Ensino técnico à favor do desenvolvimento do Brasil!
Resolução do 26° Congresso da UMES sobre o ensino técnico.
O país está cada vez mais caminhando para um momento onde a população não tem direito de um estudo adequado. A era da corrupção transcreve o Brasil a um momento onde poucos conseguem ter uma profissionalização adequada. No cenário atual de crise política econômica, sofremos o reflexo de políticas contra o povo também em nossas escolas técnicas, como o corte de investimentos que vem nos assombrando nesses 25 anos do governo Alckmin.
Governador envolvido em esquema de corrupção, não fornecia alimentação adequada para seus alunos, que com muita luta e ocupações em 2016, junto com a UMES e os grêmios, conquistaram a merenda escolar nas Etecs.
Não somente isso, a cada ano ainda sentimos a decisão do governo Dilma refletindo, que fez um corte de R$10 bilhões na educação em 2015, junto à PEC 55 (PEC da Morte) que congela o investimento público que muito afeta o setor da educação.
Descaso que já fez antes no PRONATEC, programa que fornece vagas para os alunos em instituições profissionalizantes privadas, transferindo dinheiro público para estes, que nem se quer pode ser chamada de técnico, uma vez que forma jovens em cursos extremamente precários e de prestação de serviço, como de auxiliar administrativo, operador de computador, e por aí vai.
Essa política contra o povo afeta principalmente nossa educação, que ano a ano se encontra mais sucateada. Onde também por falta de verba, as Etec’s são sustentadas pela Associação de Pais e Mestres (APM), contribuindo com em média 80% da renda, e que sem esse dinheiro de pais e alunos, muitas estariam hoje de portas fechadas. Um absurdo sem tamanho pois nossas escolas técnicas são públicas e deveria ser prioridade para o governo Alckmin que nega o repasse da verba para o setor público, onde a máfia que se instala dentro do governo desvia bilhões de reais todos os anos e deixa o povo carente de ensino adequado.
O baixo orçamento reservado para as ETEC’S empurrou nossas escolas para o setor de serviços, que apesar de necessário, não deveria ser maioria como demonstra a realidade onde temos 156 (67%) cursos de prestação de serviço e apenas 34 (15%) cursos de desenvolvimento, que são mais avançados, e com maior propriedade teórica e prática, que conseguem desenvolver tecnologia para avançar a indústria. Com os cursos de serviço ocorre o contrário, pois não precisam de materiais específicos para concluir o curso, e quando formados, os jovens não têm maiores opções acadêmicas, porque são ensinados a apertar parafuso, e jogados aos milhares, sem nenhuma experiência prática no mercado de trabalho.
Outra realidade vivida por nós em sala de aula que demonstra a falta de investimento em cursos de formação mais técnica é a necessidade do aluno em ter que comprar os componentes para poder acompanhar as aulas.
Queremos investimentos reais e efetivos, para abertura de mais cursos que desenvolvam tecnologias, capazes de mudar este quadro, e que o ensino técnico deixe de estar a serviço de empresas, mais ainda, principalmente para que o ensino técnico realmente cumpra seu papel, e os estudantes formados consigam desenvolver o que foi aprendido de forma mais ampla, impulsionando o crescimento de nosso país.
A luta das ETEC’S têm sido construída, e em 2016 nós, alunos, mostramos que a escola é nossa, e que não vamos mais aceitar o sucateamento e o descaso dela. Por mais investimento e vamos à luta por um ensino técnico de qualidade.
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