abandonam os estudos já no primeiro ano do ensino fundamental, enquanto o índice médio no mundo é de 2,2%.

Os dados preliminares do Censo Escolar 2013, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), apresentam uma queda na evasão, mas o cenário ainda está longe do ideal. Atualmente, aproximadamente 12,40% dos alunos deixam o ensino fundamental entre os anos iniciais e finais, segundo cálculos preliminares.

Para a pedagoga Vânia Matos, de Brasília (DF), os ciclos representam uma forma moderna e eficiente de encarar o desenvolvimento dos estudantes. O problema está em como eles estão sendo aplicados. “Houve um rompimento repentino do sistema seriado para o sistema de ciclos. Mudou o sistema, mas o pensamento, a forma de avaliar, as condições de trabalho e a infraestrutura das escolas não acompanharam o formato proposto”, salienta. “Não podemos nos preocupar com os resultados das pesquisas, mas sim com as causas do baixo rendimento do nosso alunado”.

Para a professora da Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Psicologia, Norma Lucia de Queiroz, é necessário que os professores acompanhem o rendimento do estudante e o ajudem a superar as deficiências ao longo do ano, evitando, dessa forma, a repetência. “A reprovação não é benéfica. Ela é ruim para qualquer pessoa, em qualquer situação. Por outro lado, não admitimos a aprovação automática, porque isso traz prejuízo para o próprio aluno. Uma hora ele vai precisar dessa aprendizagem. Aprovar com base na possibilidade de recuperação no ano seguinte não tem garantia. O ideal é que não reprove, mas que desde o primeiro dia do ano letivo haja um cuidado com o desenvolvimento dos alunos”.

A proposta é garantir o desenvolvimento do estudante e o alcance dos requisitos básicos em cada ano. “É preciso vencer etapas. Por exemplo, o professor sabe que há algumas questões que precisam ser desenvolvidas no primeiro ano do [ensino] fundamental. Não dá para pular isso”, explica. Nesse contexto, as avaliações tornam-se fonte para orientar a ação dos educadores e das famílias. “[A avaliação] serve para dar referência sobre o trabalho do professor, do que pode ser melhorado, do que a escola precisa oferecer ao aluno. Ao mesmo tempo, ajuda os pais a tomar providências, como colocar a criança em um reforço”.

A repetência ainda pode representar prejuízos pessoais ao aluno, como o fato de ele ser privado do convívio com seus colegas e chegar rotulado como fracassado ou “burro” em sua nova turma.

Mudança em São Paulo

Em São Paulo, a aprovação automática não trouxe a melhoria dos resultados. Tanto que a Secretaria Municipal de Educação apresentou, entre as mudanças a ser aplicadas a partir do ano letivo de 2014, a ampliação das possibilidades de retenção no ensino fundamental. Apesar de ser divulgada como o fim da aprovação automática, a reformulação não põe um ponto final na prática, mas chama a atenção para a construção de um processo contínuo de conhecimentos e habilidades, com base em avaliações diagnósticas que apontem as insuficiências e necessidades de apoio adicional.

No programa Mais Educação São Paulo, os nove anos do ensino fundamental serão divididos em três ciclos – alfabetização, interdisciplinar e autoral. No fim de cada um deles (3º, 6º e 9º anos), os alunos poderão ser reprovados se não atingirem os objetivos previstos para cada fase. Nos 7º e 8º anos, também haverá a possibilidade de retenção. “Evidentemente que essa ampliação não é para que haja reprovação dos alunos. Mas, na realidade, são pontos de atenção que correspondem a objetivos educacionais claros e que devem mobilizar alunos, professores, escolas e famílias para que não haja fracasso relacionado a esses pontos de atenção. São cinco balizadores para que a aprendizagem aconteça e para que os alunos não levem consigo déficits educacionais que poderiam estar sendo acumulados no seu percurso educacional”, ressalta o secretário municipal de Educação de São Paulo, César Callegari.

