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Surtado diz que ganhou no 1º turno e tem prova mas não vai acender agora

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Jair Bolsonaro disse na segunda-feira (09) que acredita que houve fraude nas eleições de 2018. A afirmação, para variar, foi feita sem nenhuma prova. Ele diz que tem, mas que não vai “apresentar agora”.

Além de mentirosa, a afirmação é uma afronta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela fiscalização e aprovação do pleito.

Bolsonaro já havia inventado essas acusações antes – sobre fraude nas eleições de em 2018. Ele diz que foi eleito no primeiro turno. Nunca apresentou nenhum fato que corrobore o que afirma. Continua sem apresentá-los.

E, com a glutonia que lhe é peculiar, não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre quais seriam essas provas da fraude. Bolsonaro é assim. Acha que, por ser presidente, pode mentir à vontade e não tem que dar satisfação.

Agora que o caldo está entornando, ele usa de novo essa invencionice de fraude para se passar por vítima e insuflar a convocação de seu ato golpista de 15 de março. Algumas pessoas aventaram a hipótese de que ele criou essa história da fraude para fugir de explicar o desastre econômico de seu governo. Afinal, o país está literalmente afundando.

Mas, parece mesmo que é um aceno a seus milicianos para convencê-los de que ele estaria sendo perseguido pelo “sistema”. A “vítima” [ele] precisa ser defendida. Esse é o mote da encenação para agitar as fileiras milicianas.

A “fraude” faz parte da convocação do ato golpista. “Eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar”, disse o orador, sem ter a menor preocupação em mostrar as provas que diz possuir.

Ninguém pode, muito menos o presidente, fazer uma acusação dessa gravidade sem comprovar o que diz. São ministros da mais alta corte eleitoral do país que estão sendo acusados por ele de terem validado um pleito roubado.

Aliás, por falar em roubo e fraude, o TSE está querendo saber dos mortos que assinaram a ficha de filiação do partido de Bolsonaro.

Se fazer de vítima para insuflar sua militância. Esse é o plano dos golpistas. Já na base militar em Boa Vista, ele disse que levou uma facada no pescoço dentro do palácio. Como assim? Quem o esfaqueou? Uma mentira a mais, inventada para indignar seus seguidores. Tudo para insinuar que “estão agredindo o presidente”. “Não querem deixar o presidente governar”.

Foi este o discurso escorregadio de Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), na base militar em Rondônia. Falou em facada, disse que não querem deixar ele governar, etc, etc. Quem não quer deixar? Ele está governando… e afundando o país. É isso o que eles querem esconder.

As mentiras são ditas assim sem o menor pudor.

Fixado no papel de vítima para motivar as pessoas a irem às ruas em defesa do “mito” ameaçado, Bolsonaro lembrou, em seu discurso em Miami, o episódio da facada na campanha. A representação não dispensou nem o melodrama. A narrativa teve até choro no meio do relato. O discurso era para “emocionar” um auditório de religiosos.

E o pior é que a invencionice da fraude em 2018 não é nem original. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que jantou com Bolsonaro no sábado, também costuma deslegitimar o sistema eleitoral americano, afirmando que acredita ter havido fraude nas eleições que o levaram a poder em 2016. Até nisso, Bolsonaro macaqueou o seu guru, Trump.

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, respondeu aos ataques do presidente surtado. Ela reafirmou, nesta terça-feira (10), a “absoluta confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de votação”. A ministra lembrou ainda que “o sistema é auditado, o que permite a apuração de eventuais denúncias e suspeitas, sem que jamais tenha sido comprovado um caso de fraude, ao longo de mais de 20 anos de sua utilização”.

Quando terminava esta matéria, o Tribunal Superior Eleitoral, também publicou nota contra as aleivosias de Bolsonaro.

Leia a nota na íntegra do TSE:

“Ante a recente notícia, replicada em diversas mídias e plataformas digitais, quanto as suspeitas sobre a lisura das eleições 2018, em particular o resultado da votação no 1º turno, o Tribunal Superior Eleitoral reafirma a absoluta confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de votação e, sobretudo, a sua auditabilidade, a permitir a apuração de eventuais denúncias e suspeitas, sem que jamais tenha sido comprovado um caso de fraude, ao longo de mais de 20 anos de sua utilização.

