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Bolsonaro corta 36% da verba do Colégio Pedro II

CP2O Colégio Pedro II da “rua Larga” (hoje, avenida Marechal Floriano), no centro do Rio de Janeiro

Um dia após Bolsonaro dizer que o corte de 30% na verba das universidades federais seria para “fortalecer o ensino básico”, o Ministério da Educação (MEC), chefiado pelo olavista Abraham Weintraub, executou o corte de 36,37% na verba de custeio do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, a única rede de escolas de ensino básico ligada ao governo federal.

Na quinta-feira (02), Jair Bolsonaro afirmou que o dinheiro usurpado das universidades federais seria investido na educação básica. Segundo ele a educação no Brasil é como uma casa com um “excelente telhado e paredes podres”. 

O corte soma, no total, R$ 18.571.339,00 do valor previsto para ser repassado ao Colégio este ano. Para o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, o bloqueio inviabiliza o custeio da instituição.

“É bom dizer que nós temos contratos mantidos com a iniciativa privada, contratos celebrados. E o bloqueio de 30% certamente levará todos, não somente o Colégio Pedro II, a não honrar contratos firmados. E daí vem redução de postos de trabalho, daí vem não prestação de serviços e daí vem a paralisação dos serviços prestados pelo Colégio Pedro II”, disse Halac.

Segundo a direção do colégio, “além de expressiva, a redução do orçamento, por ser abrupta, inviabilizará o planejamento que foi elaborado de forma antecipada e cautelosamente pelos dirigentes dessa instituição”, afirmam.

“Era essa verba que vinha nos permitindo, não sem dificuldades, garantir a execução de projetos pedagógicos reconhecidamente de excelência e oferecer à nossa sociedade educação pública de qualidade”, diz a nota assinada pelos diretores do CP2. A direção afirma que o corte “terá implicações devastadoras, trazendo danosas consequências para a manutenção de nossa instituição”.

Os diretores criticaram a medida e destacam que “não há crescimento sem educação”. “Não podemos nos abster de informar à nossa comunidade os grandes riscos que todos corremos com esse corte”, informou.

Fundado em 2 de dezembro de 1837, o Colégio Pedro II é uma das mais tradicionais instituições públicas de ensino básico do Brasil. Com 14 campi nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias, e Centro de Referência em Educação Infantil, localizado em Realengo, o Colégio Pedro II tem quase 13 mil alunos e é referência desde a Educação Infantil até o Ensino Médio Regular e Integrado.

Leia a nota na íntegra:

Nota pública dos Diretores Gerais à Comunidade escolar do Colégio Pedro II

Nós, Diretores Gerais do Colégio Pedro II, fomos informados pela Reitoria, na tarde dessa quinta-feira, dia 02 de maio, sobre o corte, promovido pelo Governo Federal, de 36,37% da verba de custeio destinada à nossa Instituição para o ano de 2019.

O corte da distribuição dos recursos orçamentários soma R$18.571.339,00, referentes aos gastos de custeio (Ação 20RL – Funcionamento de Instituições Federais de Educação). Além de expressiva, a redução do orçamento, por ser abrupta, inviabilizará o planejamento que foi elaborado antecipada e cautelosamente pelos dirigentes dessa instituição.

Desde 2014, vivenciamos contingenciamentos e redução do nosso orçamento e administramos com responsabilidade nossos campi, honrando com o pagamento das contas básicas como água e energia elétrica, bem como contratos com empresas fornecedoras de serviços fundamentais como segurança, limpeza e alimentação. Era essa verba que vinha nos permitindo, não sem dificuldades, garantir a execução de projetos pedagógicos reconhecidamente de excelência e oferecer à nossa sociedade educação pública de qualidade.

Apesar de sermos a única e mais antiga Instituição de Ensino Básico Federal do país, infelizmente, deparamo-nos hoje com o informe desse corte orçamentário que, devido a sua magnitude, terá implicações devastadoras, trazendo danosas consequências para a manutenção de nossa Instituição.

A necessidade de maior investimento em Educação Básica tem sido apontada por especialistas, em todo o mundo, como requisito indispensável ao desenvolvimento de qualquer nação. Não há crescimento sem educação. Estamos diante de um projeto para a educação pública que, não só não prevê investimento, como também corta verbas de custeio básico.

