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Estudantes expulsam interventor nomeado por Bolsonaro do Cefet-RJ

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Na manhã da segunda-feira (19), os estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) realizaram um protesto contra a intervenção do governo Bolsonaro na instituição.

 

Maurício Aires Vieira foi recém-nomeado diretor do Cefet pelo governo Bolsonaro, após indicação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Sem possuir qualquer vínculo com a instituição, já que Vieira era assessor de Weintraub e foi vice-reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul.

 

Os estudantes realizaram uma barreira humana na sala da direção e em outras áreas da escola. Vieira acabou deixando o local após 30 minutos de sua chegada. 

 

Weintraub ignorou a eleição interna da escola federal, vencida pelo professor Maurício Motta.

 

Há dez anos, o governo federal vinha respeitando a escolha da comunidade escolar para a

nomeação dos diretores das instituições federais de ensino. 

 

Os estudantes e professores afirmam que o resultado da eleição não foi respeitado. “Nós não estamos aceitando a intervenção do governo federal que está sendo realizada no Cefet. Tivemos eleições aqui, foi indicado um nome, mas o governo nomeou um interventor do Rio Grande do Sul”, disse um professor.

 

“Não aceitamos a nomeação do interventor. Nunca deu aula aqui, nunca pisou aqui e não conhece a comunidade acadêmica”, afirmou Cristian Nunes, presidente do Diretório Central dos Estudantes.

 

O MEC alega que o diretor-geral foi nomeado interinamente enquanto a eleição está “sob análise”, sem, no entanto, detalhar o processo. Em nota, a pasta informou que até que seja concluída a análise, foi designado o diretor-geral pro tempore para que seja dada continuidade às atividades administrativas da instituição.

 

A escolha temporária de Aires Vieira foi publicada na última sexta-feira (16) no Diário Oficial da União. No mesmo dia, a diretoria do Cefet-RJ divulgou uma nota de esclarecimento manifestando preocupação com a decisão, já que, de acordo com a Advocacia-Geral da União, em parecer do dia 19 de julho, o processo de escolha do dirigente da instituição obedeceu às regras previstas no Decreto 4.877, de 13 de novembro de 2003. Effexor (Venlafaxina) é um antidepressivo pertencente à classe de medicamentos inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (SNRI) usados ​​​​para tratar depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social e transtorno de pânico. Effexor low price aumenta os níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro, melhorando o humor e reduzindo.

 

Segundo a assessoria de imprensa do Cefet-RJ, após a expulsão do interventor, os diretores permaneceram em reunião para decidir como iriam atuar de agora em diante. 

“Ele não sabe sequer andar aqui dentro, saiu pela porta dos fundos, porque não dava para sair pela principal. A gente não sabe quando vai voltar, mas agora o nosso diretor, escolhido por nós, está entregando o cargo e ele (interventor), tecnicamente, é o diretor-geral “pro tempore” (temporário)”, disse a coordenadora de física do Centro, Elika Takimoto, à Revista Fórum.

A educadora relembrou a importância do Cefet para o Rio de Janeiro que, além dos ensinos Médio e Técnico, também oferece cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. “E todos eles bem avaliados academicamente. É um centro de ensino por excelência”, acrescenta.

“Agora, como ele vai comandar a instituição, se alunos e professores não estão deixando nem ele entrar, a gente não sabe como vai ficar. Espero que o ministro da Educação volte atrás e reverta essa portaria, porque o Cefet é muito importante, não só para o estado do Rio, mas para a história do Brasil”, destacou.

 

Veja a nota de esclarecimento na íntegra


Veja o vídeo da manifestação

Professor Eduardo homenagem

Professor Eduardo de Oliveira será homenageado pela Alesp nesta sexta-feira (23)

Professor Eduardo homenagem

 

Na próxima sexta-feira (23), a Assembleia Legislativa de São Paulo realiza uma homenagem ao saudoso Professor Eduardo de Oliveira, que neste mês de agosto, completaria 93 anos.

A iniciativa da deputada Leci Brandão (PCdoB) e da Frente Parlamentar para Promoção da Igualdade Étnico-Racial em Defesa dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais em conjunto com mais 16 organizações do movimento negro tem o objetivo de “exaltar o legado da luta do povo negro pela liberdade no Brasil”.