Naturalmente, existindo qualquer elemento de prova que sugira algo irregular, o TSE agirá com presteza e transparência para investigar o fato. Mas cabe reiterar: o sistema brasileiro de votação e apuração é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e confiabilidade. Embora possa ser aperfeiçoado sempre, cabe ao Tribunal zelar por sua credibilidade, que até hoje não foi abalada por nenhuma impugnação consistente, baseada em evidências.

Eleições sem fraudes foram uma conquista da democracia no Brasil e o TSE garantirá que continue a ser assim.”

10-30-2020 Tribunal Superior Eleitoral

Publicado no Jornal Hora do Povo

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A Cultura em tempos de Bozo

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         Vivemos em um momento crítico de nossa história. O ano de 2019 marca a chegada ao Governo Federal de um grupo de extrema direita. Todos os valores mais caros a uma sociedade democrática são colocados em risco. O primeiro escalão do governo – a começar pelo supremo mandatário – é ocupado por uma plêiade de desajustados, interesseiros, boçais.

Temos um Ministro da Educação que não sabe escrever. Um dos principais responsáveis pela ciência no país, o Presidente da CAPES, é criacionista. O Ministro do Meio Ambiente é réu por crime ambiental. A Ministra da Mulher acha que a mulher deve submissão ao homem porque foi criada depois. O Ministro das Relações Exteriores acredita que o Presidente dos EUA foi escolhido por Deus para salvar o Ocidente. Abundam no governo terraplanistas, monarquistas e outros malucos do mesmo quilate. A palavra chave para definir o atual governo é obscurantismo.

E a Cultura, como ficou? Perdemos a condição de Ministério e fomos rebaixados a “Secretaria Especial”, subordinados a um ministro denunciado por desvio de verbas do Fundo Eleitoral. Depois de três Secretários em um ano – o último demitido por papagaiar um dos mais odiosos líderes nazistas –, a atriz Regina Duarte acaba de assumir o posto. Apesar do respeito devido à sua carreira, não devemos nos enganar: este continua sendo o governo que mais odeia a Cultura em toda a nossa história. Regina pode estar cheia de boas intenções e, pelo menos, não xingará a Fernanda Montenegro. Mas a tônica de Bolsonaro continuará sendo a censura, a perseguição aos artistas, o cerceamento das liberdades, o enfrentamento a tudo o que lembre humanismo, criatividade, arte e cultura. Ao lado da Educação, a Cultura foi escolhida por Bolsonaro como inimiga central.

Em um momento como esse o trabalho desenvolvido pelo CPC-UMES reveste-se de importância fundamental. Nosso foco sempre foi produzir, defender e divulgar a Cultura Brasileira. Aqui pensamos como Plínio Marcos: Um povo que não ama e não preserva suas formas de expressão mais autênticas jamais será um povo livre.Radicalizando: procuramos defender o caráter Nacional e Popular de nossas manifestações culturais.

Nacional, porque somos um país que surge como colônia e que, ao longo dos últimos cinco séculos, luta para livrar-se da exploração das potências estrangeiras. Desde a metrópole original, passando pela Inglaterra até chegar aos EUA, os dominadores sempre tentaram sepultar os desejos, os interesses, as manifestações e os sentimentos nacionais, impondo seus gostos, suas formas de viver e de pensar, sua cultura.

Isso, é claro, não quer dizer aderir ao falso nacionalismo de Bolsonaro e sua turma, que na verdade idolatram seus patrões norte-americanos. Falam em ensinar o patriotismo, mas batem continência para a bandeira estadunidense e falam “I love you” para Trump. Tampouco significa adotar uma postura chovinista, que desconsidere toda a cultura universal da qual somos de alguma maneira caudatários. Significa, apenas, dar-se conta de que, em todos os aspectos, a verdadeira independência nacional ainda não foi conquistada.

E popular, pois somente o povo consegue realizar a síntese necessária entre todas as nossas origens e gerar uma cultura rica, original, única. O Brasil de 1500 era habitado por seis milhões de índios, de diversas etnias. Aqui chegaram os Portugueses, sonhando em retornar ricos para sua terra, mas que acabaram deitando raízes. Vieram também judeus, fugindo da inquisição. Chegaram depois os negros, sequestrados e escravizados. Ao longo do tempo vieram mais europeus, escapando da fome e da perseguição política, vieram árabes, vieram orientais, mais africanos, desta vez exilados ou refugiados, assim como irmãos latino-americanos. A Cultura Brasileira não é a soma de todas estas. Tampouco é fusão, como querem alguns moderninhos. Menos ainda é o resultado da submissão de uma a outra. A Cultura Brasileira é a síntese de todos os elementos que aqui aportaram, temperada com a nossa terra, nosso sol, nossa habilidade ímpar de receber e conviver. Foram – e ainda são – processos complexos de integração, com episódios de dominação e de resistência, amalgamados por muita solidariedade, luta e heroísmo de nosso povo.