Não negligenciaremos o nosso dever de gerir o bem público com responsabilidade, transparência e respeito à legislação vigente. Porém, não podemos nos abster de informar à nossa comunidade os grandes riscos que todos corremos com esse corte.

Em período de crise, união, informação e diálogo são fundamentais.

 

 Por   Publicado em 3 de maio de 2019

 
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Pais e alunos do Colégio Pedro II fazem protesto contra corte de verba

Pais de alunos do Colégio Pedro II fazem um protesto no local – eles questionam o corte de verbas anunciado pelo governo em instituições federais de ensino. Presidente prometeu unidades em todas as capitais – São Paulo teria a maior.

 

bolsonaro-colegioPresidente Bolsonaro chega ao Colégio Militar. — Foto: Reprodução/TV Globo

 

O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã desta segunda-feira (6), de cerimônia dedicada à comemoração dos 130 anos do Colégio Militar, na Tijuca, Zona Norte da cidade. O chefe do Executivo federal lançou uma medalha e um selo comemorativos da ocasião.

 

“O que tira o homem e uma mulher da situação difícil que se encontra é o conhecimento”, disse Bolsonaro, na cerimônia.

 

Alunos, pais e professores do Colégio Pedro II, do Colégio de Aplicação da UFRJ, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e da Fundação Osório iniciaram um protesto do lado de fora da escola.

 

Os manifestantes questionam o corte de verbas anunciado pelo governo em instituições federais de ensino. Segundo diretores, a queda no orçamento será de 36,37% e terá implicações “devastadoras”.

 

Nem o Colégio Militar do Rio nem as outras 12 unidades semelhantes espalhadas pelo País sofrerão qualquer tipo de corte no orçamento. Isso porque nenhuma delas é subordinada ao Ministério da Educação, mas sim ao da Defesa, que não foi atingido pelo bloqueio de verbas de custeio.

 

protesto-colegioPais e estudantes fazem manifestação em frente ao Colégio Militar. — Foto: Fernanda Rouvenat

 

 

O presidente chegou ao colégio às 8h12 e foi aplaudido por alunos e fãs que estavam em vários espaços da instituição.

 

bolsonaro-cumprimenta-2Presidente saúda público durante desfile no Colégio Militar. — Foto: Henrique Coelho 

 

Com ele, estavam o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o governador Wilson Witzel. Os gritos de “vem pra rua”, do protesto realizado na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, podiam ser ouvidos de dentro da escola.

 

 

Campo de Marte

 

bolsonaro-cumprimentaBolsonaro cumprimenta aluna durante cerimônia. — Foto: Henrique Coelho

 

Durante o discurso, o presidente falou sobre a meta de construir escolas militares em todos os estados do Brasil.

 

“Os colégios militares são exemplos de ensino e excelência para a educação brasileira. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Pretendemos, junto aos ministérios da Defesa e Educação, implantar um colégio militar em todas as capitais do Brasil. Já estamos concretizando a construção daquele que, pela área disponível, seria o maior deles, na região do Campo de Marte, em São Paulo”.

 

 

Amigo dos momentos difíceis

 

 

Durante a cerimônia, Bolsonaro fez referências diretas ao vice-presidente Hamilton Mourão, também presente.

 

“Prezado Hamilton Mourão, meu contemporâneo da Academia Militar das Agulhas Negras e ex-aluno do Colégio Militar. Vice-presidente, amigo dos momentos difíceis. Juntos cumpriremos essa missão”.

No último dia 24, Mourão, ao responder a críticas feitas pelo filho do presidente, vereador Carlos Bolsonaro, disse que este deveria “virar a página”.

 

 

Por Henrique Coelho e Fernanda Rouvenat, G1 Rio

06/05/2019 08h26

 

 

a noite do massacre

Assista ao filme “A Noite do Massacre“, de Florestano Vancini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

a noite do massacre

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

06/05 – 19H: “A NOITE DO MASSACRE” (1960), DE FLORESTANO VANCINI

 

 

SINOPSE

Durante a guerra civil italiana, Anna, a jovem esposa de Pino, um químico de cadeira de rodas, começa um caso com Franco, um desertor do exército. Sciagura, um fanático líder fascista local, encena uma tentativa de assassinato de se livrar de seus oponentes no Partido Fascista e culpa-o em alguns partidários da resistência. Entre eles está o pai de Franco. Sciagura ordena que os suspeitos do costume sejam baleados na noite contra a parede do Castelo de Estense. Pino pode ver tudo da janela, mas não diz uma palavra.

