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Tarcísio abandona Programa Nacional de Livro Didático e aumenta abismo na educação pública de São Paulo

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Tarcísio de Freitas anunciou que ira retirar São Paulo do Programa Nacional de Livro Didático do governo federal. Com a proposta, o Estado abre mão de R$ 120 milhões, que seriam destinados à compra de livros para os estudantes do ensino Fundamental e Médio.

De acordo com a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), a decisão da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo de sair do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2024, afeta cerca de 1,4 milhão de alunos e 100 mil professores do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), de 3.818 escolas estaduais de São Paulo, que receberiam gratuitamente quase 10 milhões de livros através do PNLD; e outros 1,3 milhão de alunos do Ensino Médio, de 3.765 escolas.

Segundo o governo, os livros, que são ofertados gratuitamente aos estudantes e que são fundamentais para o ensino, serão substituídos por “conteúdos 100% digitais”. A decisão de Tarcísio é absurdamente excludente e promete aumentar ainda mais o abismo entre a educação pública e privada em São Paulo.

A exclusão digital e a falta de acesso a equipamentos é a realidade da maioria dos estudantes paulistas e a pandemia comprovou isso.

Atualmente vemos as escolas com problemas para oferecer o mínimo de estrutura para os alunos e, com essa mudança, só irá dificultar cada vez mais o acesso à educação, aumentando a precarização e o sucateamento do ensino público.

Não podemos deixar isso acontecer! Precisamos lutar por um ensino inclusivo e que com garantia de acesso a todos.

No dia 11 de agosto, voltaremos às ruas. Vamos mostrar toda a indignação dos estudantes com o descaso com a Educação. Junte-se a nós nessa luta, entre em contato pela nossa DM.

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Zé Celso vive em seu legado e sua luta pela cultura brasileira

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É com pesar que recebemos a triste notícia da partida do ícone do teatro brasileiro, Zé Celso.

Em suas redes sociais o Teatro Oficina Uzyna Uzona confirmou a morte de Zé Celso com a citação: “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Nossa fênix acaba de partir para a morada do sol”.

Ao longo de sua vida, Zé Celso deu uma contribuição inestimável para a cultura brasileira. Fundador do Teatro Oficina, em 1961, tornou-se referência para gerações de artistas em todo o país.

Em plena ditadura, levou aos palcos do Oficina “Galileu Galilei” de Bertolt Brecht.

Em 1966, a sede do teatro foi destruída por um incêndio. A instalação foi reconstruída com grande mobilização popular e a produção de grandes espetáculos pelo grupo de teatro. Hoje o prédio, que foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, é tombado e patrimônio da capital paulista.

No final da década de 1968, Zé Celso levou ao Rio de Janeiro sua primeira peça fora do Teatro Oficina. Ele dirigiu o histórico espetáculo Roda Viva, de Chico Buarque. Durante a exibição do espetáculo em São Paulo, o Comando de Caça aos Comunistas – CCC, milícia privada que colabora com a ditadura, invade o Teatro Ruth Escobar, destruindo o cenário, camarins e agredindo atores, entre eles, Marília Pêra.

Zé Celso foi preso pela ditadura em 1974. Ele foi encapuzado e levado ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na capital paulista, onde foi torturado e confinado em uma solitária por quase um mês. Exilado, o grupo Oficina seguiu então para Portugal.

O exílio durou aproximadamente cinco anos e o grupo trabalhou com teatro e cinema em Lisboa, Moçambique, Paris e Londres. Em 1979, após a anistia, Zé Celso e demais artistas voltaram ao país reformulando o grupo e voltando a atuar no Teatro Oficina.

Essas são apenas algumas das suas imensas contribuições à arte e ao nosso país.

No nosso Bixiga, Zé Celso foi além da arte e seu nome é símbolo da resistência. Foi o maior defensor da construção do Parque do Bixiga, no terreno ao lado do Teatro Oficina, onde o bilionário Silvio Santos pretende, há 50 anos, construir duas torres de mais de 100 metros para residências de alto padrão, favorecendo a especulação e ampliando ainda mais a desigualdade no centro de São Paulo.

Mais do que nunca se faz necessária a mobilização pelo Parque do Bixiga, em homenagem a Zé Celso e pelo povo da nossa cidade.

Zé Celso vive em seu legado e sua luta pela cultura brasileira!

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES

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‘Cinema e Samba – Vai no Bixiga pra ver’– veja a programação da mostra do Cine-Teatro Denoy de Oliveira

VAI1 

 

Samba, pagode, partido alto, chula, calango, marcha, batucada, pernada. Samba de breque, enredo, canção, de viola, raiado, corrido, rural, chorado, de roda, de terreiro, sincopado. Nossa mostra ‘Cinema e Samba – Vai no Bixiga pra ver’ tenta retratar isso e um pouco mais.

Principal fenômeno cultural brasileiro, o samba é composto por diferentes estilos e linguagens ligadas às classes subalternas e desfavorecidas. Foi perseguido por ser negro, durante a escravidão, após a Abolição em uma situação de profunda exclusão social dos alforriados e no racismo ainda forte em nossa sociedade. Mesmo assim ele hoje está em todo Brasil, sendo uma importante voz de resistência e nacionalidade.

No morro, no asfalto ou na roça. Na casa de Tia Ciata, Estácio, Recôncavo, Pirapora. Pedimos passagem para contar em nossa programação um pouco dessa história, que tentamos retratar da maneira mais variada possível. São 10 filmes, selecionados de forma a trazer diferentes vertentes dessa expressão cultural e seus personagens. Gingando entre São Paulo, Rio e Bahia, entre documentários e ficções, trouxemos para a tela um pouco da história do samba.

Na última sessão, aquela saideira que sempre chega junto com o bom samba que não queremos que acabe, realizamos uma singela homenagem ao poeta maior, Paulo César Pinheiro. E, como estamos no Bixiga, com um tantinho de Adoniran.

Pode chegar que você é nosso convidado para este samba e nóis não faz que nem o Arnesto. Nossa casa não tem muito mistério para se encontrar, afinal: ‘Cinema e Samba – Vai no Bixiga pra ver’.

“O samba bate outra vez

O toque de reunir

O samba é que leva emoção

Ninguém pode impedir

O samba é que é a revolução

É preciso que se convençam

Por isso hoje o samba saiu

Saiu de novo pra quem não ouviu

E vem do compositor do Brasil

Com sua bênção”

Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro

 

VEJA A PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA

 

SEXTA – 07/07

 

VAI2

 

O CATEDRÁTICO DO SAMBA

Alessandro Gamo e Noel Carvalho, 23 min.

SEU NENÊ DA VILA MATILDE

Carlos Cortez, 27 min.

GERALDO FILME

Carlos Cortez, 54 min.

 

SEXTA – 14/07

 

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PARTIDO ALTO

Leon Hirszman, 15 min.