Alguns exemplos do processo: o Candomblé e a Umbanda são religiões de matriz africana. Mas não existem na África. O Carnaval é uma festa de origem europeia. Mas o brasileiro é diferente de todos os realizados naquele continente. O Choro tem nítidas raízes em músicas de outros países, mas só existe no Brasil. Os tambores africanos espalharam-se por toda a América. Mas só no Brasil se faz samba. Festas populares trazidas da Península Ibérica aqui ganharam características e temáticas únicas.

Defender a Cultura Nacional e Popular significa defender nossa independência, nossa vida, nosso futuro. Defender o Brasil, que Mário de Andrade definiu como “(…) o ritmo do meu braço aventuroso, / O gosto dos meus descansos, / O balanço das minhas cantigas, amores e danças. / Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada, / Porque é o meu sentimento pachorrento, /Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

E o governo Bolsonaro odeia isso, tudo o que cheire a Brasil e a Povo. Na economia isso é facilmente verificável, olhando para as milhares de empresas brasileiras desnacionalizadas no último ano e para as crescentes remessas de lucro ao exterior. Ou, ainda, para a reforma da previdência, que escandalosamente roubou direitos do povo para financiar os banqueiros, nas filas do INSS e do Bolsa Família. Na educação também é evidente pela invasão de capital externo, que compra instituições já não muito qualificadas e as transforma em máquinas de impressão de diplomas. Vê-se ainda pela tentativa de imposição de modelos educacionais completamente esvaziados de qualquer conteúdo humanista, voltados unicamente à formação de mão de obra barata e precarizada.

Na Cultura os ataques ao Brasil e à brasilidade também são notórios. Faz tempo que vivemos uma disputa feroz pelo imaginário de nosso povo. A indústria cultural, principalmente norte-americana, despeja em nosso país seus enlatados e usa práticas comerciais desleais para sufocar a produção nacional. Mas as coisas pioraram no atual governo: além dos ataques às estruturas estatais da Cultura, procura-se desqualificar os seus criadores. Os artistas são tratados pelas hordas bolsonaristas como bandidos, ladrões, perigosos subversivos defensores do “marxismo cultural”. Chegamos ao cúmulo de uma Secretaria Estadual de Educação, de um estado governado pelo mesmo partido do Bozo, mandar recolher livros de Machado de Assis e de Euclides da Cunha. Dois dos maiores nomes da Literatura Brasileira tratados como nocivos para os jovens.

Mas nós resistiremos. Nunca foi do feitio nem dos estudantes e nem dos artistas brasileiros assistirem calados às tentativas de destruição do nosso país. Muitos já tentaram e foram parar nos esgotos da história. Em 1978, em plena ditadura militar, Fernando Brant e Milton Nascimento já nos apontavam um caminho, em uma canção chamada “Credo”: “Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova / Viver semeando a liberdade em cada coração / Tenha fé no nosso povo que ele acorda / Tenha fé em nosso povo que ele assusta”.

A educação já começou a dar a sua resposta. As primeiras e mais importantes manifestações contra o absurdo que tentava se estabelecer foram justamente dos estudantes: as manifestações de 15M e 30M. As entidades estudantis se levantaram e levaram junto os professores e trabalhadores da educação e demonstraram com firmeza que não irão aceitar o desmonte da Educação, o corte de verbas e a transformação das escolas em uma feira do Paraguai. O governo foi obrigado a recuar. Foi assustado pelo povo!

E a Cultura também está dando a sua. Basta ver o festival de bordoadas que foram distribuídas no governo no último carnaval. Produzir e divulgar a Cultura Brasileira: essa é a tarefa. Esse é o compromisso do CPC-UMES. Contra a censura, falaremos mais alto. Se queimam livros, escrevemos outros. Se fecham os teatros, ocupamos a praça. Por mais que os bolsonaristas reclamem, cantaremos mais canções, faremos mais peças, mais filmes, mais poesia, dançaremos mais.