 

O DIRETOR

Após alguns curtas e colaboração com os diretores Mario Soldati (1906-99) e Valerio Zurlini (1926-82), Vancini realizou em 1960 seu primeiro longa-metragem, “La Lunga Notte del ‘43”, que revive o massacre de 11 resistentes pelas brigadas fascistas da República de Salò. Com roteiro de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), adaptado da coletânea “Cinco Histórias de Ferrara”, de Giorgio Bassani, o filme recebeu indicação para o Prêmio Primeira Obra e o Leão de Ouro, no 21º. Festival de Veneza. Vancini dirigiu 15 longas, entre os quais, “La Calda Vita” (1963); “Le Stagioni del Nostro Amore” (1965), que obteve o Prêmio da Crítica no Festival de Berlim; “Dio E’ Com Noi” (1970); “Bronte” (1972); “Il Delitto Matteotti” (1973); “Amore Amaro” (1974); “Un Dramma Borghese” (1983). Nos anos 1980, realizou séries para televisão: “La Neve nel Bicchiere” (1984) – história de três gerações de camponeses da planície ferrarense, sua terra natal – e “Lettera dal Salvador” (1987), telefilme político sobre médico francês em El Salvador no período da guerra civil, para a série francesa “Médecins des Hommes”.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: A Noite do Massacre (1960), de Florestano Vancini

Duração: 105 minutos

Quando: 06/05 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

germinal

Cinema Com Partido apresenta “Germinal“, de Claude Berri

germinal

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

04/05 – 10H: “GERMINAL” (1993), DE CLAUDE BERRI

 

 

SINOPSE

Adaptado do romance de Emile Zola, “Germinal” narra a greve dos mineiros de Voreux contra as degradantes condições de trabalho existentes na Europa nos idos de 1870, época em que o confronto entre as concepções marxistas e anarquistas polarizava a Associação Internacional dos Trabalhadores (1ª Internacional).

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

 

SERVIÇO

Filme: Germinal (1993), de Claude Berri

Duração: 170 minutos

Quando: 04/05 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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O dia em que conheci a madrinha Beth Carvalho

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Publicamos abaixo um relato emocionado e emocionante de um ex-diretor da UMES, Milton Batista, de quando conheceu a Madrinha do samba, Beth Carvalho.

 

A oportunidade se deu na realização de um projeto cultural da UMES chamado Cantarena, realizado entre os anos de 1995 e 2001. Seu nome vem da época em que o Cine-Teatro Denoy de Oliveira chamava-se ainda Teatro da UMES e tinha a forma de arena. Por ele passaram mais de 150 compositores e 600 músicos acompanhantes.

 

Obrigado Milton por ter nos recordado tantos detalhes!

 

Cantarena1

 

“O ano era 1995, estávamos no show do poeta sambista Luiz Carlos da Vila que acontecia no projeto cultural estudantil, UMES Cantarena, o show estava maravilhoso e nós estudantes nem imaginávamos que ainda poderia melhorar.

 

Sem alarde e com a maior naturalidade do mundo, a madrinha apareceu para dar uma palhinha para mais um de seus afilhados. O teatro quase veio a baixo de tanta emoção, foi lindo, espontâneo  e inesquecível.

 

Com o show finalizado convidamos a madrinha para conhecer a entidade, ela, gentil como sempre, nos acompanhou.

 

Fomos para a sala de reunião e lá ficamos, todos jovens estudantes, ouvindo a rainha do samba.

 

Em um determinado momento eu saí para buscar uma água, e quando abri a porta da sala de reunião lá estava o “Toninho” motorista da entidade com um balde de lixo embaixo do braço, e me disse:

 

– Miltinho vou cantar a música do pinto pra dona Beth.

 

Respondi: – Você ‘tá’ maluco?! Se liga, rindo.