Eduardo de Oliveira, primeiro vereador negro da Câmara Municipal de São Paulo, foi fundador do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e do Partido Pátria Livre (PPL), legenda que se uniu, recentemente, ao PCdoB após um processo de fusão partidária.

Aos 16 anos de idade, compôs o “Hino Treze de Maio” que passou a ser chamado, posteriormente, de “Hino à Negritude”. A composição foi registrada em 13 de maio de 1966 na antiga Escola Nacional de Música. A execução do Hino em todos os eventos públicos relativos ao tema se tornou Lei Federal (nº 12.981) sancionada pela Presidência da República em 28 de maio de 2014.

Eduardo de Oliveira foi advogado, poeta, escritor, político e um grande líder do povo brasileiro. Defensor da democracia e da soberania nacional, o professor reivindicava que os negros ocupassem cadeiras dos parlamentos e considerava ser esta uma causa a ser defendida por toda a sociedade. Em suas palavras, “a luta do combate ao racismo é a luta de todos os brasileiros” e “enquanto os negros não forem libertos o Brasil não se libertará”.

Para Alfredo de Oliveira Neto, atual presidente da CNAB, o Professor Eduardo deixou um legado de resistência, luta e determinação por um Brasil livre e soberano. “O povo brasileiro está sob ameaça de um governo fascista que quer tirar todos os direitos conquistados. Certamente, o professor estaria na luta contra todo o retrocesso deste governo junto conosco”, afirma Neto. Eduardo faleceu em 12 de julho de 2012, aos 86 anos, deixando seis filhos, netos e bisnetos.

 

Serviço

O Ato Solene “Legado da Resistência Pela Liberdade do Negro e do Brasil – Homenagem Especial ao Professor Eduardo de Oliveira” será realizado no Auditório Paulo Kobayashi, na Alesp, no dia 23 de agosto, sexta-feira às 18h30min.

Bolsonaro: estilo, compostura e elegância (foto: Sergio Lima/AFP)

A fase anal permanente de Bolsonaro

Bolsonaro: estilo, compostura e elegância (foto: Sergio Lima/AFP)

 

Pela terceira vez em sete dias, Bolsonaro abriu sua boca para expelir a palavra “cocô”.

Alguém notou, no Congresso, que ele é o primeiro presidente do Brasil a usar essa palavra em público.

Provavelmente, deve ser verdade. Mas não é isso, sobretudo, o que chama atenção, mas a insistência com que essa palavra vêm-lhe a boca – ou ao cérebro.

No último dia nove, em Brasília, perguntado sobre a possibilidade da convivência de desenvolvimento com preservação ambiental, Bolsonaro declarou:

Quando se fala em poluição ambiental, é só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também, está certo?

Três dias depois, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, Bolsonaro revelou a grande dificuldade do licenciamento ambiental no país:

O cara vai lá, se encontrar, já que está na moda, um cocozinho petrificado de um índio, já era. Não pode fazer mais nada ali. Tem que acabar com isso no Brasil. Tem que integrar o índio na sociedade e buscar projeto para nosso país.

Finalmente sabemos por que o governo não faz obras: por causa das necessidades fisiológicas dos índios de 500 anos atrás. Aplicando a mesma lógica da declaração anterior: se os índios da época em que Cabral chegou ao Brasil não fizessem as suas necessidades em lugares impróprios – isto é, nos lugares em que o Bolsonaro iria passar cinco séculos depois, e se eles fizessem essas necessidades dia sim dia não, ao invés de evacuarem todo dia e (que absurdo!) até mais de uma vez ao dia – esse problema não existiria.

Dois dias depois, em Parnaíba, no Piauí, disse ele: “Nós vamos acabar com o cocô no Brasil. O cocô é essa raça de corruptos e comunistas”.

Os comunistas, evidentemente, somente se ofenderiam se Bolsonaro dissesse que eles são o sal da terra.

Quanto aos corruptos, basta ver o que ele fez para que seu filho Flávio escapasse das investigações de seus ilícitos. E isso é somente uma amostra da corrupção da camarilha bolsonarista.

Portanto, o que chama atenção, mesmo, é a adicção de Bolsonaro por matéria excrementícia.