Nos inspiram os versos de Paulo César Pinheiro na canção “Pesadelo”, escrita em parceria com Maurício Tapajós, em 1972, em plena vigência do AI5:

Você corta um verso, eu escrevo outro

Você me prende vivo, eu escapo morto

De repente olha eu de novo

Perturbando a paz, exigindo troco

UMES, 07/03/20

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Segunda edição da mostra democrática “Cinema Com Partido” entra em cartaz no próximo sábado (14) com “A Vida de Galileu”, de Joseph Losey

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

14/03 – 10H: “A VIDA DE GALILEU” (1975), DE JOSEPH LOSEY

 

 

SINOPSE

As observações astronômicas de Galileu, utilizando o recém-inventado telescópio, reforçaram a teoria de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol – e não o oposto, como queria a Igreja. Em 1616 a Inquisição começa a julgar o cientista por “prejudicar a Fé Sagrada ao tomar a Sagrada Escritura como falsa”. O filme adapta peça de Bertolt Brecht, que Losey dirigiu na Broadway em 1947, com Charles Laughton no papel de Galileu.

 

Após o filme, nosso debate contará com a presença de Valério Bemfica, que é Presidente do Centro Popular de Cultura (CPC-UMES).

 

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaComPartido2020

 

SERVIÇO

Filme: A Vida de Galileu (1975), de Joseph Losey

Duração: 145 minutos

Quando: 14/03 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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Guedes se diz tranquilo com destruição causada no país

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Há quatro dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na FIESP, que “se fizer muita besteira”, o dólar iria para R$ 5. Na segunda-feira, o dólar foi comprado a mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

A queda na Bolsa (-12,17%) e a nova alta na cotação do dólar, que chegou a R$ 4,79, fechando em R$ 4,72, depois que o Banco Central (BC) queimou U$ 3 bilhões e 465 milhões (três bilhões e 465 milhões de dólares) das reservas monetárias no mercado de dólar à vista, só fazem evidenciar a destruição econômica a que os marginais bolsonaristas estão submetendo o país.

Nesta segunda-feira, Guedes disse estar “tranquilo” com a situação, tentando ignorar a destruição causada por eles. O ministro diz que a solução para a crise é aprovar reformas que destroem o Estado Nacional. Ou seja, aumentar a dose do veneno bolsonarista contra o povo.

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Weintraub debocha de mulheres na véspera do 8 de Março

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O ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) Abraham Weintraub aproveitou o “Dia Internacional da Mulher” para zombar de menstruação, em sua conta no Twitter, neste sábado, 7, véspera da data que marca a luta das mulheres por igualdade.

O ministro quis criticar com deboche os projetos de lei (PL) das deputadas Tabata Amaral (PDT-SP) e Marília Arraes (PT-PE) que propõem a distribuição gratuita de absorventes femininos em escolas e unidades de saúde.

“A nova esquerda (colar de pérolas e financiada por monopolistas) quer gastar R$ 5 bilhões (elevando impostos) para fornecer ‘gratuitamente’ absorventes femininos. Como será o nome da nova estatal? CHICOBRÁS? MenstruaBR?”, disse Weintraub.

O PL 6340/2019 de Marilia prevê “o fornecimento de absorventes higiênicos nas escolas públicas e nas unidades de saúde em âmbito nacional”.

O objetivo do PL é evitar constrangimentos para as mulheres que não têm condições financeiras de comprá-los e, por conta disso, acabam utilizando materiais prejudiciais à saúde.

“Em razão desse fato, muitas jovens estudantes abandonam as escolas quando começam o período menstrual ou faltam às aulas, numa média de cinco dias por mês durante nesse período. Isso significa que essas estudantes perdem em media 45 dias de aulas por ano, com óbvias consequências para o processo educacional e de socialização dessas jovens”, afirma a justificativa do PL 6340/2019.

“Esse projeto não trata apenas da distribuição de absorventes higiênicos para estudantes e mulheres de baixa renda, mas sim de levar dignidade e esperança por um futuro mais justo e igualitário, portanto, não podemos cruzar os braços para essa triste realidade e permitir que problemas como a falta de material escolar, merenda ou absorventes íntimos sejam fatores que desencorajam essas jovens de frequentarem as escolas, reduzindo as chances de um futuro melhor”, afirma o projeto que Weintraub não leu, por óbvio.