 

E sai para buscar a água. Quando retornei, o Toninho estava esperando e repetiu os seus planos. Respondi que nem pensar, nem a pau, ele iria entrar.

 

Mas, assim que abri a porta, o Toninho invadiu a sala, com o balde de lixo e tudo e já foi logo dizendo:

 

– Boa noite Dona Beth!

 

Ela respondeu:

 

– Boa noite!

 

Aí todos nós da sala, incluindo a madrinha, percebemos que o Toninho estava completamente bêbado!

 

Logo em seguida, quase me causando um infarto, o Toninho diz:

 

– Dona Beth posso lhe fazer uma pergunta?

 

Ela respondeu: – claro.

 

Eu gelei. Só pensava na música do pinto, pois não era lá muito adequada, principalmente para cantar na presença da madrinha, mas o Toninho me surpreendeu e perguntou:

 

– Dona Beth, a música “malandro” é da senhora?

 

Ela de pronto respondeu:

 

– Não, essa música é do poeta Jorge Aragão, uma música linda!

 

Logo em seguida ela emendou:

 

– E esta timba em baixo do seu braço? Você é do samba ou e só história? Dá pra levar?

 

O Toninho atônito como um fiel súdito na presença de sua rainha respondeu:

 

– Sim Dona Beth!

 

Logo em seguida ela começou:

 

“Malandro, eu ando querendo falar com você, você tá sabendo que o Zeca morreu, por causa de brigas que teve com a lei?…”

 

Nós todos da sala, acompanhamos em um maravilhoso coral, seguido ao fundo com o som da timba improvisada no balde de lixo.

 

Ao fim da música o Toninho se ajoelha chorando e beija a mão da Madrinha, neste momento todos choravam!

 

Durante mais de duas décadas narrei esta história, todas às vezes eu me emociono e os olhos enchem de lágrimas.

 

Ontem, quando soube da morte da madrinha eu não chorei, pois meu coração sabe que ela estará sempre viva e eternizada nas histórias, rodas de samba, nas lutas de classe e nos corações apaixonados!

 

O céu está em festa e meu coração se orgulha de ter conhecido pessoalmente esta rainha, que desceu do trono para cantar com um grupo de estudantes acompanhados por um balde de lixo!

 

 

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Beth Carvalho, a madrinha do samba estará sempre em nossa memória e nossos corações!

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Beth Carvalho, a madrinha do samba estará sempre em nossa memória e nossos corações!
 
A Madrinha do Samba partiu no dia de hoje, mas deixou como legado a luta do povo e a construção da cultura popular brasileira por meio de sua imensa obra em tamanho e importância. 
 
Deixamos nossa mensagem de homenagem, lembrando a alegria de poder recebê-la em nosso Cine-Teatro.
 
Descanse em paz, Madrinha do Samba.
 
 
 
BOLSONARO-27

Bolsonaro e as milícias

BOLSONARO-27Bolsonaro: Milícias “oferecem segurança e conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades” (foto: AP)

Em 12 de agosto de 2003, o então deputado Jair Bolsonaro foi ao microfone do plenário da Câmara dos Deputados e discursou, dando os parabéns a grupos de extermínio que operavam na Bahia, afetuosamente chamados por ele de companheiros.

Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o país não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio… Na Bahia, pelas informações que tenho — lógico que são grupos ilegais —, a marginalidade tem decrescido. Meus parabéns”!

A transcrição é, rigorosamente, literal. Bolsonaro não “se atrapalhou” no que disse. Não cabe aqui o tipo de explicação costumeira dos generais Mourão e Heleno para dissolver os impactos negativos da incontinência verbal do capitão – ele não só falou o que está escrito, reafirmou tudo em vídeos e entrevistas que estão disponíveis na internet a quem tiver o interesse de acessar.

Na época, esses grupos, que eram embriões de milícias, cobravam de R$ 50,00 a R$ 100,00 de comerciantes locais por marginal morto. E a família Bolsonaro estava empenhada em organizar uma forte rede de apoio entre os “companheiros” milicianos, especialmente no Rio de Janeiro.

Flávio-B-768x461Flávio Bolsonaro (foto: Adriano Machado/Reuters)

Alguns anos depois, valendo-se da impunidade que blindou sua ação criminosa, as milícias ganharam terreno. Em 2007, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, em discurso na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) afirmava:

A milícia nada mais é do que um conjunto de policiais, militares ou não, regidos por uma certa hierarquia e disciplina, buscando, sem dúvida, expurgar do seio da comunidade o que há de pior: os criminosos… Eu não me importaria em pagar R$ 30,00 ou R$ 40,00 para ter mais segurança, para não ver meus filhos aliciados por traficantes… Façam consultas populares na comunidade do Rio das Pedras, na própria favela do Batan”.

Hoje o senador, eleito em 2018, diz em sua defesa que tais declarações não representavam endosso ou apoio a ação das milícias. Ele acha que pode escamotear sua responsabilidade na expansão dessas organizações criminosas com a surrada alegação de que “foram declarações retiradas do contexto”. Mas, em 2008, Papai Bolsonaro usava e abusava do plenário da Câmara Federal para defender a atuação desses grupos criminosos:

Existe miliciano que não tem nada a ver com ‘gatonet’ e venda de gás. Como ele ganha R$ 850,00 por mês, que é quanto ganha um soldado da PM ou do bombeiro, e tem a sua própria arma, ele organiza a segurança na sua comunidade… Eles oferecem segurança e, desta forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. É o que se chama de milícia. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas”.

No Rio de Janeiro, milícias, como a “Liga da Justiça”, do então vereador Jerominho (Jerônimo Guimarães Filho), tinham dominado territórios e diversificado as atividades.

A CPI da Alerj apurou, naquele ano (2008), que a milícia do Rio das Pedras monopolizava, sob ameaças à população, serviços como segurança de moradores (entre R$ 10,00 e R$ 50,00 mensais); taxa para funcionamento do comércio (R$ 50,00 e R$ 200,00 por estabelecimento); pedágio para entregadores de mercadorias no bairro (R$ 20,00); taxa para barracas (R$ 30,00); venda de gás (R$ 39,00); sinal de TV a cabo irregular, mais conhecido como “gatonet” (R$ 18,00); além do transporte alternativo (R$ 270,00 a R$ 325,00 por semana).

Não parou aí. Dez anos mais tarde, os procuradores do Ministério Público incluíam entre as atividades exploradas pela milícia os seguintes itens:

Grilagem de terrenos, construção, venda e locação ilegais de imóveis, receptação de carga roubada, ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, falsificação de documentos públicos, pagamento de propina a agentes públicos, agiotagem, utilização de ligações clandestinas de água e energia para o abastecimento dos empreendimentos imobiliários ilegalmente construídos, e, sobre tudo, prática de homicídio”.

Mas, para que a família Bolsonaro não venha dizer que sua apologia das milícias não passou de “xixi na cama”, passemos aos atos derivados dessas ideias que eles veicularam fartamente em discursos e entrevistas.

Em setembro de 2007, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, foi nomeada assessora do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde ficou empregada por 11 anos, até 13 de novembro de 2018. A mãe do ex-capitão, Raimunda Veras Magalhães, também se tornaria assessora do deputado, permanecendo no cargo, como a nora, até o final do mandato.

ADRIANO-1Adriano da Nóbrega, um dos chefes do Escritório do Crime (foto: Polícia Civil/RJ)

Seis meses antes da nomeação de Danielle, Fabrício Queiroz, “amigo de churrasco e futebol” de Jair Bolsonaro, chegara ao gabinete para ser motorista, segurança e “faz- tudo” de Flavio Bolsonaro.

Segundo Queiroz, denunciado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda (Coaf) pela movimentação “atípica” de R$ 7 milhões em sua conta bancária entre janeiro de 2014 e janeiro de 2017, tanto a contratação de Danielle, quanto a de Raimunda, se deram por iniciativa dele.

A nota assinada pelo advogado Paulo Márcio Ennes Klein, que trabalha na sua defesa, formaliza essa versão:

Queiroz é ex-policial militar e conheceu o sr. Adriano na época em que ambos trabalhavam no 18º Batalhão da Polícia Militar e, após a nomeação dele como assessor do ex-deputado estadual, solicitou ao gabinete moção para o sr. Adriano, bem como a nomeação dele para trabalhar no referido gabinete… Ademais, vale frisar que o sr. Fabrício solicitou a nomeação da esposa e mãe do sr. Adriano para exercerem atividade de assessoria no gabinete em que trabalhava, uma vez que se solidarizou com a família que passava por grande dificuldade pois à época ele estava injustamente preso...”