Segundo ele, nos dois primeiros ciclos, as diferenças nas condições e nos ritmos de desenvolvimento são grandes. Já no último período, essas diferenças se atenuam e os estudantes já podem lidar com uma rotina parecida com a do ensino médio. “É totalmente justificável que assim aconteça e, evidentemente, até por termos objetivos e metas anuais, nós temos também que colocar em funcionamento, ou à disposição desses alunos, vários recursos de apoio pedagógico complementar, para que não haja acúmulo de dificuldades ou de déficits educacionais”, evidencia.

A fim de atender melhor aos alunos, a gestão municipal está destacando a avaliação voltada para a aprendizagem e não apenas para somar pontos ao longo do ano, com o intuito de atingir uma média. “As avaliações são subsídios para que o esforço educacional dos alunos e da escola se dê no tempo certo. Portanto, é uma avaliação de natureza formativa, processual, contínua e capaz de criar subsídios para a elaboração de várias estratégias educacionais, que levem em consideração os ritmos e as características de cada um dos alunos em cada uma das turmas”.

Isso significa que as provas aplicadas ao longo do ano terão uma importância maior, visto que permitirão a análise sobre quais são as dificuldades de cada aluno e turma. A ideia é que as avaliações sirvam de base também para ponderar sobre a prática ensino-aprendizagem, as metodologias adotadas e os recursos utilizados, oferecendo mais elementos para que a prática pedagógica seja ajustada ao longo do ano, para atender de forma eficaz cada turma e promover o desenvolvimento esperado. A orientação é para que as avaliações sejam bimestrais.

Nessa nova forma de trabalho, os docentes irão fazer um diagnóstico individual dos estudantes. “Teremos a produção de boletins com notas de zero a dez, seguidas de comentários para que os alunos e suas famílias possam acompanhar com maior clareza o desenvolvimento desses meninos durante o ano letivo ou ciclo”, informa o secretário.

Para alcançar o objetivo da implantação do sistema, a Secretaria de Educação irá reforçar a capacitação dos professores, com a instalação, inclusive, de 31 polos da Universidade Aberta do Brasil, que são centros de formação continuada. O resgate da autoridade do professor também está entre as metas. “Nós acreditamos em nossos professores. Essa condição é de qualquer profissional na educação básica. Ele está formado para isso [avaliar e acompanhar o rendimento]. A imensa maioria dos professores sabe como fazer isso. Sabe como acompanhar, como organizar os objetivos curriculares”, enfatiza. “Essas propostas não são matérias estranhas para cada um. Fazem parte da sua formação, compõem a sua experiência e, portanto, nós temos muita confiança que se trata apenas de melhor ordenar o sistema”, completa Callegari.

Para os professores, a mudança trará benefícios. “Nunca concordei com essa aprovação automática. É algo que nunca teve sentido: aprovar um aluno quando ele não tem condições nenhuma de acompanhar os demais estudantes. Isso foi um retrocesso”, considera Armando Grato. “Nós queremos é ver isso na prática, é ter condições de trabalho para dar atenção aos alunos, é não ter nenhum supervisor nos pedindo, no final do ano, para ‘dar um jeitinho’ de passar tal aluno. A proposta é ótima. A prática é que, nem sempre, corresponde”, diz a professora Maria da Silva*.

Motivação

Para o secretário de Educação César Callegari, além de melhorar a forma de avaliação, a restrição da aprovação automática terá influência sobre a motivação dos estudantes. “A motivação não é por nota, não é pelo medo de repetir o ano, de ser reprovado. A motivação é pelo aprendizado. Não há aprendizado sem esforço, não há construção de coisa alguma sem trabalho. Precisa ter trabalho, esforço, criação, tudo isso representa algo que tem que ter intencionalidades claras para a comunidade educacional, alunos e professores. Esses objetivos têm que ficar claros. As metas precisam ser compartilhadas por todos”, salienta.

Segundo ele, a aprovação automática tem causado uma “desorientação, como se fosse possível aprender sem estudar, construir sem esforço”. “Por isso, os resultados educacionais têm sido tão fracos, porque as pessoas pensam que podem ir passando sem nenhum compromisso com o ensino e com a aprendizagem”, afirma. As metas a ser alcançadas em cada ano precisam ser compartilhadas para que a comunidade escolar se organize e se responsabilize. “Acredito que vamos diminuir o fracasso educacional aqui em São Paulo. Esse tem sido um fracasso real, mas escamoteado, oculto. As dificuldades se revelam e elas são enfrentadas. Esse enfrentamento significa aprendizagem, maior comprometimento dos alunos, maior cooperação entre eles e os professores”, considera o secretário.

Didática

De acordo com a professora Maria do Rosário Mortatti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o alto índice de repetência precisa ser avaliado não apenas do ponto de vista pedagógico, mas também do social. “A motivação tem importância relativa. É fator externo às atividades humanas de ensinar e aprender. A motivação de não ser reprovado pode ser útil para o aluno, para a escola e para os sistemas de ensino, quando se almejam resultados demandados por políticas públicas e suas metas de melhora de desempenho do País em rankings internacionais. Mais importante e mais difícil, porém, é buscar compreender por que estudar não tem feito sentido para os estudantes, assim como para a maioria dos cidadãos brasileiros”, sustenta.

Para a educadora, a simples repetição, sem a análise das insuficiências de conhecimento e das práticas educacionais, também não apresentará resultados satisfatórios. “Simplesmente ‘repetir’ o ano, ou seja, cursar novamente o mesmo ano escolar, ser submetido à repetição dos mesmos conteúdos e atividades do ano anterior não é garantia de que o aluno tenha sucesso. Desconsiderar os motivos do não aprendizado e aprovar automaticamente também não é garantia de aprendizado. Em ambos os casos, apesar de se tratar de atitudes bem intencionadas, não se respeita o direito do aluno a aprender e o dever do professor de ensinar”.

Cotidiano

Na teoria, a pedagogia da repetência é uma segunda chance, uma nova oportunidade para o aluno aprender e atingir os objetivos não alcançados no ano anterior. No dia a dia, a questão é um pouco diferente. “À primeira vista, faz sentido, porque se alguém chegou ao final do ano, em um certo patamar, e não atingiu determinados objetivos, fazer de novo o ano para atingir esses objetivos faz mesmo sentido, mas há limitações de várias ordens nisso”, aponta o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em Avaliação de Sistemas Educacionais.

O primeiro problema apontado por ele está na responsabilização. “Quando o aluno não obteve um bom desempenho, a resposta mais tradicional é que o aluno não se esforçou, não estudou. É como se o único responsável por aquela situação fosse o próprio aluno. Mas os resultados ao final do ano, para efeito de avaliação, precisam ser vistos também como resultado da escola. E isso raramente acontece. Geralmente, a culpa é do aluno ou então da família, que é desestruturada”, comenta.

As avaliações periódicas precisam apontar novos caminhos para o ensino, a fim de garantir o desenvolvimento efetivo dos estudantes, por meio de acompanhamento constante e da adoção de novas estratégias para atrair a atenção e proporcionar a aprendizagem. “Toda avaliação deve permitir lições, orientações. Deve permitir que a escola possa, no futuro, repensar o que foi feito”, observa Munhoz. Isso significa que a identificação das deficiências no tempo certo – ao longo do ano – ajuda a evitar que o problema se propague, que tenha continuidade.

Nesse contexto, a repetência é apenas uma alternativa. Nada impede que o estudante vá para a série seguinte e seja acompanhado de forma mais adequada. Mas, para isso, é preciso realizar uma avaliação diagnóstica e os resultados precisam produzir mudanças. “Esse tipo de avaliação não serve apenas para o ano corrente, mas também para o ano seguinte, porque aponta para onde deve ser dada mais atenção, para quais materiais poderão ser utilizados. Essa é uma alternativa para a repetência. Agora, da maneira como as escolas funcionam, parece que é um delírio. No fim do ano, na dúvida, o aluno é que acaba sendo punido”, criticou.

Muitas escolas privadas têm usado o sistema de dependência, que permite a aprovação para a série seguinte simultaneamente à repetição das disciplinas em que o desempenho foi baixo. Na prática, por exemplo, um estudante que atingiu a média na maioria das disciplinas passa para a série seguinte, mas no contraturno deverá, obrigatoriamente, repetir as matérias em que não atingiu a média, com o limite de duas ou três disciplinas pendentes. Para o professor da USP, essa é uma boa opção, mas de operacionalização difícil na rede pública de ensino, devido ao número de vagas e ao grande volume de estudantes.

Apesar de favorável ao fim da aprovação automática, ele vê com ressalvas essa proposta. Na opinião dele, fazer um diagnóstico para cada aluno esbarra em condições materiais não favoráveis. “O padrão brasileiro é o do professor que chega à escola, dá aula e vai embora. Isso significa, de fato, que não temos condições materiais para o atendimento aos alunos”, avalia. Também há condições subjetivas. “Os professores acreditam na reprovação, eles acreditam na repetência. E usam isso, inclusive, como uma arma para punir maus alunos. A partir do momento que a secretaria [de Educação] libera para a reprovação, está liberando essa ânsia dos professores em reprovar”, acredita.

O medo da reprovação, portanto, não é tão eficaz para motivar a maior parte dos estudantes. “Ameaça é uma crença que não tem sustentação. Quando nós temos boas propostas, as crianças participam. E esse é o desafio. O [des]interesse na escola não é um problema só da criança. Vamos pensar no que podemos fazer para que essas crianças possam se interessar pela escola. A ameaça tem efeito muito menor que os seus defensores imaginam”, alerta Munhoz.

 

Por: Revista Profissão Mestre – novembro/2013 – Publicado no Portal da APEOESP

FUP-Sindipetro/SP: Dilma entregou o futuro do país com leilão de Libra

Publicação do Sindipetro-SP, ligado à FUP, diz que leilão representou um “passaporte para o passado”

 

O Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo e a FUP (Federação Única dos Petroleiros) divulgaram na semana passada um balanço da mobilização da categoria contra o leilão de Libra e por melhorias salariais, ocorrida no dia 21 de outubro em todo o Brasil. Para o jornal da FUP-Sindipetro-SP, a entrega de parte do campo de Libra para empresas estrangeiras pelo governo Dilma foi uma “megaprivatização”, uma “vergonha” e representou “um passaporte para o passado”. Eles criticaram o leilão, mas comemoraram as conquistas salariais obtidas pela ampla mobilização da categoria e disseram que, apesar das ameaças e da repressão – que usou até o Exército e a Força Nacional de Segurança – “os petroleiros foram vitoriosos” e a greve foi “histórica”.

“Na noite de 21 de outubro, após o exército atirar contra trabalhadores e estudantes para garantir o leilão de Libra, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento em cadeia nacional exortando o “grande negócio” feito pelo país e garantindo que Libra é o primeiro de muitas outras entregas”, denunciou o Sindipetro-SP . “Quanto mais a presidente sorridente falava, mostrava números e contas e defendia a privatização, mais convencia de que o Brasil viveu um dos dias mais tristes de sua recente história”, prosseguiu o jornal do Sindicato.

Os petroleiros concluíram que, pelos números apresentados pela presidente em seu discurso, o Brasil entregou para os chineses e a multinacional Shell [e a francesa Total] R$ 1 trilhão. “A certa altura do discurso de quase oito minutos, a presidente apresentou números de royalties, recursos em óleo bruto e outros dividendos que atingirão a ‘vultosa’ soma de cerca de 1 trilhão de reais. A ser correta as contas da presidente, o Brasil entregou para chineses e a multinacional Shell mais de R$ 1 trilhão, porque todo o óleo de Libra já era do país. Ou seja, não ganhamos, entregamos”, assinalou o Sindicato.

Na avaliação dos sindicalistas, a preocupação com o curto prazo e os compromissos com os banqueiros, através da obtenção a qualquer custo do superávit primário, provocaram perdas muito significativas ao país. “As reservas do campo de Libra estão estimadas em 15 bilhões de barris. Ao preço de mercado atual de R$ 100 o barril, faça a conta, mas o governo leiloou pelo preço de R$ 1 o barril. É como você ter um automóvel de R$ 100 mil, vender por mil reais e achar que fez um belo negócio”, prosseguiu o jornal do Sindicato.

“O governo queria dinheiro rápido para fazer caixa e superávit com vistas às eleições do próximo ano. Não pensou nas gerações de brasileiros, nos impactos ambientais, no projeto de soberania; entregou o futuro de olho no imediatismo. O custo final para o governo poderá ser amargo”, denunciou o Sindipetro-SP.

A FUP prometeu continuar a luta em defesa do petróleo brasileiro e do pré-sal e disse que seguirá resistindo aos ataques à soberania nacional. “Dilma promete mais privatizações sob o mesmo regime de partilha, mas já há fortes pressões para mudar esse modelo. O editorial do jornal O Estado de São Paulo, de 24 de outubro deixa claro o interesse da rapinagem internacional: voltar ao modelo de FHC”, alertaram os petroleiros. “Presidente Dilma: não adianta Guarda Nacional, repressão, balas e blá, blá, blá na televisão: vamos continuar resistindo contra os ataques à soberania do país”, prometeram os sindicalistas ligados à Federação Única dos Petroleiros.

 

Fonte: Hora do Povo – Edição 3.102

Eduardo Galeano: Os crimes da Shell – O escritor enforcado

As empresas petroleiras Shell e Chevron arrasaram o delta do rio Níger. O escritor Ken Saro-Wiwa, do povo ogoni da Nigéria, denunciou em um livro publicado em 1992: “O que a Shell e a Chevron fizeram ao povo ogoni, às suas terras e aos seus rios, aos seus riachos, à sua atmosfera, chega ao ponto de um genocídio. A alma do povo ogoni está morrendo e eu sou sua testemunha”.

Três anos depois, no início de 1995, o gerente geral da Shell na Nigéria, Naemeka Achebe, explicou assim o apoio de sua empresa à ditadura militar espremendo a esse país: “Para uma empresa comercial que se propõe realizar investimentos, é necessário um ambiente de estabilidade. As ditaduras oferecem isso”. Uns meses mais tarde, no final de 95, a ditadura da Nigéria enforcou Ken Saro-Wiwa. O escritor foi executado junto com outros oito ogonis, também culpados de lutar contra as empresas que aniquilaram as suas aldeias e reduziram suas terras a um vasto deserto. E muitos outros haviam sido assassinados antes pelo mesmo motivo.

O prestígio de Saro-Wiwa deu a este crime certa ressonância internacional.

O presidente dos Estados Unidos declarou então que seu país suspenderia o fornecimento de armas à Nigéria, e o mundo o aplaudiu. A declaração não foi lida como uma confissão involuntária, ainda que o fosse: o presidente dos Estados Unidos reconhecia que seu país havia estado vendendo armas ao regime carniceiro do general Sani Abacha, que vinha executando gente a um ritmo de cem pessoas por ano, em fuzilamentos ou enforcamentos convertidos em espetáculos públicos.