FRAGMENTOS NEGROS DO SAMBA

Ariel de Bigault, 59 min.

 

SEXTA – 21/07

 

VAI4

 

RIO, ZONA NORTE

sessão especial em 35mm

Nelson Pereira dos Santos, 83 min.

 

SEXTA – 28/07

 

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BATATINHA, POETA DO SAMBA

Marcelo Rabelo, 30 min.

SAMBA RIACHÃO

Jorge Alfredo, 85 min.

 

SÁBADO – 29/07

SESSÃO EM HOMENAGEM A PAULO CÉSAR PINHEIRO

 

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DÁ LICENÇA DE CONTAR

Pedro Soffer Serrano, 17 min.

PAULO CÉSAR PINHEIRO – LETRA E ALMA

Andrea Prates e Cleisson Vidal, 85 min.

ENTRADA GRATUITA

SESSÕES SEMPRE ÀS 19 HORAS

ingressos distribuídos com uma hora de antecedência

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa 323 – Bixiga

Informações: (11) 94662-6916 – Whatsapp

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Encontro de grêmios da UMES convoca mobilização total pela revogação da deforma do Ensino Médio

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Fotos: César Ogata/UMES

 

Mobilização de dirigentes estudantis de toda a capital paulista aprovou  convocação de ato do Dia do Estudante pela revogação do NEM  e pressão contra os cortes de Tacísio de Freitas na Educação de São Paulo  

 

Lideranças de grêmios estudantis da cidade de São Paulo aprovaram nesta terça-feira (06) mobilização total pela revogação da reforma neoliberal do Ensino Médio. “Vamos tomar a Paulista no 11 de agosto, Dia do Estudante, contra a reforma que está destruindo a nossa juventude”, convocaram os estudantes da cidade de São Paulo. 

O Encontro de Grêmios da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo lotou o auditório do Sindicato dos Profissionais de Saúde de São Paulo (SinSaúdeSP), com mais de 300 estudantes de mais de 100 grêmios estudantis da capital paulista. Na pauta principal do encontro, as ações dos estudantes pela revogação da reforma do Ensino Médio, realizada pelo governo Temer sem qualquer diálogo com a sociedade e que precariza a educação nas escolas brasileiras.

“São lideranças de toda a cidade de São Paulo que vão mobilizar as suas escolas no 11 de Agosto, dia do Estudante pra lotar a Paulista e dizer não à reforma que sucateou ainda mais a Educação do nosso país”, avaliou o presidente da UMES, Lucca Gidra, ao celebrar o sucesso do encontro.

A inclusão do Fundo de Educação Básica (Fundeb), responsável pelo financiamento das escolas brasileiras, na política de limitação de gastos do “arcabouço fiscal” pela Câmara dos Deputados, também foi criticada pelas lideranças estudantis presentes.

Na abertura do encontro, o presidente da UMES denunciou o caráter neoliberal da reforma do Ensino Médio que impede o acesso dos estudantes à Educação. “Ao invés de discutir o investimento na infraestrutura das escolas, de avançarmos no ensino técnico, de termos uma grade curricular que garanta a entrada dos jovens nas universidades… Temos estes itinerários que não servem para nada, que ensinam os jovens a fazer brigadeiro e os colocam em um falso empreendedorismo onde ele é o responsável por tudo o que acontece”, criticou Lucca.  

“A gente não tem tempo a perder. Cada minuto que passa é um minuto que a gente tem que utilizar para detonar essa reforma de Ensino Médio e para detonar todos os ataques feitos contra a nossa educação”, destacou Lucca. “Pra gente revogar a reforma do Ensino Médio a gente precisa de uma coisa importante que é decisão”, convocou o líder estudantil.

Ao longo do debate, os estudantes também repudiaram os cortes do governo Tarcísio de Freitas no orçamento na educação de São Paulo e o fechamento de mais de 300 salas de aula das escolas estaduais. Também foi lançada a campanha estudantil ““A SABESP É NOSSA: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA!”, em repúdio à tentativa de Tarcísio de entregar a estatal de saneamento paulista.

A abertura do Encontro de Grêmios contou com forte representação de lideranças do Estado de São Paulo. Dentre eles a presidente da UBES, Jade Beatriz; a presidente da UPES, Luiza Martins; os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT; do deputado estadual Guilherme Cortez; e as co-deputadas Sirlene Maciel e Paula da bancada feminista do Psol na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Além do dirigente sindical, José Faggiani, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP).

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REVOGAÇÃO DA REFORMA

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Jade Beatriz, destacou a luta dos estudantes em defesa da escola pública e gratuita para todos e ressaltou a necessidade da revogação do Novo Ensino Médio para alcançar este objetivo. “Este modelo vai contra o princípio fundamental da democracia educacional”, disse Jade.

“A reforma do Ensino Médio ataca diretamente o acesso dos estudantes da escola pública à educação de qualidade. Temos escolas com estrutura precária, chovendo dentro das salas de aula… É isso que deveria estar em pauta. E não os itinerários que não ensinam nada aos estudantes”, destacou a presidente da UBES.

Ex-secretário de Educação da cidade de São Paulo, o sociólogo César Callegari, destacou que a revogação da reforma do Ensino Médio só será possível com a mobilização dos estudantes. “Os governos só se movem sob pressão. E isso é verdade também paro governo federal que tem que lidar com muitas contradições, inclusive com uma base parlamentar extremamente conservadora no Congresso Nacional. Então, tem que pressionar. É correta e legítima a pressão para o cancelamento da reforma, desse chamado novo ensino médio. Agora, a anulação desse novo ensino médio depende de uma nova proposta, isso que é o nosso grande desafio, somente uma nova proposta pode revogar esse novo ensino médio”, afirmou Callegari.

“Então nós estamos desafiados, professores, estudantes, os setores todos da sociedade precisam se unir pra criar uma nova proposta, porque não se trata de voltar pra trás, quer dizer, apenas a revogação não adianta. Você tem que fazer com que a coisa avance. E portanto essa reforma que é excludente, reducionista e que aumenta as desigualdades sociais, ela ser substituída por uma nova proposta que garante inclusão, garante redução de desigualdades e principalmente provoque a preparação do jovem brasileiro pra uma cidadania contemporânea”, ressaltou.

O pesquisador também falou sobre a manutenção do Fundeb fora da política de limitação de gastos, intitulada de “arcabouço fiscal”. “É uma luta que nós temos que fazer, o FUNDEB foi uma conquista importante, constitucional e nós não podemos permitir que ele tenha um retrocesso agora. Então pressionar os senadores agora é a nossa e a nossa tarefa”, disse Callegari.

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VENCEMOS BOLSONARO E TEMOS MUITO A FAZER

Luisa Martins, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), relembrou o papel dos estudantes na derrota de Bolsonaro. “A gente passou pelo governo Bolsonaro que acabou com sonhos, que acabou com perspectivas, que fez com que a gente perdesse familiares, amigos, professores… E isso doía muito na gente. Mas indignados com tudo isso, tiramos milhões de títulos eleitores em todo o país e conseguimos fazer com que o Bolsonaro fosse escorraçado da Presidência do Brasil”.

Ela também criticou a reforma do Ensino Médio que impede o acesso dos estudantes à educação de qualidade. “Nós somos contra esse ‘Novo Ensino Médio’ que na verdade é velho, porque a gente está falando na prática que eles não querem que a gente aprenda”, destacou Luisa.

Para a dirigente estudantil, a escola deve ser um local de debate e de combate ao preconceito e à violência sexual contra as estudantes. “É dentro da escola que a gente precisa aprender qual é o limite, é dentro da escola que a gente precisa combater a violência, é dentro da escola que a gente precisa aprender a verdadeira história do nosso país”, ressaltou.

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RECONSTRUÇÃO DO PAÍS

Coordenador do Fórum “Direitos Já”, Fernando Guimarães, relembrou o papel da juventude na derrota de Bolsonaro e que haverá ainda mais luta no próximo período que é de reconstrução do país.

“Vocês tem hoje que refletir profundamente na luta política que vocês travam. O futuro que vocês querem construir. E aí responder, portanto o que deve ser feito. O que deve ser feito é a grande luta de hoje, é a grande questão e tem que ser travada especialmente dependendo do Congresso Nacional e foi dito aqui que nós vencemos a eleição, vencemos a eleição porque votamos no democrata e vamos ver, mas o nosso Congresso Nacional, que deve representar a sociedade tem duzentos deputados que no primeiro turno apoiaram o fascista”, relembrou Fernando.

Ele continuou sua fala alertando que o fascismo ainda é uma ameaça à nossa democracia e apontou para a necessidade de impedir o seu avanço e atuarmos pela reconstrução do Brasil. “Estamos num momento crucial da história, eu quero dizer que vocês são absolutamente importantes neste encaminhamento e para que lado nós vamos, o respiro que sai da escola é o respiro da democracia e é justamente o respiro do movimento estudantil”, destacou.

DESAFIOS

A vereadora da cidade de São Paulo, Nina Zarattini, relembrou que o movimento estudantil “foi o primeiro a ocupar as ruas para denunciar o descaso do governo Bolsonaro com a educação. Foi movimento estudantil e os estudantes que determinaram o resultado das eleições de 2022 e serão os estudantes, será a juventude que continuará fazendo história do nosso país”.

Para a vereadora, existem alguns desafios na ordem do dia. “O primeiro deles é a gente reconstruir o Brasil. Nós vencemos das eleições, mas a gente ainda não venceu politicamente no nosso país. A gente sabe que o bolsonarismo, a extrema direita, o fascismo se mantém vivo ainda infelizmente na nossa sociedade. Então a gente vai precisar muito ocupar as ruas, mobilizar as escolas, as universidades, na luta por um futuro melhor”, destacou.

“O segundo desafio que a gente tem é a luta contra o governo Tarcísio de Freitas que já disse que vai privatizar a SABESP, que já disse que tem que ter menos investimento para a Educação. E eu queria perguntar aqui para vocês: as escolas de vocês são boas? Não! Então a gente vai falar pro Tarcísio porque a gente não vai deixar esse governador fechar uma escola que quer no nosso estado e a gente vai fazer essa luta. O outro desafio que a gente tem aqui também é o a Prefeitura de São Paulo que tem privatizado, que tem atingido e tirado os direitos da população mais pobre. E a gente tem também o desafio de revogar essa reforma do Ensino Médio que impede a juventude de alcançar os seus objetivos”, disse a vereadora.

ENSINO PRECÁRIO E ESCOLAS DESTRUÍDAS

Ao longo do encontro os estudantes denunciaram a precarização causada pela reforma do Ensino Médio. Falta de aulas, itinerários que não possuem qualquer ligação com a realidade dos Estudantes e que “não servem para nada”.  

“Nós deveríamos ter acesso aos conteúdos necessário para passar no vestibular e nos preparar para o futuro e não tendo aula de como fazer brigadeiro e RPG, como está acontecendo”, criticou a estudante Indaya de Souza, da EE Quintiliano José. 

As críticas ao governo Tarcísio também foram constantes. Além da ameaça de corte de R$ 9 bilhões no orçamento da educação do Estado, reduzindo a parcela do orçamento destinado à Educação dos atuais 30% para 25%, as denúncias sobre o fechamento de salas de aula, o fim do Programa Dinheiro Direto nas Escolas, realizado pela gestão anterior, causaram uma precarização ainda maior das instituições. O resultado: falta de estrutura, falta de professores, falta de água nas torneiras das escolas, chuvas e goteiras no conjunto das escolas da cidade de São Paulo.

DIGNIDADE MENSTRUAL E COMBATE AO ASSÉDIO

Diversas estudantes apontaram as dificuldades de garantia ao acesso à dignidade menstrual nas escolas. Desde a falta de absorventes à ausência de apoio do poder público. Elas denunciaram que, apesar da existência do programa Dignidade Íntima no estado de São Paulo, o acesso aos absorventes está cada vez mais restrito dentro das escolas e que isso têm piorado desde o início do governo Tarcísio de Freitas.

As denúncias e relatos de assédios ocorridos dentro das escolas também se fizeram constantes nas falas das lideranças estudantis. Segundo os gremistas, os casos continuam a ocorrer e não há uma política efetiva de acolhimento às vítimas nas escolas.

A UMES lançou a campanha “Escola Sem Assédio”, para combater este crime que vem ocorrendo nas instituições de ensino, conscientizar os estudantes sobre os seus direitos e as formas de prevenção e diálogo nas escolas para impedir esta prática.

 

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO SABESP

panfleto UMES A5-2


Durante o encontro foi lançada a campanha estudantil “A SABESP É NOSSA: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA! – Estudantes em defesa do futuro e da vida!” em conjunto com o Sintaema e entidades do movimento social. O objetivo dos estudantes é de conscientizar a juventude sobre a necessidade da empresa de saneamento, que é responsável pelo abastecimento de 30 milhões de paulistas permanecer pública.

“A Sabesp, além de ser uma empresa que gera lucro para o Estado – dinheiro que inclusive pode ser utilizado para investimentos na educação e saúde -, desempenha um importante papel social”, destacam os estudantes.

“A privatização da Sabesp compromete o futuro da vida ambiental e humana. É um crime contra a população de São Paulo! Por isso, é necessária a conscientização, a mobilização e a união de todos para impedir esse descaso! A água é um direito, não uma mercadoria!”, ressaltaram.