De fato, Queiroz serviu com Adriano no 18º Batalhão da Polícia Militar, situado na região de Jacarepaguá. Morador da Taquara, bairro localizado naquela região, a um passo da comunidade do Rio das Pedras, não tinha como ignorar a expansão e o poder crescente da milícia que dominava a área. Seus familiares, inclusive, chegaram a ter autorização fornecida pela milícia, e não pelo poder público, para explorar serviço de transporte “alternativo” – isto é, irregular – de vans na comunidade.

QUEIROZ-1-768x530Queiroz, o amigo de Bolsonaro que era “faz-tudo” no gabinete de seu filho, Flávio

Entusiasta, conforme suas próprias palavras, dos “rolos” para “fazer dinheiro”, e habituado com a violência, pois tem na conta dez autos de resistência (mortes em decorrência da atividade policial), Queiroz acompanhou a sucessão de sangrentos assassinatos que regiam as mudanças de chefia na milícia do Rio das Pedras. Otacílio Biondi (1989), depois Elita Biondi (1995), inspetor de polícia Félix Tostes (2007), vereador Nadinho do Rio das Pedras (2009), até que, num passe de mágica, o comando daquela força caiu no colo do “injustiçado” companheiro do 18º Batalhão da Polícia Militar, que, hoje, foragido da Justiça e caçado pela Interpol, é também apontado como fundador do sinistro Escritório do Crime.

Sob comando de Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão, com passagem pelo BOPE, expulso da PM em dezembro de 2013, depois de preso em 2006, 2008 e 2011, por suspeita de assassinato, a milícia do Rio das Pedras tornou-se a maior, mais atrevida e mais perigosa do Rio de Janeiro. Enquanto isso, a esposa e a mãe do “injustiçado” operavam no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro, com salário pago pela Alerj, ao lado de Queiroz, que movimentava em sua conta bancária milhões cuja procedência e destino ele não consegue explicar.

Diante de fatos tão eloquentes, Flávio Bolsonaro abandonou a tese da “mera coincidência” e tratou de tirar o corpo fora, dizendo que não sabia de Adriano nem tomava conhecimento de quem trabalhava em seu gabinete. Segundo ele, era Queiroz que contratava e administrava o pessoal, com plena autonomia.

Em nota, Bolsonaro afirma:

A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço… Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar.

Ao confirmar a narrativa do chefe e chamar para si a responsabilidade sobre as ligações temerárias, Queiroz talvez não tenha reparado que invalidou o álibi que pretendia reforçar. Seu ingresso no gabinete do deputado ocorreu em 1° de abril de 2007, dois anos depois que Bolsonaro premiou Adriano com a mais alta condecoração da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a medalha Tiradentes – a mesma que ele concedeu, em 2011, ao autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, uma espécie de Rasputin da corte bolsonarista. A homenagem ao tenente que viria a acumular alguns anos mais tarde o comando do Escritório do Crime e o da milícia do Rio das Pedras foi realizada em agosto de 2005.

Também cabe registrar que, embora a nota do advogado de Queiroz passe a ideia de que a esposa e a mãe de Adriano foram contratadas no gabinete de Flávio Bolsonaro ao mesmo tempo, quando passavam por “grande dificuldade”, Raimunda Veras Magalhães, a mãe, só entrou na Alerj em 2015, passando a receber pelo gabinete em 2016. Em 2009, a dificuldade era tanta que ela abriu um restaurante no bairro do Rio Comprido – rua Aristides Lobo, 224.

O Escritório do Crime começou como uma equipe de matadores de aluguel contratados por contraventores para eliminar concorrentes. Em seu portfólio há uma longa lista de homicídios que ficaram impunes, como o do presidente da Portela, ex-PM Marcos Falcon, morto em Oswaldo Cruz, próximo ao comitê de sua campanha para vereador, em setembro de 2016, e o do sargento reformado da PM Geraldo Antônio Pereira, da milícia de Curicica, abatido a tiros de AK-47 no estacionamento do Novo Rio Country Club (Recreio dos Bandeirantes), em maio de 2016.

Outro ruidoso crime encomendado ao Escritório foi a execução de Haylton Escafura – jogo do bicho e caça-níqueis – com mais de 20 tiros de armas de três calibres num apartamento no 8.º andar do hotel Transamérica (Recreio dos Bandeirantes), em 29 de abril de 2017. A policial militar Franciene de Sousa, que o acompanhava na ocasião, também foi fuzilada.

Em 14 de março de 2018, superestimando a sua blindagem, o Escritório do Crime metralhou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, com 13 disparos. Desta vez a polícia, após 12 meses de diligente investigação, apontou os assassinos – PM reformado Ronnie Lessa e ex-PM Élcio Vieira de Queiroz – e o mandante, ex-deputado estadual Domingos Brazão.

A família Brazão – Chiquinho, Pedro e Domingos – se tornou dona dos votos da comunidade do Rio das Pedras depois que o vereador Nadinho (Josinaldo Francisco da Cruz) foi riscado do mapa. Chiquinho foi vereador, hoje é deputado federal, Pedro é deputado estadual e Domingos – o chefe do clã – passou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 2015, por indicação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Mas a investigação policial ainda não está concluída. É bom que não esteja. Falta precisar o motivo do crime. No caso de ter sido uma ação terrorista para excitar a extrema-direita, no início da campanha para presidente da República, ainda que Brazão tenha pago a fatura, a decisão teria que vir mais de cima.

A milícia do Rio das Pedras e o Escritório do Crime, na época do atentado, estavam sob domínio do amigo de Queiroz, o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega. O amigo do amigo de Jair Bolsonaro só passou à condição de fugitivo em 22 de janeiro de 2019, por consequência da “Operação Os Intocáveis”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Civil, que prendeu cinco membros da cúpula da milícia do Rio das Pedras e desarticulou o Escritório do Crime.

Com todo o respeito à família Bolsonaro, num contexto como esse não há como aceitar que o atentado possa ter sido realizado pelas suas costas. Mas se foi apenas uma “disputa local” e não uma “ação terrorista”, não está mais aqui quem falou. Daí a necessidade da investigação não ser concluída antes do motivo do crime estar devidamente esclarecido.

Ronnie Lessa, apontado pela polícia como o assassino que efetuou os disparos contra a vereadora Marielle Costa e o motorista Anderson Gomes, foi preso em sua luxuosa casa, por sinal vizinha à de Jair Bolsonaro, no Condomínio Vivendas da Barra. O Mito diz que não reparou no vizinho e que seu filho Jair Renan “não se lembra” de ter namorado a filha dele. “Não se lembra” é a resposta típica que advogados de defesa orientam seus clientes a dar quando estes não estão em condições de negar, sem cometer perjúrio, a participação em eventos comprometedores. Ronnie é subtenente reformado, cujo soldo, por volta de R$ 7 mil, jamais permitiria que ele morasse ali. Também não permitiria que ele tivesse, na casa de um amigo no Méier, um lote de 117 fuzis M-16, de procedência não declarada, avaliados em R$ 4 milhões.

Ronnie-Lessa-1Ronnie Lessa, assassino de Marielle Franco (foto: Pablo Jacob/Ag. O Globo)

Como Queiroz, Ronnie Lessa passou pelo Exército antes de ingressar na Polícia Militar. Como Adriano, atuou no Bope e foi segurança de contraventores antes de passar ao Escritório do Crime. Como Bolsonaro – e, aliás, como todos eles -, é um fanático adorador da Scuderie Le Cocq, a ponto de possuir carteirinha da associação, emitida em 1989, com o número de matrícula 3127, cujo fac-símile foi apresentado pela revista Época em reportagem publicada no dia 4 de abril. E tinha só 18 anos quando se matriculou.

CARTEIRA-RONNIE-LESSA-768x461A carteirinha de Ronnie Lessa da Scuderie Le Cocq

O símbolo da Scuderie Le Cocq é uma caveira que repousa sobre duas tíbias cruzadas, tendo embaixo as iniciais EM, que, segundo seus criadores, significam “Esquadrão Motorizado” e não “Esquadrão da Morte” – exibição de cinismo explícito que os levou também a registrar a associação como entidade “filantrópica”. Ativa na década de 70, ela celebrava a união dos grupos de extermínio de todas as procedências – torturadores e homicidas das bandas podres da Polícia, Exército, Marinha e Aeronáutica, irmanados no imundo ofício de matar por dinheiro.

Com o fim da ditadura, a Scuderie perdeu o viço e refluiu para as sombras. As milícias atuais introduziram inovações naquele modus operandi e criaram outras oportunidades de negócios, mas o espírito continua o mesmo. Expurgado do Exército, em 1988, Bolsonaro mergulhou de cabeça nesse submundo.

Há menos de 15 dias, desabaram, sem aviso prévio, dois empreendimentos imobiliários construídos ilegalmente em terreno público grilado, na comunidade da Muzema, vizinha do Rio das Pedras: 24 mortos e 35 feridos.

Os moradores pagaram de R$ 40 mil a R$ 100 mil pelos apartamentos aos donos dos prédios – milicianos comandados pelo foragido Adriano Magalhães da Nóbrega, o amigo de Queiroz. Perderam tudo, e muitos a própria vida.

Pelo Censo de 2010, a Muzema tinha 4.000 habitantes e Rio das Pedras 50.000. E de lá para cá não parou de chegar gente. Há mais de 200 prédios na região, levantados desse modo. É uma prévia do que Bolsonaro e as forças que creem poder manipulá-lo estão chocando no front da Segurança Pública.

 

(SÉRGIO RUBENS)
 Por  Publicado em 24 de abril de 2019

 

 

 

pao amor e 2

Assista ao filme “Pão, Amor e…”, de Dino Risi, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

pao amor e 2

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

29/04 – 19H: “PÃO, AMOR E…” (1959), DE DINO RISI

 

 

SINOPSE

O mulherengo Antonio Carotenuto (Vittorio de Sica), que é um marechal aposentado, volta para sua terra natal, Sorrento, para assumir o cargo de comandante da guarda municipal. Ele jura não se meter mais em aventuras amorosas, mas sua primeira missão é despejar Sofia (Sophia Loren), uma vendedora de peixes e que vive em sua antiga casa, que tenta agradá-lo com presentes na intenção de fazê-lo mudar de ideia.

 

O DIRETOR

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Pão, Amor e… (1955), de Dino Risi

Duração: 106 minutos

Quando: 29/04 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

os companheiros

Cinema Com Partido apresenta “Os Companheiros”, de Mario Monicelli

os companheiros

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

27/04 – 10H: “OS COMPANHEIROS” (1963), DE MARIO MONICELLI

 

SINOPSE

Turim, 1890. Operários de uma fábrica têxtil trabalham 14 horas por dia, com pausa de meia hora para comer o alimento trazido por suas famílias. A fadiga provoca terrível acidente – um trabalhador perde a mão numa máquina de fiação. No dia seguinte, a revolta começa a se transformar numa greve organizada.

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Após a exibição do filme, a sessão fará um debate que contará com a presença de Dorberto Carvalho, que é Presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo, além de Diretor da Cooperativa Paulista de Teatro. Integra o grupo teatral Companhia do Miolo, e é escritor, dramaturgo e diretor de teatro.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Os Companheiros (1963), de Mario Monicelli

Duração: 125 minutos

Quando: 27/04 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Assista ao filme “O Viúvo”, de Dino Risi, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

22/04 – 19H: “O VIÚVO” (1959), DE DINO RISI

 

 

SINOPSE

Alberto Nardi é um jovem industrial com sonhos de grandeza e que vive perseguido por credores. Casado com Elvira, uma empresária de sucesso em Milão, a quem Nardi recorre, não sem resistência dela, sempre que precisa de investimento para suas ideias delirantes. Como Elvira já havia decidido a não lhe emprestar mais um tostão, Nardi passa a ter ideias ainda mais mirabolantes para obtê-lo.

 

O DIRETOR

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (197 1). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: O Viúvo (1959), de Dino Risi

Duração: 87 minutos

Quando: 22/04 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)