BOLSONARO SEM CENSURA – Uma profecia de Glauber Rocha

 

“Aprenderão! Aprenderão!

Dominarei esta terra!

Botarei essas histéricas tradições em ordem!

Pela força, pelo amor da força!

Pela harmonia universal dos infernos!

Chegaremos a uma civilização!”

Cena do filme Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, com Paulo Autran no papel do ditador de Eldorado.

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Pibinho de Guedes vira festival de memes na internet; veja

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O Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 cresceu 1,1% em relação ao ano anterior. O crescimento pífio ficou abaixo da evolução do Governo Temer nos anos de 2017 e 2018, quando a economia brasileira registrou 1,3%. O resultado do PIB só confirma o desastre da política econômica deste governo.

As promessas de geração de emprego e de retomada do crescimento econômico no início do governo não aconteceram e a crise se agravou tanto no último trimestre de 2019 que nenhuma orquestração de “recuperação” da economia foi capaz de esconder: quedas generalizadas na produção industrial, nas vendas do comércio varejista e no setor de serviços. O ano encerrou com 11,6 milhões de desempregados e mais de 38 milhões de brasileiros no trabalho precário, um recorde na taxa de informalidade.

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Após a divulgação dos dados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não demorou muito para o ‘pibinho’ ser um dos assuntos mais falados no Twitter.

Muitos internautas ironizaram nos comentários o primeiro ano de mandato do Governo Bolsonaro, sobretudo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o homem de confiança do presidente.

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Senadores tiram FNDCT da PEC dos Fundos

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Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (4/3) a Proposta de Emenda à Constituição 187/2019, a chamada PEC dos Fundos Públicos. O texto final do relator, senador Otto Alencar (PSD/BA), trouxe uma importante vitória para a comunidade científica e acadêmica, ao retirar do escopo da PEC o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), preservando a principal fonte de financiamento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do País.

O texto foi aprovado por votação simbólica, sem registro dos nomes, após acordo de lideranças. Além do FNDCT, foram excluídos da proposta os fundos de Segurança Pública, Antidrogas e o de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A emenda permite ao governo usar para outras finalidades o dinheiro dos fundos infraconstitucionais e vinculados a áreas específicas.

O resultado foi uma conquista das entidades que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), em especial da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que vêm liderando manifestações no Congresso na veemente defesa da manutenção do Fundo.

“Foi uma vitória significativa da comunidade científica e acadêmica brasileira”, comemorou o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira.

Ele destacou o empenho de parlamentares de vários partidos, inclusive governistas; de pesquisadores que convenceram parlamentares de seus estados; da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI)/CNI, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e também de setores do próprio governo, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “A aliança dos vários setores ligados à área foi importante para reverter essa situação, que seria trágica”, acrescentou Moreira, referindo-se à possível extinção do FNDCT, caso não fosse retirado da PEC.

A negociação entre os líderes foi motivada pelo voto em separado do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), que apresentou dados demonstrando que vários fundos estratégicos, entre eles o FNDCT, são investidos no desenvolvimento do País, o que sensibilizou os demais senadores da Comissão a debaterem a necessidade de tratar como exceção aqueles com maior impacto nas políticas nacionais. A tese recebeu apoio dos senadores Izalci Lucas (PSDB/DF), Alessandro Vieira (PSB/SE), Jorginho Mello (PL/SC), Antonio Anastasia (PSB/MG), Eduardo Braga (MDB/AM), Veneziano Vital do Rêgo (PSB/PB), Rogério Carvalho (PT/SE), Major Olímpio (PSL/SP), Randolfe Rodrigues (Rede/AC), Fabiano Contarato (Rede/ES), Weverton (PDT/MA), Humberto Costa (PT/PE) e José Serra (PSDB/SP). Todos defenderam a necessidade de manter o financiamento à ciência, sendo que alguns deles reconheceram e elogiaram publicamente o trabalho da SBPC durante a tramitação da proposta.