Há muito, na época da II Guerra Mundial, em 1943, o psiquiatra e psicanalista norte-americano Walter C. Langer identificou em Adolf Hitler um coprofílico, um aficionado sexualmente a fezes – um sujeito que obtinha prazer sexual da manipulação de excrementos (cf. o seu estudo “A Psychological Analysis of Adolf Hitler: His Life and Legend”, depois publicado no livro “The Mind of Adolf Hitler: The Secret Wartime Report”, Basic Books, 1972).

O trabalho de Langer foi realizado a pedido do serviço secreto norte-americano. Por isso, somente foi publicado em 1972.

Porém, é interessante que a inteligência norte-americana tivesse encomendado outro estudo ao mesmo tempo, dessa vez ao psicólogo Henry Murray, que, sem ter conhecimento do estudo de Langer, chegou à mesma conclusão quanto à coprofilia – a ligação sexual com as fezes – de Adolf Hitler (cf. Henry Murray, “Analysis of the Personality of Adolph Hitler: With Predictions of His Future Behavior and Suggestions for Dealing with Him Now and After Germany’s Surrender”).

Em suma, parece que essa fixação nas fezes não é uma novidade no fascismo.

Mas o grande Freud, como sempre, matou a charada, ao notar a origem anal do caráter de certos indivíduos obstinados e demasiado apegados à ordem e ao dinheiro:

“É fácil inferir da história da primeira infância desses indivíduos que os mesmos despenderam um tempo relativamente longo para superar sua incontinencia alvi [incontinência fecal] infantil, e que na infância posterior sofreram falhas isoladas nessa função. Quando bebês, parecem ter pertencido ao grupo que se recusa a esvaziar os intestinos ao ser colocado no urinol, porque obtém um prazer suplementar do ato de defecar, pois nos revelam que em anos posteriores gostavam de reter as fezes, e se lembram – embora atribuam o fato mais facilmente em relação a irmãos e irmãs do que a si mesmos – de ter feito toda uma série de coisas indecorosas com suas fezes. Deduzimos de tais indicações que essas pessoas nasceram com uma constituição sexual na qual o caráter erógeno da zona anal é excepcionalmente forte” (cf. Sigmund Freud, “Caráter e erotismo anal”, 1908, Ed. St. Bras., Vol. IX).

Freud lembra ainda a relação desse problema com os castigos que certos pais ou mães infligiam às crianças (“é costume bastante difundido na educação da criança administrar estímulos dolorosos à pele das nádegas – ligada à zona erógena anal – para quebrar a obstinação da criança e torná-la submissa“).

Nem todo mundo, é claro, que passou por essas coisas terminou como o Bolsonaro. E, claro, a fase anal existe no desenvolvimento psíquico de qualquer indivíduo.

Na verdade, e isso é óbvio, só o Bolsonaro acabou como o Bolsonaro.

Mas o diabo é o Brasil ter de aguentar as consequências desses problemas mal resolvidos.

CARLOS LOPES

Do Jornal Hora do Povo

La moglie più bella

“Por Amor ou Por Vingança”, filme baseado em fatos reais de Damiano Damiani, é o último do diretor na Mostra Permanente de Cinema Italiano de 2019 nesta segunda (19)

La moglie più bella

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

19/08 – 19H: “POR AMOR OU POR VINGANÇA” (1970), DE DAMIANO DAMIANI

 

 

SINOPSE

Baseado em fatos reais, o filme trata-se da história de Franca Villa, uma jovem que ousou bater de frente com a máfia siciliana. Cortejada por um jovem mafioso, por quem ela se apaixona, a virtuosa Francesa nem por isso irá se curvar aos seus desejos. Nem mesmo quando é raptada e estuprada pelo mafioso, numa tentativa de forçá-la ao casamento, ela aceitará a fatalidade do seu destino. Embora sem o apoio de seus pais, Francesca vai lutar pelos seus direitos.

 

O DIRETOR

Nasceu na pequena cidade de Pasiano di Pordenone, estudou na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. Seu primeiro longa-metragem foi o policial “O Batom”, de 1960. Sem restringir-se a um gênero específico, tornou-se mais conhecido por seus filmes sobre a máfia, como “Pizza Conection” (1985), indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Dirigiu também “A Ilha dos Amores Proibidos” (1962), “Vidas Vazias” (1963), “Gringo” (1967), “Dia da Coruja” (1968), “Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República” (1971) e a minissérie para TV “La Piovra” (1984), entre outros. Seu último filme foi a comédia “Assassini dei Giorni di Festa”, em 2002, estrelado pela espanhola Carmem Maura, uma das atrizes mais populares da Europa.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/MostraCinemaItaliano

 

 

SERVIÇO

Filme: Por Amor ou Por Vingança (1970), de Damiano Damiani

Duração: 108 minutos

Quando: 19/08 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

So Paulo - Midia Ninja 2

Estudantes tomam as ruas do Brasil contra cortes na Educação

So Paulo - Midia Ninja 2

Milhares de pessoas tomaram a Avenida Paulista – Foto: Midia Ninja 

 

Estudantes tomam as ruas do Brasil contra cortes na Educação

 

Em São Paulo, a UMES se somou à mobilização contra os ataques de Bolsonaro a Educação e à Democracia brasileira

 

Neste Dia Nacional de Luta contra os Cortes na Educação, milhares de pessoas tomaram as ruas em defesa da Educação brasileira. Os estudantes provaram mais uma vez que não aceitarão a retirada de direitos e vão resistir nas ruas contra os ataques de Bolsonaro.

 

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Na tarde desta terça-feira, milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista durante o ato.

 

Com verde e amarelo pintado nos rostos, nas bandeiras e no coração, os estudantes da cidade de São Paulo mostraram toda sua garra e energia no protesto.

 

Por volta das 17 horas, os manifestantes já ocupavam os dois sentidos da avenida e se preparam para sair em caminhada em direção à Praça da República, no centro da capital paulista.

 

“Bolsonaro provou que é mentiroso. Disse que não ia cortar da educação básica, mas o último corte foi justamente contra ela”, destacou o presidente da UMES, Lucas Chen, que conduziu o ato, junto aos dirigentes da UNE, da UBES, ANPG e dos sindicatos de professores.

 

 

“Este governo não possui qualquer compromisso com a Educação. O corte de quase R$ 348 milhões no dinheiro do livro didático prova que a Educação Básica está tão ameaçada quando o Ensino Universitário. Vamos barrar esses retrocessos”, disse Lucas durante a concentração do ato, no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista.

 

“Ao invés de ouvir o que os estudantes pediam e pensar no que o Brasil precisa, Bolsonaro foi insistente e aprofundou os cortes na educação. A gente não pode deixar de nos manifestar contra isso”, concluiu. Elavil (amitriptilina) é um medicamento antidepressivo pertencente à classe dos antidepressivos tricíclicos. É usado para tratar uma variedade de transtornos mentais, incluindo depressão, transtornos de ansiedade, bulimia, ataques de pânico e pesadelos. Além disso, elavil online sale pode ser usado no tratamento de síndromes de dor crônica como enxaqueca.

Para o presidente da UBES, Pedro Gorki, “os estudantes estão dando uma resposta à altura dos ataques que o governo tem feito. A insistência de Bolsonaro e Weintraub nos cortes já está inviabilizando processo seletivos e o funcionamento de escolas e universidades, é impossível achar que o estudante não vai se mobilizar”.

 

 

Representando os estudantes universitários, o presidente da UNE, Iago Montalvão, também mostrou a disposição da luta dos estudantes: “Não aceitamos os cortes de Bolsonaro na Educação, não aceitamos os ataques de Bolsonaro à democracia brasileira e o seu desrespeito ao meio-ambiente”, disse Iago Montalvão, presidente da UNE durante o ato da capital paulista.

 

“Vamos ocupar as ruas enquanto as universidades federais estiverem sem dinheiro”, ressaltou Iago.

 

Veja mais fotos do ato na nossa página do Facebook

 

cidadao cohn

“Caça às bruxas“ anticomunista retratado no premiado Cidadão Cohn, de Frank Pierson, será exibido no Cinema Com Partido neste sábado (17)

cidadao cohn

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

17/08 – 10H: “CIDADÃO COHN” (1992), DE FRANK PIERSON

 

SINOPSE

Nos anos 50, o inescrupuloso promotor Roy Cohn se torna o braço direito do Senador Joseph McCarthy em sua caça aos partidários do new deal do ex-presidente Roosevelt, tachados de “comunistas” e “antiamericanos” para excitar a Guerra Fria. James Woods, que estrelou como Cohn, recebeu indicação para o Emmy e o Globo de Ouro.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaComPartido

 

 

SERVIÇO

Filme: Cidadão Cohn (1992), de Frank Pierson

Duração: 115 minutos

Quando: 17/08 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

Dia do Estudante: UMES participa de Aula Pública na Paulista

 

Dia do Estudante: UMES participa de Aula Pública na Paulista

 

Neste domingo 11 de agosto, o “Dia do Estudante”, a UMES e demais entidades estudantis realizaram uma grande aula pública na Avenida Paulista para debater os impactos dos cortes do governo Bolsonaro na Educação e na Ciência brasileira.

Centenas de pessoas participaram da atividade e reforçaram a convocação para o “Tsunami da Educação” que será realizado na terça-feira, dia 13 de agosto.

“A situação do Brasil está grave, o governo se apresenta como inimigo da Educação. As universidades correm o risco de não encerrar o semestre e agora o governo resolveu cortar dinheiro dos livros didáticos para os estudantes do Ensino Fundamental e Médio”, disse o presidente da UMES, Lucas Chen.

“Bolsonaro utilizou o recurso desviado do orçamento da Educação para comprar os votos da reforma da Previdência. Usou o dinheiro que deveria ser investido no nosso futuro para atacar o direito a aposentadoria”, denunciou.

Também participaram da Aula Publica a UBES a UNE, UEE-SP, ANPG, além do Movimento Cientistas Engajados e das Juventudes UJS, JPL, JS-PDT.

“Quero convidar a todos, especialmente os estudantes, a irmos às ruas no Brasil todo, em defesa da Educação e da Democracia”, disse o presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão.

 

No dia 13 de Agosto vamos ocupar as ruas contra os cortes e ataques à Educação. Um verdadeiro Tsunami da Educação, em defesa do nosso futuro e do Brasil!

Vamos barrar os retrocessos deste governo

Junte-se a nós, vá às ruas no dia 13!

 

Dia 13 de agosto, às 15 horas

Concentração no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista

 

 

 

Veja fotos da Aula Pública deste domingo:

 

 

 

Cortar dinheiro do livro didático é um crime contra a Educação Básica

 

Cortar dinheiro do livro didático é um crime contra a Educação Básica

 

O corte no orçamento da Educação de mais de R$ 6 bilhões é o maior entre todos os ministérios e demonstra que Bolsonaro declarou como inimiga a Educação Pública do nosso país.

 

Pelo Brasil afora, nossas escolas sofrem com a falta de infraestrutura, professores mal pagos e o governo quer agora retirar uma das mais importantes conquistas dos estudantes brasileiros. Este novo corte, de R$ 348 milhões na verba dos livros didáticos é mais uma afronta que não podemos aceitar.

 

Bolsonaro contradiz sua própria fala de que a prioridade de seu governo seria a educação básica. Não há qualquer proposta de investimento, apenas de destruição e perseguição aos estudantes.

 

No dia 13 de agosto, vamos às ruas novamente contra os ataques de Bolsonaro à Educação. Vamos fazer um tsunami em defesa dos nossos direitos.

Lucas Chen

Presidente da UMES-SP

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Quem vai parar Jair Bolsonaro?

jO presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em 1 de agosto.

ADRIANO MACHADO REUTERS

 

Jair Bolsonaro (PSL) segue a cartilha de Donald Trump e aposta na escalada da violência retórica dirigida contra quem considera ser seu adversário. Mas não só isso. Nas últimas semanas de recesso do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, o presidente da República também aproveitou para desautorizar e interferir diretamente em instituições de Estado. Entre os alvos mais recentes está a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos (CEMDP) da ditadura militar, cujo colegiado foi substituído na última quinta-feira por bolsonaristas do PSL que defendem o regime autoritário. A mudança ocorreu na mesma semana em que o presidente atacou diretamente o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Seu pai, Fernando Santa Cruz, foi preso pela ditadura militar em 1974 e desapareceu. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, afirmou o mandatário na última segunda-feira, provocando críticas tanto de lideranças políticas da esquerda como da direita. Ele desautorizou publicamente o relatório da Comissão Nacional da Verdade e erroneamente garantiu que ele havia sido morto pelo grupo Ação Popular, do qual sequer fazia parte.