 

VEJA AQUI AS RESOLUÇÕES DO ENCONTRO DE GRÊMIOS DA UMES:

  • Luta pela revogação do Novo Ensino Médio e mais investimento na Educação!
  • Retirada do Fundeb do arcabouço fiscal!
  • Campanha de combate ao assédio dentro das escolas dos grêmios em conjunto com a UMES!
  • Exposição nas escolas do Jornal Mural da UMES para divulgação da luta e conscientização dos estudantes.
  • PDDE Grêmios Já – Verba para todos os grêmios estudantis!
  • Contra o corte de R$ 9 bilhões da Educação pelo governador Tarcísio de Freitas!
  • A SABESP É NOSSA! – Não à privatização da água
  •            Semana de luta contra a privatização e divulgação do material UMES/Sintaema nas escolas!
  • Reforma das Etecs e Escolas Estaduais!
  • Fora Campos Neto – Pela redução da taxa de juros!
  • Por escolas democráticas que respeitem a autonomia dos Grêmios!
  • Pelo fim da terceirização dos serviços de limpeza e merenda!
  • Não à superlotação de salas!
  • Mais acessibilidade para pessoas com deficiência no ambiente escolar!
  • Pelo fim das aulas vagas!

PAUTA PRINCIPAL:

  • Paralisação Geral das Escolas e manifestação no 11 de agosto – Dia do Estudante, pela revogação do Novo Ensino Médio!
  • Criação de comitês de mobilização em todas as escolas da cidade pela revogação do NEM!
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Inclusão do Fundeb no arcabouço fiscal ameaça a educação brasileira

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A decisão do relator do PL do Arcabouço Fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), de incluir os recursos do Fundeb no limite de gastos do governo coloca em sério risco a educação do nosso país. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (23) e segue agora para a discussão no Senado Federal onde poderá ser alterado.

Os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) são essenciais para garantir a estrutura das nossas escolas e o pagamento de professores. Inserir estes recursos em uma política de limitação de gastos ameaça o futuro de milhões de estudantes do nosso país e isso é inadmissível.

Importante ressaltar que, mesmo sob o regime fascista de Bolsonaro, que não mediu esforços para destruir a educação do nosso país, conseguimos garantir, com a aprovação do “Novo Fundeb”, que os recursos do fundo ficassem de fora do teto de gastos que impedia o desenvolvimento nacional. O que o relator pretende com esta manobra é garantir que a verba da nossa educação seja destinada ao serviço da dívida e seja drenada pelo rentismo que sufoca o Brasil.

Não vamos permitir este retrocesso. A educação brasileira não será alvo desta sangria e os sonhos da nossa juventude não serão prejudicados.

 

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO

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MOSTRA CINEMA DO TRABALHADOR – “Tá faltando um zero no meu ordenado”

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O “Dia do Trabalhador” é comemorado em quase todo o mundo no dia 1º de maio desde 1889, quando a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, aprovou a convocação anual de uma manifestação com o objetivo de lutar por melhores condições de trabalho. Desde então, muita coisa mudou. Outras, nem tanto.

Atualmente, uma campanha massiva tenta nos convencer de que questões como trabalho, sucesso e dinheiro dependem apenas do esforço individual humano, ignorando propositalmente o fato de que o ser humano sobrevive e toma suas decisões de acordo com o contexto social, político e econômico ao seu redor. Poderia o sucesso vir apenas do fruto do seu esforço? E, ainda que isso fosse verdade, é justo que uma pessoa trabalhe 8, 10, 12 horas por dia, relegando de sua rotina momentos de descanso, de estudo, tempo com os filhos e até mesmo uma alimentação adequada?

MAS DO QUE ESTAMOS FALANDO?

De arrocho salarial, aumento no preço dos alimentos, juros altos que beneficiam apenas aos banqueiros, da política do Novo Ensino Médio – que pretende formar os jovens de escola pública para a próxima geração do empreendedorismo brasileiro (leia-se trabalho informal e renúncia aos direitos trabalhistas – historicamente conquistados após a luta de várias gerações).

O trabalho, a falta de trabalho e a precarização das condições de trabalho, tudo isso afeta profundamente as relações humanas em todos os aspectos e contribui para desumanizar essas relações.

A “Mostra do Trabalhador” tá aqui pra botar o dedo na ferida: 4 filmes que discutem a luta do trabalhador no Brasil e no mundo, além de 4 curtas-metragens emocionantes que você não pode perder. E, de brinde na sessão extra, a visão de como o trabalho de homens livres e conscientes pode derrotar o fascismo e salvar a humanidade.

05/05

2 - Cabra

O EMPREGO

(curta-metragem de Santiago Grasso, 2008, 7′) 

Esta animação argentina propõe a questão “trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?”. Trata-se de uma reflexão sobre a dinâmica social e sua relação com o trabalho assalariado.

 

CABRA MARCADO PARA MORRER
(Eduardo Coutinho, 1984, 119′) –
projeção em DCP

Início da década de 60. Um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretada pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois, o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, espalhados pela onda de repressão que seguiu ao episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar.

 

12/05   

4 - norma

NORMA RAE
(Martin Ritt, 1979, 110’)

Norma Rae é uma jovem operária de tecelagem que, influenciada por um sindicalista de Nova York, aos poucos entra na luta e organiza seus colegas de fábrica para lutar por melhores condições e salários. Baseado em história real.

  • após o filme, exibiremos um curta-metragem surpresa

 

19/05   

3 - Vcoê

 

VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI
(Ken Loach, 2019, 100’)

Após a crise financeira de 2008, Ricky e sua família se encontram em situação financeira precária. Ele decide adquirir uma pequena van, na intenção de trabalhar com entregas, enquanto sua esposa luta para manter a profissão de cuidadora. No entanto, o trabalho informal não traz a recompensa prometida, e aos poucos os membros da família passam a ser jogados uns contra os outros.

após o filme, exibiremos um curta-metragem surpresa

 

26/05 

 5 - Suco

MAIORIA ABSOLUTA
(curta-metragem de Leon Hirszman, 1964, 20’)

Filmado em 1963 e montado no início de 1964, Maioria Absoluta dá voz aos analfabetos, mostra as condições de vida dos camponeses impedidos de votar e denuncia a desigualdade social no país. Com o advento do golpe militar, o documentário ficou proibido até 1980, período em que foi exibido fora do Brasil.

 

O HOMEM QUE VIROU SUCO
(João Batista de Andrade, 1981, 97′) – projeção em 35mm

Um poeta popular do Nordeste chega a São Paulo, sobrevivendo apenas de suas poesias e folhetos. A sua vida muda quando é confundido com o operário de uma multinacional que matou o patrão em uma festa.

 

 

02/06  – SESSÃO EXTRA

6 - Moscou

 

MISSÃO EM MOSCOU
(Michael Curtiz, 1943, 124’)

Baseado no livro do embaixador americano Joseph E. Davies, que foi enviado à URSS pelo então presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, para avaliar a força do exército soviético, seu governo e sua indústria e descobrir de que lado os russos estariam na “guerra que se aproximava”. O livro, quando lançado, em 1941, se tornou um best-seller, com 700 mil exemplares vendidos, traduzido em 13 línguas, e teve notável papel na luta pelo estabelecimento da frente única que derrotou o nazismo. 

Davies apresenta suas observações sobre a vida soviética e elogia a participação consciente dos trabalhadores na construção do socialismo, além de testemunhar os preparativos, dentro das fábricas, para enfrentar a máquina de guerra nazista. 

Revoga Reforma

Pela revogação do “Novo Ensino Médio”

Revoga Reforma

Pela revogação do “Novo Ensino Médio”

Por uma Educação a serviço do Brasil e do povo brasileiro

 

PARA QUEM SERVE ESSE “NOVO” ENSINO MÉDIO (NEM)?

A reforma que alterou o Ensino Médio surgiu por meio de Medida Provisória editada pelo governo Temer em 2016 e transformada em lei em 2017 foi feita sem qualquer diálogo com os estudantes, educadores e sociedade civil. Batizada de “Novo” Ensino Médio, foi elaborada de acordo com os interesses de grandes grupos empresariais que atuam na área da educação, sem levar em conta a realidade da escola pública no Brasil e em um contexto de reformas ultraneoliberais de retirada de direitos dos trabalhadores e da limitação do investimento público.

Na época da sua criação, o Brasil atravessava uma de suas maiores crises econômicas – crise essa ainda não superada – causada por anos de uma política neoliberal que visou enfraquecer o Estado brasileiro, as indústrias e empresas nacionais em detrimento de interesses externos e de grandes bancos.

E qual foi a solução dada para a crise? Mais neoliberalismo. Tirar direito dos trabalhadores com as reformas da previdência e trabalhista e limitar o investimento público em educação, saúde e infraestrutura a partir do famigerado  teto de gastos. Ao mesmo tempo em que implementaram a reforma do ensino médio, limitaram o investimento.

Se o real objetivo dessa reforma fosse melhorar a Educação, não se deveria fazer o contrário? Aumentar o investimento?

A reforma trabalhista realizada neste período prometia gerar 6 milhões de empregos acabando com as “travas das leis trabalhistas”. Foram alterados 108  artigos da CLT, flexibilizando as leis trabalhistas para retirada de direitos. O que foi visto nos últimos anos foi um grande aumento da informalidade e do subemprego. Ela desregulou totalmente o mercado de trabalho, atacou sindicatos e incentivou a “uberização”, algo cada vez mais comum nos nossos dias.

É para esse mercado de trabalho que essa reforma do Ensino Médio quer levar a juventude, com suas aulas de projeto de vida e de brigadeiro caseiro. Um mercado de trabalho precário, para um futuro precário, futuro de fome, sem direitos e sem qualidade de vida.

A reforma do ensino médio tem por objetivo aprofundar as desigualdades educacionais para manter as desigualdades sociais. Nela, a juventude não tem vez, nem liberdade. Os jovens se distanciam dos seus sonhos de entrar numa universidade, ter um trabalho digno e sair da violência e das más condições de vida que se encontra. 

A reforma é complementar a esse grande avanço do projeto ultraneoliberal que nosso país tem passado. É o complemento ideológico desse projeto. De fazer valer na sociedade, de forma mais forte, a ideia de que a desigualdade precisa existir, de que uns são melhores que os outros. Se alguém vive na miséria, foi porque não foi brilhante o suficiente para elaborar e cumprir seu “projeto de vida”, a ideia da meritocracia, do individualismo, da competição e da eliminação. Da ideologia que busca culpabilizar os pobres pela própria pobreza: assim pretendem tirar a responsabilidade do Estado na formação do estudante e colocar a responsabilidade unicamente nele.

Ou seja, eles querem manter uma sociedade injusta e nos manter em concordância com ela, nos manter passivos, sem pensamento crítico e de cabeça baixa.

QUEM ESTÁ POR TRÁS DESSA “DEFORMA”?

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que regula o currículo de toda educação básica e a reforma do “novo” ensino médio tiveram envolvimento direto de uma articulação chamada “Movimento Pela Base” que surgiu em 2013 com o intuito de construir e implementar a BNCC e a Reforma do Ensino Médio. Inclusive, esse movimento se mantém fortemente ativo nos dias de hoje, fazendo lobby para manter essa reforma em voga.

Grandes fundações empresariais ligadas ao capital que lucram bilhões com o sucateamento da educação pública e com a desigualdade social estão por trás dessa iniciativa. 

Entre dezenas delas, vale destacar a Fundação Lemann do grande ‘meritocrata’ e herdeiro, Jorge Paulo Lemann – segundo homem mais rico do Brasil e um dos responsáveis nesse ano de 2023 pelo escândalo do grande rombo de R$40 bilhões das Lojas Americanas.

Também se soma ao “movimento” o Itaú Unibanco, banco privado que mais lucrou no Brasil em 2022 em meio à grande crise econômica que tem levado a economia brasileira a um colapso, com quebras de empresas, falta de créditos e quedas no consumo por conta dos elevados juros, devastação da renda das famílias e um elevado registro de pessoas passando fome e sofrendo com insegurança alimentar, mais da metade da população brasileira nessa situação.

Vemos também outras dezenas de fundações e empresas “preocupadíssimas” com a educação pública defendendo essa reforma neoliberal, como a Fundação Roberto Marinho, ligada à TV Globo, Instituto Natura e Fundação Telefônica Vivo.

Nem o “iFood”, empresa reconhecida pelo incentivo de jovens “empreendedores” que trabalham 12 horas por dia, sem salário fixo, sem férias, sem folga, alugando bicicletas e arriscando a vida nas grandes cidades, deixou de contribuir para a implementação desse “novo” modelo de ensino. O iFood é um dos financiadores da “Todos pela Educação”, mais uma organização parceira desse “Movimento pela Base”.

Esse “Novo Ensino Médio” foi assim criado, elaborado e se é mantido ainda nos dias de hoje, é para fazer valer os interesses de empresas e bancos bilionários que ganham muito com o sucateamento do ensino público e com a desigualdade social.

 

COMO TEM FUNCIONADO NA PRÁTICA O “NEM”?

Problemas de aulas vagas, falta de capacitação dos professores, salários pouco atrativos, escolas com péssimas estruturas onde chove mais dentro do que fora, onde os professores contam com escassos materiais para darem aulas, e escolas carecem de quadras, laboratórios de ciência e de informática, auditórios, teatros e salas de vídeo. Os alunos estão dentro de uma escola onde não há incentivo à cultura, nem esporte, nem à ciência e pesquisa, onde não há amparo ao jovem tanto em sua saúde física quanto emocional, escolas que reproduzem a violência encontrada dentro da sociedade, onde a juventude sai sem saber o básico de português e matemática, com muitas dificuldades de encontrar um emprego ou entrar na faculdade.

O novo modelo evidenciou ainda mais o estado terminal em que está a educação pública brasileira. Todos esses problemas não são atuais,  e essa nova medida não quis enfrentá-los de frente. Ao banalizar que o principal problema da educação era a “atração para a juventude”, ignorou todos os problemas e ajudou a agravá-los. Qualquer reforma educacional que não leve em conta os verdadeiros problemas da educação brasileira tende a falhar.

ITINERÁRIOS

Os itinerários formativos são o eixo central da reforma. Neles estão presentes as aulas de projeto de vida e os aprofundamentos curriculares, que são as “matérias” que os alunos “escolhem” a partir do segundo ano. Esses itinerários passam cada vez mais a ocupar espaço dentro das grades horárias, aqui em São Paulo, no terceiro ano do Ensino Médio, 60% das aulas já são reservadas para esses itinerários.

Assim, as matérias consideradas “comuns” desaparecem. Dependendo do ano, os alunos acabam ficando sem aula de História, Geografia, Filosofia, Química, Física, Biologia, Sociologia, Educação Física e Inglês, pois não são obrigatórias nos três anos. Mas nem as matérias de Português e Matemática conseguem passar desses cortes, apesar de serem obrigatórias. No terceiro ano já se encontram de forma  bem reduzida, com os alunos tendo somente duas aulas por semana de cada, quando antes eram cinco. Tudo isso substituído pelos itinerários, pelos projetos de vida e pelos aprofundamentos curriculares.

Os itinerários prometeram um currículo mais atrativo, onde o estudante poderia escolher o que ele iria aprender de acordo com seus interesses, com aprofundamento curricular e com integração entre disciplinas e conhecimentos. E como isso se dá na prática? Os alunos encontram professores que estão mal preparados para ensinar as matérias por conta da falta de capacitação, dando aulas quaseque de improviso, escolas sem estrutura para que sejam ofertados esses itinerários e onde a maioria está tendo aulas que parecem vazias, que pretendem aprofundar em temas que não foram nem passados do “raso”.

Essa “liberdade de escolha”, para começar, é falsa. Primeiro porque as escolas não têm condições de oferecer todos os itinerários. Assim o aluno acaba tendo aula de um itinerário que nem é de sua escolha, nem de seu interesse. Se ele quiser fazer um itinerário que é do seu interesse, ele precisa mudar de escola. Se ele muda de escola e não tem vaga nas aulas de itinerário que ele quer, ele precisa ir para a que tem vaga. Enfim, uma ampla liberdade da juventude, liberdade do jovem se virar com o que restou, não uma verdadeira liberdade escolha.

Na prática, a juventude não tem visto integração de currículo nem atratividade. Temos visto um ensino médio confuso, que parece ainda mais conteudista, cheio de matérias com nomes “esquisitos” e ainda mais fora da realidade. Quais são essas matérias?

Vai de “A a Z”, no Brasil inteiro são mais de 1.500 opções de disciplinas, entre elas aulas de “brigadeiro caseiro”, “#se liga na mídia”, “RPG”, “projeto de vida”, “Como se tornar um milionário”, “origami”, “#quem divide multiplica”, “Mundo Pets SA”, “A arte de morar”, “O que rola por aí”, etc.

A proposta dessa reforma é que as matérias comuns que foram cortadas ou reduzidas sejam encontradas dentro de cada um desses itinerários. Mas, o que vem acontecendo na prática é que os estudantes sentem falta dos conteúdos e estão aprendendo pouco.

ENSINO TÉCNICO DEFORMADO

O ensino técnico foi profundamente afetado com essa remodelação, pois passou a ser oferecido com baixa carga horária e a demanda de cursos, em sua maioria, voltados para a área de serviços. Foi implementada uma forma de ensino em que o estudante que tem o Ensino Técnico integrado ao Ensino Médio acaba tendo redução da carga horária na grade técnica e, principalmente, na comum, tendo assim uma piora em sua formação nos dois sentidos.

Há uma sensível diminuição no período integral de qualidade oferecido nas Escolas Técnicas do Estado de São Paulo por exemplo, onde modalidades que chegavam a oferecer 4.100 horas, hoje oferecem apenas 3.600. O discurso do “empreendedorismo” está cada vez também mais presente  nas  Escolas  Técnicas,  enquanto pouco se fala e se investe em cursos ligados ao desenvolvimento. 

Ao invés dos estudantes terem aulas de matérias essenciais como física, química,  história, geografia etc., eles têm aula de “Práticas de Empreendedorismo”, que destilam a ideologia ultraneoliberal, promove um discurso bonito e glamourizado de como o desemprego e a precarização do trabalho “são o futuro do mercado” e, assim, o futuro da juventude.

O Novo Ensino Médio vem descaracterizando cada vez mais o Ensino Técnico, que deveria ter um papel crucial na reconstrução e avanço do Brasil, promovendo pesquisa, ciência e tecnologia. Mas hoje, ao invés de  servir  aos  interesses  do povo e da nação, serve a meia dúzia de bilionários que lucram com a estagnação do país, investindo mais na área de serviços para manter a juventude como serviçal de uma desigualdade planejada e apoiada por grandes empresários.

ENSINO A DISTÂNCIA

Além de todos os problemas relacionados à grade curricular, a reforma abriu margem para a implantação do famigerado ensino a distância, podendo chegar até 20% no ensino regular e 30% no ensino noturno. Durante os dois anos que tivemos de pandemia, o EAD se provou ineficaz, causando uma enorme defasagem na aprendizagem. Colocá-lo como uma opção é abrir margem para mais desigualdade de ensino, onde estudantes que já não estão tendo formação adequada de forma presencial vivenciem isso virtualmente, e isso se tiverem estrutura para tal. 

A falta de acesso à internet e equipamentos eletrônicos é uma realidade para muitos jovens. O ensino a distância tira o direito de aprendizagem dos estudantes, sobretudo os mais pobres.

É dentro da escola que a juventude se forma e se desenvolve. Afastar os jovens da escola é privá-los de desenvolver relações sociais, de se integrar com o professor e o conteúdo que estão aprendendo. Abrir margem para o EAD é dar ao Estado a opção de tirar a sua responsabilidade para com a formação dos estudantes e tercerizar a sua função. E, novamente, quem se beneficia não são os estudantes, muito menos o povo brasileiro. São empresários que oferecem Ensino a Distância à educação pública e lucram com a defasagem do ensino.

PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO

Essa precarização do ensino, abre caminho para privatização. Abre margem para que esses itinerários sejam ofertados pela iniciativa privada sob justificativa de que o Estado não consegue dar conta de ofertá-los, assim como o ensino a distância, e coloca a educação numa lógica de mercadoria.

O Novo Ensino Médio passou a permitir que fossem utilizados recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para realização de parcerias com o setor privado, inclusive para que empresas de educação à distância ofertassem cursos nessa modalidade e que seriam usados para a integralização dos currículos dos/das estudantes nesse nível de ensino.

QUAL ENSINO MÉDIO QUEREMOS?

Queremos um Ensino Médio que leve em conta os interesses do povo brasileiro e do Brasil e não aos interesses de banqueiros e grandes corporações educacionais. Queremos uma juventude formada para desenvolver o nosso país e que possa contribuir para resolver as desigualdades.

Queremos um Ensino Médio que seja elaborado em conjunto com os estudantes e visando as reais necessidades da educação e do país. Que a juventude consiga sair dele preparada para entrar em uma universidade e trabalhar com dignidade, sendo um cidadão crítico e um agente de transformação do meio em que vive. Podendo assim formar jovens para reconstruir o país e desenvolvê-lo, com pesquisa, conhecimento, ciência, tecnologia, cultura, esporte e trabalho produtivo.

Precisamos de um Ensino Médio que faça os estudantes aprenderem a produzir e não a servir. Queremos um Ensino Médio em tempo integral e de qualidade, com formação integral e universal. Com estruturas e materiais nas escolas para que os estudantes possam aprender ao máximo e possam ligar os conteúdos aprendidos com a prática. Onde o aluno possa desenvolver pesquisas, iniciações científicas, projetos que envolvam as mais variadas áreas do saber.

Queremos uma escola realmente atrativa, que pulse cultura, esporte e ciência. Queremos um ensino técnico de verdade, que possibilite a emancipação da juventude e que ela contribua para o desenvolvimento do país, voltado para a indústria.

O ENSINO UNIVERSAL, PLURAL E CRÍTICO é essencial, para que o aluno consiga aprender todas as matérias e o básico de todas elas para que, assim, tendo um conhecimento de mundo mais geral, possa escolher onde, como e em que quer se aprofundar. Não é necessário exigir do jovem a escolha do que seguir na vida logo no primeiro ano do ensino médio. Ao terminar o ensino  básico, no terceiro ano, tal escolha já lhe era exigida. O ensino médio deve ser o momento em que a juventude adquira os conhecimentos mais variados possíveis, tenha o máximo de contato com todas as aprendizagens, culturas, trabalhos e ciências e de forma crítica, para que possa refletir sobre o meio em que vive e sobre como interferir nele  com o aprendizado adquirido em todas as áreas do conhecimento.

Interdisciplinaridade e integração das disciplinas é algo muito importante que também deve ser levado em conta para substituir esse “Novo” Ensino Médio. Não como foi feito, ao gerar um distanciamento maior das áreas do conhecimento mas constituindo um currículo em que se vençam as desigualdades do ensino e que vise à integração das disciplinas, ao aprendizado universal e à união da  teoria e da prática, com forte amparo metodológico para as aulas, formação do aluno crítico e construtor do processo de aprendizado.

 

Por isso, defendemos

ENSINO INTEGRAL DE QUALIDADE E PERMANÊNCIA ESTUDANTIL:

Lugar de estudante é dentro da escola!

A escola de tempo integral se mostra um avanço para a educação brasileira. O lugar de estudante é ocupando as fileiras das escolas públicas.

Defendemos um ensino integral que tenha um verdadeiro investimento, com uma política de bolsa permanência estudantil para que os estudantes não tenham que evadir as escolas para trabalhar. Com uma ampliação casada com investimento, os jovens brasileiros terão a oportunidade de maior aproveitamento das matérias, aprofundando e ampliando seu conhecimento, com acesso a esporte, lazer e cultura de qualidade.

Defendemos que todos os estudantes tenham acesso ao ensino integral de qualidade.

Para além da educação, garantir que os estudantes fiquem mais tempo dentro da escola também diminui a exposição às violências que assolam a sociedade brasileira.

Para que esta estrutura de ensino seja efetivada, é necessária prioridade por parte do poder público, garantindo mais profissionais da educação, amparados através de um plano de carreira mais atrativo e uma melhor remuneração. Desta maneira, os professores conseguirão se dedicar com exclusividade à educação integral, com tempo suficiente para planejar as atividades e continuamente avaliar e reavaliar os estudantes e suas novas necessidades.

 

ENSINO TÉCNICO:

Se desejamos um Brasil soberano, que caminhe com as próprias pernas, precisamos investir em educação, sobretudo na educação técnica. Um ensino capaz de oferecer não apenas habilitação profissional para a juventude, mas também desenvolver tecnologia e ciência para o avanço do país.

É necessário um ensino técnico que atenda aos interesses do povo brasileiro, que caminhe junto com a reconstrução nacional e a formação de um país com indústrias fortes. As Escolas Técnicas devem promover projetos de pesquisa e extensão, como acontecem nos Institutos Federais. Atualmente, os IF’s possuem cerca de 1,5 milhão de estudantes matriculados.

Defendemos a expansão desse modelo de ensino para 4 milhões de vagas voltadas ao Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio no Brasil.

É preciso ampliar a Educação Técnica, mas isso requer muita estrutura e capacitação de professores. Não podemos cair na falácia de que a solução é  colocar cursos “técnicos” como itinerários, pois essas “formações” se dão através do corte de matérias básicas do Ensino Médio e, consequentemente, não formam adequadamente a juventude, nem para o ensino comum, nem para o ensino  técnico.

FORTE POLÍTICA DE INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO:

Não adianta mudar o modelo de ensino e não garantir investimento. Nenhum ensino médio, nem “novo”, nem “velho”, nem “novíssimo”, nenhuma proposta de reforma pode resolver os problemas dessa fase de ensino sem investimento. Assim, defendemos uma nova proposta com uma forte política de investimento atrelada a ela, assim como mais participação da União quanto ao investimento na educação.

O Brasil gasta cerca de 6% do seu PIB com Educação. Entretanto, o valor investido por aluno no Brasil está bem abaixo ao realizado nos países desenvolvidos. São 4 mil dólares por aluno, enquanto os gastos médio dos países membros da OCDE chegam a 10 mil dólares por aluno. 

Defendemos a ampliação do investimento e que o Brasil destine para a educação pública 990 bilhões de reais por ano, correspondentes a 10% do seu PIB, garantindo assim o valor justo por aluno e o devido investimento que o povo brasileiro merece para, enfim, ter uma educação que orgulhe toda a nação. 

Se a educação for realmente tratada como prioridade, é possível garantir esse investimento para ela em nosso país.

Queremos uma educação pública, gratuita e de qualidade!
Que esteja a serviço do povo brasileiro e do Brasil!
Junte-se a nós nessa luta!

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES

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POR UMA ESCOLA SEM VIOLÊNCIA E SEGURA PARA TODOS

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Na manhã desta segunda-feira fomos surpreendidos com a notícia de um ataque a facadas realizado por um aluno na E.E Thomázia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Uma professora morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas neste episódio que entristece a todos.

O agressor, um adolescente de 13 anos, só foi impedido graças a ação de outros professores que o imobilizaram e retiraram a faca de sua mão.

A escola deve ser um local seguro aos estudantes, professores, funcionários e a toda comunidade. Um ambiente de aprendizado, tolerância e respeito e que seja acolhedor para todos.

Mais do que nunca, é importante ressaltar a necessidade de ampliar o cuidado com a saúde mental dos estudantes. Vivemos anos nefastos onde a violência e o discurso de ódio foram incentivados e, infelizmente, vimos estes comportamentos serem replicados. Os impactos da pandemia ainda são sentidos em muitos jovens que necessitam de maior atenção da sociedade.

Nossa solidariedade aos familiares, amigos, colegas e alunos da professora Elisabete Tenreiro e a toda comunidade escolar que foi vítima deste triste evento.

Por uma escola sem violência e segura para todos.

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Pela revogação imediata do “Novo Ensino Médio” e por uma educação pública, gratuita e de qualidade!

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DIA 15 DE MARÇO A AULA É NA RUA!

Batizada de “Novo Ensino Médio”, a deforma do Ensino Médio foi criada em 2017, sem qualquer tipo de diálogo com a sociedade, por meio da Lei de N° 13.415. O “NEM” trouxe diversos retrocessos, que podem ser vistos com mais nitidez após o início da sua implantação.

Aumento do Ensino à Distância, falta de professores para os chamados itinerários, professores sem requisição de formação adequada, falsa liberdade de escolha dos itinerários para os alunos, redução e cortes de disciplinas fundamentais para o desenvolvimento dos estudantes e redução da carga horária de português e matemática, são alguns dos exemplos de como o “NEM” agrava ainda mais a situação da nossa educação.

Essa mudança tem aprofundado ainda mais a desigualdade do ensino, colocando um falso ‘empreendedorismo’ como um dos focos principais dos itinerários, formando os jovens para o mercado de serviços e os distanciando dos seus sonhos.

Defendemos a revogação imediata dessa deforma do ensino e a formação de uma nova lei elaborada através de um amplo diálogo com a sociedade, voltada para as necessidades da juventude e do Brasil! A formação de uma comissão tripartite envolvendo governo, sociedade civil e os estudantes é essencial!

É necessário uma forte política de investimento na educação e de permanência estudantil, não adianta mudar o modelo educacional e os estudantes continuarem sofrendo com evasão escolar, com escolas que chovem mais dentro do que fora, com falta de estruturas, sem laboratórios de ciências, sem teatros, sem quadras, sem formação e valorização adequada dos professores e com aula vaga!

Queremos um Ensino Médio com formação e tempo integral de qualidade! Com direito a ensino técnico voltado à indústria e demais áreas necessárias para a reconstrução nacional, respeitando a formação crítica e cultural dos jovens, para que assim possamos realmente ser donos de nossos destinos e ter uma educação do tamanho dos nossos sonhos!

DIA 15 de MARÇO A AULA É NA RUA!

NOS ENCONTRAMOS NO MASP ÀS 8H

PELA REVOGAÇÃO DO “NOVO” ENSINO MÉDIO!

Pautas da manifestação:

  • – REVOGAÇÃO IMEDIATA DO NOVO ENSINO MÉDIO
  • – MAIS INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO
  • – REFORMA NAS ESCOLAS E ETECs
  • – PELO FIM DAS AULAS VAGAS
HOra da Estrela

Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta CINEMULHER

HOra da Estrela

 

“Porque há o direito ao grito.

Então eu grito.”

(A Hora da Estrela, Clarice Lispector)

Em homenagem ao mês e à luta feminina por igualdade e emancipação, escolhemos cinco filmes incríveis sobre mulheres que nunca se calaram, nem nos momentos mais duros da História.

A Mostra começa sexta-feira, dia 10 de março e segue com sessões todas as sextas até dia 07 de abril!

Programação completa:

10/03 – Miss Marx (2020)

17/03 – Que Bom Te Ver Viva (1989)

24/03 – O Destacamento Vermelho de Mulheres (1960)

31/03 – A Hora da Estrela (1985)

07/04 – Clementina (2018)

A sessão começa pontualmente às 19h, a entrada é gratuita!

A retirada dos ingressos acontece uma hora antes do início do filme, diretamente na entrada do cinema.

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica localizado na rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista em São Paulo.

Agradecimento especial à Taiga Filmes e à Dona Rosa Produções Artísticas pela cessão dos filmes “Que Bom Te Ver Viva” e “Clementina”.

 

OS FILMES

 

Mis Marx

 

10/03 – Miss Marx

de Susanna Nicchiarelli, (2020), 107 min.

Em Miss Marx, acompanhamos a brilhante, inteligente, apaixonada e livre, Eleanor, a filha mais nova de Karl Marx.

Entre as primeiras mulheres a vincular feminismo e o socialismo, ela participou das lutas dos trabalhadores, dos direitos das mulheres e da abolição do trabalho infantil. Em 1883, ela conheceu Edward Aveling, iniciando uma apaixonada, porém, trágica, história de amor.

 

 Bom te ver

 

17/03 – Que Bom Te Ver Viva

de Lúcia Murat, (1989), 110 min

Quatro anos depois do golpe militar derrubou o governo brasileiro em 1964, todos os direitos civis foram suspensos e a tortura se tornou uma prática sistemática. Usando uma mistura de ficção e documentário, este filme extraordinário é um registro marcante da memória pessoal, da repressão política e da vontade de sobreviver!

Entrevistas com oito mulheres, que foram presas políticas durante a ditadura militar, são emolduradas pelas fantasias e imaginações de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache.

 

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24/03 – O DESTACAMENTO VERMELHO DE MULHERES

de Xie Jin, (1960), 74 min.

Wu Qionghua, serva de Nanbatian (O Tirano do Sul), foge para a selva, entra no Exército Vermelho e se junta à tropa feminina que opera na Ilha de Hainan.

Baseado em episódio real da 1ª Guerra Civil Revolucionária na China (1927-37).

 

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31/03 – A HORA DA ESTRELA

de Suzana Amaral (1985), 96 min.

Macabéa é uma imigrante nordestina, que vive em São Paulo. Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico, um operário metalúrgico com quem inicia namoro. Só que Glória, colega de trabalho de Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante. Clássico brasileiro, baseado no livro homônimo de Clarice Lispector.

 

Clementina

 

07/04 – CLEMENTINA

de Ana Rieper (2018), 75 min.

Um olhar sobre a trajetória da cantora Clementina de Jesus (1901-1987). Revelada tardiamente, aos 63 anos, ela se tornou uma das maiores vozes do samba e foi considerada o elo entre a cultura brasileira e as raízes africanas.