Antes da votação, representantes da ICTP.br distribuíram um folder aos parlamentares mostrando que entre 1994 e 2019, a Finep – gestora do FNDCT – desembolsou R$ 79,09 bilhões para o financiamento de 11 mil projetos. Entre eles, estão os que colocaram a ciência brasileira na vanguarda mundial, como o Laboratório de Sequenciamento Genômico, o Navio Polar da Marinha Brasileira, laboratórios da Coppe e ICTs que levaram ao Pré-Sal e à construção do acelerador de partículas do tipo síncrotron Sirius, o mais avançado da América Latina.

Os próximos passos, de acordo com Moreira, incluem acompanhar a votação da PEC 187 no plenário do Senado e, posteriormente, da Câmara, além de tentar reverter o contingenciamento do FNDCT e os cortes orçamentários que atingiram os recursos para o fomento do CNPq. “Nossa luta continua no Congresso Nacional pela recuperação dos recursos para ciência tecnologia e educação”.

Para o presidente da SBPC, a tramitação da PEC 187 deixou evidente a necessidade de união da comunidade científica e acadêmica. “A lição principal que tiramos é que se a comunidade estiver unida, conversar com outros setores, tiver uma posição clara e firme nos princípios de defesa da ciência e tecnologia, do desenvolvimento mais amplo do País, podemos reverter posicionamentos contrários, contando, inclusive com senadores da base do governo”.

Janes Rocha, Jornal da Ciência

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“Anos difíceis”, de Luigi Zampa, será exibido na próxima segunda (09) na Mostra de cinema italiano!

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

Chegando ao 5º ano e com mais de 150 filmes exibidos, neste ano vamos exibir 40 obras de 23 cineastas e, pelos olhos de cada um deles, a história da Itália e da humanidade nos é apresentada: a sátira social da “commedia all’italiana” de Luciano Salce, o realismo fantástico de Federico Fellini, o registro das condições de vida dos trabalhadores rurais por parte de Ermanno Olmi, as angústias da vida entediada da burguesia italiana – uma marca de Michelangelo Antonioni – e a impressionante luta de um povo contra o fascismo é assim exibido, sem rodeios, pelo neorrealismo de Roberto Rossellini e Luigi Zampa. 

Durante a 5ª edição, traremos também alguns dos lançamentos mais recentes da cinematografia italiana, que nos mostra que essa continua sendo uma das maiores do mundo. Todas as segundas às 19 horas com entrada franca!

 

 

 

09/03 – 19H: “ANOS DIFÍCEIS”, DE LUIGI ZAMPA

 

SINOPSE

Com a ascensão de Mussolini ao poder, Aldo Piscitello, um funcionário público que evita se envolver em assuntos políticos, é forçado a se filiar ao Partido Fascista. Para evitar sua demissão, evitar conflitos e para satisfazer sua esposa, fascista declarada, Aldo consente. Os anos passam e o funcionário público se torna um filiado exemplar no Partido Fascista, mas torce secretamente pela queda de Mussolini. Um dia, Aldo Piscitello percebe que evitar os conflitos lhe custou um preço alto demais.

 

O DIRETOR

Luigi Zampa nasceu em 1901 em Roma. Estudou Engenharia e, nesse período, ele escreveu algumas comédias, entre 1930 e 1932, além de, em 1933, dirigir seu primeiro o curta-metragem documental “Risveglio Di Una Cittá”. Logo após, estudou Roteiro e Direção no consagrado Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos 1932 e 1937. Sua atuação como diretor de longa se deu com “L’Attore Scomparso” (1941), tendo dirigido filmes como seu primeiro sucesso, o premiado “Viver em Paz” (1947), indo clássicos como “Campane a Martello” (1949) e “Anni Ruggenti ” (1962). Em suas obras, o entretenimento está intrinsecamente ligado à notação de costumes decorrente da observação do comportamento italiano diante de mudanças na sociedade.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaItaliano2020

 

 

SERVIÇO

Filme: Anos Difíceis (1948), de Luigi Zampa

Duração: 113 minutos

Quando: 09/03 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

“Eu nasci pra defender os que não tem voz”, diz Leci ao votar contra a reforma da Previdência paulista

 

 

A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) repudiou a aprovação da reforma da Previdência dos servidores paulistas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

 

“O Servidor Público precisa ser respeitado. A Reforma da Previdência do governo de São Paulo não vai melhorar a vida de ninguém. Tenho a consciência tranquila de estar do lado certo, do lado das trabalhadoras e trabalhadores”, destacou a deputada em importante discurso no Plenário da Alesp.

 

Veja: