Mia-Madre-Minha-Mae-2015-de-Nanni-Moretti

Assista ao filme “Minha Mãe”, de Nanni Moretti, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

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Na próxima segunda-feira (12), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Minha Mãe“ (2015), de Nanni Moretti. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

MINHA MÃE (2015), DE NANNI MORETTI

 

SINOPSE

Margherita é uma realizadora de sucesso que se prepara para iniciar as filmagens da sua mais recente obra. O novo filme conta com Barry Hughins, uma estrela conhecida internacionalmente, tanto pelos papéis que desempenha, como pelo seu temperamento. Ela sente-se sobrecarregada pelas expectativas dos seus colegas de profissão, do público e por tudo o que lhe é exigido durante as rodagens. Paralelamente a isso sua vida pessoal passa por um momento difícil: terminou a relação com o seu companheiro de anos, a sua única filha está em plena crise de adolescência e a mãe encontra-se internada num hospital, gravemente doente. O seu único apoio é Giovanni, seu irmão, com quem mantém uma relação constante e de grande proximidade. Ele quer ajudá-la e, para isso, lhe dá um conselho que se revela muito difícil de seguir.

 

O DIRETOR

Nascido em Brunico, Giovanni Moretti mistura sua própria história com a de seus filmes. “Caro Diário” (1993) e “Abril” (1998), nos quais interpreta a si próprio, são obras declaradamente autobiográficas. “Minha Mãe” (2015) é inspirado na morte da própria mãe. Em suas obras mais antigas encontramos Michele Apicella, considerado um alter ego do diretor, que dá vida a esse personagem em seis filmes, de 76 a 89. Nanni Moretti foi opositor, porta-voz e um dos principais líderes do movimento que derrubou o ex-premiê Silvio Berlusconi – uma espécie de Eduardo Cunha vitaminado. Seu filme “O Crocodilo” (2006), produzido no fogo dessa batalha, tornou-se o mais celebrado do diretor. Moretti também dirigiu, escreveu o roteiro e atuou em “A Missa Acabou” (1985), “O Quarto do Filho” (2001) e “Habemus Papam” (2011).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Minha Mãe (2015), de Nanni Moretti

Duração: 106 minutos

Quando: 12/11 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

RESTAURAÇÕES SÃO DESTAQUES DA 5ª MOSTRA MOSFILM NO BRASIL

5A Mostra Mosfilm Cinema Russo E Mail Marketing Sao Paulo

 

 

Mauro Fora Collor1

Palco de importantes manifestações, o prédio do MASP faz 50 anos.

Mauro Fora Collor1

Passeata Fora Collor no MASP

 

 

Fundado por Assis Chateaubriand e projetado por Lina Bo Bardi, o prédio que foi um marco da arquitetura do século 20 completa hoje 50 anos de existência.

 

O nosso tão querido Vão livre, para aqueles que não conhecem sua história, foi uma exigência de Joaquim Eugênio de Lima, doador do terreno, para que assim fosse preservada a vista.

 

O vão livre do MASP foi e ainda é o palco das mais variadas manifestações populares, de todos os tipos, cores e credos. Poderíamos até dizer que é o palco mais democrático do país. E assim deveria ser, já que Lina, como ela mesmo disse, o projetou buscando a liberdade, “o tempo é uma espiral. A Beleza em si não existe. Existe por um período histórico, depois muda o gosto, depois vira bonito de novo. Eu procurei apenas no Museu de Arte de São Paulo, retomar certas posições. Não procurei a beleza, procurei a liberdade. Os intelectuais não gostaram, o povo gostou: ‘Sabe quem fez isso? Foi uma mulher!!!…”.

 

Foi lá que os estudantes Caras-Pintadas concentram as manifestações pelo Fora Collor, lá foram também a concentração da maior parte das manifestações por uma educação pública melhor nos 11 de agosto, dia do estudante. Poderíamos listar aqui inúmeras manifestações realizadas ali, contudo, o importante aqui é ressaltar que o MASP é do povo, palco de suas reivindicações e assim deve permanecer.

 

 

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“Debater é necessário para fortalecer a luta” afirma Lucas Chen em encontro com estudantes.

Na última semana a UMES SP teve a oportunidade de se reunir com dois grupos de estudantes, alunos do curso de Administração Pública da FGV – Fundação Getúlio Vargas e a turma de Serviços Administrativos do SENAC Jabaquara.

 

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Estudantes da Fundação Getúlio Vargas

 

Os estudantes buscaram a conversa com a entidade para aprofundarem seus conhecimentos sobre o movimento estudantil e dúvidas que foram desde a fundação da entidade até a formação da nova gestão foram levantadas por eles.

 

Fundada no dia 11 de novembro de 1984, a UMES tem como razão de ser a defesa dos interesses dos estudantes. Ensino público e gratuito de qualidade, democracia e soberania nacional são suas bandeiras permanentes.

 

Desde sua refundação em 1990, a UMES orgulha-se de ter como herança o compromisso de gerações de incansáveis líderes estudantis que deram o melhor de suas vidas, despertando esperança nos corações dos brasileiros.

 

A UMES consolidou-se como grande referência para o movimento estudantil brasileiro e mundial.

Apesar dos estudantes da FGV serem universitários, a diretoria da entidade achou importante a realização do encontro, não só para os esclarecimentos levados aos estudantes, mas principalmente pelo fortalecimento do movimento estudantil.

 

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Estudantes do Senac Jabaquara

 

A mobilização estudantil já foi protagonista de diversas lutas no país inteiro. Aqui em São Paulo, tivemos a grandiosas manifestações contra o aumento da passagem, que culminou no passe livre estudantil, mais recentemente tivemos as ocupações das escolas que barraram a reorganização do ensino e derrubaram o secretário de educação da época.

 

“Quanto mais estudantes tiverem a oportunidade de conhecer o trabalho da entidade, a luta política por uma educação pública, gratuita e de qualidade, o fortalecimento da nossa cultura e a defesa dos nossos direitos, será ampliada e fortalecida” afirmou Lucas Chen, presidente da UMES.

 

WhatsApp Image 2018-11-06 at 16.08.58Para Nathiele França, diretora de Cultura “esses encontros são importantes, pois temos a oportunidade de apresentarmos a entidade em toda sua amplitude, temos um trabalho cultural enorme, reconhecido no mundo inteiro e que dá oportunidades para aqueles artistas que não tem espaço por causa dos monopólios dos meios de comunicação. Tempos ruins virão pela frente para a nossa educação e nossa cultura, nós precisamos estar unidos para defendê-las”.

 

Para desenvolver a mobilização estudantil, a UMES atua em conjunto com os grêmios em suas escolas. A diretoria ajuda a montar os grêmios, organizar atividades e leva até as escolas diversos debates.

 

Gostou? Nos convide para irmos até sua escola ou venha conhecer nossa sede.

 

 

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21 DIAS – HISTÓRIA DE UMA OCUPAÇÃO ESTUDANTIL

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21 Dias traz retrato marcante das ocupações estudantis em SP

 

Livro elaborado por historiadora conta com depoimentos de alunos e participantes do movimento estudantil de 2015.

No próximo dia 23/11, a partir das 18h, na sede da UMES, a professora e escritora Cyntia H Rossini e a editora Daya convidam para o lançamento do livro ” 21 Dias – Memórias de uma Ocupação Estudantil” , obra que expõe de forma inédita e intensa os acontecimentos dos movimentos estudantis que ocuparam escolas estaduais paulistas em 2015.

 

O recorte dessa composição conta a história e alguns momentos marcantes vivenciados no movimento de ocupação dos estudantes na EE Caetano de Campos, no bairro da Aclimação, em São Paulo. Por meio de relatos e reflexões acerca do desmonte do projeto da escola pública no Brasil, o livro é um registro de memórias da vários participantes desse processo.

 

O movimento, conhecido como “Primavera Secundarista”, colocou em evidência, nas redes sociais, mídias nacionais e internacionais, milhares de estudantes e centenas de escolas.

 

“O desempenho e atitude crítica do estudante que decide entrar nesse movimento são compreendidos, por professores apoiadores, como a essência do protagonismo juvenil. Essa obra é uma modesta tentativa de colaborar com os apontamentos da História da Educação”, completa Cyntia.

 

Cine-Teatro Denoy de Oliveira
Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista/SP

 

 

 

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Café com poesia 2018 da EE Deputado João Dória apresenta o musical “Os Miseráveis”

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O Grêmio Aliança dos alunos idealistas da Escola Estadual Deputado João Dória, realizará o Café com poesia, atividade cultural nos dias 07, 08 e 09 de novembro.

 

Entre as atividades está a exibição da peça Os Miseráveis. A obra é uma adaptação do famoso musical da Broadway, inspirado pelo clássico literário de mesmo nome com autoria de Vitor Hugo. O elenco é do grupo Companha das Artes.

 

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Além da peça a atividade conta com uma programação variada e para todos os gostos!

 

07/11

 

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Manhã

 

7:30 – Abertura: Leitura poética.

8:00 – Dança: Xote

8h00 às 11h00 – Oficina: Pão com Poesia

8:30 – Teatro: Os Miseráveis

11:30 – Danças brasileiras

12:30 – Musica: Monte Castelo

12:20 – Batalha das Teles

 

Tarde

 

14:00 – Boas vindas

14:15 – Dança: Hip Hop

14:30 – Leitura de Cordel

14:45 – Dança: Samba de Roda

15:00 – Apresentação de poema

15:15 – Dança: Carimbó

15:30- Dança: Danado

15:45 -Apresentação de poema

16:00 – Dança Maculelé

16.15 – Encenação Bullyng

16:30 – Música: Era uma ver.