 

O jurista Miguel Reale Júnior, ministro da Justiça no Governo Fernando Henrique Cardoso, presidente da CEMDP durante seis anos e um dos autores do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), acredita que Bolsonaro “está beirando” ao menos uma das hipóteses legais para a abertura de outro processo de destituição do presidente. A lei, considerada por especialistas muito abrangente e de interpretação subjetiva, determina que “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo” é um dos crimes de responsabilidade pelos quais um presidente pode ser afastado. “O que está havendo é uma somatória de fatos dessa natureza que atingem a sensibilidade das pessoas e os valores fundamentais da Constituição. A partir do momento que ele é a favor do trabalho infantil, quer reduzir a punição para o trabalho escravo ou que os presos tenham trabalho forçado, Bolsonaro vai contra os valores fundamentais da República. Isso é quebra o decoro”, opina Reale Júnior.

 

Ao mesmo tempo que acredita que a base jurídica para um impeachment virá com a somatória de “provocações e ofensas”, o advogado, filiado ao PSDB até 2017, afirma que falta um elemento central para que um processo vá adiante: “Ainda não há condições políticas seja na sociedade, seja no Congresso. Ele precisa se desgastar mais. Isso pode ocorrer na medida que houver um acúmulo”. Mas ele se mostra cético: “Acho que as instituições e a sociedade estão muito caladas. As manifestações acontecem nas redes, onde não existe sociedade civil. O que existe são desconhecidos e anônimos que colocam suas idiosincrasias. A sociedade precisa estar alerta para se unir e se juntar contra esse processo que eu chamo de fascismo cultural”.

 

O advogado Pedro Dallari, professor de Direito Internacional da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), se mostra mais otimista. Apesar de dizer que é “um paradoxo” o fato de que “uma democracia em consolidação ter um presidente que nega suas conquistas”, ele diz não ter receios “do ponto de vista da cidadania e das liberdades”. Isso porque, para ele, Bolsonaro se equivoca ao considerar que sua base de eleitores congrega valores de ultradireita. “Um conjunto de circunstâncias fez com que Bolsonaro acabasse capitalizando uma posição da sociedade contra a corrupção, contra o desemprego, contra a precariedade dos serviços públicos, principalmente de segurança, e isso fulminou as candidaturas do campo social-democrata, incluindo as do PT e PSDB”, argumenta Dallari, que foi filiado ao PT até meados dos anos 90. “Mas acho que ele vem perdendo progressivamente o apoio de segmentos, inclusive da classe média conservadora que dá importância para temas como meio ambiente ou direitos da população LGBT”, acrescenta.

 

A última pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira, 2 de agosto, parece dar respaldo a afirmação do jurista: 86% dos entrevistados se disseram contra a garimpagem de terras indígenas, algo que Bolsonaro vem prometendo legalizar. Uma maioria expressiva, de mais de 70%, já havia se manifestado também contra a liberação do porte de armas. “Do ponto de vista dos direitos civis, acho que a resistência social e institucional, seja pelo Legislativo ou pelo Judiciário, vem sendo efetiva. Essa radicalização retórica talvez seja em razão disso”, argumenta. Ele cita como exemplo a queda do decreto presidencial que liberava o porte de armas para vários setores da sociedade. “Não recordo de um decreto ser derrubado dessa forma no Congresso, obrigando-o a recuar”, argumenta.

 

Há momentos em que Bolsonaro parece testar as instituições até o limite. O presidente havia editado em janeiro uma Medida Provisória (MP) que transferia para o Ministério da Agricultura a competência para demarcar terras indígenas e quilombolas. Em maio, o Congresso Nacional devolveu a competência para o Ministério da Justiça, que também voltou a abrigar a Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 19 de junho, o presidente decidiu enfrentar a decisão do Legislativo e editou uma nova MP para reverter a ação, avisando que “quem manda sou eu”. No dia 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso concedeu liminar suspendendo a MP. Na última quinta, o caso foi para o plenário do Supremo, que decidiu por unanimidade manter a medida suspensa. Em seu discurso, o decano Celso de Mello afirmou que a Corte deveria fazer o seu papel de contrapeso, em claro recado ao chefe do Poder Executivo. Após a decisão do STF, o mandatário recuou: disse ter sido uma “falha” de seu Governo, e dele pessoalmente, a reedição de uma segunda medida provisória insistindo em deixar a Funai sob os comandos dos ruralistas. “Teve uma falha nossa. Eu já adverti a minha assessoria. A gente não poderia no mesmo ano ter que fazer uma MP de uma ação já decidida. Houve falha nossa. A falha é minha, né? É minha porque eu assinei. Considero a decisão [do STF] acertada, sem problema nenhum”, afirmou Bolsonaro, na sexta.

