CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Jacob, O Mentiroso

Neste sábado, 01/02, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Jacob, O Mentiroso”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

JACOB, O MENTIROSO

Frank Beyer (1974), com Vlastimil Brodský, Erwin Geschonneck, Manuela Simon, Henry Hübchen, RDA, 100 min.

 

Sinopse

Na Polônia, durante a 2ª. Guerra Mundial, Jacob Heym é preso por um guarda alemão por estar na rua após o toque de recolher. Na delegacia, ao procurar pelo guarda de plantão, a quem deveria se apresentar, Jacob acidentalmente escuta notícias, veiculadas por um rádio, sobre combates entre as tropas alemãs e o Exército Vermelho, em território polonês. De volta ao gueto, trabalhando na estação de cargas junto com outros moradores, nosso herói consegue demover seu faminto colega Mischa de realizar um roubo de batatas, crime punido com a morte nos guetos, contando que mantém secretamente um rádio onde ouve diariamente as notícias sobre o avanço das tropas libertadoras. Não demora para que a notícia se espalhe e o gueto passe a viver das esperanças acesas pelos relatos colhidos no rádio imaginário de Jacob.

 

Direção: Frank Beyer (1932-2006)

Paul Frank Beyer nasceu em Turingia, Alemanha, estudou teatro na Universidade de Humbolt, transferindo-se depois para a cidade de Praga, onde cursou a FAMU (Escola de Cinema da Academia de Artes Cênicas). Graduou-se em 1957 como diretor de cinema, com o filme “Zwei Mutter” (“Duas Mães”). Desde 1958 trabalhou na DEFA (Deutsche Film Aktiengesellschaft), empresa cinematográfica da RDA. Dirigiu “Cinco Cartuchos” (1960), “Amor Invencível” (1962), “Nu Entre Lobos” (1963), “Carbide e Sorrel” (1964), “Traço de Pedras” (1965). A interdição deste último pela censura forçou Beyer a concentrar-se em trabalhos para televisão e teatro. Retornou às telonas, em 1974, com “Jacob, o Mentiroso”, ganhador do Urso de Prata no Festival de Berlim (1975). Dirigiu também “A Estadia” (1982), “A Violação” (1989), entre outros.

De 1946 a 1990, a DEFA produziu cerca de 950 filmes, 820 animações, 5800 documentários e cine-jornais. Com a anexação da Alemanha Oriental, a empresa foi dissolvida, seus estúdios foram adquiridos pelo conglomerado Vivendi-Universal e o catálogo de filmes pela Progress Film-Verleih Gmbri. Fora da DEFA, Frank Beyer voltou à televisão e conseguiu realizar apenas um filme para cinema: “A Suspeita” (1991).

 

Argumento Original: Jurek Becker (1937-1997)

Nascido na Polônia, Jurek Becker cresceu em guetos e campos de concentração. Com a libertação, reencontrou o pai e juntos foram viver em Berlim Oriental. Estudou Filosofia na Universidade Humboldt, foi membro do Partido Socialista Unificado e serviu dois anos como voluntário na Polícia Popular. Trabalhou como escritor e roteirista na DEFA. Criou os argumentos de “Ohne Paß in Fremden Betten” (Vladimir Brebera, 1965), “Meine Stunde Null” (Joachim Hasler, 1970), “Jacob, o Mentiroso” e “Das Versteck” (Frank Beyer, 1975 e 1978). No final dos anos 70, mudou-se para o oeste de Berlim, mas manteve a cidadania alemã oriental. Escreveu também as histórias de “David” (Peter Lilienthal, 1979) e “Crianças de Bronstein” (Jerzy Kawalerowick, 1991).

 

Música Original: Joachim Werzlau (1913-2001)

Filho de músico de orquestra, Joachim Werzlau desde jovem estudou piano e violino com o pai. Aos 15 anos, empregou-se na tradicional fábrica de pianos Blüthner, em sua cidade natal, Leipzig.

Em 1945, Werzlau ganha a vida como pianista em cinemas e escolas de dança e atua na Aliança Cultural para a Renovação Democrática da Alemanha. Entre 1949 e 1952, trabalha como crítico musical e compositor em rádios de Berlim. Daí transferiu-se para a DEFA, escrevendo as trilhas de dezenas de filmes, desde obras infantis, “Os Encrenqueiros” (Wolfgang Schleif, 1953), “Tinko” (Herbert Ballmann, 1957), a parcerias com os diretores Konrad Lobo – “Recuperação” (1956), “Lissy” (1958) – e Frank Beyer – “Duas Mães” (1957), “Amor Invencível” (1962), “Nu Entre Lobos” (1963), “Carbide e Sorrel” (1964), “Jacob, o Mentiroso” (1975). Entre suas criações figuram as óperas “Regina” e “Mestre Rockle”, composições para orquestra, violino, esboços para piano e canções muito populares na Alemanha, como “Porque Somos Jovens” (1949).

 
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