 

08/11

 

Manhã

 

7:30 – SARAU Setembro Amarelo

8:00 – Musica: Trem bala

11:00 – Oficina: Pão com Poesia

8:30 – Apresentação de Taekwondo (Equipe Ekkilibryos)

9:00 – Coral Coralinas

9:15 -Dança K-Pop

9:30 – Dança Maculelê

9:45 – Teatro: Os Miseráveis

 

Tarde

 

14:00 – Abertura: Música trevo (coral)

14:15 – Dança

14:30 – Apresentação de poema

14:45 – Encenação Musical: O canto das três raças.

15:00 – Encenação Bullyng

15:15 – Releitura da Exposição Palavras Cruzadas/ Lugares de Fala Contemporâneos

 

Noite

 

20:00 – SARAU das Pretas

 

Exposições Dias 07, O8 e 09/11

 

Das máscaras á expressão

Painel: Ilustração literária

Painel: Traduzir-se

Exposição fotográfica: O verso e o inverso

Encontro poético

Inclusão em ação

Lugares de fala

Curta metragem

 

 

 

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Ludmilla Bispo é eleita a Rainha do Bixiga 2018

Na noite do dia 1° de novembro o Bixiga elegeu sua nova Rainha, Ludmilla Bispo Delgado Alvares, de 31 anos. O evento aconteceu no Teatro Sérgio Cardoso, que ficou lotado com a presença da comunidade. Ludmilla Bispo é moradora do Bixiga, ex-coordenadora do grupo de jovens da Achiropita e voluntária há muitos anos da festa. A bancária de 31 anos fez agradecimento especial a seu filho e disse que vai honrar o título de Rainha do Bixiga 2018.

 

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O prêmio de Musa do Bixiga ficou com Taiane Santos da Silva, de 19 anos, e o de Musa Terceira Idade com Maria Luiza de Oliveira, de 60. Além do Concurso Rainha do Bixiga, tivemos a apresentação de um Desfile Sustentável, com roupas de festa feitas com material reciclável, show da Bateria 013 e homenagens a pessoas de destaque no bairro que ajudaram a escrever a história dos 140 anos do Bixiga.

 

Taiane Santos ficou muito surpresa com o título de Musa do Bixiga e suas primeiras palavras foram “gente, como assim eu ganhei?”. A estudante de 19 anos é moradora do bairro e é também a Mamãe Noel do tradicional Passeio do Papai Noel do Bixiga. Ela disse que vai representar bem a nova função adquirida neste bairro que ela tanto ama e pelo qual tanto luta. Já Maria Luiza de Oliveira mora e trabalha no Bixiga. A cabeleireira de 60 anos estava muito emocionada com o título de Musa Terceira Idade e disse que só tinha a agradecer à organização do concurso e ao Bixiga.

 

Rainha do Bixiga é um concurso cultural criado para valorizar a mulher do bairro mais tradicional de São Paulo. Ao todo 11 candidatas participaram do evento que foi dividido em duas categorias: Musa do Bixiga, com 4 participantes, e Musa Terceira Idade, com 7 participantes. A candidata com a maior nota entre todas as participantes recebeu o título de Rainha do Bixiga.

 

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Conheça as participantes:

• Vera Lucia da Silva, 66 anos, moradora do bairro e participa das atividades da Casa São José da Achiropita;

• Stella Dantas dos Santos, 30 anos, nascida e criada na Bela Vista;

• Rosangela Dario, 61 anos, moradora do bairro e participa das atividades da Casa São José da Achiropita;

• Patrícia dos Santos Bandeira, 24 anos, moradora do Bixiga;

• Rosa Nunes Costa, 84 anos, moradora do bairro e participa das atividades da Casa São José da Achiropita;

• Ludmilla Bispo Delgado Alvares, 31 anos, moradora, ex-coordenadora do grupo de jovens da Achiropita e voluntária da festa;

• Maria Hilda Pereira, 63 anos, moradora e atriz do Bixiga;

• Rita Marcelino Silva, 71 anos, moradora do bairro e participa das atividades da Casa São José da Achiropita;

• Maria Luiza de Oliveira, 60 anos, mora e trabalha no Bixiga;

• Taiane Santos da Silva, 19 anos, moradora e Mamãe Noel do tradicional Passeio do Papai Noel do Bixiga;

• Deise Justino, 60 anos, moradora, ex-coordenadora do grupo de jovens da Achiropita e voluntária da festa.

 

Os jurados do evento foram:

• Angela Ferraz, artista plástica que entre tantos trabalhos restaurou a imagem de São José da Escadaria do Bixiga;

• Elenice Ryal Santucci, diretora da Layr Eletrodomésticos;

• Haroldo Lago, diretor do Jornal dos Bairros;

• Maria Paula Puglisi, filha de Armandinho Puglisi e responsável por implantar a Rede Social Bela Vista;

 

A apuração do Rainha do Bixiga foi feita por representantes da UMES SP, incluindo o presidente da instituição Lucas Chen, além das membros Sabrina, Maria, Thaynan e Nath. O concurso foi criado por Walter Taverna, presidente da Sodepro, com o intuito também de integrar a comunidade às festividades. “Porque é aqui que nós temos que fazer do nosso lugar o melhor lugar para se viver”, diz Taverna. O evento encerrou as comemorações do Aniversário do Bixiga, que no dia 1° de outubro comemorou 140 anos.

 

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Uma das atrações do evento foi o Desfile Sustentável, com vestidos de festa feitos de material reciclável, que impressionou o público. Criado pelo professor de passarela Eduardo Araújo em 1996, hoje a ação está sob a responsabilidade de Lucia Madalena de Mello Fabro e da costureira/artista Vitorina Soares. As senhoras da Associação de Mulheres Unidas Venceremos passaram pela passarela com belíssimos vestidos feitos de sacos de lixo, gravatas velhas, plástico bolha, embalagem de papel de pão, plástico eletrônico, lacres de latinhas, embalagem de comida de gato, entre outros, mudando o nosso olhar sobre o lixo.

 

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Esta foi também uma noite de homenagens. O Bixiga só resiste e mantém viva sua cultura e suas tradições graças à luta das pessoas que aqui vivem e participam. Vinte pessoas receberam o título de Cidadão do Bixiga pela contribuição que deram nos 140 anos de história do bairro mais tradicional de São Paulo.

 

Homenageados e homenageadas:

• Alexandre Leggieri, dos cannoli da Feira de Antiguidades do Bixiga;

• Antônio Carlos Júnior, da Arena Bela Vista;

• Agostinho Gomes dos Santos, o português da Padaria Camões;

• Áurea Amélia Caviquioli, voluntária dos eventos e representante da saúde;

• Cristóvão Gonçalves Pereira, da Achiropita;

• Daniel Checchio, pastor Daniel da Rede Social Bela Vista e Rede Social do Centro;

• Gerson Rodrigues, da Estação Madame e um dos maiores batalhadores pelo bairro;

• Gleison Pego, o Mineiro, conhecido como ‘a voz do Bixiga’;

• Inácia Alves Siqueira, benzedeira do Bixiga;

• Isis Souza Longo, professora da EMEF Celso Leite Ribeiro Filho que faz um belo trabalho com crianças com deficiência;

• Jenny Teixeira Francisco, homenagem póstuma para tia Jenny da Achiropita;

• Luciano Farias, presidente do Conseg Bela Vista;

• Marcos Santos, da Bateria 013;

• Maria Celeste Vilaça Fuzinato, a Mamma Celeste;

• Maria Eunice Oliveira Santos, da Pastoral Afro da Achiropita;

• Milton Credidio, o Tinin, fundador e presidente de honra do Bloco Esfarrapado;

• Odete da Costa Mercedes, homenagem póstuma para grande mulher da Velha Guarda da Vai-Vai;

• Sergio Mamberti, representando os teatros e atores do Bixiga;

• Severino João de Lima, ator, comentarista e pipoqueiro do Bixiga;

• Thobias da Vai-Vai, um dos maiores intérpretes do samba brasileiro.

 

Para entregar a premiação do Rainha do Bixiga foram chamadas ao palco a Rainha, a Princesa e as Musas do ano de 2017. Mary Prado, a Musa Plus Size 2017, disse que transborda de orgulho pelo título. “Não é só uma coroação, é representatividade”, diz Mary, que afirmou ter colhido muitos frutos e que vai continuar honrando o Bixiga.

 

Maria das Graças Possidônio, de 94 anos, Princesa do Bixiga 2017, disse que amou à primeira vista este bairro. “Bixiga é o bairro mais alegre de São Paulo”, diz ela, que encantou o público ao mandar beijos para a plateia. Já Zezé Queiroz, Musa Terceira Idade 2017, deixou um conselho para a nova corte 2018: “Reinem bem, tenham disposição para todos os eventos e sejam felizes!”.

 

 

Yasmin Rodrigues, a Rainha do Bixiga 2017, afirmou ter sido muito gratificante receber este título, que ela levou para fora do bairro e com ele conseguiu novas oportunidades. “Eu desejo para a próxima Rainha um futuro esplêndido”, diz a Rainha 2017.

 

Quem fez a alegria da festa mais uma vez foi a Bateria 013, galera do projeto social que ensina gratuitamente todos os instrumentos de uma bateria de escola de samba a quem quiser aprender, de crianças a idosos. A Bateria 013 está sempre presente em todos os eventos do bairro, representa a tradição do samba e contribui para que o Bixiga continue sendo um bairro especial e que é a memória da cidade de São Paulo.

 

Veja aqui todas as fotos do evento

 

 

Fonte: Portal do Bixiga

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Assista ao filme “Habemus Papa“, de Nanni Moretti, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

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Na próxima segunda-feira (05), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Habemus Papam“ (2011), de Nanni Moretti. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

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A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

HABEMUS PAPAM (2011), DE NANNI MORETTI

 

SINOPSE

No Vaticano, logo após a morte do Papa, a Igreja se reúne em conclave e, como manda a tradição, elege o novo representante que lhe sucederá na liderança da ordem. Depois de algum tempo, o conclave elege o cardeal Melville. Só que a multidão de fiéis terá de esperar um pouco mais para dar as boas-vindas ao novo Papa. Pouco antes de sair à sacada e ser saudado na Praça de São Pedro, Melville tem um ataque de pânico e não consegue seguir o ritual de apresentação. Na verdade, ele não quer ser o substituto. Para evitar um vexame ainda maior e convencer o cardeal a aceitar ser o novo Papa, o Vaticano decide trazer um psicanalista para conversar com Melville. Será que isso resolverá o problema ou as coisas podem piorar?

 

O DIRETOR

Nascido em Brunico, Giovanni Moretti mistura sua própria história com a de seus filmes. “Caro Diário” (1993) e “Abril” (1998), nos quais interpreta a si próprio, são obras declaradamente autobiográficas. “Minha Mãe” (2015) é inspirado na morte da própria mãe. Em suas obras mais antigas encontramos Michele Apicella, considerado um alter ego do diretor, que dá vida a esse personagem em seis filmes, de 76 a 89. Nanni Moretti foi opositor, porta-voz e um dos principais líderes do movimento que derrubou o ex-premiê Silvio Berlusconi – uma espécie de Eduardo Cunha vitaminado. Seu filme “O Crocodilo” (2006), produzido no fogo dessa batalha, tornou-se o mais celebrado do diretor. Moretti também dirigiu, escreveu o roteiro e atuou em “A Missa Acabou” (1985), “O Quarto do Filho” (2001) e “Habemus Papam” (2011).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Habemus Papam (2011), de Nanni Moretti

Duração: 104 minutos

Quando: 05/11 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

Por unanimidade, Supremo anula ações policiais e judiciais contra Universidades

Ministros do Supremo acompanharam o voto da relatora Cármen Lúcia – Foto: Nelson Jr./ ASCOM-STF

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) referendaram por unanimidade, nesta quarta-feira (31), a decisão liminar da ministra Cármen Lúcia que suspendeu, na véspera do segundo turno das eleições, ações que permitiram o ingresso de policiais em universidades públicas e privadas do país, para censurar estudantes que realizavam atos e debates em favor da Democracia e contra o fascismo.

As invasões nas universidades haviam sido autorizadas por alguns juízes eleitorais, usando como pretexto – aliás, falso – que as manifestações eram propaganda eleitoral contra o candidato Jair Bolsonaro.

Tanto a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia quanto os demais ministros que participaram da discussão – Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, consideraram que as medidas foram descabidas e rechaçaram quaisquer tentativas de impedir a discussão de ideias dentro dos estabelecimentos de ensino.

“A única força legitimada para invadir as universidades é das ideais, livres e plurais. Qualquer outra que ali ingresse é tirana, e tirania é o exato contrário da democracia”, destacou a relatora

Durante a sessão, Cármen Lúcia relembrou Ulysses Guimarães, ao afirmar: “traidor da Constituição é traidor da pátria”, e que “conhecemos o caminho maldito a que se conduz quando se trai a Constituição”.

Disse a ministra: “não há direito democrático sem respeito às liberdades. Algemar liberdades, exterminar a democracia, impedindo-se ou dificultando-se a manifestação plural de pensamento, é trancar a universidade, silenciar estudantes e amordaçar professores. A única força legitimada para invadir as universidades é a das ideias, livres e plurais. Qualquer outra que ali ingresse é tirana, e tirania é o exato contrário da democracia. Não existe democracia pela metade”.

“Quando alguém acha que pode invadir qualquer espaço, privado ou público, e, nesse caso, uma universidade, instituição plural em seu nome, universitas, e mesmo assim alega estar a interpretar o direito, impõe-se sinal de alerta para o restabelecimento do Estado Democrático no Direito mais justo”, disse Cármen Lúcia.

LIMITES

Antes do voto de Cármen Lúcia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, autora da ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 548, para assegurar a livre manifestação do pensamento e das ideias em universidades, afirmou que as autorizações de buscas e apreensões ultrapassaram os limites de fiscalização da lisura do processo eleitoral e afrontaram o preceito fundamental da liberdade de expressão.

“O STF, como guardião da Constituição, sempre defendeu a autonomia e a liberdade nas universidades brasileiras. Esta liberdade é um pilar sobre o qual se apoia o Estado Democrático de Direito”, destacou Raquel, enfatizando que “o ensino não se reveste apenas do caráter informativo, mas de formação de ideias”.

Alexandre de Moraes considerou como inconstitucionais e constrangedoras as condutas de autoridades públicas ao desrespeitar a autonomia universitária, inibir a liberdade de expressão, a liberdade de cátedra e o livre debate político.

“As decisões judiciais exorbitaram a constitucionalidade, feriram a liberdade de expressão que garante o pluralismo político, a troca de ideias, o exercício dos direitos políticos. Mais grave isso ter sido feito nas universidades. Em qualquer outro lugar feriria a liberdade de reunião, direitos políticos. Mas, na universidade, feriu local de ensino, troca de ideias, liberdade de cátedra. Nós, professores, sabemos a importância da liberdade de cátedra. Não há ensino se o professor não puder expor suas ideias”, disse Moraes em seu voto.

Gilmar Mendes também votou pela confirmação da liminar. O ministro registrou o caso de incitação à violação à liberdade de cátedra pela deputada estadual eleita Ane Caroline Campagnolo (PSL-SC), que abriu um canal para que alunos delatem professores. Mendes mostrou que, sob a bandeira de banir “ideologias” das universidades,  se estava querendo fazer um “policiamento político-ideológico da rotina acadêmica”

“Mostra-se inadmissível que, justamente no ambiente em que deveria imperar o livre debate de ideias, se proponha um policiamento político-ideológico da rotina acadêmica”, destacou Mendes. “A política encontra na universidade uma atmosfera favorável, que deve ser preservada. Eventuais distorções na atuação política realizada no âmbito das universidades mereceriam ser corrigidas não pela censura, mas pela ampliação da abertura democrática”.

ATOS AUTORITÁRIOS

Ao afirmar que a medida cautelar de Cármen Lúcia foi brilhantemente fundamentada e que ela deveria ser ratificada, o ministro Luiz Roberto Barroso acrescentou que atos inequivocamente autoritários e incompatíveis com o país e “pensamento único” são para ditadores.

“Nós não consideramos razoável ou legítimo cenas de policiais irrompendo em salas de aula para impedir a realização de palestras ou retirada de faixas que remetem à manifestação de alunos, cenas como a apreensão de discos rígidos e de computadores, ainda que sejam de docentes e discentes. Esses atos são inequivocamente autoritários e incompatíveis com o país que conseguimos criar e remetem a um passado que não queremos que volte”, disse Barroso, frisando algo dito pela ministra Cármen Lúcia: “Pensamento único é para ditadores e a verdade absoluta é própria da tirania”.

O ministro Edson Fachin salientou que o STF tem reiterado que a liberdade de pensamento é um pilar do Estado Democrático de Direito.

“O ingresso no espaço público está condicionado à educação participativa, inclusiva, plural e democrática que as instituições de ensino promovem. É na educação que o livre debate de ideias, o intercâmbio de visões de mundo e o contraste de opinião têm livre curso”, disse Fachin, afirmando ainda que “somente este ambiente [das instituições de ensino] prepara as pessoas para reconhecerem, na pluralidade, o melhor governo, a melhor decisão, a melhor lei e o melhor argumento. Sem educação, não há cidadania. Sem liberdade de ensino e de pensamento, não há democracia”.

A ministra Rosa Weber, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ressaltou que a Justiça Eleitoral “não pode fechar os olhos” para os direitos, as liberdades e os princípios fundamentais assegurados na Constituição. “O uso desmedido e ilegítimo da força por agentes estatais, ainda mais grave quando sequer respaldado por decisões da Justiça Eleitoral, ecoa dias sombrios na história brasileira”.

O ministro Ricardo Lewandowski lembrou que não era a primeira vez que o STF defende a liberdade de pensamento nas universidades. Em agosto de 1964, o STF deferiu um habeas corpus (HC 40910) para trancar ação penal contra um professor da cadeira de Introdução à Economia da Universidade Católica de Pernambuco acusado de ter distribuído aos alunos um “papelucho” que criticava a situação política do país no início do regime militar.

“No Brasil, quase tudo está por se fazer. Nosso futuro depende do espírito de criação dos órgãos de pensamento, principalmente dos jovens. E não há criação sem liberdade de pensar, de pesquisar, de ensinar. Se há lugar que deve ser o mais livre possível, esse lugar é a universidade”, destacou Lewandowski.

Já o ministro Celso de Mello, que presidiu a sessão, depois que Dias Toffoli se ausentou, afirmou que o Estado não pode cercear e desrespeitar a liberdade fundamental de expressão, unicamente para aplicar a regra da Lei das Eleições, que veda a propaganda eleitoral em áreas de responsabilidade da administração pública.

Para o decano do STF, a universidade é, por excelência, o espaço do debate, da persuasão racional, da veiculação de ideias, o que torna intolerável a censura em suas dependências.

“O Estado não pode cercear, o Estado não pode interferir, o Estado não pode obstruir, o Estado não pode frustrar e o Estado não pode desrespeitar a liberdade fundamental de expressão. Regimes democráticos, como todos sabemos, não convivem com práticas de intolerância ou comportamentos de ódio”, afirmou Celso de Mello.

O presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, antes de se ausentar da sessão, também acompanhou o voto da relatora e destacou os precedentes do Supremo citados por ela quanto à garantia da liberdade de expressão. “Sua Excelência [Cármen Lúcia] citou todos os precedentes desta Corte no sentido de garantir a liberdade de expressão e quanto ao cabimento da medida”.

ANTONIO ROSA

Jornal Hora do Povo

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Dia do Saci. Viva o nosso folclore!

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Quem é o Saci?

 

Você sabia que existe um dia, no Brasil, dedicado à comemoração do Saci? E o Saci você sabe quem é? Onde ele surgiu? Já ouviu alguma vez a história desse personagem fantástico?

 

O Saci é um personagem brasileiro mitológico1 que habita o imaginário popular brasileiro principalmente no interior do país onde ainda se mantém o hábito dos mais velhos, de contarem histórias aos mais jovens nas tranquilas e claras noites de lua.

 

Representado atualmente pela figura de um menino negro de uma só perna que possui um gorro vermelho na cabeça e traz sempre um cachimbo na boca. De Norte a Sul do Brasil, além do nome, são várias também as definições e representações atuais que se tem dele. No nordeste, de uma forma geral ele segue a representação antes descrita que é a mais conhecida atualmente e a mais popular.

 

No Sul e Sudeste há algumas variações. No Rio Grande do Sul, por exemplo, ele é retratado como um menino negro perneta de gorro vermelho que se diverte atormentando a vida dos caminhoneiros e aventureiros que gostam de viajar. Deixando-os areados ele os faz perder o destino. Ranços culturais europeus podem ter influenciado o Saci em Minas Gerais onde ganhou acessórios como: “um bastão, laço ou cinto, que usa como a “vara de condão” das fadas europeias” (site: http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/saci.html). Já em São Paulo, apesar de manter essas mesmas características básicas ele possui um boné em lugar do gorro.

 

De onde vem o (s) Saci (s)?

 

Segundo a crença popular os Sacis vivem setenta e sete anos e se originam do bambu. Após sete anos de “gestação” dentro do gomo do bambu ele sai para uma longa vida de travessuras e quando morre se metamorfoseia em cogumelos venenosos ou em “orelhas de pau”. Quem é do interior ou já foi ao campo a passeio deve ter visto alguma vez, uma espécie de cogumelo que se forma nos troncos das árvores e que se parece com uma orelha. É isso que os matutos chamam de “orelha de pau”.

 

As principais características

 

Apesar das inúmeras definições dessa famosa entidade folclórica algumas características são mais presentes e recorrentes nas descrições do Saci. Sabe-se que em geral:

é um ser que vive nas matas;

é extremamente misterioso;

é negro, pequeno e possui apenas uma perna;

usa um capuz vermelho e um cachimbo;

não possui pêlos no corpo;

não possui órgãos para urinar ou defecar;

só tem três dedos em cada mão;

possui as mãos perfuradas;

adora assoviar e ficar invisível;

vive com os joelhos machucados, resultado das travessuras;

tem o domínio dos insetos que atormentam o homem: mosquitos, pernilongos, pulgas, etc.;

fuma em um pito e solta fumaça pelos olhos;

adora fazer travessuras;

pode, em momentos de bom humor ajudar a encontrar coisas perdidas;

gira em torno de si feito um pião e provoca redemoinhos;

pode ser malvado e perigoso;

adora encantar as criancinhas faze-las perder-se na mata;

Saci: malvado ou apenas peralta?

 

Entre todas essas características uma é unânime: sua personalidade travessa. Algumas pessoas acreditam que ele é mau outros dizem que ele é apenas um garoto traquino que adora fazer pequenas travessuras, mas sem o intuito de fazer o mal, apenas de se divertir. Seja como for diz a lenda que ele é muito peralta. Adora assustar os animais, prendê-los, criar situações embaraçosas para as pessoas, esconder objetos, derrubar e quebrar as coisas, entre outras danações.

 

Diz a lenda que ele não é apenas um brincalhão ou um espírito mau. Tratar-se-ia de um exímio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e raízes da floresta. Se alguém precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorização do Saci, pois entrando sem permissão cairá inevitavelmente em suas armadilhas.

 

Como escapar do Saci?

 

Algumas pessoas afirmam que o único meio de driblar o negrinho é espalhando cordas ou barbantes amarrados pelo caminho. Assim ele se ocuparia em desatar os nós, dando tempo da pessoa fugir de sua perseguição. O Saci também tem medo de córregos e riachos, por isso, atravessar um pode ser uma alternativa, pois o Saci não consegue fazer a travessia.