 

“O STF tem tido um ativismo judicial, às vezes positivo, às vezes negativo, que muitas vezes transborda os limites da ação judicial, criando normas e soluções. Mas neste momento o Supremo deve ter um papel muito importante de poder moderador”, afirma Reale Júnior, que concorda com Dallari sobre o apoio relativo que Bolsonaro ainda possui em sua base.

 

Além do impeachment, Reale Júnior aponta como possibilidade que o presidente seja denunciado por um crime comum, como pelo delito de abuso de autoridade. Algo evidente, segundo o jurista, quando Bolsonaro ameaçou o jornalista Glenn Greenwald de ser preso, também na última semana. Neste caso, caberia ao Supremo aceitar a denúncia e pedir autorização para a Câmara dos Deputados para seguir com o julgamento. “Ele estaria sendo processado como Temer foi e responderia por crimes praticados no exercício da Presidência. Porque não é um ato que ele faz como pessoa física, mas na condição de presidente da República”, acrescenta.

 

Outro alvo recente da ira de Bolsonaro foi o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Seu diretor, Ricardo Galvão, foi exonerado na última sexta-feira após uma série de desentendimentos públicos com o presidente. O Governo vem questionando os dados sobre o cada vez maior desmatamento da Amazônia e anunciou que contratará uma firma privada para fazer a medição. Outros membros do Governo, como o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o general Augusto Heleno, também vem expressando suas discordâncias com a divulgação de dados de desmatamento que consideram desfavoráveis para a imagem do Brasil ou até falso. O risco é que o desmatamento se torne para o bolsonarismo o que a inflação, maquiada durante anos na Argentina, se tornou para o kirchnerismo. “Meu único receio é com a área ambiental, porque gera padrões irreversíveis. A acentuação do desmatamento como vem sendo feita, o descaso com medidas contra o aquecimento global, a destruição da malha normativa de proteção dos índios… São males que serão irreversíveis”, afirma Dallari.

 

FELIPE BETIM – brasil.elpais.com

Torcedor do Corinthians preso por ato contra Bolsonaro assiste jogo na Tribuna de Honra

Torcedor do Corinthians preso por ato contra Bolsonaro assiste jogo na Tribuna de Honra

 

O torcedor do Corinthians, Rogério Lemos, que foi detido no domingo (4) por policiais militares na Arena Corinthians por protestar contra o governo Bolsonaro, foi convidado pela diretoria do clube para assistir ao jogo da quarta-feira (7) no camarote presidencial do estádio.

O convite, aceito pelo torcedor, foi feito diretamente pelo presidente do Corinthians, André Sanchez. Ele assistiu a vitória do Timão contra o Goiás por 2 a 0. O jogo é válido pela 7ª rodada do Brasileirão.

Logo após a prisão do torcedor, o clube emitiu uma nota contra a ação policial, defendendo o direito de manifestação. 

“O clube historicamente reitera seu compromisso com a democracia e a defesa do direito constitucional de livre manifestação, desde que observados os princípios da civilidade e da não violência. A agremiação lembra que diferentes autoridades, entre elas o presidente do clube, já foram alvo de manifestações da torcida durante os mais variados eventos esportivos realizados no local e o episódio caracteriza-se como um grave atentado às liberdades individuais no Estado Democrático de Direito”, diz a nota do Corinthians.

Quando Rogério Lemos foi retirado do estádio por protestar contra Bolsonaro, o presidente não estava presente, mas as manifestações contrárias ao governo nos estádios de futebol já se tornaram comuns. O próprio Bolsonaro já foi vaiado no Maracanã, no Mineirão e em Brasília.

Após a detenção, o torcedor publicou em suas redes sociais a foto do Boletim de Ocorrência com a legenda “Ditadura!!!”.

Ele também deu mais detalhes sobre o momento da prisão. Contou que levou um “mata-leão” e, quando caiu, foi algemado e levado para uma sala onde foi humilhado.

“Gente boa do meu Brasil, hoje entrei na Arena Corinthians expondo minha opinião contra o atual governo e olha o que aconteceu!!! Fui preso! Humilhado! Algemado!!”, escreveu.

Do jornal Hora do Povo