Um embargo internacional impediu depois que qualquer país assinasse novos contratos para a venda de armas para a Nigéria, porém a ditadura de Achaba continuou multiplicando seu arsenal graças aos contratos anteriores aos adendos que por milagre lhes agregaram, como elixires da juventude, para que esses velhos contratos tivessem vida eterna.

Os Estados Unidos vendem cerca da metade das armas do mundo e compram cerca da metade do petróleo que consomem. Das armas e do petróleo dependem, em grande medida, sua economia e seu estilo de vida. Nigéria, a ditadura africana que mais dinheiro destina aos gastos militares, é um país petroleiro. A empresa anglo-holandesa Shell leva a metade; porém a estadunidense Chevron arranca da Nigéria mais da quarta parte de todo o petróleo e do gás que explora nos 22 países onde opera.

 

O preço do veneno

Nnimmo Bassey, compatriota de Ken Saro-Wiwa, visitou terras latino-americanas no ano seguinte ao assassinato de seu amigo e companheiro de luta. Em seu diário de viagem, conta instrutivas histórias sobre as gigantes petroleiras e suas impunes devastações.

Em Curaçao, na costa da Venezuela, a empresa Shell erigiu em 1918 uma grande refinaria, que desde então vem lançando gases venenosos sobre a pequena ilha. Em 1983, as autoridades locais mandaram parar. Sem incluir os prejuízos à saúde dos habitantes, que são de valor inestimável, os especialistas estimaram em 400 milhões de dólares a indenização mínima que a empresa devia pagar para que a refinaria continuasse operando.

A Shell não pagou nada, e em troca comprou a impunidade a um preço de fábula infantil: vendeu sua refinaria ao governo de Curaçao, por um dólar, mediante um acordo que liberou a empresa de qualquer responsabilidade pelos danos que havia infligido ao meio ambiente ao longo de sua fudida história.

 

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.201

Paulo César Ribeiro Lima: Derrota da Saúde e da Educação

Clique abaixo veja a análise do consultor da Câmara dos Deputados para Assuntos de Petróleo e Gás, Paulo César Ribeiro Lima, divulgado no Portal Viomundo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ecad fecha acordo para que TV Globo pague os direitos autorais que ela caloteia há oito anos

Após oito anos em análise na justiça, o processo do Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais) sobre a TV Globo pelo calote de R$ 1,5 bilhão por não pagar direitos autorais chegou ao fim.

O órgão responsável por gerir os direitos autorais sobre música no país e a emissora fecharam um acordo que estabelece o pagamento de mensalidades ao Ecad, cobradas por obras usadas na programação da Globo. O valor não foi divulgado.

A entidade cobrava o pagamento de 2,5% sobre o faturamento bruto da emissora, porcentagem cobrada de todos os veículos que executam publicamente músicas de autores representados pelo Ecad. A Globo contestava.

Segundo o Ecad, o escritório contará com uma “equipe exclusiva para processar o mais rápido possível a distribuição dos valores referentes aos últimos oito anos aos titulares de música contemplados”.

De acordo com dados do Ecad, em 2012, o órgão distribuiu mais de R$ 470 milhões a 106.336 compositores, intérpretes, músicos, editores, produtores fonográficos e associações.

 

Fonte Hora do Povo – Edição 3.200

Carteirinha UMES/Bilhete Único do Estudante 2014: Solicite já a sua!

Está aberto o processo de solicitação para a solicitação da Carteirinha UMES/Bilhete Único do Estudante para 2014. Antecipando a solicitação, o estudante poderá usufruir os seus benefícios desde o primeiro dia letivo de 2014.

Para agendar as solicitações, basta que a escola entre em contato com uma das subsedes para organizar os postos de atendimento.

Com a aprovação do Estatuto da Juventude, o benefício da meia-entrada somente será válido com a apresentação da Carteira Estudantil emitida pelas entidades. Em São Paulo, a entidade representativa dos estudantes é a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo.

Por isso, não perca tempo e entre em contato com a UMES (CLIQUE AQUI E VEJA  OS ENDEREÇOS E TELEFONES).