 

Mas o único meio de controlar um Saci, segundo o mito, é tirando-lhe o gorro e prendendo-o em uma garrafa. Para isso é necessário jogar uma peneira ou um rosário bento em um redemoinho. Só dessa forma se pega um Saci. Uma vez preso e sem o gorro que lhe dá poderes ele fará tudo que for mandado.

 

As origens

 

Diante de todas essas informações fica a pergunta: onde teria nascido a lenda do Saci? Os estudos sobre o folclore brasileiro apontam a origem indígena quando falam da lenda do Saci. Esse mito teria surgido na região Sul do Brasil durante o período colonial, por vota do final do século XVIII, por ocasião das Missões.

 

A alcunha pela qual o Saci é mais popularmente conhecido é Saci-Pererê, mas seu nome originalmente era Yaci-Yaterê de origem Tupi Guarani. De acordo com a região do Brasil ele pode, porém, ser conhecido por uma variedade de apelidos.

 

O dicionário Aurélio traz as seguintes variações de nomes do Saci: “Saci-cererê, Saci-pererê, Matimpererê, Martim-pererê” (AURÉLIO, 2005). Além dessas denominações Martos e Aguiar (2001, p. 75) apontam ainda: “saci-saçura, saci-sarerê, saci-siriri, saci-tapererê ou saci-trique”. Por ser considerado por alguns um perito na arte da transformação em aves, o negrinho travesso recebe ainda nomes de passarinhos nos quais se transforma, como por exemplo: matitaperê, matintapereira, sem-fim, entre outros (ibidem, p. 75). Na região às margens do Rio São Francisco ele é conhecido pela alcunha de Romão ou Romãozinho.

 

A metamorfose do Saci

 

Quando surgiu, o saci foi representado por um curumim2 endiabrado, de uma perna só e de rabo. Suas traquinagens tinham como objetivo atrapalhar a entrada dos intrusos na mata, ou seja, no território indígena. Era provavelmente uma forma encontrada pelos nativos de resguardar seu território da invasão dos indesejados homens brancos.

 

A figura original do Saci – garoto índio – sofreu alterações por ocasião da inserção, na cultura brasileira, de elementos africanos e europeus, trazidos para cá pelos negros escravos importados da África e pelos colonizadores.

Ao chegarem a terras brasileiras trazendo seus próprios mitos e difundindo-os entre os que aqui habitavam, africanos e europeus provocaram uma mescla de características das três culturas, assim, a lenda do saci ganhou elementos novos.

 

O Saci se transformou em um garoto negro de características físicas africanas. Alguns acreditam que a ausência da perna se deveu a uma perda sofrida em uma disputa de capoeira, luta praticada pelos negros africanos. Também ganhou um cachimbo, típico dos costumes africanos. Da cultura europeia ganhou um elegante barrete vermelho que reza a lenda, é a fonte de seus poderes mágicos.

 

Conclusão

 

Apesar de todo o encanto dessa lenda e desse personagem, mesmo com a resistência em alguns lugares da cultura de contar histórias, o que se percebe hoje é a desvalorização da cultura oral e o enfraquecimento desses costumes a cada dia.

 

Alguns fatores, porém têm contribuído para que o Saci não se apague da memória de nosso povo e facilitado o acesso de mais pessoas a essa lenda que integra o patrimônio literário e cultural brasileiro.

 

Graças à criatividade de escritores brasileiros como: Maurício de Souza, Monteiro Lobato e Ziraldo, esse personagem viajou do campo para as grandes metrópoles e até mesmo para o exterior através de suas obras.

Monteiro Lobato, escritor conhecido do público infantil, foi o primeiro a lembrar o Saci. Nas décadas de 1970 e 1980 o personagem apareceu nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo e o personagem ficou conhecido em todo o País. Este é, talvez, o escritor que mais difundiu esse personagem, primeiro através da obra escrita e depois através da obra televisionada, que hoje tem alcance internacional, levando nosso personagem ao conhecimento do mundo.

 

Maurício de Souza, criador da turma da Mônica, também incluiu o Saci nas suas histórias em quadrinho, principalmente nas do personagem Chico Bento, que é um matuto da roça. Outro que imortalizou o Saci em sua obra foi Ziraldo com a criação da turma do Pererê, que também alcançou as telas da televisão.

 

Além do impulso dado pela literatura, outro fato importante foi a criação, em 2005, pelo governo brasileiro, do dia nacional do Saci, que deve ser comemorado dia 31 de outubro. Essa ideia surgiu com o intuito de minimizar a importância que se dá à comemoração do dia das bruxas3, reduzindo assim, a influência de culturas importadas e favorecendo a valorização da cultura e do folclore nacionais.

 

Por Rosalina Rocha Araújo Moraes

https://www.infoescola.com/folclore/a-lenda-do-saci-perere/