Musical “Zumbi”, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, na CAIXA Cultural São Paulo

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta o musical “Zumbi”, baseado no clássico “Arena conta Zumbi”, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri. A peça que retrata a luta dos Quilombolas de Palmares e sua resistência ao jugo português durante o período colonial brasileiro, faz curta temporada de 21 de novembro a 15 de dezembro de 2013, de quinta a domingo, às 19h15. A entrada é franca.

Escrita na época da ditadura militar (1964-1985), por Boal e Guarnieri e musicada por Edu Lobo, “Zumbi” é uma homenagem do Instituto Augusto Boal ao clássico musical do teatro brasileiro “Arena Conta Zumbi”.

“Zumbi” é encenado por um grupo de dez atores negros representando todos os personagens, e realizando o sistema Curinga (criado por Boal), no qual desaparece a noção do ator principal, já que os protagonistas são representados por diversos artistas na mesma encenação. Eles se revezam no desempenho das pequenas cenas focadas sobre os pontos fortes da trama, deixando a um ator coringa a função de fazer as interligações entre os fatos, pessoas e processos. O emprego da música ajuda as passagens de cena, acrescentando tons líricos de grande efeito.

A peça é o primeiro musical autenticamente brasileiro. Segundo o diretor João das Neves, a música e texto se entrelaçam. “Nossa missão é reavivar a saga de um de nossos heróis fundadores, Zumbi, com a alegria e a fé de uma nação que começou realmente a ser construída ali, na Serra da Barriga, onde Boal, Guarnieri e Edu foram buscar inspiração para este Zumbi que ora vamos contar”, conclui João.

 

ESPETÁCULO TEATRAL “ZUMBI”

Texto: Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri

Música: Edu Lobo

Direção Geral: João das Neves

Direção Musical: Titane

Temas Incidentais: Congado de Minas, Domínio Público

Elenco: Alysson Salvador, Benjamin Abras, Evandro Nunes, Júlia Dias, Júnia Bertolino, Kátia Aracelle, Nath Rodrigues, Ricardo Campos, Rodrigo Almeida e Rodrigo Jerônimo

Curta temporada: de 21 de novembro a 15 de dezembro de 2013 – quinta a domingo – 19h15

Dia 12 de dezembro não haverá espetáculo

CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111

Entrada Franca: os ingressos poderão ser retirados na bilheteria com uma hora de antecedência

Capacidade: 80 lugares

Informações(11) 3321-4400

 

Fonte: São Paulo Sortimentos.com

Iracema Nascimento: faltam valorização salarial e carreira para os professores no país

A coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento, participou de entrevista na TV Brasil e falou dos problemas e desafios da educação no país.

Iracema afirmou que hoje, não só os professores, mas a sociedade e o estado têm três desafios principais para serem enfrentados: formação inicial e continuada, condição adequada de trabalho e salário e política de carreira.

 

Veja abaixo a entrevista completa:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: TV Brasil

 

Deputado acusa George Soros de querer legalizar drogas para lucrar

Autor da lei antidrogas, que aguarda votação no Senado, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) criticou a ação de ONGs que pedem a legalização das drogas e que se posicionam contrárias à legislação de autoria dele.

Terra afirmou que essas ONGs são financiadas pelo bilionário e megainvestidor George Soros, fundador da Open Society Foundations, que, segundo ele, pretende lucrar com o dinheiro do tráfico.

“É um jogo armado, através dessa linha de ação do grande especulador George Soros”, disse Terra. “Qual o objetivo do George Soros em liberar as drogas? É muito simples. Ele é o maior especulador do mundo e o único dinheiro que está fora do controle deles é o dinheiro do tráfico, que é clandestino. Ele quer legalizar. Não só legalizar como multiplicar o lucro em cima da doença das pessoas”, disse Terra.

 

Veja clicando abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ig